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A frase do dia

“Eu não me coloco como candidato de oposição nem de situação. Eu me coloco como o candidato do futuro”, do ET José Serra.

Grécia - O povo não aceita se sacrificar para salvar banqueiros

Taxem os ricos" e "não toquem nas nossas pensões", advertiram os manifestantes gregos em passeata pelas ruas de Atenas. 

O país parou nesta quarta (5). 

Unificada, a classe trabalhadora mostrou sua força. 

Desnudo, hojas verde y busto, de Picasso


Esta pintura foi vendida por 81 milhões de euros ontem a noite num leilão na  Christie’s de Nova Iorque.
Comentário
Como diz o Bode, " Num existe uma coisa mais besta que gente besta"...e que tem tanto dinheiro que não sabe o que fazer com ele.

Homem - use corretamente



Bula do homem Indicações:

Homem é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha). Homem é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insônia, etc.

Posologia e Modo de Usar:
Homem deve ser usado três vezes por semana. Não desaparecendo os sintomas, aumente a dosagem ou procure outro. Homem é apropriado para uso externo ou interno, dependendo da necessidade da mulher.

Precauções:
Mantenha longe do alcance de amigas (vizinhas solitárias, loiras e/ou morenas sorridentes, etc.). Manuseie com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a álcool etílico. É desaconselhável o uso, imediatamente após as refeições..

Apresentação:
Mini, Max, Super, Mega, Plus ou Super Mega Max Plus (ui!!!).

Conduta na Overdose:
O uso excessivo de Homem pode produzir dores abdominais, entorses, contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomenda-se banho de assento, repouso, e contar vantagem para a melhor amiga!

Efeitos Colaterais:
O uso inadequado de Homem pode acarretar gravidez e acessos de ciúmes. O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjôo e fadiga crônica.

Prazo de Validade:
O número do lote e a data de fabricação encontram-se na cédula de identidade e no cartão de crédito.Composição:Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do Complexo 'P'.Atenção:Não contém CIMANCOL.. Cuidado!!! Existem no mercado algumas marcas falsificadas, a embalagem é de excelente qualidade, mas quando desembrulhado, verifica-se que não fará efeito nenhum, muito pelocontrário,o efeito é totalmente oposto, ou seja, além de não serem eficazes no tratamento podem agravar os sintomas.

Instruções

Para O Perfeito Funcionamento:
1. Ao abrir a embalagem, faça uma cara neutra, não se mostre muito empolgada com o produto. Se ficar muito seguro de si, o Homem não funciona muito bem, vive dando defeito.
2. Guarde em lugar fresco e seguro (pois é frágil).
3. deixe fora do alcance de amigas...
4. Para ligar basta uns beijinhos no pescoço pela manhã; para desligar basta uma noite de sexo, ele dorme como uma pedra e n
em dá boa noite (falta de educação é defeito de fábrica).
5. Programe-o para assinar talões de cheque sem reclamar.
6. Carregue as baterias três vezes por dia: café, almoço e jantar (Mais que isso provoca pneuzinhos indesejáveis) .
7. Em caso de defeito, algumas táticas costumam dar certo:esconda o controle remoto da televisão. Se a falha insistir, corte o futebol com os amigos no final de semana e o chopp. Se o problema persistir, a única maneira é fazer greve de SEXO.

Pra finalizar:
Homem não tem garantia de fábrica e todas as espécies são sujeitas a defeitos. A solução é ir trocando até que se ache o modelo ideal, contudo, recentes pesquisas informam que esse, não foi INVENTADO ainda!!!

Osama Bin Laden está em...


Ao ser questionado se Bin Laden estava escondido no Irã, Ahmadinejad riu e respondeu:
“Fiquei sabendo que está em Washington”, disse.
“Sim fiquei sabendo. Ele está lá. Porque era um antigo parceiro do sr. Bush. Eles eram colegas, de fato, nos bons tempos. Você sabe disso. Eles estavam juntos no negócio do petróleo. Eles trabalharam juntos. Bin Laden nunca cooperou com o Irã, mas cooperou com o sr. Bush”, afirmou Ahmadinejad, sem explicar se a referência era ao ex-presidente George Bush (1989-93) ou ao filho deste, o também ex-presidente George W. Bush (2001-2009).
“Pode ter certeza de que está em Washington”, completou, sem perder a seriedade.
“O governo americano invadiu o Afeganistão para prender Bin Laden. Eles provavelmente sabiam onde Bin Laden estava. Se não sabiam, por quê invadiram? Podemos conhecer as informações de inteligência?”, questionou à ABC.
“Primeiro, eles deveriam tentar descobrir a localização dele e, então, invadir. Não conhecer a localização, invadir e tentar descobrir onde ele está, isto faz sentido?”.

A correlação de forças presidencial

por Bernardo Joffily

Há muitas interrogações sobre a eleição presidencial deste ano e a resposta definitiva só virá em outubro – talvez no primeiro turno, dada a polarização plebiscitária entre a continuidade e a oposição ao governo Lula. 

Mas um exame comparado das eleições de 2002, 2006 e 2010 já permite esboçar, pelo menos, o quadro das forças que estarão do lado de Dilma Rousseff (PT) e de José Serra (PSDB). 



Leia mais Aqui




O potencial de destruição do fascismo financeiro



Hora do Angelus

A porta giratória que une os tucademopiguistas


A porta giratória que une a campanha de Serra às redações da Folha de São Paulo e da revista VEJA moveu-se mais uma vez: Márcio Aith, que, aspas para o jornal na coluna Painel, "vinha trabalhando na Folha como repórter especial" -e pouco antes fora editor-executivo de VEJA--  agora passa a trabalhar  diretamente na campanha demotucana, como coordenador  de imprensa do candidato do conservadorismo brasileiro. 

Um dos recentes serviços  de Aith na forma ‘ reportagem' foi o factóide  sobre a Telebrás. 

A tentativa  era inviabilizar a política de universalização do acesso à web --que será  anunciada hoje--  criando um vínculo de interesses escusos entre o programa do governo e consultorias prestadas pelo ex-ministro José Dirceu a sócios da estatal . 

A Advocacia Geral da União desmentiu essa possibilidade ao esclarecer que  os  16 mil quilômetros da rede de fibra ótica a serem utilizados no programa, juridicamente já haviam sido retomados pelo Estado brasileiro, embora o sistema Telebrás tenha sido privatizado por FHC,  em 1998. 

Em vão.  Em uma das ‘matérias', Aith dizia que "Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás". 

A nova atribuição do jornalista , agora pela frente,  esclarece de forma cabal as motivações por trás do seu trabalho anterior.

Carta Maior apóia Dilma Rousseff e nada tem contra o engajamento de jornalistas e veículos, desde que isso se dê de forma transparente para o discernimento do leitor

Banda Larga prevê capitalização da Telebrás em R$3,2 bi


O Plano Nacional de Banda Larga contempla a capitalização da Telebrás em 3,22 bilhões de reais entre 2010 e 2014, informou a Casa Civil nesta quarta-feira.
“Efetivamente, a Telebrás está sendo reativada. É claro que dentro de uma modelagem própria, voltada e focada na questão da gestão da banda larga para fazer a gestão dessa rede física”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.
“O papel da Telebrás não é substituir ou limitar a iniciativa privada, de forma nenhuma. Ao contrário, o papel da Telebrás é usar a infraestrutura de que a União já dispõe para incentivar a iniciativa privada.”
Segundo a ministra, a empresa terá uma estrutura “enxuta” e atuará prioritariamente no atacado, “fornecendo insumo para que tanto empresas pequenas quanto empresas grandes possam prestar o serviço ao usuário final”.
A meta do governo é quadruplicar o número de municípios com acesso em banda larga até 2014, atingindo uma marca próxima de 40 milhões de domicílios, acrescentou.
Na BM&FBovespa, as ações preferenciais da Telebrás disparavam 33,5 por cento, para 2,65 reais, às 12h25. No mesmo horário, o principal índice da bolsa paulista, do qual a Telebrás não faz parte, subia 0,6 por cento.
Reportagem de Isabel Versiani e Bruno Peres

Você tem um conselho para dar?


Um velho ditado diz: "Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia." Não é o que pensa o designer Daniel Motta, que decidiu contrariar a sabedoria popular nas ruas de São Paulo. Nos fins de semana, ele deixa na calçada de alguma via movimentada caixa com papel e caneta e o pedido: "Me dê um conselho." De um esconderijo, observa e fotografa a reação do público.
A ideia surgiu quando o designer de 29 anos expôs ilustrações de seu livro Poptogramas Brasilis no Metrô. Após a mostra, ele recebeu o livro com comentários dos visitantes. "Eram sensacionais. Achei divertida a reação que as pessoas tinham em relação ao meu trabalho."
Ele decidiu instigar o público a continuar se manifestando. Os resultados foram a caixa, o Twitter @medeumconselho e o site www.medeumconselho.com.br, em que o designer posta alguns dos recados que recebe e fotos de "conselheiros" em ação.
Em dois meses, Motta já reuniu cerca de 400 colaborações. "A melhor coisa é quando chego em casa e começo a ler. Está funcionando exatamente como eu gostaria e imaginava", diz. "As reações são muito aleatórias. Tem conselho sério e conselho engraçado. Mas também conselhos clichê."
Na sexta-feira, levou a caixa para a Avenida Paulista, pela primeira vez num dia útil. Não demorou para que alguns pedestres tomassem coragem.
A estudante de moda Karina Saraiva, de 19 anos, hesitou, mas acabou deixando uma mensagem e chamou a colega Aline Guimarães, também de 19, para ajudar. A frase "Aprenda o que você não sabe ainda", acompanhada de uma mensagem de Gandhi, foi o recado de Aline. Já o jornalista Rafael Boro, de 26 anos, viu na caixa a oportunidade de divulgar seu blog sobre tênis. "É difícil dar conselho a uma pessoa que você não conhece", disse.
A caixa já foi deixada por ele nas feiras do Bexiga e da Liberdade, Rua Augusta, Oscar Freire, Parque da Luz, Museu do Ipiranga e ruas do Centro. A única vez em que teve de sair do esconderijo foi quando um morador de rua tentou levar a depositária dos conselhos. "Eu estava fotografando na hora em que ele levantou a caixa. Tive de sair correndo para recuperá-la."
Projetos. Uma das metas do designer é levar o projeto para a Virada Cultural e, quem sabe, fazer parceria com livrarias e outros locais estratégicos para deixar uma segunda caixa fixa durante alguns dias da semana. O designer quer transformar em livro a coleção de conselhos. "Mas vou ficar no mínimo um ano coletando mensagens para reunir uma grande variedade."
E para onde ele planeja ir no próximo fim de semana? "Estarei domingo, às 14 horas, no Parque do Ibirapuera", promete.

Investimento pode aumentar até 8,5%


A expansão robusta do investimento foi uma das melhores notícias do resultado da produção industrial no primeiro trimestre. Os números revelam uma alta significativa da fabricação de bens de capital e de insumos típicos da construção civil, mostrando o esforço das empresas em ampliar a campanha produtiva. Isso é especialmente importante num momento de crescimento rápido da demanda.

A produção de bens de capital cresceu 3% sobre fevereiro, feito o ajuste sazonal, e 38,4% em relação a março do ano passado. “Esses números confirmam a retomada do investimento”, diz a economista Luiza Rodrigues, do Santander, observando que a produção de bens de capital tem um comportamento bastante pró-cíclico. Caem muito em tempos de crise e se recuperam com força quando a economia reage. Também foi muito bem a produção de insumos típicos para a construção civil. A alta foi de 5,6% sobre fevereiro e de 19,7% sobre março de 2009. Retrato do bom momento do setor é que a produção de bens de capital para a construção avançou 244,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Com esse quadro positivo, a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Marzola Zara, passou a estimar que, no primeiro trimestre, a FBCF vai avançar 8,5% em relação ao quarto trimestre de 2009, feito o ajuste sazonal. Se confirmado, será uma aceleração em relação ao ritmo já bastante expressivo observado nos três últimos meses do ano passado, de 6,6%. Luiza vê uma alta um pouco mais modesta, de 5,5%, mas ainda assim um número robusto. Para 2010, há estimativas de crescimento superior a 20% para a FBCF.
“É uma boa notícia, porque se trata de um crescimento forte que se dá em cima de uma expansão significativa nos trimestres anteriores”, afirma ela. Para Luiza, esse aumento do investimento aponta para uma expansão da capacidade produtiva no fim deste ano ou no começo do próximo, dada a demora de alguns meses para a maturação das inversões.
A alta dos investimentos é fundamental num momento de aumento do nível de utilização da capacidade instalada (Nuci). Na indústria de transformação, o Nuci subiu de 84,3% em março para 85,1% em abril, feito o ajuste sazonal, segundo números da Fundação Getúlio Vargas (FGV),. As inversões são importantes para ampliar a capacidade de oferta na economia, evitando o surgimento de pressões inflacionárias. 

Ministério da Fazenda vai rever previsão do PIB para 5,5% a 6,5%


Fabio Graner de Brasília

O Ministério da Fazenda vai revisar novamente sua projeção de crescimento para 2010 e agora deve chegar a um número entre 5,5% e 6,5%, informou ontem o secretário de Política Econômica da pasta, Nelson Barbosa. Com o reconhecimento de que a atividade está em forte expansão, Barbosa disse que o governo pode acionar a política fiscal para “moderar” o ímpeto da economia, ou seja, restringir o ritmo de crescimento do gasto público.
Atualmente, a projeção oficial da Fazenda para o crescimento da economia em 2010 é de 5,2%. Segundo Barbosa, a meta do governo é um crescimento de longo prazo entre 5% e 6%, considerado um nível sustentável a longo prazo. Uma expansão consistentemente acima do teto dessa faixa, na visão do secretário, exige medidas para conter a atividade. Isso porque a oferta de bens e serviços no País, com um crescimento por vários trimestres acima de 6%, pode não ser suficiente para que a demanda seja atendida. Apesar de admitir um ritmo forte da economia, Barbosa ponderou que espera uma desaceleração do crescimento no segundo semestre, refletindo a retirada dos estímulos monetários e fiscais já adotados pelo governo.
De qualquer forma, ele ressaltou que a Fazenda está atenta e poderá apertar a política fiscal para trazer a economia para a faixa ideal de crescimento. Barbosa esclareceu, contudo, que isso não necessariamente implica aumento da meta de superávit primário (hoje de 3,3% do PIB). Ele disse que o governo, por exemplo, pode não usar a margem de manobra dada pelos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que permitem na prática um resultado primário menor que a meta.

A Telebrás vai gerir Plano de Banda Larga e poderá levar internet a usuário


A Telebrás — estatal que controlou até 1998 o sistema nacional de telecomunicações e que atualmente cumpre apenas funções administrativas — será a gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que será lançado hoje pelo governo federal. Foi publicado ontem fato relevante na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando que a Telebrás poderá inclusive entregar a internet em alta velocidade ao usuário final (residências e empresas), desde que não haja disponibilidade do serviço privado.
O PNBL, destinado à inclusão digital num país onde mais da metade dos municípios não conta com banda larga, está em costura no governo desde setembro de 2009. Apenas 20,8% dos domicílios brasileiros têm internet em alta velocidade.
Segundo o fato relevante, caberá à Telebrás implantar a rede privativa de comunicação da administração pública federal e prestar apoio a políticas públicas de conexão à internet em banda larga para universidades e centros de pesquisa, entre outros. Ela também ficará responsável em prover infraestrutura para as empresas privadas.
Outras empresas foram estudadas para assumir a gestão do PNBL. Entre elas Correios, Serpro, Dataprev e até mesmo uma nova estatal. A Oi também apresentou proposta com investimentos de R$ 27 bilhões, valor considerado alto pelo governo.
A opção pela Telebrás, segundo os técnicos do governo, é porque ela seria o caminho mais rápido, fácil e era a empresa pública mais estruturada para a função. Desde 2007, quando o governo começou a estudar a possibilidade de usar a Telebrás como gestora, houve forte alta das ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
No ano, acumulam 166%.
Já o Ibovespa registra queda de 5,42% no período.
Tarifa deverá variar entre R$ 15 e R$ 35
A tarifa dentro do programa deverá variar entre R$ 15 e R$ 35, para atingir as classes C e D.
Os investimentos necessários preliminarmente para a implantação do PNBL até 2014 são de R$ 6 bilhões. Parte destes recursos, R$ 3,5 bilhões, deverá vir do Tesouro, e o restante, da rentabilidade da própria atividade a partir do terceiro ano. O dinheiro será usado na construção de infraestrutura de rede.
O BNDES pode financiar até R$ 5 bilhões.
O projeto é atender em 2010 cem cidades com banda larga, sendo entre 16 e 18 capitais.
Para isto, serão gastos cerca de R$ 270 milhões, recursos já disponíveis da Telebrás e de sobras dos ministérios. Porém, um problema ainda não está resolvido: a questão das redes de fibras óticas da Eletronet, que administra os cabos da Eletrobras.
Existe uma disputa antiga na Justiça, entre o governo e a Alcatel-Furokawa, sobre quem é dono destas redes. A decisão mais recente da Justiça reconhece a posse da União.
A infraestrutura da Eletronet e da Petrobras soma 21 mil quilômetros de fibras ópticas e é importantíssima para a expansão da banda larga, porque ela é que permitirá levar o serviço aos municípios do país.

Os terroristas financeiros


Como era previsível, as piranhas do mercado financeiro sentiram o gosto de sangue, na forma do pacote de ajuda à Grécia, até agora o maior da história, e passaram imediatamente a buscar outra presa. Surgiu, nos mercados, um boato (entre as centenas que os operadores financeiros espalham diariamente) de que estava em preparação uma ajuda ainda mais portentosa, desta vez para a Espanha, no valor de 280 bilhões de euros, mais de duas vezes e meia o que foi prometido à Grécia.


"É uma absoluta loucura", reagiu o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, forçado, justamente pela "loucura", a passar todo o tempo de uma entrevista coletiva a defender a solvência de seu país.


Não adianta: o rumor mais o fato (real) de que as economias europeias estão excessivamente endividadas mais a notícia de que a produção industrial chinesa estava aumentando no menor ritmo em seis meses - tudo isso levou a um desastre nas bolsas da Europa. Na Espanha, houve uma queda formidável (5,41%), a segunda pior jornada do ano, levando o índice ao nível mais baixo desde meados de julho passado.


Na Grécia, como é óbvio, o tombo foi maior (6,6%), mas não escaparam Paris, Londres, Frankfurt, Milão.


Não adianta Zapatero esbravejar e dizer que "não podemos estar continuamente pendentes das especulações". São elas que marcam a pauta, goste-se ou não.


Tanto que o dado sobre a produção chinesa seria pouco significativo em outro ambiente. Afinal, não houve queda, mas crescimento menor --e em um período de apenas seis meses, que é reduzido para decretar que a economia chinesa, motor do mundo, vai desacelerar, que a China vai comprar menos commodities (o Brasil seria uma vítima, nessa hipótese) e por aí vai.


O fato é que os mercados estão praticando atos seguidos de terrorismo financeiro, sem que os governos consigam reagir à altura e em tempo.
Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às quintas e domingos na página 2 da Folha e, aos sábados, no caderno Mundo. É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e "O Que é Jornalismo".

Imprensa em debate

Participei ontem como moderador de um painel na Câmara dos Deputados sobre como a imprensa pode contribuir para o fortalecimento da democracia representativa. O evento foi organizado conjuntamente pela Casa e pelas principais entidades empresariais do setor.

Entra governo, sai governo, a discussão muda pouco. O poder se incomoda com o olhar da imprensa, e esta fica incomodada quando se vê — ou sente-se — pressionada pelo poder. Mas nem todas as situações são iguais.

Os grandes veículos de comunicação têm mais afinidade com alguns governos que com outros. E há governos que estimulam mais ostensivamente atitudes críticas ao jornalismo.

Deveria ser visto como coisa normal, da vida. Aqui uma curiosidade: este governo e o presidente da República oscilam entre extremos. Uma hora proclamam que a explosão das comunicações e redes digitais relativizou a influência dos grandes veículos. Outra, debitam na conta da imprensa parte ponderável das dificuldades cotidianas do poder.

Debate fascinante. Nunca um presidente foi tão popular e teve tanto apoio político quanto Luiz Inácio Lula da Silva. E nunca um presidente reclamou — ou fez reclamarem — tanto da imprensa. Ora, se quanto mais Lula “apanha” mais forte fica, qual é mesmo o problema? Em teoria, talvez fosse o caso de “deixar a imprensa falando sozinha”. Não é, presidente?

A trajetória do jornalismo brasileiro no último quarto de século, quando atingiu finalmente a maturidade profissional e empresarial, ainda deverá ser objeto dos indispensáveis estudos acadêmicos. Mas um traço parece consensual. Ao mesmo tempo que fez da profissionalização a marca registrada no período, a imprensa pátria manteve o traço de militância presente desde os primórdios.

O cruzamento desses dois vetores dá um bicho meio estranho. As diretas já, um marco, foram muito boas para o Brasil. Aceleraram a transição e criaram as condições para implantar plenamente a democracia. Não tenho certeza, entretanto, se foram igualmente salutares para a imprensa.

Desde então, ela vem reinventando esse viés militante pronunciado, também como meio de exercício do poder. Só que aí aparece a dificuldade estrutural. Se a imprensa entende, corretamente, sua liberdade como primordial e absoluta em algum sentido (desculpem a contradição aparente), ela talvez precise vacinar-se mais contra as tentações partidárias.

Porque uma coisa é a sociedade aceitar e defender a liberdade absoluta de imprensa como direito de ela, sociedade, manter desobstruídos os canais de diálogo consigo própria. Outra coisa é quando a sociedade passa a enxergar na imprensa a defesa do interesse de uma parte (“partidária”), e não do todo.

Reconheço que essa “vacinação” é simples de receitar, mas difícil de praticar. Afinal, cada veículo tem o direito de definir soberanamente sua linha editorial. Se, no limite, todos os veículos tiverem a mesma orientação editorial sobre determinado assunto, ninguém tem nada a ver com isso. Como então garantir a pluralidade?

Na busca da solução, o governo tem agido bem por um lado e mal por outro. Age bem quando estimula a desconcentração econômica do setor. E age mal quando dá curso a tentativas de controlar a produção da imprensa, ainda que revestidas do belo adjetivo “social”.

Só existe uma forma aceitável, na democracia, de controlar a atividade jornalística: a posteriori, pelo Judiciário. Pode haver mecanismos de autorregulamentação — que já defendi aqui —, mas ela é prerrogativa do setor.

Até porque o assim chamado “controle social” apresenta uma dificuldade técnica intransponível: quem o executaria? Se for alguém indicado pelas instituições estatais não serve, pois um papel da imprensa é exatamente fiscalizá-las. E infelizmente não há alternativa. E a mesma tensão estaria presente se a indicação coubesse às organizações sociais. Quem então as fiscalizaria?

Uma imprensa plural jamais poderá ser imposta manu militari por um poder político nela supostamente interessado, ainda que disfarçado de “sociedade civil”.

Assaltando o colega

Contraditórios sentimentos


parodiando o artigo " Sentimentos contraditórios " do tucademopiguista Merval Pereira:
Fora o fato de que, se não fosse o PIG, a candidatura de José Serra à Presidência da República pelo PSDB jamais existiria, neste momento da campanha eleitoral ela só existe pela expectativa de que o FGE - FolhaGlobEstadão - terá a capacidade de levá-lo à vitória em outubro.
Mas as notícias não são boas, nem as objetivas nem as de bastidores, que falam de novas pesquisas, depois da saída de Ciro Gomes, que indicariam a aproximação da Dilma ante José Serra.
A campanha de Serra não passa um dia sem ter sobressaltos, e sempre relacionados com uma maneira nada popular de se comunicar do candidato piguista, o que exacerba o contraste com as virtudes performáticas dos meios de comunicação(?), ampliando os defeitos do protegido em campanhas eleitorais.
Os movimentos bruscos da corja piguista nos últimos dias, alternando uma excitação desproporcional com uma emotividade excessiva diante da aproximação do início legal da campanha, indicam que as coisas não estão saindo como eles planejaram.
O PIG não engoliu com gosto a indicação de Lula pela revista Time como a personalidade política mais influente do mundo, fez questão de espalhar que ele tinha sido escolhido como "uma das"... A inveja da tucademopiganalhada já não cabe mais dentro das redações e mansões dos Jardins.
Fora o fato de que a inveja é coisa de mau gosto, fica o registro de um momento de fragilidade emocional de uma elite extremamente impopular que vê se aproximando o fim de seu "reinado" e que quer desesperadamente voltar ao Planalto através do seu escolhido.
É justamente esse desespero que está chamando a atenção de tantos quanto participam dessa campanha eleitoral.
Colocar como objetivo máximo eleger seu candidato, depois de literalmente impo-lo a Aécio e demos, é uma prova inegavel de desespero dos que antigamente elegiam e derrubavam presidentes - Collor é o exemplo mais recente -.
Mas, mesmo com todo o seu empenho, já paira no ar a certeza de que José Serra é pesado demais mesmo para o PIG, e uma indicação clara disso é o apoio formal do PMDB a Dilma na corrida presidencial.
Poucos meses atrás, a neutralidade do partido na campanha eleitoral, diziam os tucanos era uma decisão automática. 
Ontem, depois de um jantar com o presidente do PMDB - Michel Temer - Dilma a candidata de Lula/PT saiu comemorando a aliança.
O PMDB garantiu apoiar e indicar o vice na chapa da Dilma, que significa na prática uma derrota achapante para a oposição.
Com os arranjos que estão sendo negociados nos bastidores, a vantagem da Dilma se manterá, será o massacre anunciado.
No momento, o presidente Lula excerce sua liderança tentando conter um sentimento de empolgação exagerada dos partidos que embarcaram na campanha apostando na sua reconhecida sensibilidade política e, mais que isso, na sua popularidade recorde.
O deputado federal Ciro Gomes já disse que apoiará Dilma Rousseff.
O fato é que o presidente Lula embarcou nessa viagem com uma certeza de chegar a porto seguro, que, se vê agora, tem mais a realidade a embasar.
Precisa agora despender energia política para manter acesa a responsabilidade de seus aliados, e não deixa-los entrar naquela do "Já ganhamos". É preciso calma e trabalho até o dia da eleição.
Assim, forma-se um círculo virtuoso, com o presidente alimentando a chama do poder, e os partidos que fazem parte de sua base aliada aguardando a confirmação de que a sua capacidade de transferência de votos é uma realidade.

Diferenças mínimas que são verdadeira máximas

Na questão da previdência o que prevalece são as máximas: Farinha pouca?... Meu pirão primeiro e Arrastando brasa para minha sardinha.

Os graúdos não aceitam que a aposentadoria seja a média de todas as contribuições - desde a primeira -, que o que é justo. Porém diminuiria e muito do que eles recebem enquanto ainda trabalham.

As mulheres vivem pregando a "igualdade de direitos", mas não abrem mão de se aposentarem 5 anos antes que os homens.

Como podemos ver é cada um olhando apenas o próprio umbigo.

Durma-se com um barulho deste.

Aviso: Um dia a casa cai e por bem ou por mal será feita a reforma previdênciaria.

Indústria - melhor resultado em 20 anos


Jacqueline Farid

A indústria praticamente zerou os efeitos da crise e cresceu acima do esperado em março. A produção aumentou 2,8% ante fevereiro e subiu 19,7% na comparação com março do ano passado, no melhor resultado desde abril de 1991. Com a aceleração do processo de recuperação no início deste ano, o setor fechou o primeiro trimestre com expansão acumulada de 18,1%, o melhor resultado trimestral em 20 anos.
A indústria operava, em março, em patamar apenas 0,1% abaixo do nível recorde de setembro de 2008, antes do início dos efeitos da crise sobre o setor, segundo observou o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. “A indústria praticamente eliminou os efeitos da crise observados nos últimos três meses de 2008″, disse.
Em fevereiro de 2010, o setor ainda operava em patamar 2,8% inferior ao recorde de setembro de 2008. Segundo Macedo, os dados de março mostram “um perfil generalizado de crescimento e recuperação da atividade industrial”. Prova disso é que 77% dos produtos pesquisados pelo instituto registraram aumento da produção no mês, no melhor resultado desde o início da série histórica desse indicador, em janeiro de 2003.
Nível histórico. Entre as categorias de uso pesquisadas, apenas os bens de consumo semi e não duráveis (alimentos, vestuário, calçados) já operam em patamar acima (3,0% maior) de setembro de 2008, no maior nível histórico de produção. Macedo lembra que essa categoria vem sendo impulsionada pelos bons resultados do emprego e da renda.
A categoria de bens intermediários (aço, insumos para construção civil) já empatou (0,0) com o patamar daquele período, enquanto bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos, com -0,6%) e bens de capital (-7,4%) não conseguiram ainda se recuperar integralmente.
A alta apurada na produção da indústria em março ante o mês anterior veio acima do esperado por analistas econômicos que, segundo levantamento da Agência Estado, projetavam, em média, um crescimento de 1,85%.
Segundo Macedo, a forte expansão ante março de 2009 reflete a baixa base de comparação, “o maior ritmo da produção em 2010″ e o fato de que março deste ano teve um dia útil a mais do que o mesmo mês do ano passado.
Perspectivas. Apesar de comemorarem o forte crescimento industrial no primeiro trimestre e projetarem um resultado positivo no ano, economistas acreditam em declínio no ritmo da expansão. O economista da LCA Consultores Douglas Uemura acredita que a produção vá se acomodar, ainda em patamar elevado mas com ritmo de crescimento menor.
Já o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Rogério Souza considera os dados do primeiro trimestre “excelentes”, mas também projeta uma desaceleração. / COLABOROU FRANCISCO CARLOS DE ASSIS