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Folha de São Paulo: "Bolsonaro é chefe de bando"

A Folha publicou agora á noite um longo e duro editorial como reação à abjeção cometida por Jair Bolsonaro contra sua repórter Patrícia Campos Mello:

O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando. Seus jagunços avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária. Presidentes da Câmara e do Senado, ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores de estado, repórteres e organizações da mídia tornaram-se vítimas constantes de insultos e ameaças.
Há método na ofensiva. Os atores agredidos integram o aparato que evita a penetração do veneno do despotismo no organismo institucional. Bolsonaro não tem força no Congresso nem sequer dispõe de um partido. Testemunha a redução de prerrogativas da Presidência, arriscada agora até de perder o pouco que lhe resta de comando orçamentário.
Escolhe a tática de tentar minar o sistema de freios e contrapesos. Privilegia militares com verbas, regras e cargos, e o exemplo federal estimula o apetite de policiais nos estados. Governadores são expostos por uma bravata presidencial sobre preços de combustíveis a um embate com caminhoneiros.
Pistoleiros digitais, milicianos e uma parte dos militares compõem o contingente dos sonhos do presidente para compensar a sua pequenez, satisfazer a sua índole cesarista e desafiar o rochedo do Estado democrático de Direito.

Ok, muito bem.

Mas é preciso fazer o rochedo mover-se, porque as instituições estão acovardadas e precisam ser desafiadas a agir, porque a maior arma das ditaduras é a intimidação. E que os monstros, quanto mais se os tolera, maiores ficam.

É preciso desafiar, como é de sua competência, a Procuradoria Geral da República a acionar, junto com a colega ofendida, pela difamação evidente.

Se o senhor Aras acoelhar-se e não quiser.

Fernando Brito - Tijolaco 

GRAVÍSSIMO! UM CADÁVER TORTURADO NO COLO DA ESQUERDA? por Ricardo Cappelli

Flávio Bolsonaro divulgou no twitter um vídeo inacreditável com a autópsia de Adriano, o miliciano assassinado na Bahia. Isso mesmo, vídeo do cadáver sendo revirado, no twitter.

Segundo o senador, sete costelas quebradas, coronhada na testa, queimado no peito por ferro e com dois tiros à queima roupa. Um dos zeros do presidente insinua que o miliciano foi torturado. Por quem? Pela polícia da Bahia. Dirigida por quem? Pelo PT para que ele confessasse crimes da família presidencial!

Oi? É isto mesmo. Estão tentando jogar um cadáver torturado no colo dos companheiros. Contra um assassino torturador - o PT - qualquer violência se justifica. Querem vestir esta roupa na esquerda.

Algumas perguntas:

Como Flávio Bolsonaro teve acesso a este vídeo?

O que fazia Eduardo Bolsonaro na Bahia no dia do assassinato?

Rui Costa tem controle sobre a tropa? É questão de vontade ou competência do governador? Claro que não!

Montaram uma arapuca para Rui e para o PT. O fato é gravíssimo. Tudo indica que está sendo gestada uma brutal ofensiva contra a esquerda. Não sejam ingênuos. Não é só contra o PT!

A greve dos petroleiros foi declarada ilegal. Foi autorizada a demissão dos grevistas, vergonhosamente cercados e isolados pela grande mídia. A direção está autorizada a demitir, demitir por justa causa petroleiros em greve!

As sombras estão avançando. Os fantasmas do Riocentro voltaram a assombrar o Brasil. Precisamos unir todos. Amplamente. A democracia está derretendo.

As portas da ditadura, por José Dirceu

A militarização do governo Bolsonaro com as últimas indicações para a Casa Civil e a Secretaria de Assuntos Estratégicos tem raízes em nossa história recente e no passado.

O general Braga Netto era chefe do Estado-Maior do Exército, o mesmo que no julgamento do habeas corpus de Lula publicou uma foto da reunião de emergência convocada pelo comandante do Exército Eduardo Villas Bôas para, numa aberta e flagrante violação da Constituição, ordenar – isso mesmo – ao STF que não ousasse conceder Habeas Corpus a Lula. Villas Bôas fez a mesma ameaça via Twitter, o que teria levado à sua prisão imediata em qualquer democracia.

Ali se restabeleceu a tutela militar sobre o poder civil, que estava adormecida no artigo da Constituição Federal que trata das Forças Armadas como garantidora da Lei e da Ordem, a famosa GLO, uma espada de Dâmocles sobre nossa democracia.

Não é de hoje que os militares são uma força política no Brasil. Fizeram a República; se levantaram logo contra ela na Revolta da Armada; na década de 1920 os tenentes se levantaram várias vezes em rebeliões e insurreições nos quartéis, com dezenas de mortos e feridos, até o triunfo da revolução de 1930, na qual os militares e os tenentes foram a força principal.

Getúlio Vargas governou até 1934, quando, após derrotar a revolta paulista separatista disfarçada de defesa de uma Constituinte, o país ganhou uma Constituição, rasgada em 1937 pelo Estado-Maior do Exército e Getúlio. Foi substituída pela famosa Polaca, redigida por Francisco Campos, sob o comando do general Góis Monteiro, o chefe do Exército, cópia da Constituição imposta na Polônia pelo ditador Pilziuskque.

O Estado Novo durou até a deposição de Getúlio, em 1945. O presidente eleito, em 1946, Eurico Gaspar Dutra, ex-chefe do Exército, fez um governo reacionário, religioso, pró-Estados Unidos, repressivo aos trabalhadores e à esquerda.

Inconformados com a volta de Getúlio, eleito em 1950, e do seu PTB, partes importantes do Exército e da Marinha e Aeronáutica iniciam uma série de tentativas de golpes de Estado, ou o não reconhecimento dos resultados eleitorais, com a tese da maioria absoluta. Organizam-se, em 1955, para impedir a posse de JK (Juscelino Kubitschek), com dois levantamentos militares, Jacareacanga e Aragarças. JK debela as tentativas de intervenção, mas lhes concede anistia. Depois da renúncia de Jânio, dão um golpe, paralisado pela resistência de Leonel Brizola e a divisão do Exército, como em 1955, quando o marechal Henrique Teixeira Lott por meio de um contragolpe assegurou a posse de JK.

Hoje, 1964 é história, mas durou até 1985.

Os militares sempre foram uma força política a serviço das elites conservadoras e pró-Estados Unidos, sem contar a vergonhosa divisão antes da 2ª Guerra entre germanistas – fascistas, lógico – e pró-aliados. Em 1964, o Brasil se alinhou totalmente aos Estados Unidos, mandando até tropas para a invasão imperialista da República Dominicana para sufocar uma rebelião popular democrática, sempre apoiando as elites agrárias e de direita sob o manto da luta contra o comunismo.

A Constituição de 1988 poderia ter posto um fim nisso, mas não o fez, conciliou com as Forças Armadas e o resultado agora nos assombra. Eles estão de volta com Bolsonaro, hibernaram 30 anos nas escolas militares e na não submissão do poder militar ao civil. Apesar do comando civil do Ministério da Defesa, ao qual estão subordinados os ministérios militares, nunca o poder civil decidiu a política militar no Brasil e jamais eles, os militares, aceitaram o presidente da República como comandante em chefe das Forças Armadas.

Controlam o orçamento, as promoções, as prioridades da defesa nacional e de sua indústria, seus planos de armamento. E com a nova reforma da Previdência deles mesmos, votada apenas nas comissões do Congresso, se tornaram uma casta.

A gravidade da situação política do país está escancarada. Só não vê quem não quer. Estamos, novamente, sob a ameaça de uma ditadura militar, e fatos como a execução, comandada por Ronnie Lessa, da vereadora Marielle Franco e, agora, no outro polo, a queima de arquivo com a execução do outro suspeito de envolvimento no assassinato, chefe dos milicianos, Adriano da Nóbrega, ambos com ligações mais do que provadas com a família do presidente, só comprovam a que ponto chegamos.

Não se trata mais do risco do autoritarismo, mas da face oculta de todas as ditaduras, a violência acobertada pelo Estado ou por ele promovida. As impressões digitais são a prova que vivemos de novo às portas de uma nova ditadura. Aos poucos, vamos nos dando conta como nos custará caro ter anistiado os crimes da ditadura

Quebra de decoro, por Diogo Costa

Esse porco nazista chamado Bozo já quebrou o decoro "zilhões" de vezes. Hoje, em relação à repórter da Folha, ultrapassou novamente o limite da imbecilidade humana e avançou o sinal. 

Trata-se de uma evidente quebra de decoro. 

Até quando as pessoas irão disfarçar e se negar a ver que esse porco nazista chamado Bozo não tem condição nenhuma para presidir coisa alguma? É um psicopata e está destruindo o país. 

E se diz cristão um salafrário dessa iguala. Imagina se não fosse...

Isonomia, por Rafael Patto

A que ponto chegamos: como se não bastasse atacar a ciência, a pesquisa, a produção de conhecimento, o mec instaurou processo administrativo contra 30 professores da UFF (Niteroi) para que expliquem por que 12 anos atrás, quando integravam o Conselho Universitário daquela instituição, eles votaram a favor de que os funcionários aposentados tivessem os mesmos reajustes salariais dos funcionários da ativa.

Ou seja, terão que explicar por que votaram a favor da ISONOMIA.

O que mais tá faltando para uma paralisação geral e por tempo indeterminado de TODAS as instituições federais de ensino desse país?

Quando eu digo que nós - todos nós - somos uns cretinos, ainda vem gente aqui ponderar. Mas, sinceramente, eu tô a cada dia mais convecido de que merecemos o flagelo.

Durante os governos Dilma, as universidades federais fizeram greve TODOS os anos. A primeira estourou logo em 2011, no primeiro ano de mandato. Em 2012, a greve veio com tudo: uma das mais longas de que eu me lembro, desde meus tempos de aluno na UFMG. E isso se repetiu por todos os anos, até 2016. Não teve um ano sequer que a UFRJ, por exemplo, não tenha parado.

Porém, milagrosamente, depois da derrubada da Dilma, nunca mais aconteceu nenhuma greve. O michel temer passou incólume, esse tal de weintraub vem barbarizando, e nada acontece.

Vai ver as coisas ficaram boas e eu é que tô em outra sintonia...