Os Estados Unidos estão conduzindo uma guerra escondida contra militantes islâmicos usando aviões armados de pequeno porte, teleguiados e sem pilotos, chamado de drones em inglês, para matar pessoas que eles suspeitam de conspirar contra os EUA.
Adotada pela administração de George W. Bush em 2004, após os ataques da al-Qaeda de 11 de setembro de 2001, em Nova York, a frota cresceu rapidamente em numero depois que Barack Obama foi eleito presidente em 2008.
Esse programa de assassinatos planejados não foi publicamente reconhecido, e é controlado pela Central de Inteligência Americana, a CIA.
Por ser controlado por um dos braços clandestinos do governo americano, esse programa de assassinatos à longa distancia nunca teve muita publicidade, e tem se desenrolado num clima de sigilo e muita fumaça.
Por isso, a tarefa de seguir o numero de ataques de drones pelos EUA no Afeganistão, no Iêmen e na Somália, e os números de vitimas, ficou a cargo de jornalistas independentes nos EUA e Inglaterra.
Conforme o site americano The Long War Journal, de 2002 até 2012 foram lançados 57 ataques aéreos contra alvos no Iêmen, matando 299 militantes e 82 civis. Mas o campeão em números absolutos foi o Paquistão, por causa da ocupação do vizinho Afeganistão por tropas americanas e europeias desde 2002, que viu 331 ataques aéreos americanos de 2004 ate o dia 9 de janeiro 2013.
As mortes no Paquistão também foram surpreendentes: 2.474 militantes do Talibã ou al-Qaeda e 153 civis, de 2006 até janeiro de 2013, segundo estima o Long War Journal.
Na maioria das vezes, nos ataques contra alvos no Paquistão, os americanos defenderam suas ações como preventivas, alegando que esses militantes estavam planejando ataques contra tropas americanas no Afeganistão.
No Iêmen os ataques americanos foram dirigidos contra membros da al-Qaeda da Península Árabe, sediada naquele país, e que tem planejado ataques contra alvos americanos, como o do nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, que ia explodir um voo para Detroit, nos EUA, no Natal de 2009, e um complô de mandar bombas para os EUA escondidas em pacotes em 2010.