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Artigo dominical

Povo brasileiro dá o troco e um chega pra lá em Sérgio Moro e João Dória

A história vai registrar o nosso tempo com três marcas que vão engrandecer o povo brasileiro.

Somente mais na frente, com o tempo da história, poderemos compreender em toda sua inteireza os momentos bonitos que estamos vivendo. Mas já podemos captar e olhar com orgulho a gente brasileira.

A primeira questão é a recuperação do povo brasileiro após o massacre que ele sofreu de mentiras e enganos de que foi vítima, especialmente dos meios de comunicação. Mas o povo brasileiro se recompôs e, agora, está indicando novos rumos para o País.

A segunda, é a responsabilidade que o Presidente Lula assumiu do seu dever de liderar a nação. E quando um povo encontra sua liderança, os caminhos se abrem.

A questão mais recente é o repúdio do povo brasileiro ao Moro. O povo deu um chega para lá nele, não deixou espaço para se candidatar, teve que abandonar sua candidatura.

Isto mostra quanto vale a força de um povo diante da mentira, da picaretagem, de pessoas com posturas pequenas, rasteiras, menores.

Outro que o povo deixou igualmente sem nenhum espaço foi o Doria. O governador do maior estado do País, o mais endinheirado, mas o povo brasileiro não deixou espaço para ele fazer sua candidatura.

O povo deu o troco a ele e a seu partido, o PSDB, que se dizia social democrata, mas realizou projeto neoliberal desde FHC e organizou o golpe monstruoso contra a primeira mulher eleita Presidenta do Brasil, a Dilma, honesta e servindo ao interesse nacional.

Ambos, Moro e Doria, ficaram sem base para sustentar uma candidatura presidencial.

Eleição presidencial para constituir o Governo da Nação é coisa séria, que o povo compreende na sua consciência coletiva, nacional, ao longo das eleições que o presidencialismo propiciou ao Brasil.

Diante do massacre que fizeram com Getúlio, no ano seguinte o povo elegeu Juscelino e Jango. Depois do golpe militar e dos golpes do caçador e marajás e do plano real, o povo elegeu Lula duas vezes e Dilma duas vezes.

Ambos estão agora a procurar navegar em espertezas menores. E fazendo coisas feias. Moro se filiou a um partido que o proclamou candidato, consumiu 3 milhões de reais do partido, foi recentemente à Alemanha à custa do partido, e na volta deixa o partido sem nenhuma palavra e se filia a outro com justificativa que este outro tem dinheiro. Muito dinheiro. E sua esposa se filia no partido em um dia e no seguinte se filia ao outro.

O Doria, nas vésperas dos prazos, diz que não é mais candidato, para no dia seguinte voltar a ser e deixar o dito pelo não dito. E justificou ser um ato de esperteza para obter compromissos do seu partido que estava a lhe trair.

Amesquinham e avacalham com a política, enxovalham a vida pública e destroem a vida partidária sem nenhum pejo ou constrangimento.

Felizmente, do lado de cá, está o povo brasileiro que devota desprezo a toda essa gente. E não lhes dá espaços. Viva o povo brasileiro.

Vivaldo Barbosa - foi deputado federal constituinte pelo PDT (RJ), secretário da Justiça do governador Leonel Brizola no Rio de Janeiro, é advogado e professor Aposentado da UNIRIO — Universidade do Rio de Janeiro -.
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