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Experiências comuns também são capazes de produzir felicidade, por Ron Lieber

Em julho, passei um dia numa biblioteca pela primeira vez em mais de 20 anos. Eu estava lá para trabalhar, mas parecia que era o único fazendo isso. Os outros entraram para escapar da chuva lá fora e ficaram olhando as prateleiras incontáveis de jornais e revistas ou conferindo as aquisições mais recentes de ficção.

Meu trabalho me alegra, mas à medida que olhava em especial os frequentadores mais velhos, fui vencido por uma única emoção: inveja. Fazia tempo demais desde que experimentara o prazer simples e profundo de me perder nas estantes de livros. Eu queria sentir aquilo novamente.

O desejo permaneceu comigo, ajudando-me a reconhecer a importância de uma pesquisa da edição de junho de "The Journal of Consumer Research" que deve ajudar muitos a relaxarem enquanto analisam o pé-de-meia para a aposentadoria. O artigo principal informava que idosos costumam se sentir felizes tanto com experiências comuns – como um dia na biblioteca – quanto com as extraordinárias.

Para quem não poupou o suficiente ou raspou a poupança porque perdeu o emprego ou vivenciou crises de saúde, os achados dão alguma esperança. Se conseguir bancar as despesas básicas, a busca por coisas baratas do dia a dia que reconfortam e satisfazem podem levar à mesma felicidade que realizar viagens internacionais aos 70 ou 80 anos.

Doce rotina: atos corriqueiros como relaxar lendo algo interessante no tablet podem gerar mais felicidade do que fazer uma viagem
Os autores do estudo, Amit Bhattacharjee e Cassie Mogilner, se conheceram quando o primeiro fazia doutorado na Escola Wharton, da Universidade da Pensilvânia, onde a segunda é professora-assistente de marketing. Quando decidiram trabalhar juntos, os dois não pretendiam fazer pronunciamentos grandiosos sobre o envelhecimento. Em vez disso, estavam tentando ajudar a responder uma das grandes questões no campo emergente dos estudos da felicidade.

Estudiosos do tema já estabeleceram que as experiências costumam deixar as pessoas mais felizes do que as posses. Ao que parece, o que fazemos tem maior potencial para satisfação duradoura e criadora de lembranças do que aquilo que temos. Porém, Bhattacharjee, que agora é professor-assistente visitante de marketing da Escola Tuck de Administração de Empresas da Faculdade de Dartmouth, e Mogilner queriam saber que tipo de experiência deixava as pessoas mais felizes e por quê.

Para descobrir isso, realizaram oitos estudos nos quais perguntavam aos participantes sobre suas lembranças de planejar ou sonhar com várias experiências produtoras de felicidade. Eles também conferiram que tipos de coisas os envolvidos publicavam no Facebook. As definições dos pesquisadores para experiências comuns e extraordinárias, quando pediram que as pessoas discutissem uma ou outra, eram simples e focadas na frequência; as experiências comuns acontecem com maior frequência e transcorrem no decorrer do dia a dia enquanto as extraordinárias são muito mais raras.

Para Bhattacharjee, de 32 anos, as descobertas ajudaram a esclarecer algumas coisas sobre seus próprios pais. Em parte, ele se sentiu atraído por pesquisar as crenças morais e o bem-estar por causa da criação em um lar de imigrantes indianos no qual se falava bengali.

"Durante minha vida inteira, senti que estava tentando destrinchar esses padrões culturais conflitantes", ele explicou. "O que é bom? O que é desejável? Existem tipos de padrões muito diferentes".

Quando o irmão mais jovem entrou na faculdade, os dois deram aos pais cartões-presentes de restaurantes e ingressos de cinema para que pudessem se divertir com a liberdade dos deveres em tempo integral da criação dos filhos.

"Eles não tinham interesse algum. Gostavam das coisas comuns. Em determinado momento, parei de lutar contra isso. E quando comecei a trabalhar com esta questão, o tema ajudou a cristalizar o fato de que seu conceito do que é valioso é diferente."

No mínimo diferente do que um jovem teria esperado. Os pais nunca tiveram uma queda por longas viagens ou veículos.

"Conto às pessoas que compro um Mercedes novo e o jogo despenhadeiro abaixo a cada dez ou 15 anos", contou Arun, pai de Bhattacharjee, a respeito dos esforços dele e da esposa para pagar os estudos superiores dos filhos.

Agora que Arun Bhattacharjee, de 73 anos, já está aposentado há mais de cinco anos, se dedica-se a ler o jornal, livros e a caminhadas regulares nos arredores da casa da família em Audubon, na Pensilvânia.

"Dou a volta no quarteirão algumas vezes. Todo mundo me conhece. Quer chova ou faça sol".

Cuidar das plantas: satisfação pode ser a mesma de fazer uma viagem ao exterior
A esposa, Ratna, de 63 anos, ainda trabalha como engenheira. Ela e Arun vão à Índia quase todo ano para visitar sua mãe. Os quatro viajaram em férias para Las Vegas pouco tempo atrás.

"Não perdi o interesse por esse tipo de atividade", disse Arun Bhattacharjee. "Contudo, não preciso dessas coisas o tempo todo para me dar prazer. Sinto prazer com coisas simples".

Por que será? Bhattacharjee e Mogilner exploraram alguns dos fatores por trás da frequência que separa experiências comuns das extraordinárias e se concentraram numa em particular: a tendência das experiências extraordinárias definirem a si mesmas de alguma forma. Uma forma de pensar nisso é ponderando sobre as várias aventuras que os jovens perseguem para se encontrar.

"Esse tipo de exploração para ver o que combina e tem a ver com você pode ser o processo pelo qual se pode começar a decidir que tipo de vida comum construir", afirmou Bhattacharjee.

Quando você se conhece, a busca deliberada por coisas mais comuns pode então proporcionar o mesmo nível de felicidade. Pouco interfere o fato de que se pode gostar muito mais do comum quando se está ciente do número decrescente de anos que se tem a desfrutar.

Os idosos não têm seu estilo fechado nem deveriam querer isso e seria um equívoco pensar que nos conhecemos bem o bastante para ter certeza de que ele nos dará mais satisfação quando estivermos velhos. A aposentadoria é apenas o tipo de ponto de transição que leva muita gente a buscar novas aventuras e a experimentar novas maneiras de ser e estar no mundo. Se possível, essa oportunidade não deveria ser negada.

Todavia, muita gente não terá dinheiro para ir a lugares distantes ou pagar para saltar de aviões. Experiências extraordinárias de baixo custo podem muito bem estar por perto, mas pode ser mais reconfortante o fato de que as coisas do dia a dia, que nada ou pouco custam, podem proporcionar o mesmo nível de alegria. Uma horta. A refeição elaborada que brota dela e o tempo livre para inventar as receitas. A retomada de um instrumento musical abandonado. Assinaturas com acesso total ao Netflix e Spotify, com listas do que ouvir e assistir durante anos.

No meu caso, mal entrei na meia-idade, mas tenho quase certeza de que a primeira coisa da minha lista de desejos para a aposentadoria será um cartão de biblioteca novinho em folha.


Olhar Digital: iPhone 6 Plus se esgota no primeiro dia de pré-venda

A pré-venda dos novos iPhones começou nesta sexta-feira,12, no exterior com alguns resultados interessantes para a Apple. Poucas horas após o início, já não está mais disponível para encomenda o iPhone 6 Plus, o phablet da Apple, provando o interesse por celulares de tela grande.

O início das vendas aconteceu à meia-noite, esgotando todos os estoques do iPhone de 5,5 polegadas em todas as operadoras parceiras. O mais incrível da situação é que o aparelho é mais caro que o iPhone 6 com tela de 4,7 polegadas.

A Apple vende, com contrato de 2 anos com operadoras, o iPhone 6 Plus por US$ 100 a mais do que o iPhone 6 simples. São três versões diferentes, com armazenamentos que variam entre 16 GB, 64 GB e 128 GB, cujos valores ficam entre US$ 300 e US$ 500. Desbloqueado, no entanto, o aparelho chega aos US$ 1 mil na versão mais cara.

Ainda é possível fazer a encomenda do Plus, mas quem fizer isso agora terá de esperar mais tempo pelo aparelho. A primeira leva de smartphones será entregue no dia 19 de setembro, quando acontece o lançamento do produto. Quem comprou depois só deve receber na metade de outubro, conforme alertam as operadoras.

A expectativa da Apple é vender 80 milhões de iPhones neste ano. Se o primeiro dia de venda dos novos modelos for um indicativo do que vem pela frente, a companhia está no caminho certo.

Via VentureBeat


Dilma pode vencer no primeiro turno

por Roberto São Paulo

Não sou cientista político, mas diria que considerando que não há manipulação nas pesquisas eleitorais, parte do eleitorado pode estar revisando a intenção impulsiva de voto em Marina Silva, e também considerando a melhoria na avaliação do Governo da Presidenta Dilma, diria que boa parte deste eleitorado vai se definir pela Presidenta Dilma.

Como podemos observar nas pesquisas do Ibope e do Datafolha, no primeiro momento após a morte de Eduardo Campos, aumentou a intenção de votos em Marina Silva e diminui o o número de indecisos e o de nulos e brancos.

Vamos aguardar as próximas pesquisas eleitorais, caso confirmem a queda de Marina Silva, a vitória da Presidenta Dilma Rousseff no primeiro turno se tornará dentro do campo das possibilidades. altamente provável.

Agora considerando que houve manipulação nas pesquisas com o objetivo de forçar o PSB a indicar Marina Silva como substituto de Eduardo Campos, com a proximidade das eleições os resultados serão mais próximos aos da realidade, apenas com a margem de erro no limite e a favor dos candidatos apoiados pela maior parte da grande mídia.

De qualquer maneira é difícil de explicar que a Presidenta Dilma tenha mais de 40% de avaliação pessoal pelo eleitorado, e apenas 30% de intenção de votos desde mesmo eleitorado.

Nesta recente pesquisa eleitoral temos,

Dilma(PT) com 39%, mas na verdade pode estar com 41%(margem de erro),
Marina Silva com 31%, mas na verdade pode estar com 29%(margem de erro),
Aécio(PSDB) com 15%, mas na verdade pode estar com 13%(margem de erro),
Demais candidatos estão com 2%(lembrar que já tiveram mais de 8% nas pesquisas anteriores), mas na verdade poderiam estar com menos de 1%(margem de erro),
O que daria 41% para Dilma(PT) a menos de 43% para os demais candidatos, mais três semanas de horário eleitoral, dá para tirar a diferença e vencer no primeiro turno por um voto, vamos torcer, está difícil, mas é possível.

Margem de erro é margem de erro, para cima ou para baixo.

Além disso está dentro do campo das possibilidades, princialmente considerando os mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada criadas no Governo do Presidente Lula e da Presidenta Dilma, isto sem falar nos aumentos reais do Salário Mínimo, nas milhões de casas e apartamentos construídos pelo Programa Minha casa Minha Vida, nos milhares de novos universitários e universitária de baixa renda com o Pró-Uni, na expansão exponencial do crédito destinado ao consumo.

Vamos aguardar as próximas pesquisas eleitorais, caso confirmem a queda de Marina Silva, a vitória da Presidenta Dilma Rousseff no primeiro turno se tornará dentro do campo das possibilidades. altamente realizável.


Briguilinks do dia





Zé Dirceu: A semana que se encerra hoje balizou disputa presidencial e valeu por um ano

Ela passa para a história das disputas e das campanhas eleitorais presidenciais como a semana em que uma das candidatas, a ex-senadora Marina Silva, que concorre abrigada temporariamente no PSB se autodesconstruiu.

Ela é a autora dessa façanha, ainda que pretenda se fazer de vítima e atribuir aos adversários suas inconsistências, contradições, falta de firmeza, oportunismo e sua rendição as conveniências eleitorais sem qualquer parâmetro programático ou político.

Enfraqueceu a sua candidatura à Presidência da República sozinha com seu pragmatismo sem nada programático. Aliás, o contrário do que ela anunciou quando se aliou ao ex-governador Eduardo Campos dia 4 de outubro do ano passado. Enfraqueceu, deixou mambembe sua candidatura com o vazio de seu discurso, a insegurança nas propostas, as mudanças de posição e a fraqueza para expor ideias que incorporou via assessores tucanos e ou liberais extremados.

Ela estragou minha crônica

Eu tinha todo um texto bonito sobre uma menina que lia notícias da nova ciclovia na Avenida Paulista, mas que não parava de pensar nos peitos da Jennifer Lawrence. Ela não tinha visto as fotos, achava aquilo tudo bem invasivo, mas imaginar nua aquela garota linda que todos amavam lhe dava espasmos no corpo todo.

Pensava, eu, que a situação havia sido resolvida, que todos concordavam com as faixas vermelinhas nas ruas, celebravam o avanço de um dos pontos mais importantes da cidade estar no foco de tal inovação. Com essa tranquilidade do consenso, eu ia escrever sobre a doce menina que acordara já com as pernas inquietas, pressionando uma coxa contra a outra coxa, as palmas das mãos suadas e roçando os dedinhos dos pés no lençol que jazia sem utilidade na ponta da cama.

Afinal, não havia mais com o que me preocupar. Em Moema, a nova realidade haveria de ser um sucesso e os moradores do bairro do Higienópolis certamente celebrariam a chegada das boas novas. Sem os problemas, restaria à minha pessoa divagar sobre o dia em que uma garota passou apuros com suas vontades, usar palavras gostosas, incitar a imaginação alheia.

Ela passaria o dia enfurnada em casa, sentada no sofá e controlando os faniquitos debaixo da saia. Leria coisas que incitariam ainda mais as labaredas na bochecha, a cara queimando o dia todo, os cabelos bem presos porque qualquer pensamento já lhe causava suores na nuca. Lá fora, o mundo corria normalmente e todos seríamos felizes.

Mas aí comecei a desconfiar. Estava tudo calmo demais. Adentrei na realidade fictícia dela e fui até a janela — ela não tirava os olhos das maravilhas que a tecnologia propiciava para sei deleite visual — e o sol brilhava naquele laranja agradável e as pessoas conversavam nas calçadas e o vento tinha a temperatura certa e, nos oito minutos que fiquei analisando a rua, nenhum carro atravessou a faixa de pedestres no farol já vermelho quase atropelando quem atravessava.

Algo estava errado.

Deixei a mocinha com as mãos se enfiando para dentro das calças e fui para a rua dela. Era um apinhado de gente bonita em clima de azaração, todos com tempo de sobra, caminhando e dando “ois” e “olás”. Elas estavam serenas e caminhavam olhando para as outras pessoas, admirando o contorno das árvores, a luz do sol rebatida nos prédios. Um rapaz com roupas esportivas me ofereceu um suco que estava tomando, estava gelado e no ponto certo de açúcar.

Era tudo bom demais para ser verdade. Teria o mundo tomado jeito e resolvido os petardos que esse ano plantou em cada pontinho estratégico do globo? E cá, em minha cidade, a paz reinava e tínhamos água na Cantareira novamente?

Fora daquela imersão e sentado novamente em frente ao computador, olhei aqui para fora e estava tudo como sempre foi. Gente que não usa bicicleta reclamando do espaço perdido para os ciclistas. Gente que não usa carro bradando contra o excesso de espaço para veículos motorizados. A velha treta de pessoas que querem ver a cidade avançar, mas desde que isso não mexa em nada com seu dia a dia.

Não pode fazer buraco pra enterrar fios dos postes, não pode botar comércio no pé dos prédios, não pode deixar aquele povo dos bairros “perigosos” virem morar aqui no “nosso” centro, não aumenta meus impostos, não bota ônibus na minha faixa, não me abaixa o preço daquele restaurante porque eu não quero me misturar com certo tipo de gentinha. E o Pelé continua falando merda pra cacete.

Preferi não voltar para a menina. Certamente ela estava prestes a gozar sozinha e ser feliz. Não quis incomodar.

por Jader Pires


El País: Dilma inquebrável

A presidenta brasileira, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT) utilizando-se de seu perfil inquebrável, começa a subir pouco a pouco nas pesquisas, dando uma reviravolta em uma situação em que tudo, há uma semana, parecia jogar contra ela. A irrupção meteórica e inesperada da candidata Marina Silva, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que logo a colocou ao lado, (quando não na frente) da atual presidenta, fez tremer os dirigentes do PT.

Nada parecia deter a figura ascendente de Marina. E entretanto, o ataque frontal da presidenta à candidata, a quem acusa, entre outras coisas, de servir e ser servida pelos bancos e de não esclarecer muitas partes obscuras de seu programa, parece que começam a surtir efeito. Uma pesquisa divulgada na quarta-feira apresentou uma tímida subida da atual mandatária brasileira e, em termos gerais, um empate técnico entra as duas mulheres, tanto no primeiro como no segundo turno. Hoje outra sondagem mostra que Dilma Rousseff seria a candidata mais votada no primeiro turno, com 39%: Marina Silva obteria 31% e o terceiro na disputa, cada vez mais relegado ao papel de figurante, Aécio Neves, do mais conservador Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ficaria com 15%. No segundo turno, por enquanto, Dilma Rousseff e Marina estão praticamente empatadas, com 42% e 43%, respectivamente.

A sondagem também lança dados sobre os seguidores de uns e outros: Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente com Lula, posteriormente afastada do PT, é a preferida da classe média emergente e dos habitantes das grandes cidades como São Paulo ou Rio; enquanto isso, Dilma mantém entre seu eleitorado a faixa mais pobre da população e das zonas rurais.

A irrupção e o avanço de Marina juntaram-se no sábado passado com mais um problema relacionado com Dilma: a existência de uma emaranhada e gigantesca rede de corrupção criada às custas da maior empresa pública brasileira, a petrolífera Petrobras. A revista Veja revelou nesse dia que, em troca de uma diminuição da pena por lavagem de dinheiro, Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, na qual começou a trabalhar 35 anos atrás, entregou para o juiz uma lista de dezenas de nomes de políticos brasileiros que se beneficiaram dos subornos que as construtoras davam para a empresa para liberar obras. Segundo a revista, na lista do delator existem desde ministros a deputados federais.

Os políticos aparentemente envolvidos pertencem a vários partidos mas o escândalo, que sacudiu a já convulsionada campanha política brasileira, acertou em cheio Dilma Rousseff, responsável principal pela empresa pública. Na próxima quarta-feira, o ex-diretor testemunhará diante de uma comissão de investigação parlamentar que pode se converter em outra bomba nos meios de comunicação.

O episódio fez com que os membros da campanha de Dilma Rousseff temessem uma nova queda na candidatura da presidenta. Isso não ocorreu, a julgar pelos dados das sondagens. Dilma, além de ajustar sua mira contra Marina, endurecendo a campanha, colocando-a já como único adversário a combater, aproveitou suas inúmeras aparições públicas (a campanha monopoliza todo o espaço midiático brasileiro) para sair do foco do escândalo e repetir que sempre lutou contra esse tipo de práticas corruptas e defender sua perseguição: “Nunca, durante toda minha vida política, ninguém me viu tentar esconder coisas debaixo do tapete. Estamos combatendo a corrupção não com palavras vazias, mas com ações concretas”.

Do outro lado, Marina Silva lança uma acusação também muito concreta: “O PT colocou o diretor da Petrobras para assaltá-la”. Daqui até o final do primeiro turno, tudo vai ser assim: as duas mulheres acusando-se mutuamente enquanto Aécio Neves paulatinamente perde relevância. Paradoxalmente, retomará importância quando, se as pesquisas se confirmarem, for eliminado e seu partido aconselhar seus eleitores em quem votar. Seus 15% serão então cruciais. Tudo indica que optarão por Marina, mas ainda é cedo para afirmar.

por Antonio Jiménez Barca