do Pure Break - não seja um xato no Feicibuk

Tem gente que é chata, mas tem gente que abusa. No Facebook, então, o que tem de "Boa noite, ~Feices~!" É claro que o Facebook é seu e você faz nele o que quiser. Se tem alguém incomodado, que se mude. O Purebreak Brasil fez uma listinha com os tipos de usuários mais chatos da rede pra você bloquear de vez!

Aliás, se você desconfia que pode ser um deles, use o app Just Unfollow e descubra se muita gente deixou te seguir ultimamente....

1 - O pobre coitado

Assim como o sol, a segunda-feira nasce para todos. Mas tem gente que não sabe disso. Aí fica lá, reclamando da vida na timeline. "Partiu trabalho... Ninguém merece...", "Tédio...". Quem nunca viu posts assim? De acordo com uma pesquisa feita pela Intel, em 2012, o terceiro assunto que os brasileiros mais odeiam ver nas redes sociais é o "mimimi constante". Se liga, mané!

2 - O parente

Tem gente que acha que o Facebook é um grande e longo almoço de domingo. Fotos antigas, roupa suja, fofoca... Tá tudo na timeline. Eles se esquecem que tudo o que acontece nessa rede social tem, potencialmente, mais 1 bilhão de espectadores! Vai ver é por isso que os adolescentes estão fugindo de lá. Ah! E quem posta milhões de fotos dos filhos todo dia também não será perdoado!

3 - O narrador de futebol

Quarta-feira tem rodada do Brasileirão, ok. Muita gente está assistindo, ok. Mas se seus amigos estão vendo, por que, exatamente, você tem que falar sobre todas as jogadas? Comentar até que é legal, mas narrar? Desnecessário. #calaabocaGalvão

4 - O promoter

Adora divulgar as festas em que esteve e, é claro, marcar os amigos (de preferência bêbados)! Antes de bloquear essa galera, já que você já convive com eles na vida real, uma dica é lembrar a galera que 40% das empresas reconsidem os candidatos com base em seus perfis na web (pesquisa recente da "Jobvite"). Cuidado com a reputação.

5 - O narcisista

De acordo com uma pesquisa do site "Etiqueta na Web", 91% dos usuários não curte quem curte o próprio status. Outra pesquisa, do "Daily Mirror", revelou que usuários que falam sobre suas dietas e exercícios na academia são os mais odiados pelos usuários, com 53%. E aquele pessoal que tira foto de si mesmo para dar boa noite ou pra postar frase da Clarice Lispector? Amor próprio é legal, mas.. Se quiser manter o número de amigos, melhor pegar leve.

Iguatu - cartão postal

Assim como em várias cidades do nosso Brasil, o cartão de visita da cidade é uma lixão bem na entrada, aqui em Iguatu/CE não é diferente. 

Fotografar um lixão é sempre um desafio, tanto em entrar, conseguir contato com quem ali trabalha, o cheiro forte. Mas me motivo a registrar a maneira em que as pessoas vivem, seja qual for a forma. 

Não busco sensacionalismo barato, pois é o que mais tem. Busco simplesmente mostrar o que vejo e registrar aquele momento. Isso existe e muitos não mostram. São trabalhadores, numa vida não tão fácil. Esse é o submundo que muitos vivem e as nossas autoridades existem em não enxergar e melhorar as condições de trabalho, de vida.





Veja mais fotografias tão fantásticas quanto essa acima Aqui 

Calorão

Tem andado tão quente que aqui, as galinhas do vizinho tem comido milho e cagado pipoca!

por Fernando Drummond - Rio de Janeiro


Calorão

Tem andado tão quente que aqui, as galinhas do vizinho tem comido milho e cagado pipoca!

por Fernando Drummond - Rio de Janeiro


A postura influencia sua personalidade

Mantenha a posição da coluna correta e produza uma imagem positiva, atraente e promova transformações pessoais importantes na sua vida.

por Renata Reif 

Corrigir a postura do corpo pode dar resultados impressionantes, como mostra a série de fotos “Illusions of the Body” (Ilusões do Corpo), criada pela fotógrafa norte-americana Gracie Hagen. Gracie contrapõe duas imagens da mesma modelo nua, evidenciando um forte contraste: a da esquerda segue o padrão estético da mídia e a outra mostra o fotografado em uma pose pouco favorável.
“‘Illusions’ foi feito para combater as supostas normas de como achamos que o nosso corpo deveria se parecer. Nunca conseguimos ver essas fotos justapostas com uma imagem da mesma pessoa em uma pose pouco atraente”, argumenta Gracie, em entrevista ao Delas. “Esse contraste iria ajudar um monte de problemas de imagem corporal que nós temos como cultura.”
Mas o trabalho de Gracie também deixa claro que a postura é capaz de transformar a imagem de alguém em poucos segundos.
A série, na verdade, é mais uma crítica aos padrões de beleza do que uma ode ao corpo humano. No entanto, para a psicóloga social e professora na Universidade de Harvard Amy Cuddy, manter a postura ereta pode ser decisivo na sua vida.
Em um estudo, Amy aponta que as posturas influenciam a nossa química cerebral e nosso poder de decisão. Com o peito aberto, tronco reto e queixo levemente levantado (postura expansiva), os pesquisados apresentaram aumento em 19% de testosterona, o hormônio da liderança, e 25% de redução do cortisol, responsável pelo estresse. O inverso ocorreu com aqueles que ficaram sentados, de braços cruzados.
Isso significa que se quiser mudar seu estado emocional, ou sentir-se mais poderoso, basta manter a coluna ereta e abrir o peito por dois minutos. Pequenos ajustes podem resultar em grandes transformações, Amy garante. Na vida profissional, dar um forte aperto de mão, manter o bom humor e o contato visual durante uma reunião ajudam a conquistar território.
O especialista em linguagem corporal Paulo Sérgio de Camargo afirma que, apesar de silenciosa, a linguagem corporal revela muito. Cerca 65% da nossa comunicação é não-verbal.

 Só os mais treinados conseguem disfarçar gestos e movimentos, não revelando o que realmente pensam.
Se no início a postura adotada parece apenas um “fingimento”, uma máscara corporal, com a prática, os especialistas acreditam que é possível imprimir uma transformação interior.
Segundo o especialista em linguagem corporal Ronaldo Antonio Cavalli, ocupar mais espaço -- literalmente, usando a sua envergadura -- 
demonstra uma atitude de vencedor. O gesto se traduz na postura de vitória de um corredor, que ao cruzar a linha de chegada levanta os braços em V.
Assim como líderes natos, que ao serem fotografados, envergam a coluna e põe o peito para frente, a fim de transmitir segurança e notoriedade.
 No outro oposto, baixar a cabeça e curvar-se, remetendo-se à posição fetal, são posturas ligadas ao retraimento e à falta de coragem.
Gestos como tocar o rosto, especialmente o pescoço, cruzar os braços e deixar os ombros caídos também expressam fraqueza e o colocam em uma posição de submissão.


Os feitores do salário-mínimo

O editorial de O Globo sobre o salário-mínimo para o qual o Miguel do Rosário nos chama a atenção, não é uma cobrança aos candidatos de oposição à Dilma.

Até porque não é preciso cobrá-los.
Tanto  Aécio Neves (em maio) quanto Eduardo Campos (em outubro) já se comprometeram a isso.
Mas é preciso traduzir na língua do povo o que querem dizer ao defender a desindexação do salário mínimo.
É simples: arrochar o salário.
Porque os argumentos, é claro, de que “o país precisa de menos mecanismos que projetem para frente a inflação do passado” não são para que se dê aumentos maiores que a inflação aos trabalhadores mais modestos e à imensa maioria dos aposentados e pensionistas.
O aumento do salário-mínimo, a continuar, será o desastre econômico, dizem eles.
Todos sabem que também se previu o desastre econômico com a abolição da escravatura, não é? Como os fazendeiros poderiam fazer frente ao custo de pagar àqueles negros, para que trabalhassem, se já tinham a senzala e os restos de comida a pesar na competitividade de nossos produtos?
Não vou aqui me perder em discussões sobre déficit público e sobre os ganhos reais que o salário-mínimo teve com Lula e Dilma.
Não é preciso, para que o povo o entenda.
Basta que se lhe diga que, para eles, o que tem de ser mudado é o aumento do salário-mínimo.
A aposentadoria, o bolsa-família, a pensão, o benefício aos inválidos.
É por isso que não perco meu tempo chamando a qualquer dos dois candidatos a feitor do povo brasileiro de “tolos” ou “playboys”.
Não são.
São monstros, que vendem o direito à dignidade de nossos irmãos pobres no mercado de suas ambições eleitorais, que vendem os brasileiros como se vendiam os negros cativos no mercado das praças.
Dez anos de governo progressista – e apenas sete de aumentos minimamente significativos no salário mínimo – e o pouco que fizemos já é, para eles, intolerável e ruinoso.
O canalha que emprestou sua mão para escrever o editorial de O Globo, capaz de dizer que um real de aumento do salário gera R$ 340 milhões por ano de despesa, no meu tempo merecia ser puxado pela orelha até uma mãe pobre, com suas crianças no modesto barraco, e ser mandado dizer isso a ela.
Esta mesma pena de aluguel não diz que, para os juros pagos à turma da grana alta, para os quais sempre defendem a indexação para cima, um mísero ponto percentual a mais custa 80 ou 90 vezes mais que aquele R$1 no salário.
Isto, meus caros amigos, é o que o povo tem de julgar, avaliar e decidir.
Se quer de novo um feitor ou se quer, lentamente, ir cumprindo a profecia do homem que instituiu o salário-mínimo como mísera garantia aos despossuídos de não seriam, nunca mais, escravos de ninguém.

Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo


Esse horror na penitenciária do Maranhão é apenas um exemplo extremo do descaso com que são tratados os apenados no Brasil. Em geral as prisões brasileiras são sucursais do inferno, e tem sido sempre assim, não importa quem governe. O que leva a pensar se não existe, por trás da insensibilidade hereditária, outra razão para o horror. Verbas para o sistema penitenciário estão tradicionalmente entre as últimas prioridades do país, o aumento da criminalidade lota prisões inadequadas, esquecidas pelo poder público, mas não é só isso.

Haveria outra lógica, inconsciente mas não menos culpada, justificando o descaso. Chamar as prisões de infernos, como é comum, nos dá uma pista do que seja essa outra lógica. De acordo com a cosmogonia cristã, o inferno é para onde vão os pecadores — para sempre. Pecadores não merecem perdão nem compaixão, seu sofrimento é contínuo e eterno.
Existiria a convicção, nunca reconhecida mas prevalente, de que bandido tem que sofrer mesmo, que deveria ter pensado no que o esperava no inferno da prisão antes de cometer seu pecado, e que a sociedade não lhe deve a consideração que daria a um animal.


Qualquer discussão sobre direitos humanos sempre empaca na questão dos limites de consideração que merece um criminoso. É comum acusarem os que se preocupam com os direitos humanos de qualquer humano, mesmo os criminosos, de ignorarem os direitos humanos das suas vítimas. O que é um falso silogismo.
Todo humano é humano antes de ser qualquer outra coisa, inclusive um monstro. Na questão de como castigar o criminoso é que seguidamente se sente, disfarçada ou não, a nostalgia da velha e boa, e acima de tudo simples, cosmogonia: o céu para os bons, o inferno e todas as suas agonias para os maus. Presos amontoados, matando-se uns aos outros — é pena, mas quem mandou serem maus?
Penitenciárias superlotadas e violentas não são vergonhas só brasileiras, claro. O problema de como alojar apenados, tratá-los como gente e se possível reabilitá-los é internacional. Mas as cenas da barbárie no Maranhão mostraram um grau de selvageria provocado pelos anos de indiferença que espantou o mundo. Chegamos a isto. Somos os campeões do descaso e das suas consequências.

A carreira degradante de Gilmar Mendes

Criatura e criador
E eis que o ministro Gilmar Mendes está de novo nas primeiras páginas – como se hábito, em situação desfavorável.
Mendes é uma das estrelas do livro Operação Banqueiro, do jornalista Rubens Valente, lançado neste final de semana.
Nele, Valente mostra como Daniel Dantas, um banqueiro de atuação obscura, recebeu a proteção de Mendes no STF.
Meses atrás, Mendes se destacara na mídia digital – sempre negativamente — depois de conceder habeas corpus para uma funcionária da Receita Federal que tentou sumir com a documentação relativa a uma dívida multimilionária da Globo com o fisco.
Sua atuação política foi sublinhada, involuntariamente, num perfil laudatório escrito, alguns anos atrás, pela jornalista Eliane Cantanhede para uma revista da Folha. No texto, Cantanhede informou – provavelmente sem se dar conta do absurdo do que escrevia – que Mendes é “tucano demais”.
Para ajudar os leitores do Diário a se situarem, montamos um grupo de perguntas e respostas sobre Gilmar.
Quem indicou Gilmar Mendes para o STF?

Paulo Coelho - o jogral de Nossa Senhora


Conta uma lenda medieval que, com o Menino Jesus nos braços, Nossa Senhora resolveu descer a Terra e visitar um mosteiro.

Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um postava-se diante da Virgem, procurando homenagear a mãe e o filho. Um declamou belos poemas, outro mostrou suas iluminuras para a Bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim por diante, monge após monge mostrou seu talento e sua dedicação aos dois.

No último lugar da fila havia um padre, o mais humilde do convento, que nunca havia aprendido os sábios textos da época. Seus pais eram pessoas simples, que trabalhavam num velho circo das redondezas, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos. Quando chegou sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e a Virgem.

Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos, ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a joga-las para cima, fazendo malabarismos - que era a única coisa que sabia fazer.

Foi só neste instante que o Menino Jesus sorriu, e começou a bater palmas no colo de Nossa Senhora. E foi para esse que a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco a criança.

Prá desopilar

247 Entrevista Miruna Genoino

Gisele Federicce 247 - O constrangimento financeiro imposto pela Justiça ao ex-deputado José Genoino não se limita à multa de R$ 667,5 mil, que deverá ser paga com recursos obtidos junto a militantes do Partido dos Trabalhadores. Hoje, Genoino também está sendo forçado a pagar aluguel, porque foi impedido por Joaquim Barbosa de cumprir prisão domiciliar em seu domicílio, numa das decisões mais surreais da história do Judiciário brasileiro.
Como não pôde regressar a São Paulo, onde reside numa moradia simples, no Butantã, Genoino hoje paga aluguel para cumprir sua "prisão domiciliar" fora de casa, em Brasília. A revelação foi feita por Miruna Genoino, em entrevista ao 247. Leia abaixo: 

247 - Como tem sido a rotina do seu pai, você tem passado bastante tempo com ele desde que foi preso?

Miruna Genoino - Não podemos falar em rotina, já que meu pai está cumprindo uma prisão DOMICILIAR fora de seu domicílio, com todas as complicações que tal tipo de situação acarreta. Por isso eu mesma não tenho estado bastante tempo com ele pois moro em São Paulo, trabalho lá, e com isso minha disponibilidade acaba ficando bastante limitada. Atualmente tenho estado mais próxima pois estou de férias, mas as mesmas já estão encerrando-se.
247 - Onde ele cumpre prisão domiciliar neste momento?
Miruna - Em uma casa alugada. É um absurdo, meu pai está pagando para cumprir prisão domiciliar.
247 - Soube que você o acompanha em alguns exames. São a pedido do médico dele?
Miruna - Sim, e porque ele teria que ter retornado a São Paulo dia 07/'01 para uma consulta com o Dr. Kalil para reavaliar sua recuperação, mas como esse pedido foi negado pelo presidente do STF, tivemos que repensar a estrutura de apoio médico, aqui em Brasília.
247 - E como está o estado de espírito dele nesse momento? Como ele reagiu à decisão sobre a multa?
Miruna - O estado de espírito do meu pai é de muita indignação e revolta, mas também de determinação de não se curvar perante às injustiças. Não podemos falar muito mais sobre isso, nem sobre a reação dele, inclusive porque meu pai está proibido de emitir uma opinião pública e não sabemos se comentar sobre sua reação pode ser interpretado como um incumprimento a esta determinação absurda.
247 - Você disse não concordar com a tese, defendida pelo 247, de que o pagamento da multa é uma forma de recuar juridica e politicamente. Por quê?
Miruna - Porque meu pai está preso não porque recuou e aceitou a pena, mas sim porque se vê obrigado a aceitá-la por determinação judicial. Com a multa acontece a mesma situação, não vamos lutar por arrecadar o necessário para o pagamento porque desistimos de lutar, muito menos porque ele é culpado, muito pelo contrário

O mundo encantado de Genoino


Longe de ser um conto de fadas, a história do ex-deputado preso por envolvimento no mensalão tem capítulos escritos na pequena Vila de Quixeramobim. Lugar que guarda, além da memória do menino que lá iniciou os estudos e lavrou a terra, a dor da mãe, a saudade dos amigos e revolta dos críticos
Tentaram esconder dela a recente prisão do filho mais velho. Teimosa que só vendo, escavacou dali, espiou acolá, até dar de cara com a verdade. Estamos falando de Maria Laiz Nobre Guimarães, mãe de José Genoino (PT), condenado a seis anos e 11 meses de cadeia por envolvimento no mensalão. A professora aposentada, de 87 anos, faz questão de deixar clara sua dor. 

De bengala na mão e olhar muito vivo, dona Laiz aparece como uma das personagens principais dessa jornada pela Vila Encantado, em Quixeramobim. Foi lá que o ex-deputado nasceu, iniciou os estudos, trabalhou na lavoura até largar a enxada e ir em busca de voos mais altos. Um pedacinho do sertão que guarda muito da memória do ex-presidente nacional do PT. Lugar ainda perplexo diante dos últimos acontecimentos envolvendo um dos filhos ilustres.

Um dos poucos que ainda não sabe do acontecido é Sebastião Genoino Guimarães, pai do ex-deputado. Aos 91 anos e bastante debilitado- há pouco se submeteu a uma delicada cirurgia -, ele é preservado de qualquer notícia que possa agravar seu quadro. Atualmente, alimenta-se via sonda, e pouco fala. Na sala ao fundo, sob uma penumbra, recebia os cuidados de uma enfermeira. E lançava olhares perdidos para além da porta.


Na varanda, antes mesmo de ser provocada a tocar no assunto, Laiz partiu em defesa dos filhos que, para sua decepção, enveredaram pelo rumo da política. Além de Genoino, que fez carreira em São Paulo, viu José Guimarães se tornar deputado federal pelo Ceará e líder do PT na Câmara.


“A gente tinha um açude muito grande, tinha 10 vacas leiteiras, um posto de gasolina, tinha uma cisterna, tudo ao redor de casa, mas os jornalistas vieram do nada e acabou-se. Mas a única coisa que eu tenho a dizer pra vocês é que são dois deputados pobres (Guimarães e Genoino). Eu tô contando que eu já passei por muita coisa difícil. De ficar sem dormir. Esse aqui (aponta para o marido) mandava eu ir dormir, naquela arrumação que fizeram com o Guimarães. E não era perseguição, não? Não dava pra eu ter nervoso, não? Mãe é mãe! Ficar noites sem dormir, sem saber como é que estão os filhos, pelo mundo de meu Deus”.

Bom dia !

Bom dia !

O lago e o Narciso

Quase todo mundo conhece a história original (grega) sobre Narciso: um belo rapaz que, todos os dias, ia contemplar seu rosto num lago.

Era tão fascinado por si mesmo que, certa manhã, quando procurava admirar-se mais de perto, caiu na água e terminou morrendo afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que passamos a chamar de narciso. O escritor Oscar Wilde, porém, tem uma maneira diferente de terminar esta história. Ele diz que, quando Narciso morreu, vieram as Oréiades - deusas do bosque - e viram que a água doce do lago havia se transformado em lágrimas salgadas.

- Por que você chora? - perguntaram as Oréiades.

- Choro por Narciso.

- Ah, não nos espanta que você chore por Narciso - continuaram elas. - Afinal de contas, apenas de todas nós que sempre corremos atrás dele pelo bosque, você era o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto sua beleza.

- Mas Narciso era belo? - quis saber o lago.

- Quem melhor do que você poderia saber? - responderam, surpresas, as Oréiades. - Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava todos os dias. O lago ficou algum tempo quieto. Por fim, disse:

- Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era belo.

"Choro por ele porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens, eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza refletida".