Há uma tendência bem acentuada no ser humano: requentar. Ou, se quiserem: relembrar, recordar, retornar, aproveitar o que foi…
Na cozinha a coisa funciona dependendo do que se guardou na geladeira ou mesmo no fogão: importante é não jogar comida fora. Com meu pai, por exemplo, aprendi que não podia deixar um carocinho de arroz no prato: “botou, tem que comer. E com essa lição, a mais importante: “tem gente sem nada na panela e jogar comida fora é inaceitável”.
Mas é na política que “requentar” vira arte…
Mau caratismo, quase sempre, principalmente no período eleitoral. Para derrubar o concorrente ou opositor ou “inimigo”, políticos remexem o passado do “outro” em busca de algo que possa ser requentado. E no requentar trocam datas, acrescentam nomes, criam situações para que tudo tenha cor e cheiro de verdade. E espalham para que o “fato” tome ares de verdade e como tal seja considerado pelo eleitor.
Estão fazendo isto com políticos cearenses, gente que todo mundo conhece a sua trajetória e a história de suas famílias: gente de bem, honrada. Mas há quem, a despeito da cara limpa desses nossos conterrâneos, diga: “quem diria, não é?” e passe a “informação” adiante.
Como a mentira tem pernas curtas, a verdade virá à tona; não sem antes causar abalos e sofrimentos até que os “acusados” apresentem provas de inocência. Só que essas provas, essas declarações de inocência, não eliminarão o que foi lançado.
Pior: as bocas dos que espalharam as aleivosias não apagarão o que disseram tampouco os jornais e as revistas que as divulgaram darão o mesmo espaço para a defesa de suas vítimas. E tudo foi dito e escrito em nome da “liberdade de imprensa”. Neste caso é de se dizer: “cinismo absoluto”, porque liberdade de imprensa é para “eles” publicarem, não para os “outros” se defenderem.
PS.: Minha solidariedade a Ciro e Cid Ferreira Gomes.
Adísia Sá - Jornalista
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