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Conversa para boi dormir?

Você acredita quando dizem:

  • Orador: será duas palavrinhas
  • Advogado: esse processo é rápido
  • Noivo: casaremos o mais breve possível
  • Recém-casados:  até que a morte nos separe
  • Acabando: você foi a única mulher que realmente amei
  • Corretor de imóveis: em 03 dias tem água, luz e telefone
  • Vendedor: se precisar pode trazer  que a gente troca na hora
  • Aniversariante: sua presença é mais importante que o presente
  • Desiludida: nunca mais quero saber de homem na minha vida, nunca mais
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"A ocasião faz o ladrão" e mais 16 frases que perderam o sentido no Brasil de hoje, por Celso Vizenci



No Brasil do golpe, aquele do grande acordo com “o Michel Temer, com o Supremo, com tudo”, muitas coisas perderam o sentido. Já não significam (quase) nada. Honra, dignidade, ética, justiça… essas palavras vão, digamos assim, perdendo a serventia.

O mesmo acontece com velhos ditados, frases, provérbios e outras expressões que já não exprimem o que representavam em outros momentos. Em alguns casos, caíram completamente em desuso, em outros, exigem uma nova interpretação. Vamos a alguns deles:

O crime não compensa.
Quem ainda teria coragem de pronunciar isto? As malas de dinheiro do Geddel e tantas outras que “foram morar sozinhas” em apartamentos ou viajam para paraísos fiscais estão aí para confirmar que este provérbio caiu em desuso.

Pau que bate em Chico também bate em Francisco.Foi substituída por pau que bate em Delcídio NÃO bate em Aécio… nem a pau, Juvenal!

Em boca fechada não entra mosca.E muito menos as regalias oferecidas pela delação premiada na Lava Jato. Quem não abre a boca pra falar o que o Moro quer, vai ficar espantando moscas na prisão.

Um dia é da caça, outro do caçador.
Com essa bancada da bala e do boi, um dia é do caçador e o outro também.

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Provérbio foi adaptado. Hoje em dia, mais vale um tucano na mão de um judiciário manso e protetor do que inimigos do golpe, voando como zumbis, de processo em processo, nas mãos da Lava Jato.

Se queres conhecer o vilão, põe-lhe uma vara na mão.
E puseram! A 13ª (quanta ironia!) Vara Federal Criminal, onde a justiça do Moro funciona com “dois pesos, duas medidas”.

A ocasião faz o ladrão.Hoje em dia não é mais preciso esperar por uma ocasião, talvez única, na vida. Há eleições a cada dois anos. Depois de eleito é só se locupletar. Quase todos, afinal, confundem tomar posse com “apossar”.

A mentira tem perna curta.
Mas corre pra caramba, nas redes sociais e nos principais veículos de comunicação. Ao contrário do que tenta induzir o provérbio, até hoje tem se dado muito bem, principalmente no Jornal Nacional.

Quem tem boca vai a Roma.
O correto é “vaia” Roma, ou seja, na época, um protesto contra o centro do poder, o império. Durante o golpe contra Dilma, quem tinha boca, carro na garagem, apartamento classe média e inteligência mediana bateu panela, gritou e vaiou da sacada do apartamento. Hoje, continua a escrever nas redes sociais contra Lula, Dilma e o PT. A corrupção pós-golpe e todo retrocesso que acontece no país, ah, deixa pra lá…

Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Esta é uma exceção, posto que continua atualíssima, principalmente para a Cláudia e a Marcela, esposas do Cunha e do Temer, respectivamente.

Deus tem mais para dar do que o diabo para tirar.
Não é o que tem acontecido, ultimamente. Pelo menos em boa parte das igrejas evangélicas, Deus não consegue repor o tanto que pastores, com seu fiel escudeiro, o diabo, tiram dos fiéis todos os dias.

Para bom entendedor, meia palavra basta.
Aécio para Joesley: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer a delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho.” Para o juiz Moro, o Congresso Nacional, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal nem meia dúzia ou mais de palavras claras, claríssimas, permitiram vislumbrar algum tipo de crime.

O boi engorda é com o olhar do dono.
Hoje em dia engorda mais com a grilagem de terras, com a invasão do Cerrado e da Amazônia, com financiamentos agrícolas camaradas e que, ainda assim, muitos não pagam, e com o perdão de dívidas.

Mato tem olhos, paredes têm ouvidos.
Ainda mais no Brasil, onde quase todo mundo tá grampeado.

Quem semeia vento, colhe tempestade.
Mudou para: Quem semeia ignorância, colhe bolsonaros.

Não é pelos vinte centavos!
Verdade! É pelo golpe, pela destruição do país, pela entrega das nossas riquezas, pela perda da soberania, pelo eterno papel de colônia de outras nações.

***
Porém:
O judiciário é o mais corrupto dos poderes
Não perdeu o sentido. E hoje é a mais sentida pela sociedade brasileira.

Ditados populares






  • Antes calar que mal falar
  • Antes fanhoso que sem nariz
  • A palavras loucas orelhas moucas
  • Cavalo dado não se olham os dentes
  • A amar e rezar ninguém pode obrigar
  • Para bom entendedor meia palavra basta
  • A necessidade ensina a tartaruga a correr
  • Anda sob toga de letrado muito asno disfarçado
  • A Santo que não conheço, não rezo nem ofereço
  • Amor é a gente querendo encontrar o que é da gente

Qual a diferença entre uma galinha e um político?

A galinha cacareja e põe o ovo. Mostra resultado na hora.
O político cacareja durante a eleição. E se eleito só veremos o resultado depois de acabar seu mandato.

Lugar comum

O pouco com os teus é muito, o muito sem os teus é pouco.
A galinha da vizinha é sempre mais gostosa que a minha.
Não deixe para amanhã o que pode fazer depois de amanhã.
Mais vale um aécioporto que um galeão - para ele e sua família -.
Quem conta com panela alheia, arrisca-se ficam sem ceia.

Lugar comum


  • Que horas são? Oração é na igreja!
  • Vai comer agora ou quer quieu embrulhe?
  • Só quer ser as pregas...
  • Acontece nas melhores famílias.
  • Se não matar? Engorda!

Crônica dominical de Luiz Fernando Veríssimo



Ditos populares, por Luis Fernando Veríssimo

Dos ditos populares, o mais irônico — pra não dizer cínico — é “Pra baixo todo santo ajuda”. O dito não discute a existência de santos e sua influência em nossas vidas, mas os divide em duas categorias, os poucos que nos ajudam nos momentos difíceis, de grande esforço, como subir uma ladeira, e a maioria que só se apresenta na hora da descida, quando nem precisaríamos de ajuda. Seriam os santos oportunistas, atrás de uma glória que não merecem.

Outro dito sábio e irônico, que está sendo muito citado depois da tragédia em Santa Maria, é “Porta arrombada, tranca de ferro”. Este trata das reincidentes providências tomadas para que um fato não aconteça, depois do fato acontecido. Foi preciso que quase 250 pessoas morressem para que coisas como revestimento inflamável, alvarás vencidos, falta de saídas de emergência e sinalização interna, etc. passassem a fazer parte das nossas conversas cotidianas, numa súbita descoberta do mundo de riscos iminentes e desconhecidos habitado por boa parte da população, principalmente a população jovem.
O Ivan Lessa disse que de quinze em quinze anos o Brasil esquece a sua história. Ou mais ou menos isso. Lessa foi otimista. A memória brasileira é bem mais curta. Não faz quinze anos que o Renan Calheiros teve que renunciar ao seu mandato para não ser expulso do Congresso. Hoje é candidato à presidência do Senado (estou escrevendo antes da eleição, mas Calheiros era tido como barbada).
Na época da sua renúncia houve grande indignação, mas a indignação brasileira — como a memória — dura pouco. É fácil indignar-se. Para nos indignarmos não falta a ajuda de todos os santos. Para que a indignação dure e tenha consequência precisamos de um empurrãozinho dos santos mais constantes. Que andam muito relapsos.
No caso dos crimes em Santa Maria, só nos resta esperar que a indignação dure o bastante para ter consequência. Que as providências que evitarão outra tragédia parecida sejam tomadas antes que a indignação seja engolida pela memória curta e desapareça.
E “quem esquece a história está condenado a repeti-la”.

Fazedores do nosso chão

Que o Brasil está cheio de personagens ilustres desconhecidos, isso muita gente sabe. Que de vez em quando um repórter pinça um ou outro para bater um papo, é muito comum que aconteça. Mas a série "Fazedores do Nosso Chão", que Fernanda Salvador tem publicado no Overmundo, não apenas apresenta personagens do cotidiano como filosofa com eles sobre a vida.






É assim que o artesão Zé do Ponto reconhece que "ninguém vive sozinho" e o roceiro Olímpio Soares conclui "a vida é um laço". Dona Lira Marques relata o amor ao que faz e Gonçalo Silva fala sobre a necessária construção de ilusões para se viver. 
Acompanhe 

Comida

VERSEJANDO SOBRE ADÁGIOS POPULARES DE COMIDA
Não adianta chorar
Pelo leite derramado
Porque no frigir dos ovos
Só você é o culpado
Porém se chorar pitangas
E não segurar a franga
Vai ter o caldo entornado.

Venda seu peixe com calma
Que apressado come cru
E coma pelas beiradas
Mingau quente ou angu
Cozinhando em banho-maria
Você não entra em fria
E evita dar chabu.

Sem antes quebrar os ovos
Ninguém faz uma omelete
E se pisar no tomate
Ele amassa ou se derrete
Quem enfia o pé na jaca
Dando uma de babaca
Vai parar na internet.
 Quem enche muita lingüiça
Fala demais abobrinha
Troca alhos por bugalhos
Puxa a brasa pra sardinha
Depois não vê que a conversa
Distorcida e desconexa
por Edmar Mello