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Kit carnaval



  • Uma bolsa térmica
  • Bebidas compradas pelo menor preço
  • Lanches feitos em casa com os ingredientes mais baratos
  • Tudo dividido em partes iguais com os companheiros de folia
É este o sucesso desse carnaval do desgoverno bolsonaro, que tem como chefe da economia o parasita financeiro Paulo Gurgel.

Parabéns bolsominios imbecis.

Rio: desfile das campeãs

Michel Temer decretou intervenção federal no Rio de Janeiro, qual a primeira medida de impacto? 

Roubaram a faixa-presidencial do Vampirão da Tuiuti.

Quanta competência!

Diretas já e desfile da Tuiuti, a manipulação repetida


Fatos nacionaisVocê ficou surpreso com a Globo minimizando o desfile protesto da Tuiuti? Lembre que foi essa mesma emissora que transmitiu uma manifestação das Diretas já dizendo que era o aniversário da cidade de São Paulo.

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Manifestoches


Alô Aurélio, alô Hoauiss
Manifetoches: 
1. Alienado e manipulado pelos meios oligopólicos de mídia
2. Cidadão que cultua patos amarelos e que vai às ruas pedindo pela destruição de seus próprios direitos
3.Pessoa que bate panelas e usa camisetas da CBF ao lado de figuras como Aécio, Cunha e Temer
4. Lúmpen que não aceita o resultado de eleições presidenciais
5. Fantoche, títere, boneco de ventríloquo e ou marionete dos ricos e da classe patronal.

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo
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Carnaval sem Lula é fraude


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Em Belo Horizonte (MG): eleição e carnaval sem Lula? Fraude!
Manifestações espontâneas de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm acontecido pelas ruas do país nesses dias de Carnaval. Os foliões cantam em homenagem ao ex-presidente e mostram que o povo sabe muito bem de que lado está. E nesta segunda-feira ainda tem um bloco em Belo Horizonte (MG) inteiramente voltado a Lula, o “Que saudades do meu Ex”.
Veja abaixo algumas das manifestações de carinho a Lula pelo país.

Copacabana, Rio de Janeiro

No túnel que liga Copacabana a Botafogo, o povo soltou a voz para apoiar Lula.
E, na Marquês de Sapucaí…

Salvador, Bahia

A massa canta na capital baiana: “Vai dar PT, vai dar!”
Belo Horizonte, Minas Gerais
Os mineiros cantam a saudade que têm do seu ex-presidente e anunciam que não é só a eleição, Carnaval sem Lula também é fraude!
Olinda, Pernambuco
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Fantasia de carnaval

Anormalidade: Visto o momento do cinismo ímpar dos membros do judiciário, do ministério público e demais morojás que recebem auxílio-moradia sem que tenham direito, fico a imaginar a fantasia que deve fazer sucesso neste carnaval. Como normalmente a fantasia é algo quase que inatingível, acho que se fantasiar de ladrão togado fará o maior sucesso.
 
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Sem legenda


patotuiuti

Com certeza será destaque no Carnaval carioca esta fantasia da Paraíso Tuiuti.
Não precisa de nenhuma explicação, muitos na Sapucaí se verão retratados nela.
Genial esta criação.
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Impítiman, tua tumba

Semanas de campanha, construída dia a dia. Um comentário aqui, um parecer jurídico ali, um artigo acolá, uma sucessão de depoimentos à imprensa, manchetes especulativas, pronunciamentos parlamentares – e a ideia do impeachment já estava se instalando.
Para mero “debate”, evidentemente, e não com ânimo golpista – asseguravam próceres do movimento, uns democratas inarredáveis…
Eis que, então, do principal adutor do humor nacional – o Ceará – vem a reação imprevista ao “debate” que não ousa dizer o verdadeiro nome.
Uma única frase, enfiada de “contrabando” por papagaios de pirata em reportagem de afiliada da Globo, viraliza nas redes sociais e vira a febre do Carnaval 2015. Uma avalanche de piadas sepulta no ridículo a trama para derrubar Dilma.
O grande equívoco dos donos da voz no Brasil é achar que podem ganhar no berro, porque conseguem dominar todos os ouvidos para a sua pregação monocórdia. Esquecem que o povo enxerga.



Nilson Lage - uma coisa que me chateia é a hipocrisia

A realidade é essa, assumam

Se há coisa que me chateia é hipocrisia.
Quem queriam que financiasse o carnaval carioca?
O tesouro nacional?
As gravadoras, que fariam desfilar como destaques Beyoncé, Ricky Martin e Julio Iglesias, ao som de rock, country e rap?
As multinacionais, cobrindo de logos e marcas o desfile, com a rainha da bateria anunciando preservativos durex e a magnífica comissão de frente fantasiada de semente Monsanto?
Políticos com certificado de democracia, folha corrida e vida ilibada – com dinheiro de quem?
Queriam que o carnaval voltasse a ser, como antes, uma festa de bairro, com corsos de carrinhos da classe média (confetes, serpentinas…), escolas mambembes e blocos de sujos?
Assumam a realidade.



O jogo do bicho é uma tradição enraizada, assumida, consolidada no Rio de Janeiro e no Brasil Todo combate ao jogo do bicho é, na verdade, achaque de bicheiros.
O mesmo está acontecendo com o tráfico de drogas. O tráfico sustenta um aparelho repressivo corrupto, num nível muito mais alto do que se imagina.
Houve mil oportunidades, há milhares de jeitos de regularizar o jogo do bicho. Não regularizam porque não querem, ganham mais com ele.
Algo similar com a “guerra ao tráfico”, conduzida com a inteligência de uma bush-barata. Cada carga apreendida, cada bagrinho preso, é mais dinheiro que entra no sistema.
Para que vai à festa e gosta dela, não importa quem paga. Importa, sim, a mensagem estética, ética e politica do desfile.

The Ziriguidum Herald - Guia do Carnaval em Brasília

Alô, povão, agora é sério! Arrepiiiiia, Congresso! Pimba, pimba! Ô abram alas para o alegre e sestroso carnaval brasiliense. Terra do gingado Rousseff, berço do funcionalismo público moleque!
As mais recentes pesquisas do Sinduscon-DF revelaram que os festejos momescos tiveram início no Planalto no momento em que Juscelino Kubitschek entregou a chave da cidade nas mãos das Quatro Irmãs. Ao que tudo indica, a festa não tem data para acabar. Passam presidentes, mudam sistemas de governo, mas a folia segue firme e forte como as coxas de uma Rainha de Bateria. Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, incansáveis, não entregam o estandarte.
O carnaval pujante da capital federal começa no tradicional Setor de Habitações Coletivas e Geminadas Norte 709, estende-se pela urbe modernista e termina na Área Octogonal Sul 2. Um desfile de cores, encanto e magia, 365 dias por ano, todos os anos.
Com informações confidenciais coletadas por meio delações premiadas de baluartes do carnaval brasiliense, o herald apresenta o Guia Ilustrado que segue. Nele, o leitor folião encontrará todos os detalhes da farra do dinheiro público que invade o Centro-Oeste de janeiro a janeiro: os blocos mais superfaturados, os camarotes comissionados, as fantasias mais adequadas para esconder dólares. Está tudo aqui. Vamos lá: levante os braços e caia na gandaia!

ROTEIRO DOS BLOCOS


Fisiologismo é Quase Amor

Dentre os blocos da Capital Federal, é o mais antigo de que se tem notícia. Surgido como cordão carnavalesco (ou "acordão", como os candangos a ele se referem carinhosamente), a agremiação teve origem numa conversa informal, ocorrida no boteco Mirador, entre os fidalgos Fernão Dias Sarney e João Infante Calheiro. À época, discutiam a divisão das capitanias hereditárias. Antes de fincar suas tradições no Planalto Central, o Fisiologismo é Quase Amor desfilou em Salvador, Belém, São Luís e no Rio de Janeiro. Mesmo com o passar das décadas, os organizadores mantêm viva a tradição de iniciar o desfile entoando a marchinha "Mamãe Eu Quero Mamar".


A diretoria do blocão conseguiu emplacar 147 parentes na bateria

2015 - A melhor do Carnaval




Globo contra Dilma



Jurados do Carnaval carioca são petistas

E o Boni afundou a Beija-Flor

por Gilson AS

Este carnaval teve uma grande surpresa  que muitos  não  deram  atenção. Todos conhecem a competência da comissão de carnaval da Beija-Flor, como os caras são profissionais em todos os quesitos. Mas este ano pela escolha do enredo( na minha opinião enredo comprado), a Beija-Flor ficará de fora do desfile das campeãs. E isto não acontece desde 1992, ou seja, há 22 anos a escola sempre desfila no desfile das campeãs. Muitos não sabem, mas o enredo da Beija Flor deste ano foi o Boni. Ele mesmo, o todo poderoso da Globo, um dos homens mais influente do país.No quesito enrendo, nenhum jurado deu nota 10. A escola estava cheia de atores globais, e o último carro estava repleto de atores e diretores que atuaram na época do Boni. Não curto carnaval, mas tenho simpatia pela Beija-Flor por ser uma escola de comunidade, e porque 90% das fantasias da escola são doadas à comunidade a custo zero. Confesso que este ano torci muito contra a escola por causa do enredo. Mas o que ficou claro para mim com o resultado, que de uma certa forma foi excepcional do ponto de vista negativo, é que a Globo com os seus atores não influenciam mais as pessoas como no passado. Nem o público se empolgou com a passagem da escola. Tenho minhas dúvidas se os jurados não são simpatizantes do PT,rs,rs, porque recentemente em entrevista o Boni admitiu que manipulou a edição daquele famoso debate de 1989 Entre Lula e Collor, colocando no ar os melhores momento do Collor e os piores momento do Lula, o que influenciou o resultado das eleições. Que bom ! Ainda bem que a toda poderosa, devargazinho, está perdendo o poder.

O Carnaval do cocoruto

cocoruto1
Dali, dava pra ver o cocuruto de todo mundo. Beleza. Era só esperar e mirar direitinho, no momento certo. Eu manjava do negócio. A manha era calcular a velocidade do escarro, atrasar a queda do cuspe segurando com aquela parte da baba que é mais grossa e fica presa na boca enquanto a gente quer. Daí era soltar meu míssil bem no topo da cabeça dos otários que passassem lá embaixo. Lance de mestre.
Sou o ninja do cuspe, o Messi da escarrada. E o cororuto dos meus colegas é a goleira.
Meu campo de ataque é aquela sacada pra dentro do salão do clube, que adulto chama de mezanino. Eles têm cada palavra difícil…
Pena que os nerds, fantasiados de super-heróis, tavam bem longe, juntos num grupinho, fingindo que não se importavam com o bailinho de carnaval da escola. Eles faziam de conta que era mais divertido ficar encostados na parede, contando piadas sem graça. Se estivessem mais perto, levavam cusparada também. Inclusive o Bucho, aquele traíra. Eram todos losers, não tinham coragem de chegar nas minas.
Uma coisa necessária de falar é que eu não tenho medo de chegar em mina, ok? O problema é que a única menina que eu planejava pegar naquela festinha tava de mãos dadas outro. A Nêssa é a mulher da minha vida, cara. Só tá faltando ela saber disso. Por enquanto, ela prefere o otário do Josias, que tava fantasiado de Naruto.
O bosta do Josias era meu alvo principal. Uma hora ou outra, ele ia chegar perto de mim, só que lá embaixo, porque o casalzinho pulava por todo lado no salão.
Aí ele ia ver. Bem no cocuruto.
Pera! Lá vinha o Tavinho, fantasiado de vampiro, dançando com aquela namorada dele da sétima série, fantasiada de princesa. Se tinha algum culpado por aquela festa de panaca, era o Tavinho.
Foi o pai dele quem convenceu os outros velhos a fazerem aquele baile de carnaval no fim de semana antes do feriadão, aproveitando que as aulas tinham começado no meio de fevereiro. Já notaram que as aulas tão começando cada vez mais cedo? Daqui uns anos, vão começar dia 25 de dezembro. Saco.
O pai do Tavinho era um psicólogo famoso, aparecia na TV às vezes e gostava de posar de importantão. Ele levou na conversa os outros pais durante uma reunião na escola, disse que era “para promover a integração” dos colegas “por meio de um festejo da cultura brasileira”. Papo furado. Sei o que ele falou porque minha tia, que cuida de mim, chegou em casa reclamando e arremedando o pai do Tavinho.
“Não vou comprar fantasia nenhuma, viu? Se vira!”, minha tia gritou pra mim, irritada com aquela cara de que ia me bater, como se eu tivesse culpa do baile. Uma escrota.

Fernando Brito - 30 anos do sambódromo

Eu vi essa peleja, e vou contar. 
Acredite é a mais pura verdade.

Só quem tem de 50 anos para cima é que lembra do que vou contar.
Anos a fio, a avenida Marquês de Sapucaí em setembro-outubro começava a receber as arquibancadas para o Carnaval.
Eram feitas de tubos, se não me engano sempre com uma empresa chamada Mills.
Depois, até abril, seguia-se o desmonte.
Anos a fio, milhões e milhões gastos no monta-desmonta.
Brizola tinha assumido o Governo do Rio de Janeiro em março de 1983.
E, óbvio, a menor  de suas preocupações era o carnaval de 1984.
O Estado estava falido, e o governador biônico anterior tinha deixado uma bomba-relógio: a paridade dos aposentados, que até então recebiam muito menos do que os servidores da ativa.
Paridade que começava – já adivinharam quando? – justamente no primeiro mês de governo do primeiro governador eleito pelo voto depois da ditadura…
O baque e tanto na folha de pagamentos, resolvido com a criatividade possível: o pagamento, que era no início do mês passou para o final e os cargos comissionados – perto de 15 mil – a seres preenchidos, ficava retidos na burocracia real e na inventada, porque Brizola passou a só nomear  quando o indicado tinha currículo completo, inclusive com foto 3×4, o que adiava, adiava…e economizava um ou dois salários.
Não bastasse isso, o Banco do Estado tinha acabado – dias antes da posse de Brizola – de ser forçado a assumir o aval dos empréstimos – impagáveis – feitos para construir o Metrô do Rio de Janeiro.

Carnaval: as socialaites socialistas

Outra carta da Dorinha, por Luis Fernando Veríssimo

Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha, como se sabe, não confessa a idade mas diz ser absolutamente falso que o número do seu primeiro telefone era 2, porque o 1 era do Alexander Graham Bell.

Ela desistiu de desfilar como madrinha de bateria neste carnaval depois do lamentável incidente, ainda não devidamente esclarecido, do ano passado, quando seu tapa-sexo engatou num agogô. Dorinha ainda não sabe o que vai fazer no carnaval, só sabe que quer manter uma distância segura de qualquer desfile, inclusive porque ainda não recuperou o tapa-sexo.
Ela está até pensando em...
Mas deixemos que a própria Dorinha nos conte. Sua carta veio, como sempre, escrita com tinta lilás em papel azul, cheirando a “Oui! Oui!”, um perfume banido em vários países.
“Caríssimo! Beijos estalados, você escolhe onde. Estou num impasse. Na verdade estou numa sauna mista, o que explica a tinta corrida, mas indecisa. Ainda não decidi como fugir do carnaval. Todos sabem que já tive meus momentos de gloria na avenida, incluindo a vez em que eu e o Clóvis Bornay fomos destaques juntos e ficamos presos na fiação durante meia hora, aproveitando para pôr as fofocas em dia.
Outra vez desfilei com os seios nus, com grande sucesso, mas,

Carnaval: a festa divide opiniões


há quem caia na folia e quem faça de tudo para escapar do baticumbumrungundum

Enquanto a professora Carolina Ferrari ataca a locadora do bairro em busca de filmes que a distraiam nos dias de folia, a estudante Suelen Carvalho conta as horas para entrar na avenida como musa da Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio. 
Elas não estão sozinhas. 
Em pleno carnaval, o País se divide em dois grandes blocos: o dos que amam a festa e o dos que odeiam o feriado brasileiro mais popular do ano.

Para tudo enquanto a esbórnia reina


Nesses dias orgiásticos do calendário ocidental e cristão, ai de quem quiser resistir no mundo real
 
Para tudo.

Um ciclone tropical de alta temperatura e variadas cores varre este país sambeiro sem pedir passagem. Reinados multifacéticos, dotados de incontroláveis poderes devassos emanados das profundezas do infinito, substituem republicanos governantes de ternos e colarinhos brancos.

Ai de quem não fechar a portinhola do seu cérebro nervoso e abrir as comportas dos seus instintos selvagens.

É de lei. É da cronologia.
 
O povo nas ruas
No cordão do Bola Preta, hoje, a hora de extravasar em bandos
Ai de quem neste hiato submisso aos ditames da carne quiser falar do preço do feijão, da conta do celular, da gasolina cara, da falta de transportes, dos salários, do desemprego, do subemprego, da educação precária, da saúde zero, da ladroagem pública e privada, da pouca vergonha, da bofetada do Renan Calheiros, do escárnio do Henrique Alves, da corrupção ampla, geral e irrestrita
 
Até quarta ou quinta-feira o manto de um cintilante arco-ires pairará sobre montes, planícies e praias divinais, produzindo o mais ébrio e orgástico dos efeitos contagiantes. É a fúria primitiva da liberdade sacrílega, cerceada no ano inteiro das conveniências e das subserviências.

Em tempos de carnaval, sob o reino do Momo, toda nudez será festejada
É a festa de Deus e do diabo na terra do sol, que já na Grécia socrática dispensava o recato para celebrar a fertilidade do solo e a fartura com calça de veludo e bunda de fora. Festa de arromba, que hoje, mais audaz, todos os males espanta e toda timidez esfrangalha.
 
Quando quinta chegar será outra civilização. Os pulmões estarão recarregados e o ano novo de 2013 chegará enfim com seus mistérios e surpresas, encantos e desencantos.
Nesse então, se não me falhar a pena, aqui estarei para lhe oferecer o que tenho do bom em corpo e alma - a provocação apaixonada do cidadão que há em você, a lembrança do que lhe é devido ou lhe é negado, ou lhe é furtado.

Aí, sim, vamos pôr em dia nossas conversas necessárias para que afastemos de nossos dias restantes o fantasma da inércia, da covardia e da acomodação suicida. Para eu paremos de entregar o outro ao bandido.

Aí, sim, vamos estar juntos para dizer não ao sarro que insistem em tirar em nossas costas, como se todos nós estivéssemos ferreamente acorrentados aos grilhões da injustiça, da espoliação, da rapina, da submissão e da arbitrariedade.
 
 
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Crônica de Luiz Fernando Verissimo

O que marcou o Carnaval do Rio de Janeiro 2012 foi o silêncio, o silêncio da Bateria da Mangueira...

‘Recomeço’

Quando ainda se escreviam crônicas de carnaval, as de Quarta-Feira de Cinzas eram as mais comuns. Tratavam de ressaca e remorso, de fim da folga e volta ao trabalho, e de todas as possibilidades dramáticas ou patéticas de um carro alegórico abandonado e um falso marquês estirado na sarjeta.

Havia até uma subcategoria de crônica de Quarta-Feira de Cinzas, a crônica de volta do marido para casa. Do reencontro, às vezes catastrófico, do brasileiro com a realidade na forma da Adalgisa esperando no portão, e não aceitando desculpas.
Quarta-Feira de Cinzas era uma coisa muito brasileira. Como ninguém tinha um carnaval parecido com o nosso, ninguém tinha um pós-carnaval tão triste. Uma queda de tanta altura.
Mas o curioso é que, quanto maior e mais coisa inédita brasileira fica o carnaval, mais o nosso pós-carnaval perde suas características — e seu valor literário. Hoje, a figura típica do pós-carnaval não é mais o folião deixando sua fantasia no caminho na volta ao seu duro cotidiano, é o finlandês embarcando no avião e levando sua fantasia para mostrar em casa.
E não tem mais Adalgisa esperando no portão. O marido que volta teve o mesmo destino de outros personagens clássicos: foi engolido pelo tempo e pela irrelevância. Ele não sai mais de casa no sábado e só reaparece na quarta-feira vestindo um cuecão e dizendo que foi sequestrado por sugadoras alienígenas, o que explica os chupões no pescoço. Isso é coisa do tempo antigo. De outros pós-carnavais.
Razão têm os baianos, que acabaram com o pós-carnaval. Lá chamam a Quarta-Feira de Cinzas de “Recomeço”, e emendam. E como gênero literário as crônicas de Quarta-Feira de Cinzas também perderam toda a legitimidade. Viraram anacrônicas. Como esta, que ainda por cima está saindo na quinta.

Quarta-feira de Cinzas

Carnaval
Fantasia e Realidade

- Consegui uma entrada para um baile de carnaval. Vou a caráter! 
- Consegui um trabalho no Pig. Vou a rigor, de mau-caráter!
O risco que corre o pau... corre o machado!