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Economia


O deus "Mercado" reage aos discursos de ontem do presidente Lula que enfatizou a prioridade sobre questões sociais, combate as desigualdades e prorrogação da isenção de combustíveis: dólar sobe e Bovespa cai.

Traduzindo: o Deus Mercado quer que o Povo se foda!

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Economia


Dólar dispara e chega a 4,31.

Ainda bem que derrubaram a honesta presidenta Dilma Rousseff e o PT do Palácio do Planalto. Imagina se eles ainda tivessem lá...

O dólar estaria nuns 3 reais, a gasolina também e gás de cozinha a uns 50 reais no máximo.

Coitadinho dos investidores nacionais e internacionais, teriam entrado no mapa da fome.

Fora PT!

Briguilinas


Impeachment de Bolsonaro entra na ordem do dia
Economia do país, cortes na educação, reação de alunos, professores e sociedade em geral mina o apoio do presidente de uma forma avassaladora. A queda de Bolsonaro, para alguns é apenas questão de tempo. 

Enquanto isso o vice-presidente, general Hamilton Mourão, faz cara de paisagem e assiste tudo de camarote.

Dólar: segue em alta e bate nos 4,09 reais

Vida que segue

Bolsa caindo 2% e dólar a 3,90

Henrique Meirelles, cobra criada do sistema financeiro cantou a bola a poucos dias atrás (Aqui) e aconselhou a compra de dólar.

Depois da treta entre Sérgio Moro e Rodrigo Maia, no qual o juiz Marcelo Bretas tomou partido e para tirar a Lava Jato das cordas e fortalecer o ex-colega de toga (Moro) mandou prender Michel Temer, o mercado traduziu que a reforma da previdência foi para o brejo e opera em baixa de 2% e dólar em alta de 2,40% a 3,90 reais.

Enquanto isso a economia real patina e o desemprego campeia livremente.

Incompetentes!



Vida que segue
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Henrique Meirelles compra e aconselha amigos a comprar dólar

Conhecido no meio econômico como especialista em ganhar dinheiro baseado em ondas políticas, Henrique Meirelles está comprando dolares e aconselhando os amigos endiheirados a fazer o mesmo.

Colega do meio, o Posto Ipiranga de Bolsonaro, Paulo Guedes, ficou melindrado quando soube e afirmou que os que especularem com o câmbio terão prejuízo.

É aguardar para vê quem tem razão.

Bom colocar as barbas de molho

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Vida que segue

Pobre de direita

- A bolsa tá bombando
bateu recorde de pontos.                                              - Dólar caindo. As coisas tão bão!

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Cadê os manifantoches?

Ontem o dólar turismo foi vendido a 4,35, o Euro a 5,15 e o dólar oficial a 3,92 reais, cadê o pessoal que protestou e cobrou da presidenta Dilma dólar a 1,99 ?
Estarão tentando tirar o cabo da panela da bunda?
Creio que sim.




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Recordar é viver

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

Dólar antes do golpe sempre esteve abaixo de três reais.

Hoje no governo golpista, corrupto e entreguista: $ 3,56.

O paizão encheu os bolsos com a privataria bebê, se não?... Vai demorar mais um pouco para nenê ir novamente a Disney.

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Dólar bate recorde


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O dólar comercial fechou esta terça-feira (10) em alta de 1,66%, cotado a 3,422 reais para venda. Maior alta em dezesseis meses. 

Analistas consultados disseram que o principal motivo foi a informação que a intenção de votos do ex-presidente Lula deu um salto surpreendente após sua prisão. 

Resultados de tracking (consulta por telefone)  realizados pelos institutos DataFolha, Ibope, Vox Populi, Ipsos e Paraná pesquisas  captaram o crescimento vertiginoso.

Se a eleição fosse hoje Lula venceria no 1º turno, e com folga.

Para o sistema financeiro isso é péssimo, porque alimenta a instabilidade política do país.

Resumo da ópera: Lula livre, preso, candidato ou não, é quem decidirá a eleição.
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Manipulação midiática

Alta do dólar: 
Manchete antes do Golpe
Com dólar nas alturas brasileiro perde poder de compra e evita exterior
Alta do dólar:
Manchete depois do golpe
Dólar alto deixa Brasil "barato" para estrangeiros e atrai turistas

Globo golpista não tem limites

Luís Nassif - o tal do mundo não acabou

Um dos vícios mais recorrentes dos jornais é a síndrome do "maior desastre". Consiste em comparar um indicador ruim com o pior indicador anterior. Tipo: foi o pior desempenho desde o ano tal.
Não há receita para a manchete. Ás vezes se submete o indicador à tortura das comparações irrelevantes. Tipo, é o pior indicador desde 2012, ou mais negativo dos últimos 6 meses, períodos estatisticamente irrelevantes.
Outra impropriedade frequente são as manchetes sobre as cotações do dólar, comparando com outros períodos sem deflacionar. Manchetes tipo "o dólar atinge a maior cotação da era do real" tem tanto valor quanto dizer que os automóveis de hoje têm preços nominais muito mais altos do que 20 anos atrás. Comparar a cotação atual do dólar com o valor nominal do dólar em períodos passados tem o mesmo significado que comparar preços de geladeira, do feijão ou qualquer outro produto de consumo.
O indexador utilizado para calcular a cotação efetiva do dólar é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado). Corrige-se o real pela IPCA, o dólar pela inflação dos EUA e faz-se a conversão para se chegar ao câmbio efetivo.
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Efetuando essas contas, chega-se à conclusão de que o dólar a R$ 4,00 em setembro de 2015 tem o mesmo valor real do dólar de R$ 0,85 em setembro de 1994, isto é, após a apreciação de 15% imposta pelo real.

O alarido atual é ridículo. Em outubro de 2002, configurada a vitória de Lula, o valor efetivo do dólar equivalia a um dólar atual na casa dos R$ 8,76.


Em janeiro de 1999, a maxidesvalorização jogou o dólar para o equivalente a R$ 4,37 de agora.
De janeiro de 1999 a setembro de 2005, não houve um mês em que o dólar médio tenha sido inferior a R$ 4,00.
Mesmo no período de maior apreciação do real – no primeiro governo FHC – a cotação real do dólar esteve por volta de R$ 3,50.
Esses saltos não se deveram à deterioração dos fundamentos da economia, mas a dúvidas sobre o cenário político. Depois do tiroteio da campanha de 2002, na qual analistas terroristas chegaram a prever a invasão do Brasil pelas FARCs - e houve quem acreditasse, como foi o caso dos leitores da Veja - a lagoa ficou propícia para pegar lambaris. Investidores profissionais pescavam lucros em cima do pânico dos lambaris.
O que movimenta o dólar, agora, são essencialmente dúvidas fundamentadas sobre a crise política, decorrentes da grande sucessão de erros de Dilma Rousseff.
Só que nenhum desses erros, até agora, comprometeu os fundamentos da economia. Criou problemas fiscais, acentuou a recessão. Se o Banco Central persistir em trancar o crédito e manter os juros nas alturas, pode-se ter um problema concreto mais à frente, o chamado efeito engarrafamento - no qual empresas que vinham em velocidade, de repente descobrem que não existe mais estrada pela frente, brecam de uma vez provocando o abalroamento das que vêm atrás.
Ainda não se chegou a esse quadro.
Há o risco iminente do Congresso derrubar os vetos de Dilma à farra de gastos. Nesse caso, Dilma seria jogada inapelavelmente no córner. 
Por outro lado, há a possibilidade de um choque de bom senso da parte do Senado e da Câmara, motivado pela antevisão do caos. Nesse caso, a crise se esvaziaria rapidamente e o dólar voltaria para níveis mais adequados, por volta de R$ 3,50.
A pior das hipóteses aconteceu várias vezes, como no início de 1999, quando FHC se viu confrontado com uma rebelião de governadores de estados quebrados. Parecia que o mundo ia se acabar. Mas, como diria Assis Valente, o tal do mundo não se acabou.

Dólar versus Yuan

22 de novembro de 2013, [*] Paul Craig Roberts - Institute for Political Economy (IPE)The Dying DollarTraduzido por João Aroldo  

Agora a China vai deixar o dólar se desvalorizar ainda mais. A China também diz também estar considerando minar o petrodólar precificando o petróleo futuro na Bolsa de Mercado Futuro de Xangai em Yuan. Isto, além da crescente recusa do dólar para acertar os desequilíbrios comerciais, significa que o papel do dólar como moeda de reserva mundial chegou ao fim, o que significa o fim dos EUA como bully e imperialista financeiros. Este golpe no dólar associado aos golpes do offshoring de empregos e apostas não cobertas no cassino criado pela desregulamentação financeira significa que a economia norte-americana como a conhecíamos está chegando ao fim.  Larry SummersA economia norte-americana já está em ruínas, com os mercados de ações e títulos estimulados pela emissão monetária massiva e historicamente sem precedentes do Fed injetando liquidez nos preços dos ativos financeiros. Este mês, na conferência anual do FMI, o ex-secretário do Tesouro, Larry Summers, disse que para atingir pleno emprego na economia americana seriam necessárias taxas de juros reais negativas. Taxas de juros reais negativas só poderiam ser atingidas eliminando o papel-moeda, adotando dinheiro digital que só pode ser mantido nos bancos, e penalizando pessoas por economizar. O futuro está se desenrolando exatamente como previ.  Enquanto o dólar entra em seus estertores de morte, o Federal Reserve ilegal e os criminosos de Wall Street vão aumentar seu shorting de ouro nos mercados de futuros, levando, assim, os restos de ouro do ocidente para mãos asiáticas._______________________
 O Banco Popular da China afirmou que o país não se beneficia mais com os aumentos de suas reservas em moeda estrangeira, junto com sinais de que os legisladores vão controlar as compras de dólares que limitam a valorização do Yuan.  “Não é mais do interesse da China acumular reservas em moeda estrangeira”, disse Yi Gang, um diretor do Banco Central, em discurso organizado pelo Forum China Economists 50 na Universidade Tsinghua ontem. A autoridade monetária vai “basicamente” terminar a intervenção normal no mercado cambial e aumentar a variação cambial diária do Yuan, o diretor do Banco Popular da China, Zhou Xiaochuan, escreveu em um artigo um guia explicando as reformas delineadas na semana passada após um encontro do Partido Comunista.____________________________ 
[*] Paul Craig Roberts

O Globo: deu a louca no câmbio

Moeda americana dispara e governo promete para hoje nova ofensiva de US$ 4 bi em intervenções no mercado financeiro para conter a desvalorização do real. Ministro pode reduzir tarifas de importação.

Num dia tenso no mercado, o Banco Central e o Tesouro fizeram ação conjunta para tentar conter a alta do dólar e de juros futuros, mas não conseguiram. Mesmo com intervenções de mais de US$ 3 bilhões, a moeda americana fechou em R$ 2,416, com alta de 0,83%, depois de ter batido R$ 2,429. Hoje haverá nova intervenção de US$ 4 bi. Com a expectativa de que o BC dos EUA suba juros, o dólar se valorizou em quase todo o mundo. "Nós não sabemos onde isso - a subida do dólar - vai parar',' admitiu o ministro Guido Mantega. Segundo ele, o governo poderá reduzir tarifas de importação para aliviar o efeito sobre a inflação.

Até quando o dólar será mais importante que o yuan?


A maioria dos americanos não tem idéia da enorme vantagem que os Estados Unidos possuem por ter a principal moeda de reserva do mundo, e a maioria dos americanos também não têm idéia de quão perto o dólar dos EUA esta' de perder esse status. 
Nos últimos 40 anos, a grande maioria de todo o comércio global (incluindo a compra e venda de petróleo) foi feito em dólares americanos. Esse ainda é o caso hoje, mas as coisas estão começando a mudar. Por todo o globo internacional acordos estão sendo feitos para se afastar do dólar dos EUA e usar outras moedas no comércio global. 
A segunda maior economia do mundo, a China, tem sido particularmente agressiva na tentativa de alterar a ordem financeira existente. Como você verá abaixo, a China tem executado em todo o planeta acordos com outros países para começar a conduzir uma quantidade crescente de comércio em outras moedas que não o dólar dos EUA. E, claro, os chineses vão fortemente promover a sua própria moeda - o yuan. Então, por que isso está acontecendo?
Bem, por um lado, a verdade é que os Estados Unidos ja' não são a única superpotência do mundo. A economia chinesa esta' projetada para se tornar maior do que a economia dos EUA em 2016, e por algumas medidas a economia chinesa já é maior.

O pacote cambial e a jogatina financeira

A  decisão mais contundente do pacote cambial anunciado 4º feira ficou um tanto escondida por configurar, ainda, apenas uma possibilidade. A Medida Provisória 539 dá ao Conselho Monetário Nacional a prerrogativa de, a qualquer momento, exigir que os especuladores do mercado futuro de dólar elevem a margem relativa ao valor das apostas. Ou seja, façam depósitos de garantia em dinheiro vivo proporcionalmente  maiores que os percentuais vigentes. 

Em qualquer cassino o apostador compra fichas no valor correspondente  ao seu lance. Na roleta do mercado futuro de câmbio não é assim.  O especulador só precisa depositar 8% do valor da aposta, o que lhe dá enorme poder de 'alavancagem': com menos de US$ 1 milhão, pode reunir contratos de US$ 10 milhões --multiplicando por 10 os ganhos com eventual queda do dólar. Graças às facilidades concedidas aos jogadores, passam por essa roleta diariamente mais de US$ 15 bilhões, cerca de dez vezes o volume físico de dólar negociado no país, exercendo um poder desproporcional sobre as cotações . 

O cassino do dólar é um dos brinquedos do parque temático rentista instalado no país, cuja principal atração chama-se 'carry trade': consiste em tomar empréstimo a juro zero lá fora e aplicar aqui a uma taxa real de 6,8%, a maior do planeta. Esse, na verdade, é o grande vilão da taxa de câmbio, que transforma a economia numa esponja, com dólares que entram por todos os poros em busca de rentabilidade sem igual num mudo mergulhado em recessão e liquidez.

O pacote cambial ergue a comporta do dique e dá ao governo, ao Conselho Monetário, o poder de manejar para cima o mecanismo quando for o caso. Mas não ataca o vertedouro inclinado dos juros que atrai massas descomunais de dinheiro especulativo para a economia.

 É difícil separar o joio do trigo nesse caudal em que especuladores e tesourarias de bancos e empresas --inclusive nacionais-- muitas vezes se confundem. 

O conjunto forma uma avalanche que barateia o dólar e impulsiona as importações com dois efeitos contraditórios: arrefece a inflação com o ingresso de mercadoria barata, mas transfere emprego e produção para o exterior.É um corner estratégico para o qual não existe resposta estritamente técnica. No fundo trata-se de escolher a sociedade que se quer construir no Brasil. 

A desordem cambial reflete um desarranjo mais amplo nos preços básicos da economia --entre os quais a taxa de juros se sobressai como um aspirador que suga recursos ao rentismo, em detrimento de outras prioridades. Reordenar essa equação requer uma negociação política mais ampla. O governo teme que uma redução abrupta do fluxo de dólares, decorrente de um efetivo controle cambial, encareça subitamente as importações, prejudicando o combate à inflação. Por isso age na margem. O risco existe. Mas existe também alternativa: uma repactuação política das bases do crescimento, coisa complexa, mas talvez menos fluida do que controlar caso a caso a esponja da especulação cambial.
Carta Maior

Câmbio

[...] taxa deveria estar a 2,90 ?

O câmbio brasileiro deveria estar hoje na casa de R$ 2,90 para atingir a taxa "ótima" real de longo prazo, definida como aquela que induz à alocação de recursos para os setores de maior produtividade da economia e leva ao desenvolvimento econômico, segundo estudo dos economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Feijó, da UFF, e Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá.
      
2. O modelo desenvolvido pelos três indica que, no período de 1999 a 2010, os termos de troca (a relação entre preços de exportação e importação) e o diferencial entre os juros internos e externos são as variáveis mais importantes para explicar a tendência de sobrevalorização da taxa de câmbio. Os resultados do estudo mostram duas conclusões básicas: "Primeiro, a moeda brasileira ficou persistentemente sobrevalorizada por quase todo o período analisado; segundo, a taxa 'ótima' real de longo prazo foi atingida em 2004", ressaltam os economistas.
      
3. Em março de 2011, quando a cotação média do dólar ficou em R$ 1,659, a taxa nominal deveria estar em R$ 2,91 para voltar ao nível "ótimo".  Segundo Nassif, o índice de taxa real de câmbio de março deste ano aponta uma valorização de 79% em relação ao nível "ótimo" que teria sido atingido em 2004 - ano em que, diz ele, a economia brasileira registrou uma combinação dos melhores indicadores macroeconômicos do período analisado. Nassif ressalta falar em caráter pessoal, e não em nome do banco.
      
4. Texto completo do estudo em inglês: 56 páginas.

Câmbio

De volta da China, a Presidente Dilma Rousseff bem que poderia dar uma boa “freada de arrumação” na sua equipe econômica.
Nada mais natural que existam pensamentos diferentes em relação a determinadas questões. Mas dar palpite pela mídia está fornecendo munição para intrigas e para que o conservadorismo prossiga em seu trabalho de criar intranqüilidade na economia, pressões inflacionárias e pela elevação dos juros.
Está claro que os alvos são o Ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
No final da semana passada, vocês lembram, com Merval Pereira à frente bradando que as medidas “falharam”, os jornais diziam que a ação de elevação do IOF e do prazo de sua incidência sobre o capital estrangeiro não tinham surtido efeito.
Conversa fiada para enganar trouxa. Ou melhor, tentar enganar a classe média que lê jornais e vê os sábios colunistas na TV a Cabo.
Até este blog, que não incorpora o “espírito do mercado”, não tem linha telepática com os investidores e não anda em rodinha de especuladores disse, no mesmo dia das medidas
“O anúncio feito pelo Ministro Guido Mantega de que o prazo para o capital estrangeiro que entrar no Brasil ficar livre da cobrança de IOF, de um para dois anos, vai surtir, pelo menos no curto prazo, efeito na contenção da absurda onda de dólares que entra – viciosamente – na economia brasileira”.
Hoje, com a divulgação dos dados do Banco Central, viu-se o óbvio: as medidas do Governo não só funcionaram para frear como reverteram o fluxo de dólares, com as entradas superando ligeiramente  a entrada de moeda americana.
E como é que este modestíssimo blog sabia? Sabia porque todos sabiam que já nos primeiros dias de abril, com o IOF a 6%, o sentido do fluxo de cãmbio se invertera. O que aconteceu no dia 7, com tanto estardalhaço, foi a simples ampliação de um para dois anos do período de incidência do imposto.
Que a imprensa “desconheça” o que já sabia e agite o terror nos meios econômicos, mesmo não sendo natural, é esperável, dado o seu nível de comprometimento político.
Mas que integrantes do Governo entrem na “onda” e fiquem fazendo coro do “vai quebrar”, francamente, não dá para entender.
Repito o que já disse: a queda do dólar, após o anúncio da medida não foi um movimento natural de mercado, mas a ação especulativa da montanha – mais de US$ 20 bilhões – de dólares disponível nos mercados futuros, cujas posições compradas ficariam (ou ficarão) comprometidas com uma subida no valor da moeda americana. E que fizeram, como era de se esperar, os movimentos de acomodação que protegesse seus donos.^

Economia

[...]  Inflação resiste, dólar cai e governo tenta conter crédito

Um dia depois de anunciar medidas para tentar conter o ingresso de capitais externos, que valoriza o real, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, determinou mais uma ação, desta vez para conter um inimigo mais imediato, a inflação. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito ao consumo, inclusive o imobiliário, dobrou de 1,5% para 3%. O ministro volta a empregar uma das armas que usou em janeiro de 2008, também para brecar uma economia a pleno vapor. Os resultados não foram brilhantes: o crédito caiu no primeiro mês, estacionou no segundo e voltou a crescer daí em diante. E a arrecadação do IOF das pessoas físicas deu um salto, de R$ 3 bilhões para R$ 7,6 bilhões. O aumento da tributação agora pode ser mais eficaz porque há restrição nos prazos de financiamento, acreditam a Fazenda e o BC.

Acossado por nova onda de valorização do real e pelo avanço dos preços, o governo teve notícias ruins nos dois campos ontem. O dólar caiu 1,85%, para R$ 1,5840, sinal de que a extensão do IOF para empréstimos externos superiores a um ano foi encarado como inócuo.

Já o IPCA subiu 0,79%, quase igual ao 0,8% de fevereiro, quando a expectativa era de um recuo razoável. Com isso, a inflação no primeiro trimestre chegou a 2,44% e em 12 meses, a 6,3%. Dessa forma, a variação dos preços pode ultrapassar o teto da meta, de 6,5%, em abril. O resultado do IPCA de março refletiu a reaceleração das cotações dos alimentos, a disparada dos preços das passagens aéreas e combustíveis, o aumento expressivo do vestuário e a elevação significativa dos serviços (como aluguéis, empregados domésticos, conserto de automóveis e mensalidades escolares).
Valor Econômico

FMI

Fundo endossa, com ressalvas, que emergentes imponham barreiras a investimentos 

Pela primeira vez em seus quase 70 anos de história, o FMI - Fundo Monetário Internacional - admitiu a adoção de controles de entrada de capital estrangeiro, em um documento divulgado ontem. Mas, recomenda a adoção de outras medidas antes de se levantar barreiras a entrada de capitais e defende cautela na adoção dos controles. 

As barreiras seriam o último recurso a ser usado por países emergentes. 

O representante brasileiro no FMI, Paulo Nogueira Batista, reagiu com irritação às recomendações, em um momento em que o Brasil enfrenta grande pressão no câmbio. 

“O FMI não tem conhecimento acumulado sobre o assunto", disse Nogueira.

"O Brasil fará o que for preciso para conter o fluxo de dólares." 

Para o Fundo, porém, o principal instrumento usado pelo Brasil para frear o ingresso de capitais estrangeiros - o aumento do IOF que incide sobre investimentos de renda fixa não trouxe o resultado esperado pelo governo.