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Hildegard Angel: Lucro de Refinaria de Pasadena deixa TCU em posição desconfortável: o negócio é um sucesso!

Com a divulgação, pela Petrobras, de seu relatório especial sobre a Refinaria de Pasadena, a população brasileira, que vinha sendo contaminada com informações agourentas sobre o negócio realizado, é informada de que o lucro líquido da estatal com ela neste 1º semestre de 2014 foi de US$ 73 milhões, isto é, R$ 160 milhões.

Isso quer dizer que Pasadena pode pagar em menos de dois anos os R$ 700 milhões de prejuízo calculados pelo relator José Jorge, do TCU, e com sobra!

Com isso, o relator José Jorge, que no governo Fernando Henrique ocupou o ministério da Energia, fica em posição desconfortável, já que até agora ninguém havia se lembrado de lhe cobrar o prejuízo, à sua época, de US$ 1,5 bilhão pelo afundamento da plataforma P-36, pois afinal desastres acontecem e há que se ter compreensão para tais fatos.

Dilma dá uma banana para Globo. Prefere ir aonde o Povo está

Dilma Rousseff avisou que não vai ao "debate" anunciado no Mau Dia Brasil (onde brilha a estrela fulgurante da Urubologa) e ao jornal a globo, uma espécie de "cadafalso da madrugada", onde a figura central é o patibular William Traaack, uma revisão de Peter Lorre.

Por quê ?

Até onde apurou o ansioso blogueiro é porque não compensa.

A audiência dos dois programas não recomenda.

Especialmente depois da Copa, quando os telejornais (sic) do Gilberto Freire com "ï" (*) desabam com o Arrocho – não justifica.

Pra quê ?

Muito esforco pra falar com meia dúzia de gatos pingados.

Pra fazer escada para Urubóloga e o patibular ?

"Porque eu perguntei isso, eu dissse aquilo, ela me falou …"

Agora só falta a Dilma dizer que não vai ao último debate na Globo no dia em que a Globo quer – no dia em que eles editam o debate Collor e Lula e o "I" ignora o desastre da Gol para levar a eleição de 2006 ao segundo turno.

Dilma vai preferir ir para as ruas com o Lula.

Amanhã, Belo Horizonte.

Ela vai ao evento das "Olimpíadas do Conhecimento" e depois, rua !

Com os mineiros.

Os mineiros, de certo lado.

Podia aproveitar para visitar o tumulo da candidatura do Turista da Veiga, outra retumbante escolha do Arrocho.

Paulo Henrique Amorim

Fernando Brito: É preciso que todos entendam o que quer dizer “colocar o pré-sal em segundo plano” sugerido por Marina Silva

Foram e são os investimentos maciços da Petrobras que estão permitindo a nosso país fazer o que hoje se noticia.

A produção nacional de petróleo aumentou nada menos que 14,8% maior que há um ano atrás.
Foram 2,267 mil barris de óleo, batendo de novo o recorde histórico, que havia sido quebrado no mês passado.

O gás natural, como 87,9 milhões de metros cúbicos também quebrou, em 1,3 milhão a mais, o recorde do mês passado.

Na soma energética, produziu-se 2,82 milhões de barris de óleo equivalente, contra 2,79 milhões de barris de junho.

O pré-sal, que ainda tem vários campos com previsão de operar este ano, representa 20% deste total.

Se você considerar o preço de 100 dólares por barril, a cada dia se produz 282 milhões de dólares em petróleo e gás equivalente.

Ou oito bilhões de dólares por mês.

91% deste valor gerado por poços operados pela Petrobras.

Sim, por esta empresa "aparelhada", "destruída", que todos os dias é enxovalhada na mídia e que responde tirando mais, mais e mais petróleo do fundo do mar.

Não é compreensível que isso vá ser deixado "em segundo plano" e trocado por espelhinhos solares e outras miçangas energéticas.

Fazer isso não tem outro nome senão crime contra o Brasil.

Movimentos sutis: Marina gera dúvidas, por Rodrigo Vianna

Marina (como escrevi aqui) surfou sozinha – durante 15 dias – na onda do "novo". Surfou, entre outras coisas, porque a campanha de Dilma não se mexeu: seguiu a priorizar os programas de TV – como se não estivéssemos no mundo das redes sociais.

Acontece que algo se moveu no último fim-de-semana. Parece um movimento ainda incipiente. Explico: ao mesmo tempo em que Marina Silva atingia 34%, empatando com Dilma no primeiro turno (DataFolha de sexta – 28/agosto), a candidata do PSB virou vitrine pela primeira vez. Não foi o PT quem reagiu (esse continua dormindo em sonho esplêndido). Não. Foram setores da sociedade que começaram a questionar a candidata, por suas escolhas e posições contraditórias e opacas.

O movimento desastrado de Marina em relação ao mundo LGBT, cedendo à pressão do pastor Malafaia e mudando de posição em menos de 24 horas, provocou algo realmente "novo" para a candidata do "novo": pela primeira vez, Marina sofreu um bombardeio nas redes sociais. As citações negativas à candidata passaram de 80% no fim-de-semana. Número assombroso. A posição corajosa de Jean Willys lançou – no mínimo – dúvidas fortes em relação ao verdadeiro compromisso de Marina com o "novo". Disse ele: "Marina, você mentiu e não merece a confiança do povo brasileiro."

Dilma/PT e Aécio/PSDB também seguem com preponderância de citações negativas nas redes. Geralmente, políticos mais apanham do que são elogiados nas redes; com Marina, acontecia o contrário até agora. A maré mudou. E o nível de questionamentos a Marina foi muito acima do "normal" no fim-de-semana. Quem acompanha as redes de perto compara o que aconteceu com ela a certos movimentos que atingiram Russomano na campanha de 2012 em São Paulo.

Isso não significa que Marina "despencou". Longe disso. Marina tem o apoio mais multifacetado possível: ambientalistas/progressistas, religiosos/conservadores, anti-PT, anti-política. Tudo isso se mistura num caldo difícil de entender. O ataque contra ela no fim-de-semana (motivado não por Aécio, nem por Dilma) parece ter minado a primeira fatia de eleitores (mais progressistas). E também gerou a impressão de que ela é capaz de falar qualquer coisa, sem muita consistência. 

Começa a surgir um movimento de retirada de apoio a Marina em meios intelectuais. Algo que não pode ser medido em votos. Mas significa que a candidata – submetida a um escrutínio mais duro – não é uma rainha previamente escolhida por deus.

A reportagem da "Folha" nesta segunda, mostrando que Marina tomaria decisões com base numa bizarra "roleta bíblica" (ela escolheria aleatoriamente versículos da Bíblia, e assim conseguiria sair de impasses decisórios) indica a face obscura de uma candidata, faceta que pode assustar o eleitorado tradicional de clase média, e também os jovens da chamada classe "C".

Fora isso, levantamentos internos de campanhas mostram que Marina parou de crescer. Um desses levantamentos mostraria Dilma no mesmo patamar do DataFolha (cerca de 35%, que parece ser o piso da petista), enquanto Marina encontra-se alguns pontos abaixo – teria recuado levemente, mas segue com o dobro das intenções de voto do PSDB.

Nos bastidores, aposta-se que Aécio Neves não desistiu. E que pode sim encurtar um pouco a distância para Marina nas próximas duas semanas. Se isso acontecer, aumentaria a pressão sobre os grupos de mídia, para que ajudassem a desconstruir a candidata do PSB na reta final do primeiro turno.

No meio do caminho, no entanto, há uma nova pesquisa DataFolha, que deve ser divulgada na próxima quinta. Ela provavelmente mostrará Marina ainda muito à frente de Aécio – o que cria uma dificuldade para que ele amarre fidelidades e cobre reação, mesmo entre os grupos de mídia mais comprometidos com o tucanato (aliás, fica claro nessa campanha que os grupos de comunicação – sediados em São Paulo, com exceção da Globo – não devotam a Aécio a mesma fidelidade que demonstram em relação a Serra). 

Marina é favorita a essa altura para virar presidente. Mas o movimento do fim-de-semana mostra que há espaço para atuar. E que essa atuação nada tem a ver com programas milionários no horário de TV.

De resto, a ideia de que a elite conservadora já se bandeou para Marina é em parte falsa. Os empresários, a turma realmente da grana, não gosta do PT, mas está longe – muito longe – de confiar em Marina. Nesse ponto, ela é um fenômeno ainda mais obscuro do que Collor (que, ao menos tinha pontes lançadas na direção do grande capital e da Globo). E isso gera ruídos e contradições.

Plebiscito Popular

Nessa segunda-feira, dia 1º de setembro, começou a votação no Plebiscito Popular.

Até o dia 7 de setembro, todos os brasileiros com mais de 16 anos poderão dizer se são contra ou a favor a uma reforma do sistema político brasileiro, por meio da convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana.

Cerca de 400 entidades estão montando pontos de votação em igrejas, locais de trabalho por todo o País, que funcionarão a partir da manhã desta segunda-feira até o feriado de domingo. Haverá também uma votação online em uma urna virtual disponível no site oficial da campanha [http://plebiscitoconstituinte.org.br/ ], onde é possível encontrar também a lista dos locais onde o cidadão pode votar de forma presencial.

Assista ao vídeo que conclama a militância a participar do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Curta, compartilhe, retwitte para nos ajudar a divulgar o Plebiscito nas redes sociais.

Decidir melhor para ir mais longe: como definir objetivos

Na corrida desenfreada para produzir tudo o que o mundo nos cobra, freqüentemente nos deparamos com a frustração de não conseguir terminar o que nos propomos. Procuramos técnicas e lemos sobre hábitos de pessoas produtivas, esperando que nesse emaranhado de conhecimento exista um solução para nossa falta de eficiência.

Entretanto, existem alguns parâmetros muito simples que devem ser avaliados, pois sem eles nenhuma técnica vai apresentar resultados por muito tempo. Basta observar o quanto as pessoas se tornam obcecadas por sistemas de produtividade. Quanto mais sistemas conhecem, mais aumenta a busca, colecionando livros, textos e técnicas. Enquanto isso, o maior problema está onde ninguém gosta de procurar, nas próprias escolhas.

Um dos maiores responsáveis pela procrastinação é a crença de que podemos fazer tudo o tempo todo. Achamos que ser produtivo é executar uma quantidade cada vez maior de coisas, quando na verdade, é apenas executar poucas coisas de maneira cada vez mais eficiente.

Nosso anseio em mostrar que podemos fazer tudo, que somos bons e até mesmo buscando nos posicionar como responsáveis, nos leva a colecionar atividades de forma desenfreada. Tudo o que nos pedem, dizemos sim, como se nunca existisse problema. Esse comportamento nos traz pilhas de tarefas cada vez maiores. No inicio, tudo parece estar sob controle, mas ao primeiro deslize, a pilha desmorona.

Somos muito ruins em selecionar efetivamente o que devemos fazer. Nos sentimos mal ao identificar que temos tempo livre na agenda, então, tentamos preencher tudo. Falhamos em identificar que estes espaços são muito importantes para preservar a estabilidade das coisas. Se algo der errado em algum ponto da execução, você precisa ter uma “sobra” para reassumir o controle, antes que o próximo ponto seja afetado.

Por isso, a primeira coisa a se fazer para se tornar alguém mais produtivo, é saber como dizer não para a maior parte das coisas. E o parâmetro para isso deve sempre ser: esta ação o leva para mais perto do objetivo que está trilhando?

Derek Sivers – músico, mais conhecido como fundador de uma plataforma para músicos independentes chamada CD Baby – sintetiza este parâmetro, apontando que nossa respostas para o que vamos fazer deve sempre ser:

“Hell Yes! or No!”

Ou seja, absolutamente sim, ou não.

Mentalidade de abundância x Mentalidade de escassez
Este anseio por dizer sim a tudo, é acontece pelo que chamamos de Mentalidade de Escassez. Acreditamos que oportunidades são raríssimas e se deixarmos elas passarem, estaremos nunca mais a veremos de novo.

Essas oportunidades nem sempre são únicas. A tendência mais provável é que, se ela surgiu para você, outras chances similares vão continuar batendo à sua porta com uma certa frequência, pois elas são consequência do seu esforço de gerá-las, seja se tornando capacitado, mantendo bons contatos ou uma reputação que atrai atenção.

Uma forma de evitar isso é tratar tudo com a mentalidade oposta, identificando que, sim, oportunidades são abundantes em nossas vidas, por isso, preciso escolher cuidadosamente aquela à qual quero me dedicar de verdade. Por isso, dizer não a algumas ofertas que recebemos não é algo ruim. No mundo atual, é a forma mais sensata de não se perder numa pilha maluca de direções conflitantes.

Agora que você já sabe dizer não para tudo o que não for totalmente relevante, vamos entender os critérios que definem um bom objetivo ou meta.

Definindo objetivos certos
Vamos partir de um elemento essencial: se importar com o que está fazendo.

Pode parecer um discurso batido, mas é o primeiro ponto para terminar as coisas que começamos.

Não adianta muito você odiar fazer contas e tentar concluir uma faculdade de matemática. Quando a primeira dificuldade que surgir for maior que a vontade de agir, você vai acabar desistindo. Isso pode se refletir em basicamente todos os outros aspectos de nossa vida. Perceba como o menor mal estar é suficiente para fazer a maioria das pessoas faltarem ao trabalho, enquanto pessoas que são apaixonadas por suas profissões às vezes precisam de intervenção para poder relaxar e se recuperar de alguma doença mais grave.

Ter tesão pelo que se propõe aumenta as chances de um desfecho positivo.

O outro ponto que define a escolha de um bom objetivo pode parecer tão óbvio quanto o anterior: para uma meta ser boa, ela precisa ser factível.

A literatura motivacional vai sempre dizer que “querer é poder” e toda essa maluquice, mas no fim das contas a gente sabe exatamente o que é ou não possível.

Digamos que sou formado em Direito, mas decidi que vou me tornar um astronauta até o fim do ano. Eu posso mover montanhas, mas sei que esse é um objetivo impossível. O mesmo se eu resolver perder 50 quilos em 1 mês, o que também não soa muito lógico.

Posso até acreditar nestes pontos com firmeza, mas ao longo do processo vou identificando as impossibilidades e desanimando antes mesmo de chegar ao prazo estipulado.

Tenho certeza que cada um de vocês pode lembrar de alguma vez que reconheceu que algo não era possível e acabou desanimando. Por isso, muitas das nossas investidas falham, porque miramos nas combinações (gostar x possível) erradas.

E como gosto de apontar, tudo isso serve também para o cotidiano e coisas menores: é preciso manter os objetivos dentro do que conseguimos vislumbrar o desfecho.

Quando um chefe nos pede para executar algo que não compreendemos, raramente conseguiremos seguir os passos necessários para concluir a tarefa, vamos enrolar até que exista uma intervenção. Neste caso, com alguém resolvendo a tarefa por nós ou esclarecendo o que ser feito.

Nem tudo é preto no branco
Todos esses pontos parecem abstratos e muita gente pode apontar que não tem escolha quando o assunto é gostar do que faz ou identificar as atividades como possíveis.

A boa notícia é que este tipo de noção é altamente subjetiva e podemos adicionar valor às coisas que fazemos, assim como também podemos tornar atividades aparentemente impossíveis em tarefas incrivelmente simples.

Muito da questão de se importar ou não com o que fazemos começa em como interpretamos a atividade de modo geral.

Uma história bem conhecida para explicar este fenômeno, é a que Lyndon B. Johnson – ex-presidente americano – fazia questão de compartilhar.

Lyndon diz que, ao visitar a agência espacial americana, se deparou com um faxineiro muito empolgado, que estava sempre tentando ajudar e colaborar com o que precisava ser feito. Johnson, admirado com o ânimo do faxineiro durante seu trabalho, resolveu perguntar por que estava tão alegre:

“Estou ajudando a levar o homem para Lua!”, respondeu o homem.

Alguém que tem o trabalho de limpar o chão pode olhar e ver o benefício máximo da atividade: ajudar o homem a pisar na lua.

E, assim como a forma que uma mudança de perspectiva pode amplificar o grau de satisfação e importância que nosso trabalho tem para nós, quebrar atividades impossíveis em pequenos passos simples nos ajuda a não focar no nebuloso e improvável futuro.

Como exemplo, decidi que antes dos 50 anos quero ter meu Doutorado em Física. Sei que é uma meta longa, que pode levar por volta de 15 anos. Se eu tivesse essa meta apenas considerando a visão macro, tendo em vista que sou de uma área bem diferente, iria me deparar com dificuldades e desistir. Ao invés disso, resolvi que vou apenas fazer o vestibular, só isso, e tentar novamente enquanto não for aprovado. Depois, pretendo concluir semestres e ir seguindo, até que depois de muitos anos, o resultado final será o Ph.D.

Este modelo funciona com qualquer coisa, desde que respeitemos as lógicas da realidade.

Perder 50kg, por exemplo, não acontece de uma vez, mas pode virar uma caminhada diária de 20 minutos. Progredir para uma reeducação alimentar e a partir disso mudanças maiores e mais efetivas. O objetivo maior é só um pontinho, que depois de definido deve ser esquecido, dando lugar para atividades factíveis.

Ao começar com um pequeno passo simples e possível, cada marco se torna mais próximo e o objetivo final mais real.

Claro, essa mudança de mentalidade não acontece da noite para o dia.

É necessário manter esses pontos em foco e exercitar a forma de lidarmos com as coisas. Fazer escolhas mais inteligentes é a parte mais importante para conseguir alcançar resultados melhores.

Alberto Brandão
Também escreve sobre Parkour no Decimadomuro, conta sua jornada falando sobre empreendeorismo no QG Secreto. Treina Taekwondo, Jiu-jitsu, Parkour e MMA. Escreve sobre treinamento físico em seu blog. Recentemente largou tudo para buscar um caminho mais feliz.


Cid Gomes: Marina é uma canoa furada

ANDRÉ UZÊDA de para o UOL

O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), fez duras críticas a candidata à Presidência Marina Silva (PSB), a quem chamou de "canoa furada", "conservadora" e "reacionária". Cid ainda afirmou que, caso eleita, Marina "será deposta" após dois anos de governo.

As declarações ocorreram na noite da última segunda-feira (1º) durante a inauguração de uma escola na periferia de Fortaleza.

O governador afirmou estar preocupado com a divulgação das últimas pesquisas que mostram o crescimento da candidata. Segundo levantamento do Datafolha divulgado na semana passada, Marina aparece empatada com Dilma Rousseff (PT), com 34% das intenções de voto.

"Se as pessoas não se tocarem, vão eleger Marina Silva presidente da República. Meu Deus! A gente não pode com um gesto de protesto, induzido pela grande mídia, dar o poder para banqueiros e meia dúzia de poderosos."

Ainda de acordo com o governador cearense, Marina passa pose de progressista, mas é "religiosamente o que há de mais conservadora e reacionária".

"Eu não dou dois anos de governo para Marina. Ela será deposta, pode escrever o que estou dizendo. Me impressiona a proposta de autonomia do Banco Central. Sabe o que significa? Entregar aos bancos o poder de arbitrar os juros. Dizer quanto o capital financeiro quer ganhar", disse.

Cid, assim como seu irmão Ciro Gomes, fizeram parte do PSB até setembro do ano passado, quando romperam com o partido para continuar na base de apoio de Dilma.

Na ocasião, o PSB então capitaneado por Eduardo Campos (PSB) iniciava movimentação para lançar candidatura própria à Presidência. A família Gomes migrou para o Pros e seguiu em defesa do governo do PT, embora no passado Ciro já tenha feito duras críticas ao partido.

Ainda no evento desta segunda, Cid fez a defesa também do candidato Camilo Santana (PT), a quem apoia para sua sucessão no governo cearense. Santana aparece com 19% na última pesquisa Datafolha, atrás do adversário Eunício Oliveira (PMDB), que soma 47%.

"Não estamos angustiados. O Camilo tem margem de crescimento e tudo indica que vai crescer nas próximas rodadas de pesquisa. Vamos aguardar o desenvolvimento delas nos próximos dias."

Debate eleitoral: desmontando Marina Silva

No próximo debate presidencial a primeira pergunta que a presidente Dilma Rousseff deve fazer a Marina Silva, é:

Candidata a senhora faz duras críticas ao nosso governo, e promete fazer muito mais. Aqui, agora a senhora se compromete a triplicar o orçamento da Educação, como nós fizemos? A duplicar o orçamento da Saúde, como fizemos? Para fazer isso são necessários "tantos bilhões", de onde a senhora vai tirar esses recursos?

Vou antecipar a resposta:

Blablablá....................................................................................................................................

Qual pergunta você gostaria que Dilma fizesse a Marina? Deixe nos comentários. Enviarei para campanha dela.

*Ibop: Tracking 02/09

Vamos aos números:

Dilma Roussef 50%

Marina Silva 35%

Aécio Neves 12%

Nanicos 03%

Números do tracking do Ibop - Instituto Briguilino de Opinião Pública - são divulgados como faz o TSE - apenas os votos válidos -.

Mais laranjas na pista do avião fantasma, por Fernando Brito no Tijolaço

A casinha aí de cima, a de número 32 da pobre Rua Santelmo, no bairro pobre de Tiuma, em Santo Lourenço da Mata, periferia do Recife, é a sede da “poderosa” Lopes e Galvão, empresa que está sendo apontada pelo PSB como mantenedora, ao custo de R$ 50 mil mensais, dos custos de operação do Cessna usado por Eduardo Campos e Marina Silva na campanha eleitoral.
Ótima apuração da repórter Marcela Balbino – com a colaboração de Thiago Herdy e Antonio Werneck - mostra a conversa e as risadas do casal Genivaldo e Luciene Lindalva, proprietários da empresa, ao saber que pagavam as despesas de vôo do moderno jatinho.
Está gravado, incontestável.
E a filha do casal, Sylney, resume o despropósito.
— Você acha que, se tivéssemos esse dinheiro todo, eu moraria aqui em Tiúma? Longe de tudo, nessa rua… — afirmou, mencionando o bairro onde mora com a família, na periferia de São Lourenço da Mata.
Mais curioso ainda: depois de descoberto pela reportagem, e após ouvir o PSB sobre o assunto, Genivaldo disse que só fala por meio de um advogado.
O mesmo que atende a família de Eduardo Campos, o criminalista Ademar Rigueira.
Por quê?
O advogado explicou que é muito conhecido, e que Genival pode ter lido o nome dele no jornal, e procurado por seu escritório.
Realmente, Genivaldo e Lindalva, este casal com dinheiro para pagar despesas de um jatinho, agora vai se consultar espontaneamente com um dos advogados mais caros de Recife, e que, por coincidência, serve à família Campos no caso.
Está ficando claro de quem era o avião ou é preciso mais um laranjal aparecer?


Pessoas do bem não acordam cantando


Você sabe quando encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que ele acabe, Clóvis de Barros Filho

Pessoas do bem não acordam cantando


Você sabe quando encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que ele acabe, Clóvis de Barros Filho

Campanhas do contra, por Jânio de Freitas na Folha de São Paulo

As quedas de Dilma Rousseff e Aécio Neves têm várias causas, não só o alto ponto de partida de Marina Silva. Ainda que com pesos diferentes, um dos principais fatores daquelas quedas é o mesmo em uma em outra: as duas campanhas parecem um desperdício de possibilidades que se volta contra cada um dos candidatos.
O caso de Dilma, nesse sentido, tem maiores consequências negativas para a candidatura. Por maior que seja o esforço de negá-lo, o governo tem muito o que mostrar em resultados importantes do seu trabalho. Grande parte pouco conhecida e mal conhecida, ou desconhecida mesmo. Apesar dos gastos em publicidade. Comunicar-se com a opinião pública, necessidade essencial de qualquer governo em nosso tempo, revelou-se a mais ampla incapacidade do governo Dilma. E aparentemente nem ao menos percebida pelos interessados ao longo dos seus três anos e tanto.
Em termos pessoais, é notório que o problema começa na própria Dilma. Mas para isso, que não é incomum, existem os ministros bem-falantes, os assessores, os marqueteiros, o treinamento. Se, no economismo obsessivo dos meios de comunicação brasileiros, ao menos Guido Mantega fosse melhor do que Dilma, mesmo que não chegasse à conversa de camelô de Antonio Palocci, o governo conseguiria neutralizar a fabricação do pessimismo. Feita contra Dilma e o governo, mas, como bala perdida, com prejuízos sobretudo para o país.
O horário eleitoral seria a segunda oportunidade da neutralização. Mas a grande vantagem de Dilma, em tempo disponível, desperdiça-se em uma confusão de cenas e intervenções inócuas, longa e cansativa falta de objetividade entremeada, não mais do que isso, de inserções da candidata. A anticomunicação. Ao custo de milhões. Se, mesmo sem grandes bossas, os programas de rádio e TV se limitassem a expor, com alguma inteligência e clareza, o que Dilma acha que tem a mostrar do seu governo, e que valeria a pena prosseguir, o objetivo didaticamente eleitoral seria muito mais alcançável. Mas a campanha parece contra a candidata: não atrai, desinteressa.
Aécio Neves dedicou sua campanha ao desnecessário: "desconstruir" Dilma. Isto a imprensa, a TV e o rádio já faziam por ele, desde muito antes de iniciar-se a campanha, e com muito mais eficácia. Aécio só falava contra Dilma, contra a Petrobras, contra o governo. Foi mandado para o subsolo com tanta facilidade porque não houve um motivo seu para preservar fidelidades. O grosso dos apoios que tinha, é o que se vê, eram recusas aos outros concorrentes.
Não há mais dúvida de que o programa governamental de Aécio, de fato, não é coisa que se diga ao eleitorado. É para conversa de salão, reuniões na Fiesp e na federação dos bancos. Nada pensado de interessante para dizer ao eleitorado, Aécio tornou-se o vazio eleitoral, feito pela própria campanha.
Com Marina Silva foi mais fácil: para estar em cima, não precisou fazer campanha, não precisou dizer o que pensa. Mas como, para seguir no alto, precisa fazer campanha, começou a dizer o que não pensa.
BYE-BYE
De Arminio Fraga, guru econômico de Aécio Neves, na Folha: "Não vamos arrochar salário nem assassinar velhinhas".
Reparei que, na salvaguarda, ele não incluiu os velhinhos.



Frase do dia

"Não somos nós, Marina, que escolhemos os bons. Quem escolhe é o Povo brasileiro por eleição direta", Dilma Roussef


Exclusivo: iPhone 6



Para de dourar a pílula Nassif, por Vera Lucia Venturini

A candidatura de Marina seria um avanço se ela acreditasse e defendesse o seu programa de governo.
Marina é uma fraude. 
Na questão social seu programa de governo está calcado no lema "se Dilma e o PT não fez eu vou fazer". 
Só que em alguns tópicos sua posição a faz perder votos então ela volta atrás. 
Quem dá mais votos, gays ou pastores evangélicos? 
É política do mais baixo estrato. 
Quem está criminalizando a política mas só é figura pública porque fez política? 
Quem está ao lado de sonegadores como Itaú e Natura, mas vem com aura de honestidade? 
Ela viajou no avião do Eduardo e nunca perguntou a quem pertencia? 
Quem é verde mas é a favor dos transgênicos? 
E o seu vice defensor dos ruralistas? 
Onde esta sua sensibilidade social se acena com o tripé econômico e entrega o Banco Central para a banca? E essa idiotice de unificar eleições e lançar candidatos avulsos?
E sua posição sobre a o pré sal e a Petrobrás. Qual é a proposta?
O governo deixa de investir na Petrobrás, a empresa não cumpre com o pagamento de suas dívidas e a empresa quebra e é privatizada na bandeja. Faz-se aqui no Brasil o que foi feito com as minas da Iugoslávia onde a Otan bombardeava as minas para que Alemanha e Estados Unidos comprasse as reservas do país na bandeja. Só que o autor do bombardeio aqui será a própria presidente.
É tão sério o perigo da candidatura Marina que nem em nome de uma isenção jornalística se deve incensa-la. 
Avanço seria uma candidatura de Luciana Genro que trata de assuntos como aborto, união homossexual e religião com honestidade e franqueza. Mas talvez Luciana não mereça destaque porque tem posição crítica sobre as elites financeiras que dominam o país. Ela sim trata o eleitor como adulto e não como um idiota que pode ser enganado como sempre se fez na velha política. E eu tenho certeza que Dilma, a candidata em quem eu vou votar, tem essa mesma posição só que não pode traze-la a público porque em cada eleição aparecem trastes políticos como Serra e Marina para contribuir para o atraso político e social deste país.



Briguilinks do dia

Modelo anacrônico

As pesquisas dominadas por poucos, os debates engessados e o programa gratuito mal formatado são um desserviço à democracia
por Marcos Coimbra na Carta Capital

Agora que estamos em clima de disputa eleitoral efetiva, o atraso institucional brasileiro em termos de comunicação política fica evidente. Enquanto caminhávamos para a repetição do confronto entre o PT e o PSDB, o problema era menos premente. A eleição transcorria sem despertar emoções na vasta maioria do eleitorado. Salvo os radicais dos dois lados, eram poucos os apaixonados.

Depois de o acaso (ou a “Providência Divina”, como gosta de dizer Marina Silva) tirar a vida de Eduardo Campos, o ambiente esquentou. Quem acompanha o movimento nas redes sociais constata um crescimento de quase 400% nas menções aos candidatos: Dilma Rousseff saltou de 75 mil postagens ao dia, em média, para 250 mil. Eduardo Campos/Marina, de 7 mil para 150 mil. Aécio Neves de 35 mil para 60 mil.

Desde o acidente, o interesse do eleitorado aumentou. A curiosidade dos eleitores a respeito dos resultados das pesquisas ficou maior. Há mais disposição de assistir aos debates na televisão. Apesar de ainda ser cedo para afirmar, há sinais de que neste ano a audiência dos programas no horário gratuito será elevada.

Isso torna óbvio o nosso atraso. No caso das pesquisas, por que não copiar as democracias maduras? Por que insistir em um padrão de debates televisados antigo e superado? Por que preservar uma velha legislação sobre a propaganda eleitoral na televisão e no rádio?

Nos países adiantados, o acesso às boas pesquisas eleitorais deixou há muito de ser, como aqui, privilégio de poucos. Lá, os interessados não são mantidos na ignorância, limitados a tentar adivinhar como estariam as intenções de voto a cada dia. Os repórteres não dão “furos” com os “vazamentos” de “pesquisas internas”. Não há lugar para as especulações dos espertos nas bolsas de valores, em razão do próximo levantamento.


No Brasil, o cidadão conhece fundamentalmente aquilo que um único grande contratador quer que ele saiba. É a Rede Globo, que diz como e quando (e por meio de que instituto) os eleitores serão informados a respeito das intenções de voto em âmbito nacional. Fora O Globo, jornal do grupo, seus outros “parceiros” na imprensa diária (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo) só sobrevivem neste mercado porque ela consente (mesmo se defendem, provincianamente, como no caso da Folha, institutos próprios).

Além do problema inerente a toda situação de monopólio, há outro, decorrente do modo como atua a Rede Globo, de insistir em submeter as eleições ao modelo de espetacularização que é sua marca registrada. Como faz com tudo, inventa a “pesquisa espetacular”, anunciada e divulgada, com seu costumeiro estardalhaço, como se fosse a verdade revelada.

Já passa da hora de termos mais pesquisas disponíveis para todos, feitas por diferentes entidades, de institutos privados a centros acadêmicos. E de acontecer no Brasil o que é trivial no resto do mundo: pesquisas atualizadas e divulgadas diariamente, que permitem a qualquer interessado conhecer o que os poderosos sabem. Com elas, acaba a “pesquisa espetacular”, desaparecem as especulações e se democratiza a informação.

É também muito ruim o atual padrão de debates entre candidatos na tevê. Confinados ao fim da noite, engessados por regras esdrúxulas, congestionados por candidaturas inexpressivas, são repetidos em cada emissora, pois todas exigem o “seu”. São tantos que nenhum se torna relevante. Até a antevéspera da eleição, quando a Rede Globo faz seu “debate espetacular” (antecedido pela pantomima das “entrevistas espetaculares” com os candidatos).

Nada mais deseducativo que encorajar a decisão tardia, sugerindo ao eleitor retardar a escolha para o último dia. E nada mais autoritário do que constranger os candidatos a comparecer ao “debate da Globo”, sob pena de retaliações no jornalismo da rede na reta final da eleição.


E o horário eleitoral? Alguém considera uma boa a fórmula de os candidatos a presidente se apresentarem colados aos aspirantes a deputado? Isso aumenta ou diminui a audiência dos programas? A exposição de centenas de nomes, que eram e continuam a ser praticamente desconhecidos, amontoados em alguns segundos de visibilidade, facilita ou dificulta a opção pelas candidaturas que deveriam de fato estar na televisão?

Uma eleição como deverá ser a de outubro mereceria condições de comunicação menos despropositadas. Que seja a última tão anacrônica.


Acabou o veloriomício. Blablá mostra o que é: falsa tucana

O debate no SBT revelou uma Dilma mais segura, mais afirmativa.

E foi pra cima da Bláblárina.

Fez primeira pergunta: de onde a Blabla ia tirar dinheiro para realizar tantos programas que custam
R$ 140 bilhões.

Ainda mais que no extenso e sempre revisto programa dela há uma única e solitária linha referente ao pré-sal.

Da mesma forma, o candidato Arrocho Neves não se refere ao pré-sal.

Agora, como com os gays, a Blabla recua.

E diz que vai fazer do pré-sal o que a Dima e o Lula já fizeram: destinar os royalties à Educação e à Saúde.

Dilma tem razão quando diz que Blablá e seus ideólogos satanizam o petróleo.

Dilma demonstrou que não há incompatibilidade entre explorar o pré-sal e produzir energia eólica.

Aliás, o Brasil se prepara para ser o segundo maior produtor de energia eólica do mundo.

Blablá rasgou a fantasia e mostrou o que é: clone de tucano, genérico de tucano, fã do Fernando Henrique !

Dilma lembrou que não existe “escolher os bons”: tem que ter lado !

E a Bláblá tem lado: a Direita.

Ela quer dar autonomia ao Banco Central da Neca Setúbal e remontar o tripé.

(Sobre os tucanos: Arrocho Neves tem agora a dimensão de um nanico. Luciana Genro e Eduardo Jorge são muito mais presidenciáveis do que ele.)

(Dilma chegou a nocautear Aécio num debate à parte sobre os investimentos federais em Minas …)

No pronunciamento final, Bla’blá retomou a tecla da não-politica – sendo ela a Nova Esperança, “a luz”, como diz o Caetano.

Ainda há tempo para desmontar a barraca do veloriomício.

Pouco a pouco, a Bláblárina se mostra sem consistência: quanto mais fundo se vai no pensamento dela, mais se encontra, inteiro, sólido, o neolibelismo tucano.

FHC já enterrou o Arrocho.

Vai enterrar a Bláblá !

A Dilma terá tempo de mostrar o que fez e o que fará.

Ao lado do Lula, com mais Lula e mais política.

Paulo Henrique Amorim


A Caixa Econômica Federal estima fechar o ano de 2014 registrando R$ 140 bilhões em operações de crédito imobiliário

A estimativa da instituição é que o crédito no setor deve registrar crescimento entre 10 e 20% este ano.
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Até agosto, a Caixa, que detém 70% do mercado imobiliário, concedeu em torno de R$ 80 bilhões em operações – R$ 23,7 bilhões correspondem ao programa de financiamento da casa própria, ou seja, 30% do total.
A expectativa do banco é de que até o fim do ano o volume de novas contratações ainda alcance mais R$ 12,5 bilhões por mês.
Para o próximo ano, o vice-presidente de Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, acredita que o mercado continuará aquecido em todo o país, mantendo o mesmo ritmo de crescimento de 2014. Ele falou sobre o cenário da habitação no país durante evento do setor.
“2015 será um ano de crescimento. Não vai dobrar o volume de negócios em relação ao que se fez há três, quatro anos, pois estamos falando de um mercado muito mais robusto do que era. Hoje, o mercado já representa 9% do PIB e era de menos de 2% do PIB há cinco, seis anos. Vamos ter um crescimento sustentável, em números mais adequados”, acredita Urbano.
O vice-presidente de Habitação da Caixa disse que, além do crescimento do crédito para a construção civil, outros fatores contribuíram para o incremento do mercado brasileiro: a regulação, que tornou o custo para construir mais baixo, a exemplo do cadastro positivo; os parâmetros mais justos na comparação de preços; e a alienação fiduciária. “Os marcos regulatórios criaram um ambiente muito melhor para o mercado”, ressaltou.
A Caixa Econômica administra, atualmente, cinco milhões de unidades habitacionais e com tendência de crescimento. “Milhões de pessoas nos procuram todos os meses dizendo que querem comprar um imóvel”, disse.
Levantamento do banco mostra que o financiamento de imóveis é feito, em 56% dos casos, com recursos da caderneta de poupança e 44% por meio de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mais de 96% deste crédito tem alienação fiduciária.



Luis Nassif: os riscos do jogo

Um governo deve ser analisado de acordo com a soma de virtudes e vícios, de possibilidades e de riscos.

Com todos os erros políticos e econômicos, com a insensibilidade para o aprofundamento democrático e a teimosia para se abrir para políticas participativas – da área social à econômica – o governo Dilma Rousseff tem diversas políticas plantadas, algumas em pleno andamento, outras prontas para florescer.

O programa de concessões avança. A política industrial do pré-sal começa a ficar clara, assim como ganhos substanciais nas políticas de compras públicas e de conteúdo nacional. Com a EPL (empresa de Planejamento e Logística) começa a tomar corpo uma política mais sólida de infraestrutura. As políticas sociais não sofreram interrupções. Avançou-se na educação e na saúde.

O Sistema Nacional de Inovação conseguiu amarrar projetos de mudança na educação básica, os enormes avanços do Pronatec, a abertura para o mundo, com a Ciência Sem Fronteira, o alinhamento com as necessidades empresariais, com a Embrapii e a política industrial do pré-sal, a diversificação de universidades casadas com o desenvolvimento regional.

Não é pouca coisa. Um levantamento minucioso da obra do governo Dilma vai revelar uma enorme lacuna apenas no Ministério da Justiça e os desacertos na área da Fazenda e do Tesouro.

Nos demais, em ritmos diferentes, houve a continuidade de políticas bem sucedidas e o lançamento de novos projetos relevantes.

Não significa que um segundo governo Dilma seja uma certeza. Ainda há muitas incógnitas no ar.

Até agora, não há nenhum sinal mais claro de que irá abrir mão do estilo autocrático. A condescendência com Ministros medíocres, a teimosia em manter um Ministério de segundo grau, a impermeabilidade a toda sorte de discussões, as confusões na área econômica, são vícios decorrentes do estilo personalista da presidente.

No entanto, sua correção depende de atitudes individuais da Presidente, não de grandes operações políticas, de gestos de rompimento etc.

Já parte econômica do plano de Marina demole qualquer veleidade de política industrial ativa, de mudança nesse modelo de atrelar toda a economia a uma política de juros civilizada ou mesmo a compromissos mínimos de proteção à produção e ao emprego nacional.

Ganhando as eleições, a Rede lança o país em uma incógnita. Perdendo, será dona da agenda de modernização democrática que ficou presa em algum escaninho burocrático de Brasília no dia em que o governo perdeu o sentimento das ruas.


Charge do dia