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Blog do Charles Bakalarczyk: A água não é um bem privatizável

Blog do Charles Bakalarczyk: A água não é um bem privatizável: "Ideologia tucana: privatizar o que der e como der! Os desavisados afirmam que as ideologias morrem, que direita e esquerda pensam igual. ..."

Poema da tarde


Nestes últimos tempos 

Nestes últimos tempos é certo a esquerda fez erros 
Caiu em desmandos confusões praticou injustiças
Mas que diremos da longa tenebrosa e perita 
Degradação das coisas que a direita pratica?
Que diremos do lixo do seu luxo — de seu 
Viscoso gozo da nata da vida — que diremos 
De sua feroz ganância e fria possessão?
Que diremos de sua sábia e tácita injustiça 
Que diremos de seus conluios e negócios 
E do utilitário uso dos seus ócios?
Que diremos de suas máscaras álibis e pretextos 
De suas fintas labirintos e contextos?
Nestes últimos tempos é certo a esquerda muita vez 
Desfigurou as linhas do seu rosto
Mas que diremos da meticulosa eficaz expedita 
Degradação da vida que a direita pratica?
Sophia de Mello Breyner

O sigilo de documentos e a história nacional



Tornou-se foco do debate nacional o projeto de lei sobre o sigilo de documentos oficiais, redigido no penúltimo ano do Governo Lula e que só agora deve passar por votação final —aprovado na Câmara dos Deputados há dois anos, com uma emenda que altera as regras inicialmente propostas pelo governo, o texto aguarda o Senado.
A mudança foi significativa: a redação original previa sigilo de 25 anos, com possibilidade de renovar por indefinidos novos períodos de 25 anos; a versão atual permite um tempo máximo de sigilo de 50 anos, ao autorizar uma reclassificação de documentos oficiais como secretos.
A polêmica e a demora na votação indicam que estamos pisando em ovos. A grande parcela da população que deseja um Poder Público transparente, especialmente quanto aos registros de nosso ciclo autoritário, não abre mão da abertura dos arquivos.
Por outro lado, aqueles que levantaram a voz contra a Comissão da Verdade e o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, em delírio paranóico de que o governo quer “perseguir” os apoiadores da ditadura, voltaram a sentir-se ameaçados.
O tema é polêmico. Os argumentos em contrário se apóiam nas colocações do Gabinete de Seguranca Institucional e do Itamaraty a favor do sigilo indefinido quando há risco a operações militares multinacionais, segredos nucleares, segurança de nossas fronteiras e política externa.
Alegam temor pelo vazamento de dados nucleares sigilosos e de informações sobre exercícios militares com países vizinhos.
A presidenta, Dilma Rousseff, levou em consideração todos os pontos expostos sobre o assunto e considerou que alguns documentos podem precisar de mais de 50 anos de sigilo. Mas garantiu que não haverá sigilo eterno para registros de desrespeito aos direitos humanos por parte do Estado.
Nesse debate, contudo, continuo fiel à proposta elaborada no Governo Lula: manter a reserva só por 25 anos e, se necessário, renovar por mais 25. Ela é eficaz. Devemos considerar que, para manter reserva sobre dados nucleares, não é preciso lei, bem como sobre as questões de segurança nacional. Basta estabelecer a exceção e manter a liberação depois de um ou dois prazos de 25 anos, por exemplo.
Tampouco, há justificativa para manter informações de Estado em sigilo indefinidamente. Se elas existem, que sejam especificadas e apenas elas fiquem sob segredo por mais 50 anos.
Concordo integralmente com José Genoino, assessor especial do Ministério da Defesa, de que “sigilo eterno” para tudo é exagero e que o prazo máximo de 50 anos é justo, suficiente para que toda geração tenha direito de ter conhecimento das ações de sua época. Esse entendimento acolhe também o imperativo das questões ligadas aos direitos humanos e aos arquivos da ditadura, sem revanchismos.
As grandes democracias têm caminhado nessa direção, preservando as questões de segurança nacional por tempo razoável, mas tornando-as públicas porque esse é um dos pilares do Estado Democrático de Direito, o princípio da publicidade. Respeitar isso é valorizar a democracia e garantir o resgate de nossa história.
José Dirceu

E-mail Marketing e as grandes oportunidades da integração de sistemas

Sabe aquela oportunidade escancarada, a tal bola quicando, a possibilidade que está caindo de madura e outras expressões populares que denotam que algo é bom e está à disposiçãopara ser aproveitado?

Pois bem, há anos trabalhando na Dinamize, empresa que provê soluções de comunicação via web, entre elas, e-mail marketing, presencio este tipo de situação com boa parte dos clientes. Mas, essas oportunidades gritantes são, solenemente, ignoradas. E isso acontece com empresas dos mais vários perfis e segmentos de atuação. De médias empresas a multinacionais em todo o mercado.

As grandes oportunidades em questão são, justamente, as possibilidades oriundas da integração entre plataformas de CRM ou E-Commerce com as ferramentas de e-mail marketing, via API. Se a sua empresa realiza ações de e-mail marketing, provavelmente ela exporta as informações da base de clientes e prospects do seu CRM, ERP ou E-Commerce para importá-la na ferramenta de envio e gerenciamento de e-mail marketing. E, mais provavelmente ainda, você ou alguém da sua área de TI, é o responsável por fornecer essas bases.

Essa rotina de exportar a base de contatos de uma plataforma para importar em outra, além de ser um trabalho braçal (para muitos) e chato (para todos), também limita a realização de campanhas de e-mail marketing mais inteligentes. A integração via API é uma via de mão dupla: as informações das ações de e-mail marketing subsidiam ações em outros canais e vice-versa. Tomemos o caso de sistemas de CRM, em que todos os contatos dos clientes, independente do canal utilizado, estão registrados lá. Como o CRM permite uma visão holística do cliente, é possível programar ou incrementar uma régua de relacionamento que utilize o e-mail como o principal canal de comunicação e que seja baseado em critérios que extrapolam em muito as métricas de leitura e cliques de e-mail.

Por exemplo: uma ligação do cliente sobre suporte técnico de um produto gera um envio de pesquisa de satisfação de atendimento após um ou dois dias, automaticamente. Ou, ainda, um jornal que tem o histórico das datas em que o cliente costuma sair de férias e interromper sua assinatura pode, pro-ativamente, enviar um e-mail propondo ao cliente o redirecionamento da entrega dos seus jornais ao invés de simplesmente cancelar o recebimento. E, quem sabe, um ex-cliente de uma operadora de TV por assinatura que recebeu um e-mail de reativação e leu várias vezes a mensagem. Esse ex-cliente, ao ligar para o call center da empresa, pode ser recebido imediatamente com uma abordagem irresistível, com um grande senso de urgência, para voltar a utilizar os serviços da empresa. Claro que tudo isso é possível sem a integração do engine de e-mail marketing – e suas ricas estatísticas e métricas – ao CRM. Mas é trabalhoso: exporta, importa, segmenta, envia, analisa, cruza dados, segmenta novamente, reenvia, etc. Por isso, poucas empresas fazem. Seria bem mais fácil programar as ações baseadas em determinados filtros e critérios e apertar o menor número de botões possível, correto?

Falando sobre E-commerce, então, as possibilidades da integração com o e-mail marketing são fantásticas: envios automáticos de e-mail para clientes que chegaram a pagina do check out, mas não concluíram a venda. Envios automáticos informando o término iminente do estoque de um produto pelo qual o cliente demonstrou interesse ao clicar neste item num e-mail marketing que recebeu. Dá para criar várias regras de negócio e utilizar o behavioral targeting em toda sua plenitude.

Enfim, as bolas estão aí para serem chutadas ao gol. Entre a situação de plataformas stand alone e uma integração visceral sob o ponto de vista de marketing, há um longo caminho a percorrer. Mesmo que o potencial da integração seja pouco explorado, os resultados já serão expressivos. A integração via API não é necessariamente complicada. Mas demanda um certo trabalho devido à customização do sistema legado. Assim, é imprescindível escolher uma boa plataforma de e-mail marketing levando em conta os recursos disponíveis via API e, principalmente, a qualidade do atendimento e suporte técnico. Com esses cuidados, evita-se estresse e o retrabalho de uma eventual substituição do fornecedor de e-mail marketing.

E-Commerce News

Nos subterrâneos do poder o jogo do vale tudo das velhas raposas

Nessa briga por nomeações e liberação de emendas o que querem mesmo é meter a mão na massa

 "Há apoios que matam. Se não matam imediatamente, matam a prazo".
José Saramago, escritor português, Prêmio Nobel de Literatura.

O jogo do poder tem lógicas que a própria lógica desconhece. É em seu interior que se travam os embates mais frontais, apesar de escamoteados ou vazados de forma propositalmente esmaecidos. Esses conflitos são muito mais acirrados e de efeitos mais perversos do que as pugnas entre adversários públicos. Politicamente, são letais, muitas vezes.

O poder é a razão de ser da sociedade humana. Poder é tudo e tudo o mais a seus encantos se subordina. A busca dele não é um ato meramente político. Nem tampouco apenas uma inescrupulosa disputa de vantagens pessoais insaciáveis. Há um elemento crucial que se enxerta em seus movimentos frenéticos: a afirmação existencial, de exposição discreta, se considerarmos a naturez a humana, contaminada de sentimentos controvertidos e, na maioria das personalidades, sujeita à fogueira das vaidades, à inveja, aos complexos de superioridade e a outras deformação do instinto.

Em geral, a luta pelo poder aproxima personagens diferenciados. A conquista dele aguça as contradições. Até mesmo nas revoluções impregnadas dos pudores mais dogmáticos, a visão diferente do poder opera dissensões incontroláveis. O poder é a mais estonteante expressão da faca de dois gumes, mormente quando exercido por elementos heterogêneos.

No serpentário é cobra engolindo cobra

Aplicados à realidade brasileira, esses predicados ganham o verniz grosseiro da hipocrisia cultivada. Nestas terras, o jogo é mais pesado, porque hegemonizado por elementos bestiais, primários, medíocres, boçais e de um arrivismo sem freios.

No Brasil, mais do que em qualquer outra paragem, o exercício do poder se assemelha a um se rpentário – é cobra engolindo cobra. Até mesmo na ditadura, com todos os vetores sob vigilância férrea, num ambiente monolítico de desconfiança e medo, foi necessário o revezamento pacífico entre cinco generais, num processo de lutas internas, mantidas em segredo, mas reveladoras de ambições individualizadas e entrechoques negociados.

Condutas heterodoxas tornaram-se regras rotineiras. Os elementos impertinentes de perfídias e rasteiras preponderam em todas as etapas na relação com o poder, na sua busca, na sua sustentação e na tentativa de resgate, em caso de perda.

A esperteza não tem limite e prospera como exemplo a ser imitado. Há políticos que se dão bem invariavelmente em toda e qualquer situação. José Sarney é a referência mais escandalosa desse uso triunfal do poder, mas não é o único. Ele por si serve como demonstração patética da falta de dignidade dos homens públicos de todos os partidos, de todas as correntes, de todos os recantos.

< SPAN style="COLOR: red">Aguerridos fora do poder, agarrados quando nele encastelados


A vida política aqui alcança os mais clamorosos índices de degeneração. O convívio promíscuo entre gestores e clientes do Estado, sugerindo todo tipo de suspeita, não é exclusivo desse o daquele governante. É uma prática deprimente de que não se faz segredo.

Não se pode dizer que existam partidos fiéis a suas bandeiras, aos enunciados de suas siglas. Dizer que há partidos coerentes já é render-se à ingenuidade pueril. Pior será tentar perscrutar-lhes o comportamento. Com diferenças de verniz, são todos semelhantes: aguerridos fora do poder; agarrados ao poder, quando nele encastelados.

Vivemos hoje mais uma variável dos conflitos políticos sem causa. Tanto que o senador Pedro Simon, respeitado por atitudes sintonizadas com a indignação popular, gastou todo o seu latim para reportar-se a um jogo de pressões sujo e perigoso, que mantém oste nsivamente a presidente Dilma Rousseff na condição de refém da maioria parlamentar, maioria movida ao pior dos combustíveis para ocupar todos os cômodos do governo.

Em discurso no Senado, nesta quarta-feira, Simon fez um apelo dramático:
- Resista, presidente, a essa corrupção que invade, ao longo da história, o nosso país. Não aceite indicações que não tenha o lastro da ética. É preciso saber em nome de quem falam os interlocutores. Que interesses reais movem as suas indicações? O bem coletivo ou interesse individual de pequenos grupos?

E foi mais enfático ainda:
- Bom será o dia em que o Congresso votará apenas e tão somente segundo as convicções dos parlamentares, segundo devem ser as aspirações de quem eles representam. Quem sabe, esta postura (da presidente) seja então o início de uma reforma política, ou, pelo menos, de uma reforma de condutas políticas.

Foi a constatação desse conluio de proxenetas políticos que me levou a imaginar qual seria a postura de Leonel Brizola, se vivo fosse, neste exato momento.

Piratas e a marinheira de primeira viagem

Há, sim, um conflito diferente de consequências imprevisíveis nesses podres poderes. É como se o valhacouto de piratas psicóticos estivesse jogando com a "pouca vivência" da presidente da República, valendo-se igualmente das circunstâncias de sua eleição ao comando do país na esteira do prestígio do Sr. Luiz Inácio, que acumulou capital eleitoral em seus oito anos de mandato e se habilitou para fazer o sucessor.

Os políticos astutos martelam o inconsciente vulnerável da ex-guerrilheira, com tempo mínimo de casa no próprio partido que, até sua escolha, exclsuiva do presidente,  fervilhava nas disputas internas por indicações, das quais a única exceção era o próprio Lula, reconhecidamente maior do que a legenda, assim como Brizola foi enes vezes maio r do que o PDT.

 Em suma, a tratam como marinheira de primeira viagem, sujeitando-a por bem ou por mal aos caprichos dos seus interesses espúrios, numa roda viva imobilizante.

Um dos dois ministos emplacados por Sarney, Pedro Novais
decidiu desviar dinheiro do turismo para ponte no Maranhão

 
Conspiram sorrateiramente pela repartição do poder em quinhões, nos quais cada um fica à vontade para fazer e desfazer, dispondo a seu bel prazer das verbas públicas, tal como aconteceu com o ministro do Turismo, o maranhense Pedro Novais, um dos apadrinhados de Sarney, que desviou recursos de sua pasta para a construção de ponte em São Luiz e virou as costas para os outros 26 estados da federação.

Queda de braço de consequências imprevisíveis

A tentativa de formar feudos no governo tem levado Dilma Rousseff à corda bamba, induzida a conclusões equivocadas, que não refletem sua visão histórica e sua trajetória. Foi o caso da encenação sobre o sigilo eterno, manipulada por Sarney e Collor, sob o pretexto velhaco de revelações desagradáveis de idos seculares. E das mudanças nas regras de licitação para obras da Copa e Olimpíad as, dois pepinos dos quais falarei em outra oportunidade.

A bem da verdade, como já disse antes, o cerco a Dilma move todos os prepostos de interesses, independente da legenda ou, até mesmo integrantes do seu próprio partido, infestado de "emergentes" deslumbrados e seduzidos pelo canto das sereias, aquela armadilha que obrigou Ulisses a tapar com cera os ouvidos dos seus soldados.

Até o presente momento, ela tem resistido como legítima chefa do governo na escolha dos auxiliares. Pôs quem considerou mais adequado nos cargos disponibilizados recentemente e contrariou os velhos caciques, embora, admita-se, não será novidade se a pressão orquestrada a fizer render-se ao fatiamento do poder, para além do que já foi repartido, dentro da lógica da coligação e da governabilidade condicional.

Estamos diante de uma queda de braço de desdobramentos imprevisíveis. Não é necessariamente da natureza clássica dos conflitos essenciais. Mas o e nclausuramento virtual da presidente, com seu direito à liderança minado e sob risco de  mãos atadas, repercutirá inevitavelmente sobre o principal, eis que os discursos públicos não passam de jogo de cena, que escondem a guerra suja pelos cordéis, conforme aqueles elementos da lógica matreira citados na abertura desta coluna. (PEDRO PORFÍRIO)
 
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PRECATÓRIOS ATÉ 2000 NÃO PODEM SER PARCELADOS PELOS GOVERNOS!

1. Só agora, na discussão do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012, o governo parece estar se dando conta das implicações da decisão do SupremoTribunal Federal (STF), tomada em novembro do ano passado - mas publicada apenas há algumas semanas -, considerando inconstitucional o pagamento em até dez parcelas dos precatórios pendentes até 2000. Isso significa que esses precatórios, ou seus saldos, que vinham sendo quitados em até 10 prestações anuais iguais, terão de ser pagos integralmente de uma só vez, e em 2012.
    
2. Para os que, por decisão da Justiça já transitada em julgado, têm dinheiro a receber do Poder Público, mas não conseguiam receber o valor devido por causa de manobras protelatórias dos trêsníveis de governo, a medida representa um alento. A decisão reduz o espaço para os governos protelarem indefinidamente o pagamento, ludibriando decisões judiciais e prejudicando milhares de brasileiros.     

 3. O projeto de LDO, elaborado antes da publicação da decisão do STF, previa para o próximo ano a continuidade do pagamento dos precatórios em parcelas, o que resultaria em gastos de R$ 2bilhões a R$ 2,5 bilhões. A sentença, de acordo com estimativas iniciais, implicará despesas adicionais de até R$ 8 bilhões. Para manter seu compromisso de alcançar um superávit primário equivalente a 3% do PIB no próximo ano, o governo terá de cortar outras despesas ou aumentar receitas, decisão menos recomendada. Em resumo, terá de adotar uma política fiscal mais rigorosa do que pretendia.