Livro a ser lançado pelo professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas Mathias Spektor, relata o crucial período da transição dos Governos FHC e Lula, entre 2002 e 2003 e como foram pavimentadas as relações entre Washington e Brasília para garantir ao Brasil, com mercados em pânico, a solvência do Real naquele momento dependente de um aval de credibilidade internacional vista com suspeita pela ascensão de um Presidente de esquerda. O Real era uma moeda criada pela direita neoliberal, o que seria do Real com Lula? Washinton, aí incluindo a Casa Branca, o Departamento de Estado, o Partido Republicano e o FMI queriam saber.
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O papel de José Dirceu entre o Brasil, Washington e Wal Street
A verdadeira história da aproximação de Lula e Bush
O exemplo de Bush
Barack Obama viu que, se não fizesse guerra, como seu antecessor, perderia a eleição. Está bombardeando até o palácio de despachos do presidente da Líbia, por não ser submisso às ordens de Washington.
Impunidade
Então, Kadafi deve ser fuzilado como Saddam Hussein, não o ex-presidente do Egito, porque apenas empobreceu seu povo e foi subserviente aos Estados Unidos?
Vidas
Engraçado é que antes de declarar guerra à Líbia, Barack Obama, de olho na reeleição, justificou sua intervenção pelo interesse de preservar vidas árabes. E as que estão sendo fuziladas por reis, xeques e prepostos árabes de Washington? Não devem ser preservadas? E as dezenas de milhões de iraquianos assassinados pela máquina militar americana, sob o pretexto mentiroso de que o presidente do país detinha armas de destruição em massa?
Divisão
Isto quando ora se sabe que no ano anterior à declaração da guerra, a Inglaterra já tinha assegurado pelo governo dos Estados Unidos sua participação no petróleo do país que seria invadido e quase totalmente destruído?
Petróleo
Esta guerra de Barack Obama não tem nem o pretexto falaz de George Bush de que se trata de aniquilar tirano que detinha armas de destruição em massa em seus arsenais, o que se verificou, depois, ser mentira. Ele, para atender aos fazedores de guerra que dela necessitam para acrescer a fortuna e ativar a economia, primeiro afirmou que movia guerra ao presidente da Líbia para defender sua população civil. Quando sua fortaleza de navios bombardeou Trípoli, a capital, a desculpa não podia ser aceita. Aí ele passou a dizer que era levado a pegar em armas para sustentação de valores democráticos dos Estados Unidos.
Por que só agora a ditadura de Kadafi, com 41 anos de tranquila existência, passou a perturbá-lo? Por que não defende tais valores na Arábia Saudita, entregue, há muito, a atrasados sheiques que não respeitam a democracia nem as mulheres? Por que ali o petróleo é barato e na quantidade necessária aos Estados Unidos para fazer andar seus automóveis de passeio que gastam combustível como transatlânticos. Como disse ontem, a diferença entre Obama e Bush é que o primeiro, antes de baixar o cacete sobre orientais, para lhes roubar petróleo, pede desculpas. O outro era na grossura. Quando jogava bombas de uma tonelada sobre residências de iraquianas, apenas dizia que queria derrubar o ditador e implantar a democracia. À base do porrete.
Lula - Meu forte é a rua. O forte da Dilma é a capacidade de aprender
"A Dilma, ela tem inteligência acima da média das pessoas que eu conheço. A capacidade da Dilma de captar as informações que ela recebe é extraordinária. Sabe, eu sempre disse que as pessoas iriam se surpreender, porque quando a Dilma não era política, quando eu propus o nome da Dilma, você vai conversar com político mais experiente eles falam assim: 'Ah, o Lula tá por fora. Está indicando uma mulher que ninguém conhece, uma mulher que nunca fez política, não tem nenhuma experiência, nunca participou de um debate. Ah, ela vai ser triturada". Por que as pessoas não a conheciam.
Então, ela é inteligente, tem uma capacidade de captação das coisas e de aprendizado rápido, o que é extraordinário. E tem o aprendizado. Alguém dizia: 'A Dilma não vai conseguir falar em palanque'. Vai num comício pra vocês verem a desenvoltura. Sabe, ela fala melhor do que o Lula. Eu acho que ela vai entrar numa situação mais confortável do que eu entrei.
Na verdade, ela ajudou a construir isso. Ela...Com a garantia de que eu estarei de prontidão para não permitir que não tentem fazer com ela todas as sacanagens que tentaram fazer comigo.
Eu sou um homem de rua. Eu sou um homem que o meu forte na política não é dentro de um gabinete com ar condicionado, recebendo...Sabe, o meu forte é na rua conversando com as pessoas. É dali que eu extraio a minha energia, é ali que meus adversários ficam preocupados, é dali que algumas pessoas insinuam bobagem, como o Fernando Henrique Cardoso insinuou.
Não sei se vocês..Eu já tive experiência de perda de uma esposa. A gente não sofre muito no primeiro momento, ou seja, um dia cai a ficha que alguém que não existe nunca mais. É o dia que você se dá conta, sabe, que ela não existe mais. O governo, você se não tomar cuidado você sai do governo e fica querendo dar palpite, porque você vai parar de dar autógrafo, vai parar fazer comício, e é importante que seja assim.
Eu quero ensinar para algumas pessoas como é que um ex-presidente tem que se comportar. É fechando a boca e deixando quem foi eleito governar. Quem governou teve a sua chance, fez o que tinha que fazer, dá palpites sem ser pedido. Sem for para ajudar, para atrapalhar nunca. E tem que deixar quem foi eleito governar. Até o direito de errar, que ele tem o direito de errar. Até para aprender com seus olhos.
Quem é eleito presidente da República não precisa de tutor. Só tem que navegar e aprender. No Nordeste, eu não sei se aqui no Sul, aqui em Brasília aconteceu isso. A prioridade é 'Quem casa, quer casar'. Ou seja, quem ganha quer governar. Vamos ter claro isso em primeiro lugar. Ou seja, se ex-prefeito, ex-governador, ex-presidente ao deixar o mandato quiser influência sobre quem está governando, ele passa a atrapalhar quem está governando. Ele passa a atrapalhar. Como todo mundo tem uma coisa chamada auto-afirmação, como todo mundo tem personalidade, a pessoa precisa exercer essa auto-afirmação e essa personalidade na sua totalidade.
Obviamente que se o presidente, o governador, o prefeito liga para o outro e pede uma sugestão e você souber, você não pode se negar a dar. Agora, você ficar pela imprensa, você ficar na reunião do partido, você ficar nos debates: 'Não, porque ele devia fazer assim. Não, porque ele devia fazer assim. Porque aquilo não é assim'...Sabe, você precisa ter semancol.
Eu não esqueço nunca do dia 25 de janeiro de 2003 que eu estava conversando com o Bill Clinton e perguntei se o (George W.) Bush iria ou não fazer a guerra do Iraque. Bill Clinton falou: 'Olha, presidente lá nos Estados Unidos a gente culturalmente não dá palpite em quem está governando'. Ou seja, eu acho aquilo é uma coisa importante. Todas as brigas que aconteceram no Brasil, foi porque quem saiu queria continuar mandando."
States amam a guerra
As grandes potências querem a guerra para expandir seus domínios, para conquistar fontes de riqueza e para fazer seus negócios. Tem sido assim desde a antiguidade, passando por Hitler, até os dois Bushs. Vai continuar a sê-lo com Barack Obama, este negro de alma branca. Hoje, as maiores nações e, em especial, a superpotência decadente dos Estados Unidos amam a guerra sobre todas as coisas.
Iraque
Eles a fizeram para tomar o petróleo do Iraque sob a alegação de que queriam implantar, ali, a democracia. Descobriram riquezas naturais no Afeganistão e estão delas querendo se apoderar. Em guerra ou paz com os talibãs. Também estimulam a guerra para vender seus produtos aos dois contendores. Por isso, encorajam conflitos da Colômbia com a Venezuela. Sempre falando em democracia.
Só mercenários
o governo de Barack Obama anuncia o fim da ação militar no Iraque mas seu Exército lá permanece, tanto o oficial quanto os milhões de mercenários regiamente pagos para matar árabes e afegãos. Não pensem que os Estados Unidos vão deixar de fazer a guerra. O establishment precisa dela para dinamizar a economia. Eles pensam em invadir o Irã, país rico e civilizado. Se vão incendiar o Oriente Médio, hão de verificar que a ocupação do Irã não será um piquenique como a do Iraque. Os americanos, que não têm tradição, querem destruir o rastro das primeiras civilizações do mundo.
Colonização
no passado, Espanha e Portugal roubaram as riquezas da América, para apenas falar do nosso problema em nome da religião católica. Precisavam cristianizar os indígenas, razão porque primeiro lhes arrebataram o ouro, a prata e os diamantes; somente depois que estavam pelados, neles se podia incutir a fé cristã. Hoje, o pretexto é o regime democrático que não serve à Arábia Saudita mas deve ser imposto ao Iraque. Tudo porque, no primeiro caso, o acesso barato ao petróleo está garantido.
Discriminação
Não sei porque quando estou no centro de Madrid e olho para o alto, divisando seus vetustos e centenários edifícios, penso que todos eles são produto do que os espanhóis roubaram na América do Sul. Tenho a mesma sensação em Portugal, na Inglaterra, na Bélgica, mas, não sei porque, a impressão é mais intensa na Espanha.
Mudando de lado
Carlos Lacerda foi o mais ferrenho anticomunista que o País conheceu depois que deixou o Partido Comunista em que tinha projeção, acusado de relacionar seus militantes para uso da mídia e da Polícia. Desde então, todo adversário era por ele chamado de comunista. Ou ladrão. Ou então recebia os dois epítetos juntos. Os renegados apenas mudam a direção de seu radicalismo, como Carlos Lacerda, Fernando Gabeira e César Maia. Querem limpar o passado totalmente encampando as teses mais reacionárias.
É a mudança pela qual está passando José Serra, antigo presidente da UNE que se exilou no Chile, com receio da repressão da ditadura militar no Brasil. Ele dá a impressão de que, ao assumir a Presidência da República, ira pressionar Venezuela, Equador e Bolívia, no sentido de que se alinhem a Washington, como Fernando Henrique Cardoso no Brasil e Carlos Menem na vizinha Argentina. Este, feliz de ter sido escravizado, se gabava, publicamente, de relação carnal de Buenos Aires com a capital americana. É de surpreender que Serra lembre Lacerda no reacionarismo e reflita o que há de pior na sociedade paulista ao encarar o momento histórico que vivemos atualmente.
A direita tem candidato à Presidência da República, José Serra. Deus queira que este patrulheiro Toddy não seja vencedor e queira mover guerra aos países que não obedecem fielmente às ordens do governo americano. Principalmente se parecem com as do estilo de George W.Bush, de quem morrem de saudades.
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DER SPIEGEL - Lula superStar
Der Spiegel é a mais importante revista alemã
Trechos da reportagem:
- ” Transpirando autoconfiança, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está elevando o status global do seu país ao protagonizar um número cada vez maior de iniciativas na área de política internacional. Na mais recente dessas ações, ele convenceu o Irã a concordar com um polêmico acordo nuclear. Poderia este acordo proporcionar uma oportunidade para que sejam evitadas sanções e guerra ? Ele foi acusado de ser muitas coisas no passado, incluindo um comunista, um proletário grosseiro e um alcoólatra. Mas a época dessas acusações acabou há muito tempo. À medida que o Brasil cresce para tornar-se uma nova potência econômica, a reputação do presidente brasileiro cresce de forma meteórica. Hoje em dia muita gente vê o presidente como um herói do hemisfério sul e um importante contrapeso em relação a Washington, Bruxelas e Pequim “.
- “ …Lula demonstrou que sabe nadar no aquário dos tubarões grandes. Nos bastidores, Lula Superstar costuma contar como curou os diplomatas brasileiros da síndrome de vira-lata; assim ele denomina o profundo complexo de inferioridade que muitos dos seus compatriotas até pouco tempo atrás sentiam frente a americanos e europeus. Foi em 2003, na grande estréia internacional de Lula na cúpula do G-8, em Evian na França. Todos estavam sentados e esperaram por George W. Bush. Quando este finalmente entrou no salão, todos levantaram. Só Lula ficou sentado e mandou o seu Chanceler fazer o mesmo.
Passado, volver!
Vendo o ceticismo dos mal-intencionados ante o acordo com o Irã, lembro que ainda estão na memória do mundo inteiro os assassinatos de milhares de iraquianos por parte dos Estados Unidos, Inglaterra e outros aliados, em nome de um suposto combate às armas químicas de Saddam Hussein que, soube-se mais tarde, não existiam, só mesmo nas cabeças de George W. Bush, o "vaca louca", e do sonso Toni Blair.
A indústria bélica, de grande influência nos poderes, inclusive na mídia (4º poder), não está nem aí para a vida, lucra com a morte, com o extermínio.
A indústria bélica, de grande influência nos poderes, inclusive na mídia (4º poder), não está nem aí para a vida, lucra com a morte, com o extermínio.
Osama Bin Laden está em...
Ao ser questionado se Bin Laden estava escondido no Irã, Ahmadinejad riu e respondeu:
“Fiquei sabendo que está em Washington”, disse.
“Sim fiquei sabendo. Ele está lá. Porque era um antigo parceiro do sr. Bush. Eles eram colegas, de fato, nos bons tempos. Você sabe disso. Eles estavam juntos no negócio do petróleo. Eles trabalharam juntos. Bin Laden nunca cooperou com o Irã, mas cooperou com o sr. Bush”, afirmou Ahmadinejad, sem explicar se a referência era ao ex-presidente George Bush (1989-93) ou ao filho deste, o também ex-presidente George W. Bush (2001-2009).
“Pode ter certeza de que está em Washington”, completou, sem perder a seriedade.
“O governo americano invadiu o Afeganistão para prender Bin Laden. Eles provavelmente sabiam onde Bin Laden estava. Se não sabiam, por quê invadiram? Podemos conhecer as informações de inteligência?”, questionou à ABC.
“Primeiro, eles deveriam tentar descobrir a localização dele e, então, invadir. Não conhecer a localização, invadir e tentar descobrir onde ele está, isto faz sentido?”.
Império bonzinho
Na análise da postura do atual presidente dos EUA, não se nota a selvageria que caracterizava George W. Bush, um filhinho de papai, salvo dos flagrantes de bebida e droga pelo pai importante e que abrigava a alma mais negra de seu país. A que inspirou os linchamentos, a Ku-Klux-Klan, o massacre de índios e de negros. Estes bons modos não são totais porque, para dar lucros e satisfação à indústria armamentista e favorecer o trânsito de petróleo, o governo de Washington mata afegãos às dezenas.
Lustosa da Costa
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