Sou antiraças

Não Sou apenas antiracistas, sou antiraças Não reconheço a raça Vermelha Amarela Branca Preta Azul ou qualquer outra cor com que queiram def...

Mostrando postagens com marcador Tripé econômico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tripé econômico. Mostrar todas as postagens

O Brasil precisa de um novo programa econômico e um novo pacto político e social

do blog do

Pressionam pela volta do tripé econômico como se fosse saída para nossos males
A semana termina com o aumento da pressão sobre a presidenta Dilma Rousseff e o governo para a adoção do tripé econômico da era FHC (geração de superávits primários, manutenção de câmbio flutuante e regime de metas de inflação) como saída para a retomada da confiança e dos investimentos. Ampliam essas pressões como se o baixo crescimento fosse obra apenas de erros do governo e não do ciclo econômico mundial.

Aumentar juros e o superávit parece uma fórmula mágica. Mas, a experiência das ultimas décadas comprova que certezas absolutas em matéria de economia têm vida curta. Principalmente por desconhecerem o universo da política nas relações internacionais, dominadas pelos interesses econômicos e financeiros dos países desenvolvidos e por crises, guerras e acontecimentos políticos locais fora do controle dessas potências.

O Brasil precisa de um novo programa econômico e um novo pacto político e social, e não apenas de uma nova política econômica ou, simplificando, da retomada do tripé econômico da era FHC (1995-2002).

Chamar as forças políticas e sociais para novos programa e pacto
O país precisa expressar a maioria formada pelas urnas em um programa de reformas. Precisa atender a essa maioria com um programa de mudanças. E tem de fazê-lo a partir da recomposição de uma nova maioria no Congresso Nacional apoiada num novo pacto político e na mobilização social.

É preciso chamar as forças políticas e sociais para debater e dar forma a esse programa econômico. E é imprescindível que ele respeite a vontade das urnas não abandonando o compromisso com o emprego, a renda, os serviços públicos, a luta contra a desigualdade e a pobreza. Assim, esse programa não pode ser reduzido a uma mera luta contra a inflação ou pela formação de superavit fiscal.

Desde a eclosão da crise global em 2008, os países desenvolvidos usam e abusam da emissão de moedas, administração do câmbio, medidas protecionistas e socorro para salvação de bancos e empresas. Abusam do endividamento público, da ampliação de suas dívidas públicas e dos déficits fiscais. Fazem-no muitas vezes estimulando de forma artificial o consumo e até mesmo tolerando a inflação, como no caso do Japão.




País tem urgência de fazer as reformas política, tributária e urbana
Já nós precisamos encontrar saídas brasileiras para a crise de baixo investimento e crescimento. Sem copiar modelos e sem reduzi-las a medidas monetárias e fiscais. Precisamos dos bancos oficiais (tão atacados pelos nossos críticos…) e dos investimentos públicos, do nosso mercado interno e da integração regional. A distribuição de renda é condição básica e ao mesmo tempo fundamental para sustentar nosso crescimento interno.

Para viabilizar esse crescimento interno não há outro caminho: o país tem urgência de fazer as reformas política, tributária e urbana. São elas que vão viabilizar os investimentos públicos e privados, via concessões na infraestrutura econômica, nos serviços públicos nas cidades, em energia, gás e petróleo, no pré-sal, em inovação e educação.

Sem isso, aumentar ou diminuir os juros é inócuo, embora seja indiscutível que eles precisam ser reduzidos. E em muito. Aumentar ou diminuir o superavit e administrar o câmbio pode ser também inócuo. Estaremos apenas adiando a solução dos nossos problemas e os impasses de nossa economia.




Aumentar juros é inócuo. Precisamos é reduzi-los
É preciso acelerar o tempo político. É preciso, então, chamar já as forças políticas para discutir, negociar e fechar o acordo em torno desses novos programa econômico e pacto político e social. Sem negar, recuar ou abandonar, em momento algum da negociação e do futuro o compromisso com o desenvolvimento nacional (principalmente com nossa indústria, que precisa reencontrar seu caminho do desenvolvimento) e com as políticas de inclusão social, do emprego e da renda

O necessário, agora, nesse quadro político, econômico e social com que nos defrontamos é, insistimos, acelerar o tempo político. Acelerá-lo, nem precisamos dizer, é apressar a reforma ministerial e a composição dessa nova maioria de que falamos Câmara e no Senado. Para com ela, nessas vésperas de início de novo governo, construir esse programa econômico e as reformas que a sociedade demandou e cobrou nas urnas elegendo de novo a presidenta Dilma Rousseff.