Antes que a gripe nos separe

Estou de cama, outra vez. Mas voltarei logo a escrever. Porque calar, jamais.


 Estou levantando da cama para escrever algumas poucas linhas. É o que posso, agora. Desde o domingo, 26 de junho, fui acometido de forte gripe, embora TIVESSE TOMADO A TAL VACINA no posto de saúde de Jacarepaguá.

Como em outras oportunidades, supus curar-me com os mesmos medicamentos - vitamina C, apracur, um xarope e pastilhas de flogoral.

A gripe resistiu. No meio da semana, saí para resolver um problema na obra da  minha futura sala, perto da minha casa.  No sábado, dia 2, sentindo-me melhor - e já sem tosse - fui a duas festas juninas - da minha querida Lauro Muller, onde em 1975 fundamos a primeira associação de moradores de classe média do Rio de Janeiro, e, ali perto, ao arraial do PSOL, onde fui dar um abraço num dos políticos mais íntegros com quem convivi, o vereador Eliomar Coelho, por coincidência, cearense, como eu. Por motivos alheios à minha vontade, não havia ido à festa dos seus 70 anos, semanas atrás.

Passei no máximo 40 minutos em cada festa para não "forçar a barra".

Cheguei em casa de novo em petição de miséria. A tosse voltou e o corpo só pedia cama.

Devo dizer que na terça-feira pensei em recorrer ao bactrim, mas agora esse medicamento só pode ser vendido com receita médica. Qualquer remédio que tenha antibiótico, mesmo uma pomada, só com receita médica.

Tenho plano de saúde, pelo qual pago os olhos da cara. Mas não se consegue marcar uma consulta médica em menos de 15 dias. Logo, se depender desses médicos, não terei a consulta em tempo hábil com a receita devida.

Podia ir tentar o Cardoso Fontes, um hospital público que tem uma excelente equipe de profissionais. Mas gripe não é emergência, até segunda ordem. Imaginei igualmente que mais de mil pessoas recorrem ao atendi mento desses profissionais dedicados. Desisti.

Creio que com um pouco de paciência, cama e vitamina C, estarei de novo em forma nos próximos dias. Minha gripe é gripe mesmo, tenho certeza. Não tem nada com aquela que matou inexplicavelmente Carlos Lacerda em maio de 1977, em seguida à morte por envenenamento de João Goulart, em dezembro de 1976, e do "acidente" que matou Juscelino Kubitscheck em agosto do mesmo ano.

Estou escrevendo estas mal traçadas linhas do meu quarto para que você não pense que estou fugindo da raia. Tem muita indignidade na praça, e eu, mesmo sabendo do curto alcance dos meus petardos, não posso me omitir.

Por hoje, gostaria apenas de lembrar a situação dos professores do Estado do Rio, que ganham uma miséria, enquanto rola grana nos cofres estaduais para empreiteiros e campeiam renúncias fiscais por todos os lados. Eles estão em greve porque um professor no Rio não ganham nem o piso nacional.

Nós devemos aos profiss ionais da educação a mesma calorosa solidariedade que foi fundamental para levar o governador a admitir que foi infeliz ao chamar os bombeiros de vândalos. Infelizmente, aliás, além das anistias votadas, aumento decente que é bom, necas.

Quero ter a saúde plena de volta para escrever sobre tudo, sempre com a consistência de que pretendo revestir meus textos. ´ Se fosse só para atividades físicas, até daria, moderando os movimentos. Mas nem ao meu futebol pude pir, e esse é o úncio exercício que faço. Por outro lado, para escrever, com a responsabilidade que cristaliza a credibilidade, é preciso um clima inspirador: o primeiro dano que a gripe nos causa é tornar a cabeça mais pesada, prejudicando o raciocínio. Ou estou exagerando?

Por favor, espere um pouco. O máximo que consegui foi este texto corrido, que dedico aos que partilham das minhas matérias.

Mesmo com o quarto fechado, ainda preciso ficar agasalhado.


 
 
CLIQUE AQUI, LEIA MATÉRIA NO BLOG E PUBLIQUE SUA OPINIÃO. 


Conversa com a Presidente


Maurício Quichaba Silva, 25 anos, eletrotécnico de Brumado (BA) - Brumado, no sudoeste da Bahia, é um polo regional e ainda é carente de ensino superior. O que pode ser feito para descentralizar as universidades federais?

Presidente Dilma -
 Maurício, nós concordamos plenamente com a necessidade de descentralização das universidades. Tanto que começamos a fazer esse trabalho já no governo passado. Desde 2003, criamos 14 novas universidades, das quais 10 são voltadas para a interiorização do ensino superior público. Criamos também 126 novos campi de universidades públicas, que hoje estão implantados em 230 municípios das 27 unidades da Federação. 

Com essas iniciativas, o número de vagas de ingresso nas universidades federais, que era de 109 mil em 2003, subirá para 243 mil em 2012. Na Bahia, que conta com três instituições - Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) - o número de campi pulou de dois para nove, e essa expansão foi toda em cidades do interior. 

Estamos oferecendo mais oportunidades aos nossos jovens, em suas próprias cidades, ou em cidades vizinhas, o que está contribuindo para a redução das nossas desigualdades sociais e regionais.

Blog do Charles Bakalarczyk: Estado laico cobrando multa de biblioteca que não ...

Blog do Charles Bakalarczyk: Estado laico cobrando multa de biblioteca que não ...: "Depois de ler no G1 a notícia que segue, desisto, o Brasil não é um Estado laico. Obviamente que não desaprovo o fato de as bibliotecas dis..."

Frase do Dia

Correto sempre esteve Leonel Brizola, que há muito tempo átras dizia que o problema brasileiro [e demais países pobres ou em desenvolvimento], são “as perdas internacionais”. Velhinha Briguilina

Convites para o Google + é aqui


google2b412x1253 Convites para o Google+ Disponíveis. Consiga o seu Agora!Se você ainda não ouviu falar do Google Plus, estava em uma caverna isolado do mundo. O Google+ é a mais nova rede social da Google lançada recentemente para um seleto grupo de usuários, e já deixou muito queixo caído. A Google disponibilizou alguns convites, mas rapidamente desativou o sistema.
Agora, se você foi um dos que acompanharam o nosso review e outros artigos sobre o Google+, sabe que prometemos distribuir 50 convites para nossos leitores. E vamos cumprir com a promessa. Depois de muita espera você poderá receber o seu convite para o Google+.
Preencha este formulário com o seu email do Gmail (se você não possui um, clique aqui).
Depois de enviar o seu Gmail, aguarde alguns instantes e confira a sua caixa de entrada. Vamos lhe enviar um email com o link necessário para criar a sua conta, basta clicar na mensagem “Learn more about Google+” e preencher com seus dados.
PS 1: Podem comentar à vontade, mas não se esqueça: quem não preencher o formulário não receberá o convite.
PS 2: Não adianta enviar seu email do Yahoo ou Hotmail, só é possível entrar no Google+ com um email do Gmail.
PS 3: Basta colocar apenas uma vez o seu nome. O convite pode demorar, mas é preciso ter paciência!

por Leonardo Boff

Uma nova sociedade ou um tsunami social-ecológico?

No último artigo aventei a idéia, sustentada por minorias, de que estamos diante de uma crise sistêmica e terminal do capitalismo e não de uma crise cíclica. Dito em outras palavras: foram destroçadas as condições de sua reprodução seja por parte da devastação da natureza e dos limites alcançados de seus bens e serviços seja por parte da desorganização radical das relações sociais, dominadas pela economia de mercado com a predominância do capital financeiro.
A tendência dominante é pensar que se pode sair da crise, voltando ao que era antes, com pequenas correções, garantindo o crescimen7o, resgatando empregos e assegurando lucros. Portanto, continuarão os negócios as usual.
As bilionárias intervenções dos Estados industriais salvaram bancos, evitaram uma derrocada sistêmica, mas não transformaram o sistema econômico. Pior ainda, as injeções estatais facilitaram o triunfo do capital especulativo sobre a economia real. Aquele é tido com o principal deslanchador da crise, comandado por verdadeiros ladrões que colocam o lucro acima do destino dos povos, como se viu agora com a Grécia.
A lógica do lucro máximo está destruindo os indivíduos, as relações sociais, penalizando os pobres, acusados de dificultar a implantação do capital. A bomba foi mantida com o estopim. Um problema maior qualquer poderá acender o estopim. Muitos analistas se perguntam amedrontados: a ordem mundial sobreviveria a outra crise do tipo da que tivemos?
O sociólogo francês Alain Touraine assevera em seu recente livro Após a crise (Vozes 2011): ou a crise acelera a formação de uma nova sociedade ou vira um tsunami que poderá arrasar tudo o que encontrar pela frente, pondo em perigo mortal nossa própria existência no planeta Terra (p. 49.115).
Razão a mais para sustentar a tese de que estamos face a uma situação terminal deste tipo de capital. Impõe-se a urgência de pensar valores e princípios que poderão fundar um novo modo de habitar a Terra, organizar a produção e a distribuição dos bens, não só para nós (superar o antropocentrismo) mas para toda a comunidade de vida.
Este foi o objetivo da produção da Carta da Terra, animada por M. Gorbachev que, como ex-chefe de Estado da União Soviética, conhecia os instrumentos letais disponíveis para a destruição até da última vida humana, como afirmou em várias reuniões.
Aprovada pela UNESCO em 2003, ela contém, efetivamente, “princípios e valores para um modo de vida sustentável como critério comum para indivíduos, organizações, empresas e governos”. Urge estudá-la e deixar-se inspirar por ela, sobretudo agora, na preparação da Rio+20.
Ninguém pode prever o que virá após a crise. Há apenas insinuações. Estamos ainda na fase do diagnóstico de suas causas profundas. Lamentavelmente são, sobretudo, economistas que fazem análises da crise e menos sociólogos, antropólogos, filósofos e estudiosos das culturas. O que está ficando claro é o seguinte: houve um triplo descolamento: o capital financeiro se descolou da economia real; a economia em seu conjunto, da sociedade; e a sociedade em geral, da natureza. Esta separação criou uma fumaça tal que já não vemos quais caminhos seguir.
Os “indignados” que enchem as praças de alguns países europeus e do mundo árabe, estão colocando este sistema em xeque. Ele é ruim para a maioria da humanidade. Até agora eram vítimas silenciosas. Agora gritam alto. Não só buscam emprego mas reclamam direitos humanos fundamentais.
Querem ser sujeitos, vale dizer, atores de um outro tipo de sociedade na qual a economia esteja a serviço da política e a política a serviço do bem viver das pessoas entre si e com a natureza.
Seguramente não basta querer. Impõe-se uma articulação mundial, a criação de organismos que viabilizem outro modo de conviver e uma representação política ligada aos anseios gerais e não aos interesses do mercado. Trata-se de refundar a vida social.
Por mim, vejo os indícios, em muitas partes, do surgimento de uma sociedade mundial ecocentrada e biocentrada. O eixo será o sistema-vida, o sistema-Terra e a Humanidade. Tudo deve servir a esta nova centralidade. Caso contrário, dificilmente evitaremos um tsunami ecológico-social possível.

Saudades do Itamar

Duas vezes, como presidente da  República, Itamar Franco veio jantar em minha casa, em Brasília, no tempo em que os presidentes da República vinham jantar para conversas informais com jornalistas da crônica política. Na primeira, ocupava interinamente a chefia da nação. Apesar  de pela Constituição  Fernando Collor ainda podia voltar, Itamar havia mudado todo o ministério. 

Confrontado com a imagem do antecessor, que tentara implantar a modernidade na economia do país, disse só aceitar a modernidade que levasse a todos os cidadãos os benefícios da civilização e da cultura. 

Aquela definição marcou sua passagem de dois anos e meio no governo, tornando-se uma espécie de anteparo aos ventos neoliberais do antecessor e do sucessor.

Na segunda vez, com a sucessão já definida em favor de Fernando Henrique, contou haver recebido o Lula em seu gabinete, no Planalto, servindo-lhe uma cachaça especial de Minas Gerais e dizendo que a garrafa ficaria ali à sua espera. Acrescentou que quanto mais velha ficasse a bebida, melhor. Era uma espécie de alento ao líder operário para aguardar com calma a passagem do sociólogo pelo poder,  porque em seguida chegaria a sua hora.

Agora que Itamar se foi, multiplicam-se elegias e panegíricos em sua homenagem, na imprensa inteira. É o reconhecimento póstumo de seu valor, porque enquanto  presidente recebeu petardos e pedradas da maior parte dos  meios de comunicação. 

Os paulistas chamavam-no de caipira e atrasado, por haver sugerido ao presidente  da Volkswagen voltar a produzir o fusquinha, na verdade o único veículo que a classe média baixa podia adquirir.  

Os cariocas zombavam dele por comportar-se como um homem comum, livre depois de desquitado,  dado a uma ou outra eventual conquista.

Poucos, como Itamar, representaram o brasileiro médio, igual aos demais. Inflexível no trato da coisa pública e intolerante com a corrupção, não vacilou em afastar amigos e colaboradores acusados de irregularidades ou flagrados em incontinências verbais, como Eliseu Resende, Rubem Ricupero e Henrique Hargreaves.

Deixando a presidência da República, verificou não ter como sobreviver, sem patrimônio nem emprego. 

Nomeado embaixador por Fernando  Henrique e depois  pelo Lula, nem por isso escondeu suas discordâncias com ambos. 

No interregno elegeu-se governador de Minas, insurgindo-se contra a ameaça de privatização da CEMIG. Mobilizou a Polícia Militar para cercar e  defender o palácio da Liberdade, levando para o além, agora, as informações de que dispunha sobre a iminência de um ataque federal a Minas. 

Adversário da reeleição, negou-se a disputar um segundo  mandato no governo mineiro, quando facilmente seria reeleito. 

Pena que seu retorno ao  Senado tenha durado menos de seis meses. Lá era sua casa, onde chegou com a onda de vitórias do MDB, em 1974,  jovem prefeito de Juiz de Fora. Permaneceu por dois mandatos, como dizia, o período mais fértil de sua vida política.       
por Carlos Chagas

Na Lata


Seu Pão Sem Açúcar, ao perder o controle dos seus supermercado, depois de associar com Seu Cassino (jogo de azar!!!), ficou preocupado e colocou a culpa no governo federal!!! Diz o Pão Sem Açúcar que está presta a perder o controle das suas empresas, tem culpa eu? Não, o culpa é dele pela falta de eficácia e eficiência como gestor do Pão Sem Açúcar e agora quer apenas R$ 4 bilhões para se associar com o Carreboi!!! Dilma, o que tem os brasileiros com a incompetência de um dono de supermercado, empresa privada, particular, que está pedindo só R$ 4 bilhões? Coisa nenhuma, tanto faz ser empresa nacional ou estrangeira, vai pagar os mesmos impostos, porque dar R$ 4 bilhões para ser sócio de uma maracutaia, quando temos uma Dívida Social de 21/23 óbitos por cada grupo de 1.000 nascidos? Se orinte presidenta Dilma, o Brasil não é do Diniz, é de 190.000.000 de brasileiros.
Arabutan Rocha
Maceió - AL

petardo da Velhinha Briguilina

O sr. Luis Roberto Ponte - autor da Lei de Licitação [8.666] em vigor e presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção - , é contra  o novo regime de contratações para as obras da Copa de 2014. Ele afirma que  "escancara as portas da corrupção".

Como autor da lei 8.666 e presidente por 15 anos de uma instituição ligada a construção de corrupção ele entende tudo.

Por isto é que a Velhinha Briguilina tem certeza que o RDC  de alguma forma combate a corrupção que graça entre os empreiteiros.

E tem dito!

Itamar, um testemunho

Confesso que resisto falar sobre os que morrem. Há uma forte e justificável tendência ao panegírico, ao laudatório, como se a morte expiasse o lado das fraquezas humanas, restando divinizar quem se vai.
Em relação a Itamar, não hesitei. A razão é simples: seu modo de ser transparente, contrariando a mineirice, não escondia o temperamento turrão, a personalidade complexa e um jeito especial de ser.
Defeitos, quem não os tem? Agora, quem pode negar ao Presidente Itamar virtudes republicanas, hoje tão escassas, e uma dignidade pessoal exemplar?
Fui testemunha privilegiada da grandeza política do Presidente Itamar. Devo a ele a confiança singular e imensa de me escolher ministro da Fazenda de um governo que emergia no olho de um furacão: a mais profunda crise do regime presidencialista e que resultou, sem precedente histórico, no impeachment do primeiro presidente eleito pelo voto popular depois do regime militar.
E mais, emergia no quadro caótico de uma nação politraumatizada: a morte de Tancredo, o envenenamento social provocado pelos efeitos deletérios da hiperinflação, recorrentes abalos e frustrações dos choques econômicos e, sobretudo, uma profunda crise ética.
A nossa nascente e tenra planta da Democracia (e bote tenra nisso) tornou-se por conta daquele e de episódios subsequentes na mais testada democracia do mundo.
Para efeito de registro histórico, cabe relatar que, no fim da tarde da quinta-feira, 01 de outubro de 1992, fui surpreendido com a notícia de que seria convidado para ocupar o ministério da Fazenda (feição clássica com a reorganização do superministério da Economia ocupado com zelo e dedicação inexcedível pelo embaixador Marcilio Marques Moreira).
A notícia foi dada pelo então governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, que me indicara para compor o ministério do novo governo.
Fui, em companhia de Joaquim, ao encontro do Presidente Itamar e na presença de Aureliano Chaves, José Aparecido, Paulo Haddad, Henrique Hargreaves e outros personagens que a memória já não registra, Itamar formulou o convite.
Por dever de lealdade, fiz algumas ponderações, mostrando que a minha escolha contrariaria expectativas e acrescentaria, de partida, dificuldades políticas a um governo que assumia o poder diante de uma sociedade permeada pelos sentimentos díspares da esperança e da desconfiança.
Ele pediu a opinião dos circunstantes. Foram generosos. Meus argumentos não convenceram.
Itamar disse: “Deputado, faço um apelo...”. Interrompi: “Presidente não faz apelo, estamos juntos”.
O anúncio seria na sexta pela manhã. Discutimos diretrizes com Paulo Haddad, futuro ministro do Planejamento. Insônia e reflexão ajudaram a enfrentar a entrevista coletiva e a justificada curiosidade pública a meu respeito.
Tinha nítida noção da precariedade do meu prazo de validade. A instabilidade econômica levava de roldão planos, moedas e ministros. Esta era a regra. Percebi, realisticamente, os limites de uma ação política que levasse a cabo um plano de estabilização para o país. E não existe a figura do “pato manco” no ministério da Fazenda. Ou é forte, ou entrega o boné.
Não deu outra. Setenta e cinco dias depois da nomeação, deixei o cargo, voltei para o Congresso, mantendo-me firme na defesa do governo. E a despeito das dificuldades vividas, ganhei o amigo.
A convivência breve, porém intensa, adicionada à relação que se estabeleceu posteriormente, foi suficiente para identificar a dimensão política de Itamar.
A ideia e a prática da República e da Democracia repousam no princípio da virtude. Virtude traduzida pela paixão política, espírito cívico e supremacia do bem público sobre os interesses privados, ensina o Barão de Montesquieu, no atualíssimo Espírito das Leis, publicado em 1748.
Na mesma linha, Ortega Y Gasset , em Mirabeau ou o político, reconhece o conceito de virtude nas “almas grandes” e na “magnanimidade”, atributos do verdadeiro político que faz da vida missão criadora e, para quem viver é fazer grandes coisas e não simplesmente existir.
Itamar, magnânimo, encarnou a virtude pública e a dignidade pessoal. Por isso viveu e viverá na imortalidade do exemplo que legou ao Brasil.
Gustavo Krause

da IstoÉ: Padres, orgias e baladas


Livro escandaliza ao expor a rotina de sacerdotes que frequentam festas e saunas, engravidam mulheres e patrocinam abortos
João Loes
img4.jpg

A presidente acompanhará velório de Itamar Franco

Dilma Rousseff e os ministros Antonio Patriota, Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann devem chegar por volta das 11h segunda (4) a Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde prestarão as últimas homenagens ao senador e ex-presidente Itamar Franco (1992-1994), que morreu no sábado (2). 

Eles acompanharão o velório no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais. 

A cerimônia de cremação do corpo de Itamar está prevista para o final da tarde de hoje e será reservada apenas para a família, segundo parentes. 

A cremação ocorrerá em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.


Itamar Franco

A maior esperteza

Quando morre alguém importante há certa tendência a exaltar as qualidades e minimizar os defeitos. Em alguns casos a forçação de barra é maior. Para Itamar Franco, porém, os elogios vêm fluindo com certa leveza.

Há os interessados em elogiar-se a si próprios por meio do elogio ao ex-presidente morto, mas é humano. É sobretudo da política. Uma atividade em que a homenagem ao outro costuma ser a maneira indolor de se convidar ao centro do palco nestas ocasiões.

Tem quem aproveite a situação para promover um póstumo encontro de contas políticas. Uma quitação indolor de dívidas.

Mas por que Itamar é fácil de elogiar? Por que o elogio a ele soa sincero?

Por ter sido um político reto. Dizia exatamente o que queria dizer, e o que estava pensando sobre o assunto. Era do tipo apreciado pelo jornalismo por, como se diz, “dar lide”. Não fugia do risco de produzir notícia.

Um contraste espantoso com nosso tempo. Vivemos uma época de raposices, matreirices, jogos de esconde-esconde e blindagens marqueteiras. Um tempo de espertos maquiados. E de espertezas.

Um tempo de políticos teleguiados.

Itamar não era esperto, na acepção vulgar da palavra, tão em voga. Muito menos teleguiado. Talvez tenha sido sua maior esperteza.

Um sintoma é não ter que, na reta final da fértil e longa vida política, dar explicações adicionais sobre fatos passados nem pedir desculpas para ninguém por uma palavra de que precisasse se arrepender.

Uma esperteza bem contemporânea da política brasileira é dizer qualquer coisa, fazer qualquer coisa, pois sempre haverá oportunidade para retificar, se necessário.

Aceita-se com naturalidade que o político diga uma coisa na oposição e o contrário no governo. Como se não fosse um atentado aos direitos e à inteligência do eleitor.

Nesta sociedade mergulhada em informação e crescentemente conectada, coisas assim deveriam ser cada vez menos toleradas. Hoje em dia a política -e o jornalismo- são atividades submetidas a controle de qualidade em tempo real.

E serão cada vez mais.

O espaço para bravatas, para ludibriar, para enrolar, vai ficando estreito.

Talvez por isso Itamar, na teoria um político de outro tempo, e que morreu octogenário, tenha sido moderno até o fim.

Quem, como eu, teve o privilégio de vê-lo em ação no Senado nestes meses, pôde comprovar.
por Alon Feuerwerker

FHC tira José Serra da foto

Trechos da entrevista da Ofélia no Restadão
    
1. Vou dizer uma coisa que pouca gente refletiu sobre: o meu sucessor natural, do meu partido, morreu. Era o Mário Covas. Isso tínhamos já conversado. Na última conversa que eu tive com ele sobre esse assunto ele já não podia mais, porque estava doente. Então não tinha um sucessor natural no partido.
      
2. P- O caminho está mais pavimentado e natural para o Aécio Neves em 2014
R- Está difícil prever isso hoje. Nós temos dois, três, até quatro pessoas que têm alguma aspiração e mérito para isso, que estão em posições diferentes. No fundo, quem é o candidato de um partido quando esse partido não tem dono? É aquele, que num dado momento, dá impressão à opinião pública de que ele é uma pessoa que pode ganhar. Agora temos que cuidar de eleição municipal. Depois, vamos ver quem, neste período, se firmou como líder nacional.
      
3. O Serra já tem ressonância nacional, mas está fora do jogo de posições institucionais. O Aécio ainda não tem ressonância nacional, mas tem uma posição institucional forte no Congresso. O Geraldo (Alckmin) também, ou até o Marconi (Perillo). Qual deles vai, daqui a três anos, estar batendo com o sentimento do País? Quem é que sabe? 

Blog do Charles Bakalarczyk: Guerra Santa: Juiz Jeronymo, em nome de Deus, desa...

Blog do Charles Bakalarczyk: Guerra Santa: Juiz Jeronymo, em nome de Deus, desa...: "Ajuntamento de senhores da lei divina (entre eles, o pastor-juiz Jeronymo e ex-governador Garotinho) se imiscuindo em assuntos do Estado lai..."