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Na crise, governo deu soluções; oposição, boicote
Foram vitais para essa retomada do crescimento a redução em 5% dos juros oficiais; a sustentação do crédito via liberação pelo governo de reservas cambiais e dos compulsórios; e o papel corajoso dos bancos públicos.
Ao mesmo tempo em que tudo isso se confirma com esses novos números e percentuais divulgados pelo IBGE, julgo de fundamental importância não se esquecer nunca o comportamento da oposição na crise quando, apoiada pela imprensa, ela boicotou todas as medidas do governo e estimulou o pânico.
É dever de consciência de cada um de nós lembrar a ação irresponsável da oposição ao extinguir a CPMF e obstruir a reforma tributária. O mesmo, aliás, que faz agora, simplesmente querendo a manutenção do atual marco regulatório do petróleo, ou obstruindo o novo, do pré-sal, a pretexto de que necessita de mais tempo para discutí-lo.
A continuidade da política de distribuição de renda, seja via salário mínimo e benefícios previdenciários, seja via programas sociais, ao lado da manutenção dos investimentos públicos e da redução do serviço da divida interna (através da diminuição da taxa Selic em 5%), foram as bases para o crescimento do consumo e do mercado interno.
Iniciativas dessa ordem tomadas pelo governo, além das medidas tributárias (desonerações e outras no campo fiscal) simplesmente evitaram o pior no auge da crise.
Vida
Império bonzinho
TRIBUTO
Permita a palavra, querido filho, irmão, esposo, tio, primo, cunhado, amigo,e companheiro, se é que tu ainda nos escutas o íntimo, já que só o íntimo é capaz de traduzir a melancolia e a tristeza diante da fatalidade, esse estranho poder que vive a nos contrariar.
Deus abençoe a sua família.
Na certeza de que “a memória acende a luz que a morte apaga”, nós não o esqueceremos jamais.
Ter ou Ser
Vivemos num mundo onde o Ter não tem limite e o Ser é ignorado, onde a sociedade agoniza vítima do parasita que produz o vírus emergente e o soldado que cozinha e come o coração do inimigo. Onde a educação é obstáculo à inteligência e à liberdade, que planta a árvore para ocultar o bosque. É a lógica imbecilizante que torna a humanidade descartável. Nem felicidade nem virtude, sucesso. De que vale a beleza do universo para o cego? E a música para o surdo? Por que nada é permanente? Ser e divindade serão apenas uma questão de semântica? Impossível e nunca são palavras que jamais devem ser utilizadas, pois a natureza humana não suporta limites. Apenas o nascimento pode conquistar a morte e a morte é a ruptura do tempo. Nenhuma coisa pode ser vista se você não souber como vê-la. A vida é a lâmpada que contém a luz ou a luz de que a lâmpada é o veículo? Mas o hábito anula a vida. A verdade está no relâmpago.Você pode atingir o eterno e superar o tempo. A escolha é sua. Imortal, a humanidade jamais terá fim, pois a natureza precisa do homem para existir. Medo e ódio não permitem pensar no amanhã.
E o muro a todos observa impassível.
PIB cresce 1,9%
Cabides
Marco Antonio Leite
Conforme é de conhecimento geral, a tal da PEC dos Vereadores foi aprovada pelo Congresso.
Resultará na criação de algo como 7.300 a 7.700 novos vereadores em uma porção de Câmaras Municipais.
Uma pergunta que se impôs desde o início dessa discussão é a seguinte: há necessidade desses novos vereadores?
A resposta dos políticos sempre foi burocrática. A composição das Câmaras se descolou dos respectivos contingentes eleitorais, no passado houve redução pelo Supremo Tribunal Federal da quantidade de vereadores etc.
Contudo, nenhum dos promotores dessa Proposta de Emenda à Constituição conseguiu responder a uma pergunta singela: há demanda do eleitor dessas cidades por mais vereadores?
É claro que não há. Ao contrário. Dada a inoperância das Câmaras, sempre compradas pelos prefeitos por meio do mecanismo perverso do loteamento da administração em troca de apoio político, o público brasileiro considera o Legislativo inútil, dispendioso e invadido por aventureiros.
Como não há motivação fundada nos interesses dos eleitores para a medida, a causa para o agito que animou os partidos políticos deve ser buscada em outro lugar.
Esse lugar é o seguinte — cada um dos novos vereadores que assumirão seus lustrosos mandatos imediatamente nomeará “assessores”. Chutando-se uma média de cinco “assessores” por vereador, isso dá algo entre 35 mil e 40 mil novos cabides onde dependurar pessoas pagas com nosso dinheiro e que servirão aos interesses dos partidos e dos políticos. Esses “assessores” nada mais são do que cabos eleitorais.
A aproximação das eleições de 2010 fornece um estímulo adicional à concupiscência dos políticos.
A PEC dos Vereadores prevê uma redução dos orçamentos das Câmaras Municipais, o que é uma boa.
Como é que as Câmaras farão para acomodar mais vereadores com menos orçamento?
Em qualquer esfera da vida, olha-se o orçamento futuro, examinam-se as despesas atuais e se define o que será cortado.
Os vereadores terão de fazer isso. Mas onde cortarão?
O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, a qual receberá mais três edis, exprimiu (inadvertidamente, decerto) para onde se dirigirá o corte. Disse ele que, como cada vereador terá de ter um gabinete e mais seus assessores, os cortes terão de incidir sobre “outras” atividades.
Não lhe ocorreu que a forma mais óbvia de adaptar-se a uma redução orçamentária seria demitir “assessores”.
Vade retro gritará em coro a virtual totalidade dos vereadores, deputados estaduais e federais e senadores. Cortar “assessores”, nem mortos.
É isso aí.
A PEC dos Vereadores serve a eles, não a nós.