Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Frase da noite

No Brasil são sempre os homens que dão a última palavra: 
Sim Srª. Dona Dilma 

Graça Foster: A Dilma da Dilma

Quais os planos e o que representa a ida para o comando da Petrobras de Maria das Graças Foster, engenheira de reconhecida capacidade técnica, que, há 32 anos na gigante do setor energético, conquistou a admiração da presidenta da República

Adriana Nicacio e Izabelle Torres – ISTOÉ

chamada.jpg
ENÉRGICA
Dona de perfil técnico, Graça Foster assume a
Petrobras com perspectivas de choque de gestão

Em 22 de dezembro de 2011, uma rápida visita da presidenta Dilma Rousseff ao seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, selou o futuro da Petrobras. No encontro em São Paulo, Dilma entregou a Lula um Papai Noel feito de material reciclado, presente enviado por catadores de lixo do Estado, e avisou: "Presidente, vou trocar o Gabrielli." Se no início do mandato de Dilma ele pediu que mantivesse José Sérgio Gabrielli na presidência da Petrobras, desta vez Lula decidiu não interferir. E não precisou perguntar quem seria o substituto. Desde que foi eleita, Dilma sonhava em colocar a engenheira química Maria das Graças Foster no comando da terceira maior empresa de energia do mundo, mas não sabia como nomeá-la sem se desgastar com Lula. Tomou a decisão em outubro quando levou Graça Foster em sua pequena comitiva na viagem afetiva à Bulgária, terra dos Rousseffs. E comunicou a Lula que a troca seria anunciada em janeiro, durante a minirreforma ministerial. Dilma explicou ao ex-presidente que confia na competência de Graça, atual diretora de gás e energia da companhia, para realizar as metas de produção de combustíveis e de exploração do pré-sal, um fator importantíssimo para o desenvolvimento do País.

Em suma, ela põe a mão no fogo pela competência administrativa de Graça Foster. Um mês depois do encontro com Lula, Dilma autorizou que seus assessores vazassem sua decisão. Os efeitos foram imediatos. O mercado presenciou uma alta no valor das ações da estatal, como não se via havia dois anos. E o mundo político presenciou a mais nova demonstração de que a presidenta está disposta a prezar o perfil técnico nas nomeações do primeiro escalão, deixando em segundo plano as interferências partidárias.

São vários os significados da nomeação de Graça Foster na gigante do setor energético. O principal deles é um maior alinhamento com o Palácio do Planalto e Dilma Rousseff. Graça Foster é amiga da presidenta. As duas se conheceram em 1995, ao se unirem contra a política de privatização do governador do Rio Grande do Sul, Antonio Brito, do PMDB. Anos mais tarde, Dilma era secretária de Energia do governo Olívio Dutra e negociou com Graça Foster, gerente da Petrobras, a construção de um oleoduto no sul do Estado. O zelo e a intransigência da engenheira despertaram a admiração da presidenta, que considera Graça, na Petrobras há 32 anos, um dos melhores quadros técnicos da estatal. De fato, a engenheira conhece como poucos a rotina da empresa e, muitas vezes, em caso de dúvida sobre um número ou uma decisão vai buscar informações pessoalmente nas plataformas. Sua dedicação rendeu R$ 2,6 bilhões em lucro para a estatal até setembro de 2011. O resultado da diretoria de gás e energia só não foi melhor do que o da tradicional diretoria de exploração e produção. Outro exemplo de sua dedicação quase integral à estatal: há cinco anos ela não tira férias."Graça não só trabalha muito como cobra que todos trabalhem muito", afirma um dos seus assessores mais próximos. Por isso, no setor de energia, Graça é vista como uma cópia autêntica da presidenta da República, principalmente pela rara disposição para o trabalho e o pavio curto diante de erros de seus auxiliares.

img.jpg
Ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli vai ocupar uma
secretaria na Bahia, de olho nas eleições estaduais de 2014

Quem acompanha a engenheira de perto sabe que quando ela diz que poderia morrer pela Petrobras não está fazendo pura retórica. Espalhou-se pela estatal que das três estrelas tatuadas no antebraço direito de Graça duas representam seus dois filhos e a terceira, a Petrobras. Ela, de fato, é osso duro de roer quando está em jogo o interesse da empresa. Esse é outro significado de sua nomeação. Atendendo aos anseios do Palácio do Planalto, a empresa irá respirar trabalho e será intransigente na defesa dos seus interesses, dizem auxiliares do governo. Espera-se uma gestão eminentemente técnica. O antecessor, Sérgio Gabrielli, apesar dos elogios à sua gestão feitos por integrantes do governo durante a despedida, sempre teve no horizonte claros objetivos políticos. Tanto que, depois de sete anos na presidência da Petrobras, Gabrielli agora investirá num projeto político. Ligado ao PT e ao ex-ministro José Dirceu, ele vai ocupar uma secretaria no governo da Bahia, de onde pretende se cacifar para disputar as eleições estaduais em 2014. Graça, não. Ela é Petrobras Esporte Clube. Entre tantos exemplos, até hoje se comenta a briga de Graça Foster com a Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás (Abegás), em abril de 2010, por causa do preço do gás natural. O insumo é cerca de três vezes mais alto no Brasil do que nos Estados Unidos, o que Graça considera um absurdo. O clima de tensão chegou a tal ponto que, por determinação de Graça, a Gaspetro, subsidiária da Petrobras, deixou a associação, apesar de dominar 45% do mercado de gás. A futura presidente da estatal disse, à época, que ficaria ao lado de quem produz, carrega e transporta gás. "Não das distribuidoras que vendem gás", concluiu. Agora, com Graça Foster à frente da Petrobras, o mercado espera uma nova política para o preço do gás natural.

O nome de Graça Foster será oficializado na próxima reunião do conselho de administração da Petrobras, em 9 de fevereiro. Até lá, ela prefere não fazer comentários sobre sua gestão. Mas ISTOÉ apurou com pessoas próximas a ela quais são os seus principais planos. É quase certo que, com aval de Dilma, fará um choque de gestão na estrutura e no preço dos contratos. Quando assumir a presidência da estatal no dia 14 de fevereiro, nenhuma diretoria continuará a funcionar como um feudo autônomo. Sua ideia é centralizar todas as atividades. Poucos diretores devem permanecer no cargo. Uma das exceções será o diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa. O presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima Neto, que tem trajetória muito parecida com a de Graça, deverá ser remanejado para a diretoria de exploração e produção. Para a diretoria de gás e energia, o mais cotado é seu braço direito, Ênio Barreto. Mas o atual presidente da Petrobras Uruguai, Irani Varella, deve retornar ao Brasil para ocupar um cargo de destaque, que pode ser tanto o de Graça quanto a presidência da Petrobras Distribuidora. Na nova gestão, volta à cena José Eduardo Dutra, que presidiu a estatal entre 2003 e 2005. Para abrigar Dutra, deve ser criada uma diretoria corporativa.

O principal desafio de Graça será aumentar a produção petrolífera, que caiu 0,9% no ano passado. Além disso, todos os olhos estão voltados para a meta de dobrar a produção até 2020 e também para a exploração comercial do pré-sal. O diretor da Coppe/UFRJ, professor Luiz Pinguelli Rosa, lembra que em 2010 a Petrobras fez a maior oferta de ações de sua história e se capitalizou em US$ 70 bilhões exatamente para explorar as imensas reservas no pré-sal. Segundo ele, toda a ansiedade é natural, mas o processo exige tempo, investimento e tecnologia. "Graça é rigorosa e preparada. Fez pós-graduação em engenharia nuclear aqui na Coppe. Ela vai dar conta da missão", afirma. Outra missão da nova comandante da Petrobras será acelerar o plano de investimentos da estatal que prevê 688 projetos, num total de US$ 224,7 bilhões, até 2015. A Petrobras exerce papel fundamental no PAC, com cerca de 40% dos investimentos.

Minha Casa, Minha Vida

[...] do PSDB

Na Google + 1 aprendi que...

Simpatia não é dá em cima.
Sinceridade não é grosseria.
Ciume não é inveja.
Educação não é falsidade.
Sorriso não é felicidade.
Choro não é depressão.
Beleza não é burrice.
Feiura não é inteligência.
Namoro não é sexo; também não é Eu Te Amo!
pinçado do Lucas A

Mensagem da tarde

Se tiver que amar, ame hoje
Se tiver que sorrir, sorria hoje
Se tiver que chorar, chore hoje
Pois o importante é viver hoje.
O ontem ja foi e o amanhã, talvez não venha

Chico Xavier.



Dialogo entre o Chrome e o Explorer


Se você não guenta mais o Internet Explorer, clica no [+1]


Costela de carneiro ao molho de ervas

 Ingredientes

4 unidade(s) de costela de carneiro 
quanto baste de vinagre branco
quanto baste de azeite de oliva
1 colher(es) (sobremesa) de gengibre
1/2 xícara(s) (chá) de mel
quanto baste de mostarda escura
quanto baste de cheiro-verde
quanto baste de manjericão
3 dente(s) de alho
quanto baste de alecrim
quanto baste de sálvia
quanto baste de hortelã
quanto baste de orégano
quanto baste de manjerona
2 folha(s) de louro
quanto baste de sal
quanto baste de pimenta-do-reino branca
1 kg de tagliolini
quanto baste de manteiga 

Costeleta de Cordeiro ao Molho de Ervas com tagiolini na manteiga e sálvia

Modo de preparo

Tempere o carneiro com sal, pimenta do reino, vinagre, azeite. Derreta a manteiga numa frigideira, coloque o alho e as ervas aromáticas e refogue por 4 minutos. Coloque o gengibre e o mel refogue por mais 3 minutos, se ficar muito seco, adicione caldo de carne. Por último coloque a mostarda e mexa bem. Ajuste o sal e a pimenta do reino, se necessário. A parte, grelhe as costeletas de carneiro no azeite ou óleo de milho por, aproximadamente, 3 minutos de cada lado. Disponha no prato com o acompanhamento. Aqueça a manteiga junte á salvia e na sequencia junte a massa corrija o sal.

Montagem: coloque a massa no centro do prato e em volta as costeletas, regue o molho sobre as costeletas.


Ou você se liberta da inércia, ou outros prédios cairão sobre sua cabeça

Se a causa da tragédia foi obra mal feita, então recorra ao capacete: outras iguais estão em curso


 "Não constam na Secretaria de Urbanismo qualquer pedido de licenciamento de obras recentes nesses imóveis, qualquer denúncia de obra irregular e ainda qualquer registro de ocorrência ligada à estabilidade e segurança das edificações".

Da nota da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro sobre o desmoronamento de três prédios.

"Não conheço o projeto, não vi a obra e sequer sabia como a sala era antes"
Engenheiro Paulo Sérgio da Cunha Brasil, dono da Estruturar Projetos e Engenharia, responsável por um laudo sobre a obra.
 
Derrubei apenas as paredes de tijolos. O concreto não foi tocado".
Alexandro da Silva Fonseca, pedreiro que escapou milagrosamente dentro do elevador.


Paulo Renha, dono de administradora de imóveis e síndico do prédio: poderia ter parado as obras se quisesse.

 Não há exagero em afirmar que, mais do que brasileiro, Deus é carioca. Se esses três prédios da chocante tragédia da quarta-feira, 25, tivessem desmoronado três horas antes, estaríamos contando mais de um milhar de mortos. Ali no buliçoso coração da cidade há um formigueiro humano e ao cair da tarde as pessoas se esbarram na rotina de fim do expediente. É um vai-e-vem nervoso e não são poucos os que "dão um tempo" nos bares da redondeza para esperar passar o pico do trânsito.
Não há também exagero em dizer que o diabo igualmente sentou praça nestas paragens inebriantes. O que abalou a 13 de maio, entre a Cinelândia de tantos agitos e o movimentado Largo da Carioca, é o que o lugar comum proclama como tragédia anunciada aos olhos de um sistema de gestão corrompido até a medula, onde tudo pode acontecer como aborto de concepções obsoletas e o propinoduto viçoso que acomete quem tem algum mandato fiscalizador - seja agente público, seja um síndico sensível a alguns trocados.
Nesse convívio dialético entre Deus e o diabo na terra do sol as grandes urbes estão expostas inexoravelmente a hecatombes continuadas que dispensam terremotos e tsunamis. Aqui as mãos sujas do homem propenso a tentações do caráter dispensam a fúria da natureza. Não faz muito, um restaurante foi para os ares ao nascer do dia 13 de outubro passado, na emblemática Praça Tiradentes, detonado por suas instalações irregulares de bujões de gás.

Nesta terra descuidada, as possibilidades de aberrações urbanas são cada vez mais frequentes

O cenário está montado para isso: velhas edificações geminadas em cadeia são preservadas sem qualquer monitoramento e desafiam as próprias leis vigentes. Qualquer fiscal sabe que o código de posturas proíbe o funcionamento de cursos acima do terceiro andar. Mas pelas conhecidas cargas d'água uma empresa mantinha professores e alunos do sexto para cima.

Na década de 70, trabalhei no 9º andar do velho Edifício Colombo, um dos que vieram abaixo. Ali funcionava a Focus Propaganda, do saudoso Alfredo Souto de Almeida, o homem que em 1948 revelou Fernanda Montenegro, Chico Anísio e Sílvio Santos. O prédio ficava na "rua" Manoel de Carvalho, o beco estreito de 55 metros que ligava a Rio Branco à 13 de Maio, nos fundos do Teatro Municipal, e já então desafiava as leis, pela ausência de qualquer dispositivo de prevenção contra incêndios: agarrado aos outros do pedaço não tinha escada externa ou qualquer alternativa razoável de evacuação.
 
A qualquer comentário sobre essa situação precária, aduzia-se a desculpa compensatória: todo o Centro da Cidade, além de bairros como Copacabana e até Ipanema e Leblon eram e são apinhados por edifícios colados uns aos outros, alguns preservados pelos decretos das APACs, áreas de proteção artísticas e culturais concebidas para "inibir o crescimento dos bairros", e para o desespero dos moradores, condenados a viverem em pardieiros até que aconteça coisa semelhante à tragédia de quarta-feira.

Esse desmoronamento noturno parece até um aviso, uma espécie de senha do que está por vir.
Digam o que disserem, mas suas causas são muito mais profundas do que as imediatas explicações que alimentam a ansiedade decorrente. Tudo o que alegam pode ser e pode não ser. Porque se fosse o que cada um diz, principalmente por conta da obra no nono andar do Edifício Liberdade (Meu Deus, até nessa avacalham essa santa utopia) é de se estranhar a complacência do síndico e a omissão da vizinhança, que não fez qualquer queixa ao bispo.
 
Prédio velho é prédio velho e envelhece mais ainda quando se sabe, como revelou o historiador Nireu Cavalcanti - homem sério e apaixonado pela cidade - antes ali, séculos passados, era a Lagoa de Santo Antônio.
 
Está bem que não se pode falar só da fragilização pela idade da construção, objeto até de redução do valor do IPTU. Mas se ao invés do trato das antigas edificações nos limites de seu valor cultural houvesse mais rigor na sua fiscalização, dever de todos, principalmente dos cidadãos, seriam bem menores as possibilidades de desmoronamentos como os da 13 de Maio.
Ouso dizer que o acontecido é decorrência da degeneração dos condomínios,
sob comando de síndicos "eleitos" pelo ardil das procurações de condôminos omissos. Essas autoridades prediais parecem mais interessadas numa vantagem qualquer, pois como tenho dito e repetido, o cidadão já começa a ser pungado no nesses pagamentos, cada vez mais onerosos, ainda mais depois dessa onda de "síndicos profissionais" que não têm compromissos de raiz com os proprietários e inquilinos.

Nesse caso, volto a lamentar a inércia que acomete esse arremedo de cidadania destes tempos "eletronizados".
É curioso: foi da auto-gestão no Condomínio do Edifício Alfa, que implantei como síndico em 1975, que nasceu na rua Lauro Muller, entre Botafogo e Urca, a primeira associação de moradores de classe média do Rio de Janeiro. (Infelizmente, está esgotado meu livro O PODER DA RUA, editado pela Vozes, com prefácio de Carlos Drummond de Andrade).
Hoje, a modernidade cultiva a irresponsabilidade social. Nem o elevador, nem a vizinhança de parede aproximam as pessoas. Antes, é cada um de nariz empinado, indiferente ao convívio rotineiro, numa exacerbada manifestação do individualismo internalizado.
Esta terra carioca nunca conheceu o que se poderia chamar de prudência urbana.
Fez-se aos trancos e barrancos, pirateando o mar, aterrando lagoas, córregos e demolindo morros, principalmente quando a burguesia emergente tomou o lugar da aristocracia, acostumada ao bairro de São Cristóvão como paraíso da corte.
Novos ricos, novos espaços urbanos.
Mares e morros foram agredidos. Não gostavam de canais, como lembrou Nireu Cavalcanti, desprezando a bela experiência de Amsterdã. Não tinham apreço ao racional, tão possuídos pelo delírio da fortuna fácil. Essa ocupação desordenada do solo pode não ser a causa direta da tragédia,

mas se insistirem na parede derrubada, então os outros que se cuidem: o mais corriqueiro é a avalanche de "reformas" de antigas edificações,
sob cobertura do próprio Plano Diretor (Lei Complementar nº 111/2011, artigo 57, inciso IV, parágrafo primeiro): "não dependerão de licença da prefeitura as obras de modificação interna, sem acréscimo de área, que não impliquem em alterações das áreas comuns das edificações".
Já se sabe, porém, que no prédio maior, cujo síndico era o dono de uma administradora de imóveis, vinha num processo de desfiguração nada solitário de seu projeto original, incluindo aí abertura de janelas laterais, o que compromete a máquina da fiscalização de posturas. Nesse episódio, é bom que se ressalve: o prefeito Eduardo Paes também é vítima desse ambiente de leniência e está trabalhando feito um doido para amenizar os efeitos da tragédia. Certamente, poderá tirar uma boa lição e refletir sobre o caos urbano, inclusive quanto às suas próprias intenções, como no caso da projetada demolição do Elevado da Perimetral, a ser substituído por túneis em áreas de aterro.
 
Na quarta trágica, nem chover, choveu.
Nem a brisa calorenta fez-se ciclone. Nem a terra se mexeu. Nem se fazia qualquer coisa naquela hora. Seria uma noite como outra qualquer, sem eira, nem beira. Tão desinteressante que as câmeras da maior rede de televisão estavam ligadas no altiplano boliviano, onde o Flamengo de Ronaldinho jogava com um time das alturas.
Mas quis o destino que, talvez até por distrações como essa, esse 25 de janeiro, data do aniversário de São Paulo, a maior metrópole brasileira, três prédios despencassem do seu cansaço e oferecessem o sacrifício mortal de alguns cariocas como o mau presságio que não pode ser minimizado como um acidente isolado.
 
Há mais "obras" e estruturas mal-tratadas além do formigueiro que liga a Cinelândia ao Largo da Carioca.

CLIQUE AQUI  LEIA MATÉRIA NO BLOG E PUBLIQUE SUA OPINIÃO.  


Temos dois Brasis

Comentário do Laguardia sobre a postagem "Em São Paulo a culpa é sempre dos pobres": 

Não é só em São Paulo que a culpa é sempre dos pobres. É no Brasil todo.

Temos dois Brasis. Aquele dos governantes e das elites onde tudo é lícito e possível para eles. Quando doentes não se socorrem no SUS, vão para os melhores e mais caros hospitais do pais as custas do povo.

Desviam verbas públicas em benefício próprio. Montam "consultorias" como forma de lavar dinheiro roubado do povo, Fernando Pimentel, Antônio Palocci, José Dirceu etc. são mestres nesta arte.

Usam dinheiro de empresas públicas para financiar campanhas políticas, Eduardo Azeredo, José Genuíno, Delúbio Soares também dominam esta arte.

Se acham acima da lei.

Se alguma coisa dá errado, a culpa é do povo, ignorante que não sabe o que faz e por isto deve ser tratado como gado a caminho do abatedouro.

Me lembro que há alguns anos atrás, quando havia uma epidemia de dengue no Rio de Janeiro, o Briguilino também disse em um post que a culpa era do povo que não combatia o mosquito da dengue.

Luiz Inácio Lula da Silva, ao defender os sanguinários irmãos Castro disse que os protestos contra a opressão cubana através de greves de fome era uma forma de se cometer suicídio.

No Brasil real, do povo que sofre sem saúde pública, sem qualidade na educação pública, onde o que vale são os números, a quantidade e não a qualidade, o povo é o culpado.

Os iluminados do PT sempre sabem o que é melhor para o povo, lógico que depois de defender o bem pessoal deles.

CORJA! 


Em São Paulo a culpa é sempre dos pobres



 diretor regional da CDHU, Milton Vieira de Souza Leite, protagonista do post abaixo, pediu demissão do cargo, segundo informou o portal “Folha. com”, em nota publicada às 16h29 desta sexta-feira.

O sonho da casa própria está virando um pesadelo para as famílias do conjunto habitacional Paulo Gomes Romeo, em Ribeirão Preto, interior paulista. As cerca de 200 casas populares,  entregues pelo governador Geraldo Alckmin em dezembro, apresentam variadas falhas de construção, mas mesmo assim foram ocupadas pelos moradores contemplados.
Após receber muitas queixas, o diretor regional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Milton Vieira de Souza Leite, foi fazer uma inspeção na manhã de quinta-feira para ver o que estava acontecendo. E chegou a uma inacreditável conclusão: as casas são boas, os pobres que foram morar nelas é que estão estragando tudo.
“A gente conhece o nível de educação dos moradores. O pessoal veio da favela. Não está acostumado a viver em casa”, afirmou o sábio, em entrevista gravada pela repórter Gabriela Yamada e publicada na Folha desta sexta-feira.
E disse mais: “Você não consegue mudar a educação delas somente mudando de local”. Para ele, seria necessário um trabalho social a longo prazo para ensiná-las a morar numa casa.
Entre outras barbaridades, Souza Leite insinuou que, além de ignorantes, os moradores são tarados e vagabundos.
Ao falar do caso de uma moradora que reclamou da pia da cozinha ter caído ao colocar sobre ela uma cesta básica, resolveu fazer graça, como relata a repórter:
“O que ela foi comer era outra coisa, disse, insinuando que a pia caiu durante uma relação sexual. Mais adiante, ao encontrar moradores dormindo, saiu-se com essa: Você viu? Não sei se eles estavam dormindo porque trabalharam à noite ou porque continuam sem fazer nada”.
O dirigente da CDHU também responsabilizou os moradores pelas fissuras encontradas em volta de portas e janelas: “As portas são fixas com bucha. A camada de revestimento é muito pequena, e a forma como vai batendo a porta, em uso comum, vai provocar uma fissura”.
Ao final da inspeção, Souza Leite procurou tranquilizar os moradores, garantindo que as casas do recém-inaugurado conjunto Paulo Gomes Romeo não correm risco de desabar. Menos mal.
Até o momento em que escrevo este texto, não há notícias de que o diretor regional Milton Vieira de Souza Leite tenha sido demitido do cargo.
Uma coisa é certa: os últimos acontecimentos em São Paulo estão mostrando que não se trata de eventuais acidentes de percurso de uma administração pública, mas de um método. A culpa é sempre dos pobres.
A política “policial-higienista”, que já “limpou” as áreas da Cracolândia e do Pinheirinho, agora encontrou os responsáveis pelas casas populares com defeito: os seus moradores. Espera-se que a PM não seja chamada para resolver o problema.
por Ricardo Kotscho