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A lição que vem do Rio Grande do Sul

AYRTON CENTENO
    Enquanto o Brasil se prepara para escolher entre a continuidade do projeto de Lula e a retomada do período FHC, o Rio Grande do Sul conta nos dedos os dias que restam para encerrar sua primeira e notável experiência com o PSDB no poder. Dela, pelo que disseram as urnas, não terá maiores saudades. O que não quer dizer que não tenha sido inesquecível. Começou antes mesmo de que o governo começasse, quando Yeda Crusius assomou à sacada do Palácio Piratini para desfraldar a bandeira do Rio Grande do Sul de cabeça para baixo. Ou também, semanas antes da posse, quando tramou um tarifaço, evitado pela oposição parlamentar com a anuência de parte dos governistas. Entre eles, seu vice, o empresário Paulo Feijó (DEM), que se pintou para a guerra contra seu próprio governo! O espanto foi ainda maior porque a candidata do PSDB, durante a campanha, jurara que não aumentaria impostos. Quando se elegeu com o slogan “O novo jeito de governar” ninguém imaginava que isto significaria fazer o inverso do que prometera.
    Pode-se dizer muitas coisas sobre o, digamos assim, governo de Yeda, mas ninguém poderá se queixar de enfado, tantas foram as emoções. Como a de conhecer caras novas: antes de concluir três anos de mandato a tucana já trocara 29 secretários! Que foram defenestrados nas mais variadas e, muitas vezes, espantosas circunstâncias. Por exemplo, seu antigo chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, foi gravado pelo próprio vice de Yeda. No diálogo, Busatto admite que os partidos da base do governo tucano eram financiados por órgãos públicos, como as estatais de energia elétrica e de água e o departamento estadual de trânsito.
    O Detran, alíás, rendeu uma CPI específica e outra genérica, a CPI da Corrupção. As investigações desvendaram porque o estado emitia a carteira de habilitação mais cara do Brasil. Um secretário, dois assessores e o ex-coordenador de campanha de Yeda disseram, em diferentes ocasiões, ter advertido a governadora sofre a fraude e que ela nada fez. O corpo de um deles, Marcelo Cavalcanti, ex-chefe da representação gaúcha em Brasília, apareceu boiando no lago Paranoá em fevereiro do ano passado. Cavalcanti deporia à Polícia Federal naquele mês. Suicídio, concluiu a polícia um ano mais tarde.
    Em agosto de 2009, o Ministério Público Federal denunciou Yeda e seu então marido Carlos Crusius; sua assessora Walna Menezes; o ex-secretário-geral de governo, Delson Martini; o tesoureiro da campanha estadual do PSDB em 2006, Rubens Bordini; mais o deputado federal José Otávio Germano (PP), ex-presidente do Detran; os deputados estaduais Luiz Fernando Zachia (PMDB) e Frederico Antunes (PP) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas. Todos acusados por improbidade administrativa. Depois, por uma questão de foro, Yeda foi retirada da ação que tramita na Justiça Federal.
    Com Yeda nomeando e o MPF, a Polícia Federal e as circunstâncias políticas desnomeando, não haveria mesmo chance para a monotonia. Uma das últimas cargas jogadas ao mar revolto das crises políticas foi o chefe de gabinete Ricardo Lied. Aposta de Yeda, que o levou para o coração do governo, Lied afastou-se em agosto. Ele é suspeito de comandar um sistema de espionagem de adversários políticos. Na relação de personalidades que tiveram seu sigilo violado figuram o governador eleito Tarso Genro (PT), o empresário Jaime Sirotsky, nome de proa da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), um senador, cinco deputados, promotores, policiais, militares, advogados e jornalistas.
    Deve-se a Lied uma das maiores contribuições para a iconografia da Era Yeda. Tornou-se hit instantâneo a foto que postou na internet. Na praia, o homem de confiança da governadora aparece de sunga, de pé sobre uma mesa usada como um pedestal. Entorna uma cerveja no bico, cercado por dezenas de garrafas. Desafortunadamente, por excesso de zelo e carência de jornalismo, a mídia fez olho branco para o flagrante tão impregnado de simbolismo.
    Quando veio a derrota, a governadora interpretou o recado dos eleitores de maneira peculiar, como é do seu feitio.  Na sua análise, o PSDB e seus aliados representaram “a resistência democrática” no estado, seja lá o que isso signifique. Assim, nomeia-os a “única força política organizada” na campanha local de José Serra no segundo turno.
    No seu blog, a par dos voos analíticos sobre Serra, o PSDB e a resistência democrática, Yeda relata sua relação com as corujas que a visitam no seu gabinete – “tenho aprendido das corujas”, confidenciou — e divaga sobre espectros e criaturas mitológicas, caso dos Dementadores, da série Harry Potter. São entidades malignas que sugam almas e enlouquecem as pessoas. Leitora voraz de literatura fantástica, adverte sobre a “evolução dos ciclos” e a eterna luta contra o “lado escuro da força”.
    Tudo isso é de suma utilidade para o eleitor. Ultrapassando o pitoresco das figuras e das situações, não será tempo perdido para quem ainda está indeciso entre Dilma e Serra debruçar-se sobre o que ocorreu no Rio Grande do Sul. Ao contrário, será sumamente educativo.
    Tarso Genro acena com um governo de concertação. Quer o PDT e o PTB na administração e pretende conversar com o PP e o PMDB. Vai ampliar sua base, dialogar com a sociedade e, pela sua capacidade de gestor e articulador, pode tocar um governo interessante. Porém, se comparado com o de sua antecessora, promete ser um tédio só.

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Doa-se um escândalo

Doa-se um escândalo. Está a disposição da inVeja, Rolha, Globoells e Restadão. Fiquem à vontade para expor e explorar em rádios, jornais, net e televisão...


AYRTON CENTENO
    É a doação do ano. Está à disposição de todos veiculos de comunicação um excelente escândalo. Em ótimo estado de conservação, quase sem uso. Ótima procedência, garantia de fábrica com reconhecida reputação na produção de escândalos de diversas modalidades, com direito a holofotes e alarme, porque escândalo sem visibilidade e alvoroço não tem graça. Acompanha um reboque porque quem compra o escândalo leva mais dois, três ou quantos quiser. Desempenho assegurado em qualquer plataforma: rádio, jornal, TV. Penalizado com a mídia, que anda matando cachorro a grito, pegando qualquer coisa para mimetizar em escândalo, proponho esta oportunidade imperdível.
    O escândalo fica um pouco fora de mão, no Rio Grande do Sul, mas vale a viagem. E o Brasil inteiro vai ficar de boca aberta para exclamar:
    “Isto sim é que escândalo!”
    Quem garante sua autenticidade é o Ministério Público Estadual. Não cavalga, portanto, palavra de ex-presidiário, estelionatário e receptador, um tipo de escândalo que anda por aí, convenhamos, de muito pouca classe. Já o escândalo gaúcho dispensa talento de ficcionista para ficar colando declarações aqui com fragmentos dali para tentar oferecer intelegibilidade às conspirações do aquário.
    Além do mais, é um escândalo flex. Opera por todos os lados: Executivo, Legislativo, Judiciário. Acha pouco? Então adicione a Polícia, o Ministério Público e a Imprensa. E até a Aeronáutica! Escândalo multiuso, com tração 4×4, trafega em qualquer terreno. Transita tanto pelas bordas do submundo do achaque e da proteção à contravenção quanto pelos salões palacianos onde o objetivo é violar sigilo e xeretar adversários políticos para garimpar, quem sabe, informações de alta octanagem eleitoral.
    Neste escândalo, turbinado tanto pela propina quanto pela arapongagem, o Executivo desempenha o papel de algoz e todos os demais são, quase sempre, as vítimas. O vilão pode estar na periferia de Porto Alegre extorquindo donos de bingo ou no centro do poder estadual espionando as vidas de políticos, procuradores federais, promotores de justiça, delegados de polícia, militares, jornalistas, advogados e empresários.
    Quem espiona é a Casa Militar. É um desvirtuamento torpe de um aparato, o Sistema de Consultas Integradas, direcionado para vasculhar segredos de opositores. E, em vários casos, até de suas famílias. O que inclui crianças… 
    É uma crise que bate à porta da governadora Yeda Crusius – a primeira e cataclísmica experiência de gestão tucana no Rio Grande do Sul. Em questão de duas semanas rolaram três cabeças coroadas do seu governo – o chefe da Casa Militar, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional e, por último, o chefe do Gabinete da própria governadora. Mas o escândalo continua caminhando na sua direção. 
    “Polícia política” e “central de espionagem” são termos que o ex-ouvidor da Segurança Pública usa para definir as operações flagradas no coração do governo gaúcho. Aliás, ele classifica singelamente a governadora como “a mandante”. Existe algo mais apetitoso para uma mídia que gastou os últimos oito anos se esfalfando atrás de grampos sem áudio, fichas falsas e de um “Estado policial”? Além de um ex-ministro de Lula, de um senador da república e de cinco deputados, a espionagem alvejou muito mais gente. Nem o empresário Jayme Sirotsky escapou. 
    Presidente emérito do grupo RBS, Sirotsky é um dos notáveis da Sociedade Interamericana de Imprensa. Sabe-se lá o que representa quebrar o sigilo de um dos próceres da SIP, congregação de diuturna militância contra as ameaças, reais ou imaginárias, à liberdade de expressão? É ou não um escândalo supimpa?
    Porém, apesar de escândalo tão bem recomendado e apresentável está difícil negociá-lo. Será que silêncio tão embaraçoso – inclusive da honorável SIP, que costuma expelir moções de repúdio ao ouvir qualquer espirro de Chávez, aquele demônio – tem algo a ver com o fato da devassa ilegal de dezenas de vidas ilustres ser obra do PSDB? Estaria este pormenor na raiz das dificuldades no mercado da escandalização? Afinal de contas, é uma pauta preciosa. E preço não seria problema. Custaria apenas algum jornalismo.

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Ex-ouvidor denuncia que PSDB opera “central de espionagem”


Paiani afirma que esquema de espionagem tem, pelo menos, dois anos
Paiani afirma que esquema de espionagem tem, pelo menos, dois anos
AYRTON CENTENO
    O ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Adão Paiani, afirmou ontem que existe “uma central de espionagem” no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Ele assegura que o sistema funciona há mais de dois anos como “uma política institucional” do Governo Yeda Crusius (PSDB) para “espionar adversários políticos”. Também serviria para “pressionar políticos que não se alinham com o governo, perseguir ex-integrantes do governo que tenham se rebelado com as práticas que ocorrem lá dentro”. As declarações do ex-ouvidor foram dadas ao site Sul21. 

    Paiani respondeu pela ouvidoria até maio de 2009, quando foi exonerado. Ele alega, aliás, ignorar por qual razão foi afastado. Seu nome é o primeiro nome da lista de 33 pessoas liberada pelo promotor de justiça, Amílcar Macedo, responsável pelo caso, que tiveram suas informações acessadas através do Sistema de Consultas Integradas, do Palácio Piratini. Entre as outras vítimas estão o ex-ministro Tarso Genro, candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, seu coordenador de campanha Flávio Koutzii, vários diretórios do PT, um senador, três deputados, além de outros políticos, advogados, jornalistas e policiais. O autor dos acessos está preso há uma semana. É o sargento César Rodrigues de Carvalho, funcionário da Casa Militar do governo tucano.
    Dois meses antes de sua saída, o então ouvidor comunicou à governadora o emprego irregular do sistema. A decisão ocorreu depois que recebeu denúncia anônima sobre o uso indevido do equipamento por Ricardo Lied, então chefe de gabinete de Yeda. Paiani soube que Lied aparecia em escutas telefônicas reportando-se a uma investigação irregular de um adversário político, o petista Luis Fernando Schimdt, candidato a prefeito do município de Lajeado. 
    Hoje, ele admite: “ingenuamente achei que ela não tinha conhecimento”. O ex-ouvidor garante que “tudo isto que está vindo à tona agora (…) é algo que eu já havia denunciado quando da minha saída do governo. São exatamente os mesmos agentes, as mesmas práticas. Nada mudou”.
    Paiani supõe até mesmo que o resultado da CPI da Corrupção, da Assembleia Legislativa – que averiguou a desaparição de R$ 344 milhões dos cofres estaduais  – teria sido atingido pelo monitoramento, que serviria para pressionar deputados.
    Na época, segundo Paiani, a governadora respondeu-lhe que iria mandar investigar o que estava acontecendo. Além de Yeda, a denúncia teria chegado também ao chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel e ao secretário da Transparência e da Probidade Administrativa, Francisco Luçardo. “E todos silenciaram”, relatou o ex-ouvidor.

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Em queda, Serra enfrenta séria crise no Sul


Quando desembarcar no Rio Grande do Sul na segunda-feira (16), o tucano José Serra vai descobrir que a coisa está feia para ele no Estado. A queda nas pesquisas se reflete na paralisia de arrecadação de doações, e o comitê de Serra já não consegue segurar sua turma. Estabeleceu-se um “salve-se quem puder”, e até a governadora tucana Yeda Crusius prefere cuidar dos seus para tentar salvar a própria pele.

Serra quem?

O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, que apoiaria Serra, finge-se de morto, e o PDT do seu vice inaugura na sexta um comitê pró-Dilma.
Pedro Simon no muro
Como José Fogaça, o senador Pedro Simon (PMDB), cujo partido apóia Dilma Rousseff, também se mantém neutro para presidente.
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Doenças avançam enquanto Governo tucano põe dinheiro no banco

AYRTON CENTENO
    Dos dez municípios brasileiros com maior incidência de Aids, entre aqueles com mais de 50.000 habitantes, sete estão no Rio Grande do Sul. Além dissom, nos últimos dois anos o estado experimentou o retorno, com força inesperada e várias mortes, da febre amarela que fizera sua última vítima fatal em 1900. E, em 2010, pela primeira vez, a dengue manifestou-se de forma autóctone, ou seja, contraída no próprio solo gaúcho. Estes são alguns dos resultados da não-aplicação, pelo Governo Yeda Crusius (PSDB), de 12% de seus recursos orçamentários na saúde, contrariando o que determina a Constituição. Quem faz o enlace entre causa e conseqüências é o presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado Gilmar Sossella (PDT).
    Ontem, uma audiência da comissão presidida por Sossella discutiu a auditoria 8236, realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) e que apontou irregularidades no emprego, pelo governo gaúcho, de valores destinados a internações hospitalares, medicamentos, vigilância sanitária e programas de promoção à saúde de crianças, idosos e portadores de HIV. O levantamento do Denasus indica que o governo tucano, perseguindo o déficit zero, resolveu tratar da sua própria saúde financeira em detrimento da saúde dos contribuintes. Constata, que, em 30 de junho de 2009, a Secretaria da Saúde possuía R$ 164,7 milhões aplicados no mercado financeiro rendendo juros e correção monetária. Segundo os dados de 2006 e 2007, o Estado investiu somente 3,48% em saúde.
    “O Rio Grande do Sul é o estado que menos investe no combate à Aids e onde a doença mais avança”, acentuou Alexandre Boer, um dos coordenadores da Somos Comunicação, Saúde e Sexualidade, uma ONG de Porto Alegre que atua no enfrentamento da síndrome. No começo do ano, a Somos espalhou out-doors pela capital denunciando a ausência de campanhas junto às populações mais vulneráveis ao HIV e pedia “saúde e respeito”. A ela se juntou o Sindicato Médico (Simers) que, após listar a falta de remédios, de exames e de políticas de prevenção, chegou a pedir a prisão do então secretário estadual de Saúde Osmar Terra por “colocar a vida de pessoas em risco”.
 QUATRO VEZES MENOS
    Para o deputado Sossella, o desvio do dinheiro do combate às doenças para os bancos explica tudo.
   “É a porta de entrada dos problemas. Como é que os municípios gaúchos aplicam, em média, 22% em saúde e o Estado não consegue?”, indaga.
   O governo estadual alega que atingiu os 12% exigidos. Porém, em uma conta de chegar à percentagem legal, incluiu na sua planilha gastos com saneamento básico e o instituto de previdência dos servidores.
    “É um artifício. As ações beneficiadas tem que ser universais e gratuitas, o que não é o caso”, contesta Sossella. Para exemplificar, o Denasus assinala que, em 2007, o Estado aplicou somente R$ 368,1 milhões em ações de saúde quando, por lei, deveria ter investido mais de R$ 1,4 bilhão.
    Presente à audiência, a secretária de Saúde, Arita Bergmann, defendeu as aplicações, argumentando que os processos administrativos são lentos. Terra, hoje deputado federal (PMDB/RS), questionou o relatório do Denasus, considerando-o “político” e enfatizou que nenhum governo estadual jamais conseguiu cumprir a lei dos 12%.
    “É verdade que nenhum governo conseguiu cumprir a legislação”, admite o presidente da comissão. Mas nunca, segundo ele, chegou-se ao ponto de aplicar somente 3,12% em saúde, como aconteceu em 2007, quase quatro vezes menos do que deveria.
 FEBRE AMARELA VOLTA E MATA
    Além da Aids, a febre amarela silvestre investiu sobre o Rio Grande do Sul como há muito não se via. No biênio 2008/2009, pelo menos sete pessoas morreram em conseqüência da doença. Dados oficiais do Estado indicam que o último caso registrado, sem óbito, havia ocorrido em 1966. Morte somente em 1900, quando a febre amarela matou 20 pessoas. E Porto Alegre, neste mês, registrou seus primeiros dois casos de dengue autóctone. Até então, os pacientes eram viajantes, infectados além das fronteiras gaúchas.
    Em março, uma denúncia sobre o desvio de finalidade do dinheiro do SUS por parte do Governo Yeda Crusius foi apresentada, pela bancada do PT no Legislativo gaúcho, ao procurador Geraldo da Camino, do Ministério Público de Contas. Ontem, o MPC informou que está examinando os esclarecimentos prestados pela Secretaria de Saúde. Curiosamente, no começo de 2010, São Paulo tomou decisão similar envolvendo o dinheiro da saúde. Sob a gestão também tucana de José Serra, os recursos do SUS foram passear no mercado financeiro. Lá, porém, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à administração tucana para repor imediatamente todos os valores ao Fundo Estadual de Saúde.

Ética da conviniência

É isso (abaixo) que chamo de éti(ti)ca de conviniência.

Só um moralista imoral deste tipo tem coragem, desfaçatez de pronunciar uma porcaria desta.


A governadora continuará contando conosco na Assembléia. O que é bom para o Rio Grande do Sul é bom para nós.
Pedro Simon, senador, ao anunciar a saída do PMDB do RS do governo Yeda Crucius (PSDB)

Tucano faz mal a saúde


Não sou um profundo conhecedor da área de saúde. Muito menos da situação da saúde pública em São Paulo, em Minas ou mesmo no Rio Grande do Sul. Mas não pude deixar de ficar chocado com os dados divulgados na pesquisa do Ipea sobre os quais o jornal O Globo só se preocupou em destacar a questão do peso do setor público no emprego. Vi depois que a Folha seguiu o mesmo gabarito global.
Por isso, peço encarecidamente a ajuda dos paulistas, mineiros e gaúchos, para que me ajudem a explicar estes dados que constam da apresentação que acompanha a pesquisa do Ipea – e que pode ser acessada aqui – mostrando que a maior parcela dos municípios brasileiros sem sequer um médico que atenda pelo SUS – seja da rede municipal, estadual, seja de Santas Casas ou particulares clínicas estejam nos estados do Rio Grande do Sul (14%), Minas e São Paulo (13,9, cada um).
Sera possível que três dos estados mais desenvolvidos do país, três exemplos da competência tucana para governar, um deles gerido pelo homem que se diz “pai dos genéricos” – minhas homenagens ao socialista Jamil Haddad, recém-falecido, que assinou o ato de criação dos genéricos – possam estar nesta situação.urgencia
Eu até achei que era erro meu. Mas olhei o gráfico seguinte na apresentação e de novo estava lá: Distribuição dos municípios sem estabelecimentos de urgência do  SUS – 1°) Minas Gerais , 21,3%; Rio Grande do Sul, 14,1% e São Paulo, 9,9%. Só bem  mais longe vêm Goiás e Paraíba, com 6,7%.
Será possível. Por favor, socorram-me os leitores paulistas, mineiros e gaúchos. Isso é competência dos municípios e estados, e é evidente que municípios pequenos – devem ser pequenos – dependem que os governos estaduais montem uma estrutura de saúde pública.
Será que os governos tucanos dos três Estados, tão competentes, os deixaram ficar nesta situação? Afinal, a saúde foi o tema central das aparições de Serra nos anúncios da propaganda do PSDB, veiculados mês passado.  É isso a competência tucana com a saúde pública?
Eu espero estar errado e que alguém me explique estes resultados, que a nossa grande imprensa não achou interessarem.

Aécio e Serra pró Yeda

José Serra e Aécio Neves assinam manifesto do PSDB em defesa da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, acusada pelo Ministério Público Federal do RS de integrar uma quadrilha que estaria instalada do aparelho de Estado. 


O manifesto destaca a "competência e o respeito a princípios éticos" de Yeda e dá total solidariedade à governadora que enfrenta um processo de impeachment na Assembléia Legislativa do RS. O texto afirma:

"A direção nacional do PSDB, os governadores eleitos pelo PSDB e os líderes partidários vêm reiterar o enorme respeito que têm pela governadora Yeda Crusius e por toda a sua longa trajetória política, construída com competência e respeito a princípios éticos.

Estamos seguros de que a governadora saberá responder a cada uma das acusações que lhe são imputadas por seus opositores no Estado.

Lamentamos ainda que a radicalização do quadro político no RS esteja colocando em segundo plano a importante obra administrativa do Governo Estadual, que vem buscando, com extrema seriedade, o equilíbrio das contas públicas e o resgate da credibilidade interna e externa do Estado.

Com este documento tornamos pública nossa total solidariedade à governadora Yeda Crusius, ao PSDB do RS e aos nossos aliados".


Assinam o documento:
José Serra - Governador de São Paulo
Aécio Neves - Governador de Minas Gerais
Teotônio Vilela Filho - Governador de Alagoas
José de Anchieta Junior - Governador de Roraima
Sérgio Guerra - Senador, presidente do PSDB
Arthur Virgílio - Senador
José Aníbal - Deputado Federal

Movimento golpista?...

O comando do PSDB reagiu e classificou como um “movimento golpista do PT” o anúncio de que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitou o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). A cúpula do partido deve discutir a situação do governo de Yeda em reunião na próxima semana com o governador José Serra (São Paulo). Líderes do PSDB temem que as denúncias contra a governadora ganhem dimensão nacional e virem munição contra o candidato do partido que disputar a sucessão presidencial em 2010.


PSDB, quem te vê no RS não te reconhece em Brasília.

Tapando o sol com a peneira


Para deputados da oposição, fitas comprovam envolvimento de agentes públicos com propinas e desvio de verbas
A CPI da Corrupção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul divulgou ontem 25 áudios de ligações telefônicas que supostamente comprovam o envolvimento de agentes públicos no desvio de recursos oficiais e no recebimento de propinas.
Os deputados da base do governo Yeda Crusius (PSDB), que são maioria na CPI, não participaram da reunião, negando quórum para a votação de requerimentos de convocação de testemunhas para depor.
As gravações dos telefonemas foram liberadas pela 3 Vara Federal de Santa Maria, onde tramitam o processo criminal da Operação Rodin, referente ao desvio de R$ 44 milhões do Detran-RS, e a ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal contra a governadora e mais oito pessoas.
Seguindo a linha do MPF, os deputados oposicionistas entenderam que os termos "documento", "parecer", "escritura" e "fotos", usados pelos interlocutores nos diálogos, eram códigos para não falar em propina.
Em um dos telefonemas, de 29 de outubro de 2007, o deputado federal José Otávio Germano (PP), réu na ação de impro$administrativa, e o ex-diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica Antônio Dorneu Maciel, réu na ação penal, falam de uma suposta audiência do primeiro com a governadora.
Todos os envolvidos nos diálogos negam ter participado do esquema de desvio de recursos e recebimento de propina. Leia mais em O Globo

Pedro Simon - Duas éticas

RAHASYA

O Senador de duas "éticas" (Pedro Simon), uma em Brasília e outra no Rio Grande do Sul deveria ter vergonha na cara e ser realmente coerente com o teatro que faz no Congresso contra o seu partido PMDB.

Já que ele acha que o seu Partido é um antro de cafajestres, ele deveria sair. Por que ele não sai? Porque se sair vai perder as "boquinhas" nos Governos do Rio Grande do Sul, onde atualmente ele tem 3 Secretarias mais a Direção do Banrisul e outros "carguinhos".

Preciso notar que, o Sr. da "Ética do Noblat" é o Presidente Regional do PMDB no Rio Grande e sempre mamou naqueles Governos, ora sendo Governador, ora mandando no Governado (Rigotto), ou mamando como atualmente no desgoverno da "símbolo da ética e da moral" Sra. Yeda Crusius".

Finalizando Sr. Noblat, assim como você grita por coerência para o pessoal do PT, tá na hora de você clamar para que o Sr. Simon (do qual você é o maior porta-voz) tenha um mínimo de coerência e vergonha na cara e deixe o PMDB.

O Povo não é mais tão bobo, não acredita mais em vocês.

Tucanos indicam relator da CPI no RS


Foto
Coffy Rodrigues

A bancada do PSDB indicou o deputado estadual Coffy Rodrigues, - também do PSDB – para a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar supostos atos de corrupção no governo da tucana Yeda Crusius. A CPI vai verificar se agentes públicos do governo do Rio Grande do Sul se beneficiaram de irregularidades no Detran e de supostos favorecimentos em licitações. A instalação da comissão está prevista para ocorrer na quinta ou sexta-feira da semana que vem e os trabalhos devem durar 120 dias. O deputado indicado a relator se elegeu pelo PDT, mas migrou para o PSDB durante o mandato e se tornou um dos defensores do governo de Yeda no parlamento gaúcho. O PT, autor do requerimento, ficará com a presidência da CPI, que será ocupada pela deputada Stela Farias.

Se livrarem a cara da Yeda Cruzes, foi justiça trovejarão a tucademopiganalhada.

Se for condenada, foi perseguição política.

A verdade é que é um julgamento político e o resultado depende de votos, não de provas.

Simples assim!

Governo Yeda Crusius - O começo do fim

ImageDurante 31 meses - um pouco mais, se contarmos que as denúncias começaram antes da posse - a governadora tucana Yeda Crusius reinou impunemente no Rio Grande do Sul. Foi protagonista de uma série de escândalos, acusações de irregularidades e corrupção sem precedentes no Estado, e provocou a maior instabilidade política da história gaúcha com nada menos que 22 secretários de Estado sendo nomeados e demitidos, alguns por se recusarem a permanecer em um governo atolado em um mar de lama, mas sobre o qual a governadora e sua maioria política impediam qualquer investigação.

Finalmente, a partir desta 4ª feira (05.08) e por decisão do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS), Yeda, o marido Carlos Crusius e mais sete dos seus principais auxiliares e aliados políticos foram levados ao banco dos réus, denunciados por improbidade administrativa devido à fraude superior a R$ 44 milhões constatada no DETRAN gaúcho durante operação da Polícia Federal.

O MPF-RS pediu o afastamento da governadora do cargo enquanto durar a investigação na Justiça e colocou em indisponibilidade seus bens e os dos demais acusados. A despeito das denúncias e acusações, Yeda nunca permitiu investigações em seu governo. Barrou a constituição de uma CPI na Assembléia e nisso teve o apoio de todo o alto tucanato nacional, a ponto de o governador e presidenciável de Minas, Aécio Neves considerá-la o "orgulho" do partido.

A partir desta 4ª feira, ainda que (por alguma razão inexplicável) não seja afastada do cargo, tudo indica que o governo Yeda acabou. Pena que os gaúchos ainda não poderão respirar tranquilos, porque tem pela frente 17 meses de agonia - na verdade oito, porque a partir de abril de 2010 começam as convenções partidárias e a campanha eleitoral, o que fará a governadora perambular pelo Palácio Piratini, esvaziada politicamente.

O Catão da república

ImageO senador Pedro Simon (PMDB-RS) é sempre cego quando se trata de acusações contra seus correligionários gaúchos e contra sua aliada, a governadora tucana do seu Estado, Yeda Crusius. Pelas suas declarações publicadas na imprensa, ele atribui as denúncias a uma ação da Polícia Federal (PF) e ao responsável por esta, o próprio ministro da Justiça, Tarso Genro.

Basta ler esta sua declaração em "O Globo" de hoje para constatar: "Ele (Tarso Genro) continuar ministro sendo candidato oficial escolhido em convenção é um perigo! O Tarso não se controla. Estão fazendo horrores aqui (no Rio Grande do Sul) contra a Yeda. Ele não tinha que se lançar agora candidato.”

Ou seja, em outras palavras, para o nosso franciscano as graves denúncias contra a governadora gaúcha, do PSDB, não passam de “horrores contra a Yeda”.

Yeda Crusius é acusada de ter feito Caixa Dois em 2006; de ter comprado a mansão em que mora em bairro nobre de Porto Alegre com sobra daquela campanha eleitoral; de ter pago pela casa valor superior à sua renda, mas ter feito uma compra subfaturada; ter comprado apoios na Assembléia Legislativa; barganhado cargos em estatais em troca desse apoio; e está envolvida no escândalo do DETRAN que causou um rombo de R$ 44 milhões aos cofres públicos gaúchos, entre outras denúncias.

Além disso, faltam esclarecimentos sobre a morte de um seus principais auxiliares, Marcelo Cavalcante, que ameaçava confirmar o Caixa Dois da campanha à Justiça, e cujo corpo foi encontrado em fevereiro no Lago Paranoá, em Brasília, num episódio que as primeiras versões dão conta de ter sido "suicídio".

Mas, para o Catão Simon tudo isso não passa de “horrores contra a Yeda”.

Dirceu também critica Mercadante


O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) engrossou o coro dos que rechaçaram a nota do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) favorável à licença de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Em seu blog, o ex-ministro publicou texto em que alega que a saída temporária do peemedebista não é consenso entre a bancada do partido na Casa, mas "sentimento pessoal" do líder petista no Senado. Dirceu ainda endossa no texto palavras do presidente nacional da agremiação, o deputado Ricardo Berzoini (SP), para quem a atitude de Mercadante foi "infantil". O petista ressaltou que o PT "não assinará representação contra o presidente da Câmara Alta", informou a Agência Senado.

Além da repreensão ao companheiro de partido, o blog de Dirceu têm nos últimos dias alfinetado aqueles que criticam a permanência de Sarney na presidência do Senado. Em um dos textos publicados, o ex-ministro chama o senador peemedebista Pedro Simon (PMDB-RS) de "Catão da República", ironizando a fama de austero do parlamentar. No blog, Dirceu critica também a posição "pouco atuante" de Simon contra os escândalos que envolvem a governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius.

Corruptos da oposição

VéiaSíndica
Tem mais , vcs da opo precisam antes lavar a boca pra criticar qualquer petista. Se fizerem uma investigação verão que entre vcs tem muito mais corrupção que qualquer outro partido .Vejam a lista abaixo de corrúptos de vcs


A governadora Yeda pit tbul
Cassio Cunha Lima , cassado
Beto Richa , compra de votos
Caso ALSTOM no meio tucano de SP
Zuzinha Covas desvio de 33 milhões do CDHU
fFHC que pegou 3 milhões de dinheiro vivo com DD , O brilhante amigo dele
A filha do pavão que ficou fantasmando o senado por mais de 7 anos
Isso os principais , outros trocentos que se for colocar aqui precisa de 2 post
Onde está a credibilidade de quem sonha em governar o Brasil , com toda ESSA LAMA NO SEU CURRÍCULO?

Pedro Simon: ética relativa

Gostaria muito de saber por que o Senador Pedro Simon, tão rápido ao assinar pedidos de CPIs no âmbito federal, não tem a mesma agilidade, muito pelo contrário, impede a instalação da CPI no Rio Grande do Sul, da Yeda. E por que, neste caso, não repete o mesmo enfadonho gestual de indignação relativizada. É apenas jogo de cena, para ser poupado pela mídia.

Raimundo André
Brasília (DF)

Pedro Simon e estórias de carochinha

Senador Pedro Simon, eu acredito que Sarney seja mesmo o ultimo dos coroneis tradicionais. E isso acontece muito por conta do Bolsa Familia, Prouni e demais programas sociais do governo Lula.

Agora, quanto a o sr. exigir a renúncia dele...tudo bem é um direito que lhe assiste. Porém posar de ético fazendo isso enquanto no RS apoia a Yeda Cruzes, pesa que engana quem? O povo sabe que querem derrubar o Sarney para colocar no senado um afinado com a tucademopiganalha e que não defenda o apoio formal do PMDB a candidatura da Dilma Rousseff - se apoiar os tucademos, melhor -.

E vai dizer também que depois de tantos anos exercendo mandato de senador e convivendo com ele, não sabia que Sarney é Sarney?...

Faça-me o favor senador, conta outra estória de carochinha.

Nós o povo, povão mesmo sabemos, sentimos que esta campanha midiatica é uma luta sangrenta pelo poder.

A corja que desgovernou o Brasil desde 1500 não quer largar o filé.

Farão o possível e impossível para voltar ao planalto, até mesmo destruir alguns colegas de outrora que para continuar no poder espertamente - como desde sempre - passaram a apoiar o governo Lula, exemplo: José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor etc...

Mas, os que apoiam os tucademos virão santos - do pau oco - exemplo: Orestes Quércia, Mão Santa, Pedro Simon, etc...

Yeda a engraçada

Curiosa essa governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. Mergulhada até o pescoço em denúncias de corrupção - recebimento de propinas, inclusive para comprar sua residência - a governadora resolveu acusar o ministro da Justiça, Tarso Genro, a quem a Polícia Federal está subordinada, de ter ´vazado´ as denúncias de corrupção que foram apresentadas por um lobista contra ela.

Apontado como candidato do PT a governador do Rio Grande do Sul, nas eleições do próximo ano, o ministro da Justiça divulgou nota oficial negando qualquer envolvimento na divulgação e advertindo que a Polícia Federal limita-se a cumprir seu dever constitucional e legal de apurar os malfeitos. Diz Tarso Genro que a PF não se envolve em polêmicas políticas e nem está preocupada com pessoas e partidos.

Na nota, o ministro da Justiça sustenta que a Polícia Federal realiza um trabalho ´sereno e imparcial´, reconhecido por todos, sempre cumprindo mandatos do Ministério Público e do Poder Judiciário. Não intervém em polêmicas políticas e nem se envolve com disputas políticas entre partidos ou personalidades políticas. Ou seja, a Polícia Federal investiga fatos delituosos, não partidos e nem pessoas.

A governadora do Rio Grande do Sul é protagonista de uma série de escândalos. Um lobista fez várias acusações a seu governo e a ela, pessoalmente, inclusive de ter recebido propina para comprar sua residência na capital gaúcha.

Teria todo sentido indagar da governadora se o fato de o ministro da Justiça ter ´vazado´ a informação muda a grave denúncia que existe contra ela.