O senador Pedro Simon (PMDB-RS) é sempre cego quando se trata de acusações contra seus correligionários gaúchos e contra sua aliada, a governadora tucana do seu Estado, Yeda Crusius. Pelas suas declarações publicadas na imprensa, ele atribui as denúncias a uma ação da Polícia Federal (PF) e ao responsável por esta, o próprio ministro da Justiça, Tarso Genro.
Basta ler esta sua declaração em "O Globo" de hoje para constatar: "Ele (Tarso Genro) continuar ministro sendo candidato oficial escolhido em convenção é um perigo! O Tarso não se controla. Estão fazendo horrores aqui (no Rio Grande do Sul) contra a Yeda. Ele não tinha que se lançar agora candidato.”
Ou seja, em outras palavras, para o nosso franciscano as graves denúncias contra a governadora gaúcha, do PSDB, não passam de “horrores contra a Yeda”.
Yeda Crusius é acusada de ter feito Caixa Dois em 2006; de ter comprado a mansão em que mora em bairro nobre de Porto Alegre com sobra daquela campanha eleitoral; de ter pago pela casa valor superior à sua renda, mas ter feito uma compra subfaturada; ter comprado apoios na Assembléia Legislativa; barganhado cargos em estatais em troca desse apoio; e está envolvida no escândalo do DETRAN que causou um rombo de R$ 44 milhões aos cofres públicos gaúchos, entre outras denúncias.
Além disso, faltam esclarecimentos sobre a morte de um seus principais auxiliares, Marcelo Cavalcante, que ameaçava confirmar o Caixa Dois da campanha à Justiça, e cujo corpo foi encontrado em fevereiro no Lago Paranoá, em Brasília, num episódio que as primeiras versões dão conta de ter sido "suicídio".
Mas, para o Catão Simon tudo isso não passa de “horrores contra a Yeda”.
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