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Blog do Charles Bakalarczyk: Ao gosto do patrão: a previsão de Sardenberg sobre...

Blog do Charles Bakalarczyk: Ao gosto do patrão: a previsão de Sardenberg sobre...: Com profundo espírito masoquista, tenho acompanhado todas as madrugas o William Waack e a Christiane Pelajo, no “imparcial” Jornal da Noite...

Pig faz pressão para BC não baixar juros

 
ImageNo último dos dois dias da reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) - realizada, em média, a cada 45 dias - o jornal O Estado de S.Paulo vem a campo, hoje, com seu principal editorial "BC sob pressão Política" na linha do "independência ou morte": proclama claramente que se houver redução da taxa Selic de juros pairá sobre o país a ameaça de repique da inflação.

Para o jornalão paulista, se o BC, "sob forte pressão política", baixar os juros no início da noite de hoje (quando termina a reunião do COPOM), estará afrouxando a política anti-inflacionária e, por tabela, não mais estará empenhado em conduzir a inflação ao centro da meta de 4,5% até o fim de 2012. Ou seja, não deixa nem a alternativa de o Comitê reduzir minimamente a Selic.

Algumas considerações devem ser feitas aqui. Primeiro: quem está na contramão nessa história é o Estadão, porque à exceção dele (no que é acompanhado por uma parte da mídia), nas últimas semanas generalizou-se o consenso quanto à necessidade de redução dos juros - fundamental diante do agravamento da crise internacional e possível ante as medidas econômicas adotadas pelo governo nos últimos meses.

Pressão contra a redução vem de uma parte da mídia e do mercado


Segundo: nesse quadro, a pressão para manter o Brasil com as mais altas taxas de juros do mundo vem  de quem? Só de uma parte do mercado. Ela é apoiada exatamente por seus mais ostensivos porta-vozes, o Estadão e essa parcela da mídia que o acompanha.

Das duas uma: ou o Estadão vive em outro mundo, ou faz oposição por oposição. Ou, ainda pior, uma terceira alternativa: a faz por razões ideológicas.

Para os de sempre, Estadão incluído, é importante cortar gastos e continuar a elevar os juros. E a inflação tem que ser de 4,5%, só o centro da meta - nem sequer falam ou consideram a banda de 2,0% para cima ou para baixo.

Na Europa, o arrocho anulou todo o esforço fiscal


Nem que para isso o país pare, caia na recessão, no desemprego e no conflito social generalizado, como estamos vendo na Europa, num efeito dominó no qual - semana sim e na outra também - engrossa a lista de países em dificuldades, sem saída devido às soluções e aos pacotes ortodoxos que lhes obrigam a adotar.

Não há saídas para o Brasil fora do crescimento econômico do PIB acima de 4% ao ano, como demonstra a experiência europeia. Lá o arrocho anulou todo esforço o fiscal e levou os países ao impasse econômico e social, ao risco de default, a mais recessão, à queda da arrecadação e a juros mais altos pelo aumento do risco.

Só o Estadão, a parte do mercado que o "alimenta" e o restante da mídia que vai no mesmo tom não percebem isso. Ou, se percebem - e percebem - escamoteiam e se entrincheiram em suas posições conservadoras. Ou será que querem para o Brasil exatamente o que não deu certo na Europa?


Proibido fumar

- Ficou proibido de fumar no trabalho...aí parei!
- Nossa, que legal!
- Que tem de legal?
- Ué cara quanta gente não gostaria de parar de fumar...
- Eu não parei de fumar...parei de trabalhar

O mercado financeiro é um problema


A economia brasileira está crescendo mais devagar, mas o governo está reduzindo seus gastos para aumentar seu superavit primário, algo que pode desacelerar a economia ainda mais.
A produção industrial caiu 1,6% em junho, e a atividade econômica caiu pela primeira vez desde 2008.
Embora as cifras mensais sejam erráticas e não necessariamente indiquem qualquer tendência, o quadro maior provoca perguntas sobre se a política seguida pelo governo é apropriada, diante dos crescentes riscos e ventos contrários na economia global. Não me interprete mal. A política e os resultados econômicos do Brasil desde que Lula foi eleito, em 2002, têm tido uma melhora imensa em relação a FHC.
Este, que foi objeto de muito amor e afeto em Washington por ter implementado as políticas neoliberais do “Consenso de Washington”, presidiu sobre um fracasso econômico. 

A economia cresceu meros 3,5% por pessoa durante seus oito anos. A performance de Lula foi imensamente melhor; com crescimento per capita de 23,5%, com um aumento real de 60% no salário mínimo e reduções consideráveis no desemprego e na pobreza, realmente não existe comparação. É provável que o mandato de Dilma tenha resultados ainda melhores.
Mas o Brasil tem um problema estrutural que é semelhante a um dos problemas maiores que temos nos EUA: o setor financeiro é grande demais e detém poder excessivo.
Como este setor não tem muito interesse no crescimento e desenvolvimento -é muito mais obcecado por seus próprios lucros e por minimizar a inflação-, seu controle sobre o Banco Central e a política macroeconômica impede o Brasil de realizar seu potencial. E o potencial do país é imenso: entre 1960-1980, a economia brasileira cresceu 123% por pessoa. Se o Brasil tivesse mantido esse ritmo de crescimento, os brasileiros hoje teriam padrões de vida europeus.
A inflação está em queda no Brasil no momento -nos últimos três meses foi de 4% ao ano, contra 7% no ano passado. Tirando os interesses estreitos do setor financeiro, não existem razões para sacrificar crescimento ou emprego para reduzir a inflação. O setor financeiro é também o maior vilão por trás da sobrevalorização do real, que está prejudicando a indústria e o setor manufatureiro brasileiros. O Banco Central combate a inflação elevando o valor do real, com isso barateando as importações. Mesmo quando o governo tenta puxar o real para baixo, a nível mais competitivo, o fato de o setor financeiro negociar com vários derivativos impede de fazê-lo.
Entre os anos 2002-2011, a Argentina cresceu 90%, o Peru, 77%, e o Brasil, 43%. Não há razão pela qual o Brasil não possa ter uma das economias de mais rápido crescimento da região, ou mesmo do mundo.
Nos últimos quatro anos, o setor financeiro do Brasil cresceu cerca de 50%, três vezes mais que o setor industrial. Hoje os salários dos gerentes de alto nível estão mais altos que os dos EUA.
Isto não é apenas um enorme desperdício de recursos -é muito mais destrutivo ainda devido à influência política desse setor.

por Mark Weisbrot 
Tradução de CLARA ALLAIN

Mensagem do dia

A vida é curta, quebre regras, perdoe rapidamente, não reclame, não critique, seja amável, agradeça sempre, beije lentamente, ame de verdade, ria descontrolavelmente e nunca pare de sorrir, por mais estranho que seja o motivo. 

E, lembre-se que não há prazer sem riscos.

A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar cada dia e agradecer por isso!!! Aprecie a sua vida. 

 por Marco Antônio Leite 

Governo investirá em política fiscal de longo prazo

 A presidente Dilma pretende uma política fiscal de longo prazo, para ser adotada durante seu mandato. 

Fazem parte das prioridades do governo:
  • Conter a expansão dos gastos com custeio abaixo do crescimento do PIB,
  • Acabar gradualmente, na medida dos vencimentos, com a dívida pública indexada à variação da taxa Selic (as LFTs).
  • E aprovar o projeto que limita o aumento da folha de salários da União. 

O objetivo é fornecer ao Banco Central condições estruturais para o início de um ciclo de queda da taxa de juros, aproveitando a oportunidade que a crise nos países centrais abre para o Brasil. 

Hoje, o BC decide sobre o rumo da taxa básica, de 12,50% ao ano. 

Ontem, já havia no mercado quem alimentasse a expectativa de o corte da Selic começar agora.