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1º tijolaço de 2023


 O novo é o Povo de novo

  Dia 1º, nem precisava ser de janeiro, pleonasmo de começo que a gente nem sabe de quê, porque, mas sente.

Os analistas, especialistas, economistas, cientistas da política, economia e demais istas, todos eles tem razões muito objetivas para suas reservas e pessimismos, mas lhes - para maioria absoluta deles - falta a percepção do que é étereo e ao mesmo tempo real na vida humana, sentimentos que nos moldam, nos movem, aceleram ou freiam.

A vida é feita muito mais disto do que de objetividades, embora elas sejam indispensáveis ferramentas de materialização dos sonhos, como cinzel e talha são para quem esculpe.

Não é, portanto, só um novo presidente que assume a condução da República neste dia, nem mesmo um presidente que traz a saga de um martírio e do milagre em sua trajetória.

Somos nós que reacendemos esperanças depois de anos de treva, que retomamos o amor à civilização, após do horror da barbárie e que queremos reaprender a fé, depois dos tempos de ódio.

Talvez isto esteja além da compreensão da idiotia da objetividade, expressão genial de Nélson Rodrigues, daqueles tantos istas que mencionei. Talvez até em algo o percebam, mas não sejam capazes de dimensioná-lo.

Nada, é claro, é garantido, nada é seguro e fácil.

Mas viemos até aqui e reabrimos o ciclo da esperança, mais sábios do que antes e menos pretensiosos, como só o tempo nos sabe fazer.

A vida já nos deu muito e, por isso, deixou-nos a lembrança de que o impossível é vizinho de porta do necessário.

Nesta Brasília onde todos sempre nos sentimos pequenos, um dia grande se avizinha, o dia em que vamos rever a face da esperança, que andou eclipsada pelo medo.

É dia 1°, é janeiro, é começo, recomeço de um caminho que não vai parar nunca enquanto o Brasil não for o grande, justo e feliz país que tem tudo para ser.

por Fernando Brito

Uma carta a Brizola, por Fernando Brito


Caro Governador,

Só daqui a um tempo, que nem eu tenho como precisar, poderei entregar pessoalmente esta pequena carta.

Como fizemos ao longo de anos, certamente vamos revisar o texto, disputando e remendando algumas palavras, como fizemos durante duas décadas de Tijolaços, por horas seguidas. Mas, como naquela época, espero estar interpretando corretamente seus pensamentos, embora sem a mesma agudeza.

Governador, embora o senhor nos faça muita falta, prefiro que o senhor não esteja mais por aqui.

Porque é muito triste ver o que fizeram ao nosso país. Fome, desamparo, pobreza e miséria por toda a parte, violência política assustadora e muitas regressões ao passado em tudo, até na vacina da pólio, algo monstruoso para nossas crianças.

Fico pensando quantas vezes usaríamos palavras de seu vocabulário incomum: energúmenos e paquidermes iam-lhe sair às dezenas, com seu sotaque inconfundível, para referir-se aos toscos e insensíveis que estão na nata deste país.

Aos 100 anos de vida, até para o senhor, acostumado às lutas mais brutas, seria dose para elefante encarar o que vivemos hoje. Para nós, ao menos, é.

Porque chegamos à fase conclusiva de nossas vidas tendo que, como fazemos hoje, nos apresentar ao combate, em lugar de estarmos numa noite de confraternização de velhos companheiros. Ou não, porque talvez seja exatamente isso que nos torna irmãos: a luta, da qual jamais desertamos.

Não preciso explicar o que se passa – aí de cima o senhor deve estar vendo até mais com mais clareza – e nem ficar falando em ideologia: lembro de sua frase dizendo que ela era indispensável como bússola quando a realidade era nebulosa, mas que quando a visão era limpa e clara, era nos olhos e nas referências sociais que deveríamos confiar.

Está tudo claro, comandante. O povão, como naqueles tempos de suas gloriosas campanhas ao governo do Rio, já escolheu quem será o seu instrumento e ninguém lhe comprou a consciência com um prato de lentilhas – e olhe que a fome é grande.

Escolheu Lula, se não por tantas outras razões, por aquela que, em 89, nos deu o invencível Darcy Ribeiro: a de que da boca do líder metalúrgico,”não ouviremos mais falar do tolo orgulho de sermos a segunda economia agrícola do mundo, produzindo soja para engordar porcos no Japão, mas indiferente à fome do povo”.

Há gente pequena, que se confunde e não segue o chamado que o povo brasileiro nos faz. Gente pretensiosa, que se crê dona da verdade e despreza o processo social que nos deveria conduzir. Gente que prefere ficar à margem e, pior, vociferando contra a escolha popular, esquecendo daquilo que o senhor sempre nos dizia: confiem na sabedoria e na memória popular.

É claro que não esquecemos das rusgas e conflitos que tivemos com Lula. Mas também lembramos, como se fosse hoje, do momento em que, com tudo isso, o senhor lambeu as feridas da derrota de 89 e não deixou que se desviasse dele um voto sequer dos milhões que vieram do Rio, do Rio Grande, e de onde mais houvesse um brizolista.

Diferenças havia, e não somos, o senhor dizia, todos cordeirinhos brancos e apascentados.

Não! Somos lenha boa, daquela que sai faísca. A fidelidade ao povo brasileiro e ao fio da História, que nunca se desamarrou de nossas vidas, nos traz aqui hoje e nos trará sempre, enquanto vivermos num país não for a pátria da educação, da justiça, da liberdade, pátria de tudo o quanto representam as lutas sociais do povo brasileiro.

Não usurpo, Governador, as suas decisões, ainda mais quando não podem mais ser tomadas neste plano onde ainda estou. Por isso não digo o que o senhor faria. Mas, depois de tantos anos, sei bem de que lado estaria Brizola, o homem que me ensinou que nós somos apenas aprendizes do socialismo, cujo mestre era o próprio povo.

O senhor nos tocou reunir, chefe, e estamos aqui. Não questionamos as decisões do PDT hoje tão pequenino e esmaecido. Como naquela triste descrição de Drummond fez do esbulho da sigla histórica do trabalhismo, nós também não podemos fazer nada mais com as três letras, que a gente tanto amava e que hoje, como doem.

Mas devemos fazer por seu nome o que o senhor fez pelo trabalhismo: não permitir que essa ideia se perca no oportunismo eleitoral e num insano egoísmo pessoal. Não será posto, como nunca o fizeram, a confrontar-se com o povo brasileiro. Muito menos pela mão de quem foi, enquanto o senhor andava por estas plagas, um aliado eventual, mas não seu companheiro de partido, como fomos todos nós.

Nós estamos aqui, governador, para dizer que não será em seu nome ou em nome do brizolismo que se dividirá o povo brasileiro, que se arriscarão as liberdades e a democracia dará uma sobrevida política a este paquiderme energúmeno, que diz “e daí?” para a morte de nossos irmãos.

Não em seu nome, Brizola, não em nosso nome, que é o seu.

Brizola sempre, Lula já.

por Fernando Brito - Tijolaço
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Brizola sempre, Lula já


Uma carta a Brizola

Hoje, ás seis horas da noite, no SENGE [Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro], velhos companheiros e apoiadores de Leonel Brizola vão se reunir para assumir e afirmar a decisão de apoiar, já no primeiro turno, a candidatura do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva à presidência. Por causa disso e pelas razões que o próprio texto dirá, resolvi escrever uma carta, que infelizmente não será entregue em mãos do destinatário, àquele que no final de contas é quem nos une e reúne e reunirá nesta tomada de decisão, o próprio Leonel de Moura Brizola.

  Caro Governador,

Só daqui a um tempo, que nem eu tenho como precisar, poderei entregar pessoalmente esta pequena carta.

Como fizemos ao longo de anos, certamente vamos revisar o texto, disputando e remendando algumas palavras, como fizemos durante duas décadas de Tijolaços, por horas seguidas. Mas, como naquela época, espero estar interpretando corretamente seus pensamentos, embora sem a mesma agudeza.

Governador, embora o senhor nos faça muita falta, prefiro que o senhor não esteja mais por aqui.

Porque é muito triste ver o que fizeram ao nosso país. Fome, desamparo, pobreza e miséria por toda a parte, violência política assustadora e muitas regressões ao passado em tudo, até na vacina da pólio, algo monstruoso para nossas crianças.

Fico pensando quantas vezes usaríamos palavras de seu vocabulário incomum: energúmenos e paquidermes iam-lhe sair às dezenas, com seu sotaque inconfundível, para referir-se aos toscos e insensíveis que estão na nata deste país.

Aos 100 anos de vida, até para o senhor, acostumado às lutas mais brutas, seria dose para elefante encarar o que vivemos hoje. Para nós, ao menos, é.

Porque chegamos à fase conclusiva de nossas vidas tendo que, como fazemos hoje, nos apresentar ao combate, em lugar de estarmos numa noite de confraternização de velhos companheiros. Ou não, porque talvez seja exatamente isso que nos torna irmãos: a luta, da qual jamais desertamos.

Não preciso explicar o que se passa – aí de cima o senhor deve estar vendo até mais com mais clareza – e nem ficar falando em ideologia: lembro de sua frase dizendo que ela era indispensável como bússola quando a realidade era nebulosa, mas que quando a visão era limpa e clara, era nos olhos e nas referências sociais que deveríamos confiar.

Está tudo claro, comandante. O povão, como naqueles tempos de suas gloriosas campanhas ao governo do Rio, já escolheu quem será o seu instrumento e ninguém lhe comprou a consciência com um prato de lentilhas – e olhe que a fome é grande.

Escolheu Lula, se não por tantas outras razões, por aquela que, em 89, nos deu o invencível Darcy Ribeiro: a de que da boca do líder metalúrgico,”não ouviremos mais falar do tolo orgulho de sermos a segunda economia agrícola do mundo, produzindo soja para engordar porcos no Japão, mas indiferente à fome do povo”.

Há gente pequena, que se confunde e não segue o chamado que o povo brasileiro nos faz. Gente pretensiosa, que se crê dona da verdade e despreza o processo social que nos deveria conduzir. Gente que prefere ficar à margem e, pior, vociferando contra a escolha popular, esquecendo daquilo que o senhor sempre nos dizia: confiem na sabedoria e na memória popular.

É claro que não esquecemos das rusgas e conflitos que tivemos com Lula. Mas também lembramos, como se fosse hoje, do momento em que, com tudo isso, o senhor lambeu as feridas da derrota de 89 e não deixou que se desviasse dele um voto sequer dos milhões que vieram do Rio, do Rio Grande, e de onde mais houvesse um brizolista.

Diferenças havia, e não somos, o senhor dizia, todos cordeirinhos brancos e apascentados.

Não! Somos lenha boa, daquela que sai faísca. A fidelidade ao povo brasileiro e ao fio da História, que nunca se desamarrou de nossas vidas, nos traz aqui hoje e nos trará sempre, enquanto vivermos num país não for a pátria da educação, da justiça, da liberdade, pátria de tudo o quanto representam as lutas sociais do povo brasileiro.

Não usurpo, Governador, as suas decisões, ainda mais quando não podem mais ser tomadas neste plano onde ainda estou. Por isso não digo o que o senhor faria. Mas, depois de tantos anos, sei bem de que lado estaria Brizola, o homem que me ensinou que nós somos apenas aprendizes do socialismo, cujo mestre era o próprio povo.

O senhor nos tocou reunir, chefe, e estamos aqui. Não questionamos as decisões do PDT hoje tão pequenino e esmaecido. Como naquela triste descrição de Drummond fez do esbulho da sigla histórica do trabalhismo, nós também não podemos fazer nada mais com as três letras, que a gente tanto amava e que hoje, como doem.

Mas devemos fazer por seu nome o que o senhor fez pelo trabalhismo: não permitir que essa ideia se perca no oportunismo eleitoral e num insano egoísmo pessoal. Não será posto, como nunca o fizeram, a confrontar-se com o povo brasileiro. Muito menos pela mão de quem foi, enquanto o senhor andava por estas plagas, um aliado eventual, mas não seu companheiro de partido, como fomos todos nós.

Nós estamos aqui, governador, para dizer que não será em seu nome ou em nome do brizolismo que se dividirá o povo brasileiro, que se arriscarão as liberdades e a democracia dará uma sobrevida política a este paquiderme energúmeno, que diz “e daí?” para a morte de nossos irmãos.

Não em seu nome, Brizola, não em nosso nome, que é o seu.

Brizola sempre, Lula já.

por Fernando Brito - Tijolaço
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Tijolaço do dia, por Fernando Brito

Contra tudo, é o povão quem está derrotando Bolsonaro

Nunca um candidato teve tanto para vencer eleições quanto Jair Bolsonaro.

Tem um núcleo ativo e aguerrido de apoiadores, tem uma enorme quantidade de parlamentares alinhados à sua candidatura – ao menos formalmente – e a capilaridade que precisa para atingir os “rincões e grotões” que tanto despreza, tem a proteção de um Ministério Público e um Judiciário que engavetam ou freiam a apuração de todas as situações de abuso ou desvio que praticou, tem dinheiro a rodo do Fundo Partidário, tempo de televisão e, além do mais, tem acolhida numa “elite” que, sem qualquer dificuldade, aceita ter um energúmeno tosco como presidente do país.

Sobretudo, tem o candidato que pode dispor, em favor de sua candidatura, de dezenas de bilhões de reais do dinheiro público para influir no voto popular, numa escandalosa tentativa de trocar o voto por pratos de comida para um povo acicatado pela fome.

Apesar disso, porém, é o povão quem, na sua lucidez instintiva, quem está fazendo Jair Bolsonaro para uma derrota inapelável, que as pesquisas desenham.

Os 47% de Lula não contam toda a história.

Porque ele tem 58% entre quem possui apenas o ensino fundamental, 55% dos que recebem o auxílio-emergencial pago pelo governo Bolsonaro, 58% dos que ganham até 1 salário mínimo, 52% entre os pretos e pardos, 63% entre os sofridos nordestinos.

Em todos estes grupos, Bolsonaro tem menos de 30%, em geral bem menos que isso.

Todos são dados da pesquisa Ipec de ontem, e podem ser conferidos aqui.

Que vergonha e que denúncia da pequenez da elite brasileira e para os que, mesmo sem pertencer a ela, a seguem, cegamente.

Até mesmo para muitos de nós, jornalistas, que achamos eleições algo que se resolve com quinquilharias e marquetagens e ficamos numa crítica – justa, mas insuficiente – que não enxerga que o mal de Bolsonaro não é o de pretender um Brasil sem seu povão, justamente aquilo que Lula, com todos os erros e limitações – em muitos anos lhe deu.

Sim, isso é o que o Brasil precisa: a esperança e a fome de direitos para seu povo, primeiro passo para qualquer projeto nacional de desenvolvimento, que não é um livrinho que irá suprir.

É isto o que está tendo o poder capaz de reverter todas as vantagens “convencionais” de Bolsonaro.

Poucos entendem que não temos de conduzir o povão, mas deixar que ele nos aponte o caminho.

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O artigo do dia, por Paulo Nogueira Batista Jr


O declinio do Ocidente

Proponho, querido e paciente leitor, que conversemos hoje sobre um tema vasto e complexo que adquiriu urgência nos anos recentes, em especial em 2022. Refiro-me, como indica o título deste artigo, ao declínio do Ocidente. Trata-se de uma questão intrincada, que mobiliza afetos, preconceitos, interesses. E é por isso mesmo que ela se mostra fascinante.

O leitor, como eu, certamente gosta de desafios e não quer se restringir a assuntos batidos, onde reina certo consenso. Vamos em frente então.

Primeira pergunta: é fato ou mito essa decadência ocidental? Note-se que ela já foi proclamada muitas vezes. O assunto não deixa de ser batido, portanto. A própria expressão “declínio do Ocidente” foi tema e título de um livro de Oswald Spengler, publicado há pouco mais de cem anos, em 1918.

O século 20 não confirmou a previsão de

Tijolaço do dia, por Fernando Brito


O (pseudo) valentão da rua urra "vem cá, se tu é macho"
  
Faltou a camisa escandalosamente estampada, aberta até o terceiro botão para exibir o cordão dourado. Assim seria mais fácil entender o comportamento de valentão de porta de botequim do sujeito que conspurca a presidência da República desafiando a Justiça Eleitoral.

“Vai cassar meu registro? Duvido que tenha coragem de cassar meu registro. Não estou desafiando ninguém, mas duvido que tenha coragem de cassar”.

Bolsonaro, é claro, sentiu-se atingido pela declaração de Alexandre de Moraes de que candidatos que usassem fake news no processo eleitoral deste ano teriam seu registro cassado. Como não mencionou e nem sequer indicou que este poderia ser o caso do atual presidente, mas disse que isso seria feito independente do cargo que estivesse em disputa, a carapuça serviu so ex-capitão.

A parte mais difícil neste processo é não deixar o sangue ferver e recusar a discussão com o desclassificado que tenta transformar – talvez literalmente – o processo eleitoral em brica de rua.

Todo mundo já viu uma e como é a cabeça dos que, como ele, soltam aqueles “vem cá se tu é homem” para forçar uma resposta de quem interessa fazer ter a iniciativa da agressão.

E, neste caso, achando que tem a proteção de capangas, situação à qual acha que pode levar as Forças Armadas.

É preciso ter o sangue frio e não se abalar e aceitar a provocação.

A cassação de Bolsonaro é a sua derrota eleitoral acachapante.

Até o dia 2 de janeiro, Jair Bolsonaro está blindado de qualquer consequência jurídica, porque tem um capanga como o único legitimado a iniciar uma ação que o responsabilize.

Ele está ficando sem plateia e sua fúria vai se transformando em algo patético.

A vitória em primeiro turno de Lula, cada vez mais se impõe como uma prevenção a tentativas de golpe.

Porque o Brasil não é um botequim.

Fernando Brito

xxx
Deplorável a falta de compostura e comportamento desse verme que ocupa o cargo de presidente da República do Brasil. Esse amoral não tem moral sequer para administrar um mosqueiro no cafundó de Judas. Imundo!
Lula presidente>>> 
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Destaques da manhã

  • General Heleno libera exploração de garimpo em terras intocadas da Amazônia...Leia mais>>>
  • Negociação entre PT e PSB avança...Leia mais>>>
  • O espírito de Natal que a famiglia Bolsonaro deseja ter aqui no Brasil...Leia mais>>>
Objetivos 2022: 1º Eleger Lula. 2º ganhar 200 dólares/mês com anúncios do AdSense

* Moro espera que o verme se desmanche

À medida em que Jair Bolsonaro mingua eleitoralmente, os jornais e sites de notícias vão pipocando notícias de uma possível volta de Sergio Moro à disputa presidencial.

Impossível não é, dada a atração do ex-juiz pelos holofotes e pela condição de herói nacional, mas porque Bolsonaro, embora mais frágil, continua tendo o “controle acionário” do campo da direita, o que o deixam limitado a ficar com algumas “sobras” deste eleitorado.

Moro não foi incluído na última pesquisa Datafolha, mas nos resultados anteriores, ficava embolado com Ciro Gomes, abaixo de 10% e, quando era simulado um segundo turno entre ele e o favorito Lula, o desempenho era quase igual ao de Jair Bolsonaro, com 20 pontos de desvantagem.

Ou seja, Moro apenas herda os votos do atual presidente, nada mais. E o pior, apresenta índices de rejeição na faixa dos 60%.

Portanto, acima de qualquer articulação política – que tem seu centro no Podemos, o partido moro-bolsonarista da Álvaro Dias -, a história de Moro candidato depende de um improvável impeachment de Bolsonaro ou de uma situação política de total desagregação dele e de suas falanges.

Moro alterna momentos de busca de palco e outros de mutismo total, sempre nutrindo a esperança de que possa vir a ser a “grande esperança branca” da direita no caso de um desabamento total de Sergio Moro.

Parece que inutilmente: o Frankenstein que criou é vaso ruim, difícil de quebrar.

Mais fácil Moro estar lascado.

* O título desta é apenas uma reestruturação da postagem do jornalista Fernando Brito - Tijolaço o mais é dele. Com prazer concordo e compartilho. 

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Cirion


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Ciro, o coqueiro-anão, verga-se aos ventos e vira minion
A volta de Ciro Gomes à política que ele abandonou no período decisivo para o país causa tristeza e constrangimento.
O povo brasileiro, derrotado por uma avalanche de histeria criada pela mídia e pela justiça, ameaçado por um governante que a todos inspira medo do autoritarismo, da perseguição política, do obscurantismo das ideias, não merecia ver uma de suas referências políticas reduzir-se ao comportamento de garoto birrento e mimado.
Ciro pode ter todas as divergências do mundo com o PT. É legítimo. Mas o que está fazendo com declarações estúpidas e grosseiras – como gritar, histericamente, que “Lula está preso, babaca”.
Houve e há muita gente presa sem que isso represente vergonha. A história da humanidade está mais cheia de heróis presos, talvez, do que reverenciados pelo poder.
Ciro oscila entre a mesquinhez e a burrice. Mas sempre dentro da sua pequenez, como quem não consegue entender a política como um processo social, muito mais que pessoal.
Ou como a austeridade não se confunde com moralismo barato.
Convivi, por mais de 20 anos, com um homem de práticas austeras como jamais vi na política e que nunca desceu a este udenismo de ocasião.
Ciro diz que o admira mas não tem o sentido da história e, por isso, jamais consegue pensar em ponto grande.
Infelizmente, isso não é tudo o que se pode dizer de suas atitudes.
Bater nos indefesos e perseguidos é coisa de gente mesquinha e deformada.
Comemorar, mesmo que indiretamente, a prisão e a nova condenação de um homem de 73 anos, virtualmente atirado a terminar seus dias numa cela, ainda mais quando este homem foi seu parceiro, seu chefe e que era – ou ao menos pensava ser- seu amigo,  é algo que não merece palavra menor que sórdido.
Não à toa veio pretender liderar o PDT após a morte de Brizola, não antes.
Tal como Cristovam Buarque tentou fazer, para tornar-se, hoje, uma figura melancólica.
Nenhum dos dois estava disposto a resistir à Síndrome de Estocolmo e sestrosos, apaixonarem-se pelos que nos sequestram a mente.
Ciro Gomes é também um homem condenado ao limbo da microscopia. Jamais será aceito pela direita, avança a passos para ser desprezado pela esquerda.
Mas o que é fatal é mesmo sua capacidade adquirida de ser entre as palmeiras que se vergam ao vento dominante, um coqueiro-anão.
Fernando Brito - Tijolaço
Vida que segue...


Lula e o Brasil da esperança que vai morrendo


Há menos de dez anos, discutíamos o progresso, os avanços do país, jovens pobres e negros ingressando na Universidade, pobreza minguante; até uma marca de uísque fantasiava um gigante de pedra erguendo-se, uma revista estrangeira dava jatos ao Cristo Redentor, rumo ao céu.
Hoje, falamos de mais armas, mais cadeias, de menos  direitos, de aposentadorias e pensões menores que o mínimo, de trabalhar até morrer e de deixar para os filhos um trabalho quase escravos.
Muitos, cujo ódio lhes habita a alma, banidos dela qualquer sonho ou compaixão, festejam os tempos de moralidade, onde a corrupção não mais assaltaria os dinheiros públicos, permitindo as escolas, estradas e hospitais “padrão Fifa”, tão inexistentes quanto o tal “padrão”, que só encobre negócios milionários dos flamantes picaretas que dirigem o futebol-marketing.
É terrivelmente verdadeira a questão que Laura Carvalho coloca em seu artigo, hoje, na Folha:
Independentemente do peso atribuído às múltiplas causas da crise – entre erros de governos e choques externos e internos -, fica uma sugestão para as agências de checagem: quanto representa o custo total para os cofres públicos atribuído a atos de corrupção nas investigações em curso em relação ao déficit público ou à queda no PIB de 2015-2016?
Assim como os ataques a imigrantes, vendidos como “ladrões de emprego” nos EUA e na Europa, a “roubalheira do PT” como causa da crise é apenas uma simplificação sórdida forjada para alimentar uma parte da população sedenta por identificar o grupo de culpados a ser combatido. 
A esta altura, a humanidade já deveria ter aprendido que uma mentira, por ser repetida mil vezes, não se torna verdade.
Não, Laura, isso não foi e nem será aprendido nestes tempos em que a principal atividade da mídia – pior, do pensamento único refeito da economia para o comportamento – é a de escolher culpados universais e salvadores que não salvam.
O que “atrapalha” o Brasil passou a ser tudo aquilo que produziu nosso parco desenvolvimento: o Estado, os direitos sociais, um mínimo de inclusão dos miseráveis, as liberdades públicas e as garantias individuais, a Universidade, os resquícios de uma pretensão a nos firmarmos como Nação.
Na “pauta de costumes”  – só de haver um troço destes já causa calafrios – quer-se o direito de carregar um trabuco no porta-luvas, definir a cor das roupas de “príncipes e princesas” que viverão no Reino da Selva e expulsar os “marxistas globalistas” que devem estar escondidos sob as carteiras escolares, ensinando que a terra é redonda e promovendo o turismo bestialógico.
Não há simbolo mais completo desta autofágica regressão do que o único que, nas últimas décadas, foi capaz de encarnar um Brasil tão grande como é esteja numa minúscula cela em Curitiba, só maior do que as idéias miúdas dos que vêem nisso uma “grande conquista” nacional.
O gigante deve voltar a ser pedra, muda, parada, inerte e, princialmente, mantido fora das vistas, para que não seja um monumento assustador na planície da mediocridade.
Trocamos sonhos por pesadelos, talvez por, de nosso modo, acharmos que desejos bastam para fazer realidades.
por Fernando Brito - Tijolaço
Vida que segue...



Crônica do dia


Mateus, Drummond e o leiteiro que morreu
Mateus  Batista Rodrigues, de Goiânia, subiu ao telhado com a agilidade de seus 22 anos, para instalar um aparelho de ar condicionado, destes de “unidade externa”, na casa de uma senhora, que, caprichosa, na certa não queria o monstrengo na fachada.
Como o moço de Drummond, que era  leiteiro, acordava bem cedinho para distribuir leite bom para gente ruim, Mateus levava ar fresco para gente de cabeça quente, como há tanta neste país.
Tinha um ano apenas a mais que o leiteiro do poeta, moço morador na Rua Namur, empregado no entreposto, com 21 anos de idade, e decerto não sabia bem quanto bem faria,  pondo talvez amores onde antes haveria suores e maus humores.
Também não sabia, como o leiteiro, que havia um vizinho assustado, daqueles que, diz o mestre,  logo faz saltar da gaveta para a mão o revólver, porque ladrão se pega com tiro.
Ainda mais, porque era guarda, e guarda sempre ele tinha razão.
E Mateus, do mesmo jeito, estatelou-se no chão. Em lugar do leite e sangue com que Drummond fez a cor da aurora, talvez os canos de cobre que emendava tenham cintilado como o sol que seus olhos viram sumir, devagar, num reverso de amanhecer.
Deu mais sorte o goiano que o mineiro, está brigando num hospital para, de pulmão perfurado, respirar por sua, quem sabe, longa vida, porque a dona do telhado impediu o segundo tiro.
O vizinho assustadiço, no poema de Drummond, foge pra rua: “Meu Deus, matei um inocente./Bala que mata gatuno/também serve pra furtar/a vida de nosso irmão.”
Este outro vizinho também fugiu, mas talvez sem doer-lhe sequer a consciência: “Quem manda andar lá por cima/onde só os gatos vão/Menino apanhando pipa/é aprendiz de ladrão.”
E acabou a poesia, porque o seu juiz mandou: susto, medo, emoção ou surpresa perdoam o furo em Mateus, que não mais galgará telhados para trazer o ar fresco, tão bom quanto o leite fresquinho do leiteiro.
Fernando Brito - Tijolaço
Vida que segue...



Degeneração institucional

- A monarquia degenera em tirania, a aristocracia em oligarquia e a democracia em anarquia", Políbio  
***
Juiz do Paraná ignora STF e mantem censura a Marcelo Auler por Lava jato, por Fernando Brito
Tijolaço - No dia 5 de junho, a 1ª  Turma do Supremo Tribunal Federal  cassou decisão liminar do 8° Juizado Especial Cível de Curitiba (PR) que havia determinado a retirada de matérias do blog de Marcelo Auler, onde a delegada Érika Marena era apontada, em depoimento formal, por outro policial federal como “estrategista dos vazamentos” da Lava Jato e ainda por uma tentativa de punição administrativa ao ex-Ministro e Procurador da República Eugênio Aragão.
A informação está pública na página oficial do STF.
Só que o juiz do caso, mesmo informado da decisão do STF, lixou-se para ela e disse que “temos de manter isso” e deu uma sentença reafirmando a decisão de censurar o blog e ainda impondo uma indenização de R$ 10 mil reais a Auler, homologando a sugestão de uma “juíza leiga” que, ao que parece, detêm mais conhecimento jurídico que três ministros do Supremo.
Auler, claro, está recorrendo. Mas é curioso ver como, no Paraná, a Justiça – para usar o linguajar dos gaúchos – toma o freio nos dentes e manda às favas as decisões superiores que lhe contrariam.
Leia a história, com detalhes e documentos, no Blog do Marcelo Auler, que está enfrentando o poder desta gente sem recursos, mas com a lei, a dignidade pessoal e profissional que tem  e a ajuda dos que, como ele, não se intimidam.

Tijolada da hora

Para os pobres, corte à vista; para os ricos, calote à prazo

Os senhores e senhoras parlamentares, por imensa maioria, votaram esta semana o corte nos gastos sociais (Educação, Saúde, Segurança, Habitação, etc). Pau nos pobres e desvalidos do país.

Mas, para os que tem $$$$$$$$$...

Dá hoje o Estadão:
A Câmara dos Deputados quer acelerar o projeto que permite a abertura de um novo Refis, programa de parcelamento e abatimento de dívidas de impostos de empresas. Parlamentares querem estender por 20 anos o prazo de pagamento dos débitos.A criação do novo Refis foi incluída no projeto que regulamenta a venda de créditos da dívida ativa da União, Estados e municípios. Líderes dos partidos na Câmara assinaram requerimento de pedido de urgência para a votação das duas propostas.
Bem, você poderia argumentar que a coisa não está boa para ninguém e até é importante que, mesmo pela enésima vez, as empresas tenham a chance de se acertarem com o Fisco, em parcelas, em lugar de deixar este dinheiro “pendurado” anos a fio em disputas judiciais.
Sim, seria razoável se isso pudesse ser feito até um teto “X”, que não aliviasse com dívidas bilionárias de bancos e conglomerados empresariais que podem paga-las.
Mas tem alguns “pulos do gato” escondidos aí.
O primeiro é a venda das dívidas já explicado aqui, uma vez.
É assim: a dívida é 100 e o governo a leiloa no mercado e obtém, digamos 50. O novo credor vai em cima do devedor e aceita 70 pelos 100. Ganha 20 e o devedor ganha 30. Para fechar a equação, quem perdeu 50?
O outro é que, segundo o projeto que está sendo maquinado, as dívidas seriam corrigidas pela inflação, em lugar de serem, como agora, pela taxa Selic.
Então, o devedor aplica o que deveria pagar e não paga a juros de mercado e paga com correção de inflação, que é bem menor.
E é essa turma que fala em austeridade com o dinheiro público, preste atenção…
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Mais laranjas na pista do avião fantasma, por Fernando Brito no Tijolaço

A casinha aí de cima, a de número 32 da pobre Rua Santelmo, no bairro pobre de Tiuma, em Santo Lourenço da Mata, periferia do Recife, é a sede da “poderosa” Lopes e Galvão, empresa que está sendo apontada pelo PSB como mantenedora, ao custo de R$ 50 mil mensais, dos custos de operação do Cessna usado por Eduardo Campos e Marina Silva na campanha eleitoral.
Ótima apuração da repórter Marcela Balbino – com a colaboração de Thiago Herdy e Antonio Werneck - mostra a conversa e as risadas do casal Genivaldo e Luciene Lindalva, proprietários da empresa, ao saber que pagavam as despesas de vôo do moderno jatinho.
Está gravado, incontestável.
E a filha do casal, Sylney, resume o despropósito.
— Você acha que, se tivéssemos esse dinheiro todo, eu moraria aqui em Tiúma? Longe de tudo, nessa rua… — afirmou, mencionando o bairro onde mora com a família, na periferia de São Lourenço da Mata.
Mais curioso ainda: depois de descoberto pela reportagem, e após ouvir o PSB sobre o assunto, Genivaldo disse que só fala por meio de um advogado.
O mesmo que atende a família de Eduardo Campos, o criminalista Ademar Rigueira.
Por quê?
O advogado explicou que é muito conhecido, e que Genival pode ter lido o nome dele no jornal, e procurado por seu escritório.
Realmente, Genivaldo e Lindalva, este casal com dinheiro para pagar despesas de um jatinho, agora vai se consultar espontaneamente com um dos advogados mais caros de Recife, e que, por coincidência, serve à família Campos no caso.
Está ficando claro de quem era o avião ou é preciso mais um laranjal aparecer?


Fernando Brito - Como O Globo pode ajudar a manter o Tijolaço

Soube que o jornal O Globo está procurando uma associação entre este blog e publicidade oficial ou financiamento por algum órgão público, empresa ou político.
Então, vou facilitar a vida do coleguinha (ou da coleguinha) escalada para fazer o “servicinho”.
O Tijolaço  sempre foi registrado em meu nome.
Já tentei fazer algumas parcerias para editá-lo, infelizmente, mal-sucedidas.
Ele é uma microempresa – Blog Tijolaço Comunicação Ltda ME , CNPJ 19.438.674/0001-09 – que recebe e paga exclusivamente através da conta corrente 50629-X, agência 1578-4, do Banco do Brasil.
Dela, somos sócios eu e Miguel do Rosário. Apenas, ninguém mais.
Antes, chegou a ser registrado outro Tijolaço, mas a parceria não se consolidou e nem sequer chegou a haver abertura de conta ou pagamento de qualquer espécie.
Disponho aqui, e usarei, do extrato bancário da conta que foi, finalmente, aberta em fevereiro, depois de muita burocracia, onde se verá que as únicas entradas de dinheiro em nossa conta são provenientes de depósitos modestos de nossos leitores (à exceção de dois, de pessoas que tiveram a generosidade de depositar R$ 500 e R$ 1 mil) todos entre R$ 10 e R$ 200, além de transferências do Pay Pal(assinatura por cartão de crédito) e R$ 4.600 provenientes de anúncios do Google, além de um único frila que fiz para uma empresa privada, referente à pesquisa de dados na Internet.
Também usarei, se necessário, meu  próprio extrato bancário, demonstrando que “comi”, no ano passado, o que havia economizado nos tempos em que tive cargo público e, muito embora engravatado, vivi modestamente, almoçando no “a quilo” Sertão e Mar, ali na Vila Planalto, em Brasília, que talvez algum de seus repórteres em Brasilia possa conhecer.
Se o jornal estiver interessado em documentos comprometedores ou em alguma relação profissional que tive no passado, terei prazer em exibir os contracheques de pagamento feitos a mim por O Globo em 1978 – a data é esta, mesmo.
Basta me mandar um e-mail e marco dia e hora, em local público, para mostrar todos os documentos, desde que o jornal os publique.
E eu também os publicarei aqui.
Não apenas não recebi para participar da entrevista com Lula como ainda paguei a passagem do meu bolso.
Agora, se o jornal pensa em se vingar do Tijolaço porque eu revelei – depois de 20 anos – ter redigido o texto do direito de resposta de Leonel Brizola na Rede Globo, ou porque Miguel do Rosário, meu parceiro, publicou o “sumiço” do processo com a autuação da Globo por sonegação fiscal, nosso desejo ardente é o  que publique qualquer insinuação sobre nós.
Será, afinal, uma forma de ajudar a financiar este blog, porque será movido, imediatamente, um processo contra a empresa.
Aqui não tem covarde nem corrupto. E também não tem ninguém medroso, que dobra os joelhos quando ouve o nome da Globo.
Quem fala assim não é gago nem esconde DARF. Falando nisso, mortra o DARF rede globo!