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por Laguardia

Há alguns anos atrás tive a oportunidade de assistir a uma palestra de Leonardo Boff, muito fraca por sinal.

Leonardo Boff ainda vive no século passado. Não se deu conta que o socialismo fracassou completamente.

Hoje existe mais igualdade social e maior desenvolvimento humano em países capitalistas do que nos países chamados socialistas.

Compare-se o desenvolvimento social da Coréia do Norte e da Coréia do Sul. Países que sairam em pé de igualdade da segunda guerra mundial.

A Coréia do Sul desenvolveu-se, tornou-se um país com um grande desenvolvimento social enquanto que a socialista Coréia do Norte parou no tempo e seu povo vive na miséria dependendo de ajuda externa para não morrer de fome.

Comparem o que era a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental. Todas as duas completamente destruídas depois da Segunda Guerra Mundial.

A Alemanha Ocidental se tornou uma das maiores economias do mundo. A Aleamnha Oriental, socialista, um perfeito fracasso. Tanto que com o fim da cortina de Ferro a Alemanha Ociedental incorporou a Oriental e está cuidando para que a população desta última consiga o mesmo nível de bem estar social da Alemanha Capitalista.

Leonardo Boff sofre de miopia histórica e não consegue ver o que acontece no mundo. Continua iludido com o socialismo, regime que já nasceu morto. 


Reflexão da noite


O caminho de volta

Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta.
Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras.
Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!
Mas, com quase 40 eu estava chegando lá.
Onde mesmo?
No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra FIM. Antes dela, avistei a placa de RETORNO e nela mesmo dei meia volta.
Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo.) É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.
Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo.
E num é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram 4 vezes em quatro anos) agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta e eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou).
Por aqui, quando chove a internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz “a internet voltou!” já é tarde demais porque o livro já está melhor que o Facebook , o Twitter e o Orkut juntos.
Aqui se chama ALDEIA e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama.
No São João, assamos milho na fogueira. Nos domingos converso com os vizinhos. Nas segundas vou trabalhar contando as horas para voltar.
Aí eu lembro da placa RETORNO e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: RETORNO – ÚLTIMA CHANCE DE VOCÊ SALVAR SUA VIDA!
Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: “compre um e leve dois”.
Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta. 

  
 Téta Barbosa -Batida Salve Todos

por Leonardo Boff

Crise terminal do capitalismo?

Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância.
Estou consciente de que são poucos os que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.
A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado.
Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.
A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos.
Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.
O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.
Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência.
Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugual 12% no pais e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia.
Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.
A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade.
As vítimas, entrelaçadas por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamene nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.
Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam.
Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.
As ruas de vários países europeus e árabes, os “indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital.
Os jovens espanhois gritam: “não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumo-sacerdotes do capital globalizado e explorador.
Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da super-exploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.

DOIS SEGUNDOS




Não sei se foi a Filosofia...
Talvez a Matemática ou a Física.
Sei apenas que dividiram o tempo.
E dele me deram uma intrigante fração...
De dois segundos somente.
Nesse ínfimo intervalo mal fui iludido.
E Tentei vencer, mas acabei perdendo aquela corrida.
Evento pelo qual meu nome deixou de ser gravado no troféu que não ganhei.
E a história absteve-se de escrever em seus anais o meu – agora insignificante – nome.
Contudo, evitei um acidente de carro...
Consegui dobrar uma blusa e sorrir a mim mesmo...
Porque me dei conta de que estava estranhamente só...
Num interminável e fascinante período de dois segundos.
Dois segundos!
Nada mais que dois segundos...
E eu descobri que eles são mais do que suficientes
Para eu te estender a mão num abraço 
E te acarinhar com um sorriso
Dizer-te um “oi”...
Te roubar um beijo.
Eu até posso não ter a velocidade da luz!
Mas o amor se expande em mim sem esgotar-se.
E se propaga entre nós chegando a ti...
Porque o sentimento-amor viaja a bordo da nave “pensamento”...
E dispensa a medida de distância e de tempo...
Nem de dois segundos, ao menos.
Porque o amor é atemporal...
(ORLANDO)

Aprenda outro idioma

[...] e gratis.

Veja abaixo alguns sites que ensinam.


Ordem de prisão para Obama, mulher e filho

Juízes do Tribunal Penal Briguilinal decidiram hoje, segunda-feira (27) emitir uma ordem de prisão contra o presidente dos EUA, sua mulher e sua filha. Eles são acusados de crimes contra a humanidade pela invasão do Afeganistão, Paquistão e Iraque. 


Quando vamos ler esta noticia, daqui a dez anos, vinte, trinta?... 

39,5 milhões de brasileiros chegaram a classe C

Do começo de 2003 [posse de Lula] até maio deste ano, 48,7 milhões de pessoas entraram nas classes A, B e C no Brasil, quase a população da Espanha, um crescimento de 47,94%, aponta pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV).


Somente na classe C foram 39,5 milhões de novos integrantes no período, um aumento de 46,57%. Paralelamente, 24,6 milhões de pessoas deixaram a classe E, queda de 54,18%, e 7,9 milhões, a classe D, recúo de 24,03%, o que mostra que a desigualdade no país vem caindo, afirma o professor Marcelo Cortes Neri, coordenador da pesquisa.

"Você está falando de crescimento em cima de crescimento (…). Ela [classe C] já cresceu porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003, e a desigualdade vem caindo há 10 anos. Esses são fatores fundamentais para este cenário de crescimento. O terceiro fator é a estabilidade, seja a inflacionária, seja o choque de confiança que foi dado aos mercados."

De acordo com Neri, além do crescimento da renda e da queda da desigualdade, a educação é outro fator que colabora para o aumento da classe C. "A nossa pesquisa mostra que, só pelo efeito da educação, se tudo se mantiver constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que é bastante". Ele citou ainda programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que foi importante para a classe E, e o aumento do salário mínimo, importante para a classe C.

Do total de novos integrantes das classes A, B e C, 13,3 milhões passaram a fazer parte dessas fatias sociais nos últimos 21 meses encerrados em maio, salienta o professor, o que mostra que o crescimento continua.

Crescimento do PIB versus alta da renda


A pesquisa revela ainda que a renda do brasileiro cresce em proporções maiores que o Produto Interno Bruto do país, o que diferencia o Brasil de outros países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

De 2003 a 2009, a taxa de crescimento do PIB per capita foi, em média, de 2,88% ao ano, sendo superada em 1,83 ponto percentual ao ano pela renda da pesquisa nacional por amostra de domicílio (Pnad), que foi de 4,71% ao ano.

Entre as duas últimas Pnads, essa relação quase dobra, diz a pesquisa. O PIB per capita recúa 1,5% em 2009, contra um crescimento de 2,04% na renda da Pnad.

Na China e na Índia, o movimento foi oposto, disse o professor, pois o PIB cresceu mais do que as pesquisas domiciliares daqueles países.



Cães sarnentos


As familias Marinho, Frias e Mesquitas julgam-se os reis do pedaço, donos da "verdade" publicada via Pig. Mas, eleitoralmente eles e seus miquinhos amestrados não passam de cães sarnentos. 




Atender o cliente online, não cometa estes 5 erros

1. Passar o atendimento do online para o offline – O cliente online quer ser atendido online. Parece trivial, mas muitas empresas ainda cometem este erro. O cliente entra em contato através de um canal online e recebe a resposta para entrar em contato por telefone. Nada mais frustrante do que iniciar um atendimento online, aguardar uma resposta e nela ser direcionado para um canal offline.

2. Canais de atendimento ociosos – Disponibilizou um canal? Use-o. Muitas empresas se vangloriam de disponibilizar os mais diversos canais de atendimento online, como: E-mail, Chat, Atendimento Inteligente, entre outros. Disponibilizam, mas não atendem. Há demora nas respostas de e-mail, deixam o cliente em filas intermináveis de chat e utilizam de forma errada o conteúdo de canais inteligentes. A partir do momento que um novo canal é disponibilizado ao cliente, ele deve ser usado de forma correta, caso contrário a frustração gerada será enorme

3. Falta de posicionamento de prazos – Estipule prazos de resposta. O usuário de internet está acostumado com respostas rápidas. Sendo assim, deixe claro ao cliente qual o prazo de resposta. Caso ele envie um e-mail, utilize ferramentas que estipulem e divulguem ao cliente o tempo médio para resposta. No caso do chat, informe a posição da fila e o tempo médio de espera. O cliente que não tem retorno sobre o prazo de resposta costuma recorrer aos métodos tradicionais – e mais caros – para sanar as dúvidas.

4. Demora nas respostas – O e-consumidor gosta de respostas rápidas. É imediatista. Utilize ferramentas de atendimento inteligente que consigam entender de forma automática as questões do cliente e responder. Este tipo de tecnologia costuma reter em média 70% do fluxo manual de interações online. Em grandes operações essa economia gerada é bastante expressiva.

5.  Restrição de horário de atendimento – Um estudo realizado pela NeoAssist em 2011 aponta que cerca de 20% das dúvidas dos clientes em sites de compra ocorrem fora do horário comercial. Ter um atendimento disponível fora do horário comercial ou ferramentas inteligentes é importantíssimo. O cliente que não encontra resposta para sua dúvida na hora da compra migra para o concorrente que disponibiliza essa informação.

Parecem cinco dicas fáceis de seguir. No entanto, mesmo nos dias de hoje, ainda encontramos muitas empresas que atendem dessa forma e deixam aberta a possibilidade de perder clientes de forma rápida para a concorrência.

O bom atendimento é uma ferramenta essencial para gerar uma relação de confiança com o cliente. Assim como há a opção de "apenas um clique" para efetuar uma compra, precisamos facilitar as resoluções de dúvidas e problemas, maximizando sua curva de conforto. Ou seja, as dicas e ferramentas estão em nossas mãos, só é preciso enxergar e investir além do carrinho de compras.

do E-commerce



Blog do Charles Bakalarczyk: A questão estrutural do Poder Judiciário e o acess...

Blog do Charles Bakalarczyk: A questão estrutural do Poder Judiciário e o acess...: "Excelente matéria do Bruno de Pierro, do Brasilianas.org, sobre problemas orçamentários e de gestão do Poder Judiciário de São Paulo, obtid..."

Uma boa aula de Matematica

Matemática do amor 
Homem esperto + Mulher esperta = Romance
Homem esperto + Mulher burra = Caso
Homem burro + Mulher esperta = Casamento
Homem burro + Mulher burra = Gravidez
Aritmética de Escritório
Chefe esperto + Empregado esperto = Lucro
Chefe esperto + Empregado burro = Produção
Chefe burro + Empregado esperto = Promoção
Chefe burro + Empregado burro = Hora extra
Sucesso & Fracasso
Atrás de um homem de sucesso tem sempre uma mulher.
Atrás de um homem fracassado tem no mínimo duas mulheres.
Equações gerais & Estatística
Uma mulher preocupa-se com o futuro até ela conseguir um marido.
Um homem nunca se preocupa com o futuro até ele conseguir uma esposa.
Um homem de sucesso é aquele que consegue ganhar mais dinheiro do que a sua esposa consegue gastar.
Uma mulher de sucesso é aquela que consegue encontrar este homem.
Felicidade
Para ser feliz com um homem, você deve entendê-lo bastante e amá-lo um pouco.
Para ser feliz com uma mulher, você deve amá-la bastante e jamais tentar entendê-la.
Longevidade
Homens casados vivem mais do que homens solteiros.
No entanto, os homens casados são os que têm mais vontade de morrer.
Propensão à mudança
Uma mulher casa com um homem esperando que um dia ele mude, mas ele não muda.
Um homem casa com uma mulher esperando que ela não mude nunca, mas ela muda.
Discussão técnica
Uma mulher sempre tem a última palavra em qualquer discussão.
Qualquer coisa que um homem diga depois disso, é o começo de uma nova discussão.
Como impedir as pessoas de ficarem te chateando sobre casamento
Durante os casamentos, tias velhas costumavam vir até mim, me bater nas costas e dizer: "tu serás o próximo"!
Elas pararam depois que eu comecei a fazer a mesma coisa com elas nos funerais.

A Vale investirá em siderurgia

Murilo Pinto Ferreira, presidente da Vale, afirmou que empresa pretende garantir seu mercado cativo de minério de ferro no Brasil impulsionando siderúrgicas. Em um encontro com a presidente Dilma Rousseff, durante o qual expôs todos os empreendimentos tocados pela empresa no Brasil e exterior, falou sobre os 03 projetos de instalação de siderúrgicas, com destaque para a Alpa, usina prevista para o Pará.

"A Vale tinha 70% do mercado interno de fornecimento de minério de ferro. Hoje estamos com cerca de 50%. Em 2014, a previsão é de 29%. Queremos recuperar nossa participação e, para isto, estamos agindo como indutores de projetos", afirma. 

O executivo disse que no segundo semestre vai levar à apreciação do conselho da Vale os projetos do Pará e do Ceará. No de Pecém (CE), a Vale se associou com as coreanas Posco e Dongkuk e terá fatia inicial de 50%, que cairá para 20% entre 2013/14. No do Pará, a fatia inicial é de 100%. 

"A Vale é uma mineradora, mas não devo esquecer que siderurgia e energia são prioritárias para nosso futuro", disse. 

As redes tradicionais e as redes na internet

da Coluna de Cesar Maia na Folha de São Paulo

1. As redes políticas não são uma novidade. Há as tradicionais, como jornais partidários, mala direta etc. Nos últimos anos, surgiram as redes na internet, primeiro as de e-mail. A diferença entre as redes tradicionais e as da internet é que as primeiras são unilaterais: o emissor é ativo e o receptor, passivo. Já as redes na internet criam um espaço interativo em que todos são potenciais produtores de conteúdo. Os políticos e suas "newsletters" usam a mesma lógica das redes tradicionais. A internet apenas facilita. Com as redes sociais interativas -como Facebook, Orkut, Twitter- o uso tradicional de uma "newsletter" torna-se obsoleto.

2. Há, nas redes sociais, uma doce ilusão. A "audiência" de todos os instrumentos na internet é maior que a soma da audiência/circulação de todos os meios de comunicação. Só que os meios de comunicação relevantes são poucos e alcançam (unilateralmente) milhões de pessoas. Por mais força interativa que tenham, continuam unilaterais. A internet gera uma multidão de emissores que alcançam uma outra multidão, de receptores interativos. O impacto da internet é, assim, um jogo em que só alguns dos seus milhões de impulsos têm o impacto de mobilizar multidões. E há que praticar esse jogo cotidianamente.

3. Para aquele que está na web, todo dia é de eleição e as campanhas não o mobilizam mais. Quem entra na rede só nos pleitos falará para quem só se preocupa com política durante o período eleitoral. Em 2010, no dia seguinte à eleição, os candidatos presidenciais desativaram as redes que criaram em função da campanha. Uma frustração para quem imaginava que interagia pra valer. A internet potencializa a comunicação dos indivíduos. Mobilizar multidões é eventual, como ocorreu no norte da África e na Espanha, estimulados pela crise, e na Itália, com os plebiscitos.

4. As organizações virtuais não fazem parte da sociedade civil organizada como a entendemos. No jogo da internet, o que mobiliza é o contato com o internauta invisível. É ele que interage, repassa, critica.  Os "famosos" na internet pouco ou nada interagem. Sentem-se produtores unilaterais de conteúdo. Falam e não ouvem nada. São surdos. As organizações virtuais são bem mais ativas nas denúncias e protestos. Mas as ações propositivas exigem, em alguma proporção, o contato físico direto.

5. E, finalmente, um fato novo: a eterna disjuntiva entre democracia representativa e direta está superada. A democracia direta eletrônica rompe, com seletividade, tal disjuntiva. Os políticos que não despertam o interesse dos eleitores para acessá-los, ou os políticos que não usam a internet, estão fora da democracia direta eletrônica. Mas não podem reclamar. Problema deles.