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Briguilina política da hora

Quem não tem votos apela pru tapetão (Judiciário) que só condena ladrão de galinhas e protege tucano em extinção.

Pig anunciará liquidação da oposição na Black Fraidy

Zoologico - Com dificuldade para acomodar no Psdb todos os aliados de sua base de oposição, Aécio Never deve anunciar amanhã a extinção de 24 partidos. A notícia virá no dia da Black Friday, a liquidação importada que está se firmando no calendário do varejo brasileiro. A medida foi aplaudida pela Confederação Nacional do Comércio: “Os novos ministérios vão estimular a circulação de quadros nos corredores do projac”, avalia Miriam Leitão, colunista da Globo. “Político brasileiro adora uma promoção.”

O Psdb ainda não divulgou as áreas que serão contempladas. Analistas apostam que, além do partido da Referência e dos Animais Domésticos, dado como certo, Aécio anunciará o fim do PAA - partido dos alcoolatras anônimos -.
A medida integrará um pacote para a Sexta Super. Espera-se uma explosão de ofertas de centenas de fim de papagaios de piratas nas tvs. Até o fechamento desta edição, mais de 25 deputados da oposição aliada haviam confirmado presença no Facebook no evento “Saldão do terceiro Escalão”.
Contaminado pela euforia da Sexta-Feira Negra, o juiz Luís Carlos de Corrêa Sousa prometeu sortear duzentos lotes na área nobre de Búzios a moradores que se submeterem ao teste do bafômetro da Lei Seca.

Black Friday: Seis passos fundamentais para se dar bem

por Leonardo Pereira - Olhar Digital

Amanhã (28/11), a internet será novamente transformada em campo para uma batalha de vendas chamada Black Friday. Batalha porque, além circular entre lojas que atiram para todo lado, o internauta ainda precisa desviar de ofertas que possam causar ferimentos no seu bolso.

Mas não é preciso se preocupar. Há muitas formas de se proteger. Confira:
  1. A primeira regra para quem quer chegar ao fim do dia com o cartão de crédito ileso é desconfiar. Desconfie de preços muito baixos, desconfie de condições jamais vistas. Mesmo nas grandes lojas é possível encontrar pegadinhas como aumento do valor do frete e do prazo de entrega.
  2. Informe-se. Além do já bem conhecido Reclame Aqui, que informa a reputação de muitas empresas (virtuais ou físicas), você também pode consultar esta lista do Procon que tem mais de 400 sites a serem evitados. Enfim, desconfie.
  3. Pesquise à exaustão. Neste ano há uma série de plataformas que permitem descobrir se o desconto oferecido pelas empresas é real, porque elas acompanham a oscilação dos valores dos produtos. Conheça as principais neste link.
  4. Encontrou o produto que queria? Continue procurando. Pelo menos no caso de itens populares, só feche uma compra depois de consultar ao menos três lojas diferentes.
  5. Evite ofertas que chegam por e-mail, justamente porque grandes redes e lojas confiáveis usam esse método para alcançar os clientes. Os criminosos já sabem que Submarino, Extra, Saraiva, Americanas etc. têm marcas confiáveis junto ao consumidor, então provavelmente explorarão isso para aplicar golpes. O que começa no e-mail marketing falso e termina em páginas idênticas às originais que coletam dados como números de cartão de crédito, endereço, telefone.
  6. Pesquisou bastante, consultou a reputação do site e tem certeza de que é ali que está a melhor oferta? Chegou a hora de printar. Tire capturas de tela de cada passo da compra para reunir provas caso precise confrontar a loja posteriormente. Se a empresa errou o preço e acabou disponibilizando um produto por um valor mais vantajoso do que previa, o print também impede que ela conteste sua compra: não existe erro crasso na Black Friday, como o consumidor está em busca de ofertas incríveis, qualquer desconto tem de ser garantido. Faça capturas da tela toda, e não apenas do site, pois isso transmite a veracidade da imagem.


Dilma Invocada: Sobre a equipe econômica e a mídia

Jornalistas, colunistas, economistas e demais istas que afirmam, insinuam que nosso governo rendeu-se ao mercado, estão falando bobagens.

Distribuição de renda através da valirização do salário mínimo, emprego, geração de renda e inclusão social com prioridade em educação, saúde, segurança pública e investimentos na infraestrutura é nosso objetivo.

Oração da noite

Senhor, aqui estou,
o dia terminou,
venho agradecer.
O meu amor eu Te ofereço.
Te adoro meu Deus,
por tudo o que Tu,
meu Senhor, me deste.
Guarda a mim,
aos meus pais e irmãos.
Muito obrigado, meu Deus,
por tudo quanto me deste, dá e darás.
Em teu Nome, Senhor, descansarei tranquilo.
Assim seja !
Amém!

Como aprendi inglês

por Eduardo Pinheiro - Papo de homem

Meus primeiros contatos conscientes com a língua inglesa ocorreram na tentativa de ler as capas e selos dos vinis de meu pai. Beatles, Grateful Dead, Creedence e um bocado de disco e soul naquela coleção dos anos 70.

Lembro-me de gostar do y de palavras como “year” ou “yesterday”, que por algum motivo esquisito também estava no nome de minha mãe, Mary, e do meu avô materno, Ruy — mas que não era nem um pouco comum no português daquela época e que eu aprendia na escola. O “y”, o “w” e o “k” eram cool, por serem um tanto proibidos por alguma reforma. E o inglês abundava com esses caracteres, o que, pra criança, era quase grego.

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Álbum Azul dos Beatles


O jogo está escancarado: o que se disputa é o Brasil

do Jornalista Nilson Lage - Facebook

A campanha mobiliza a mídia comandada pela Sociedade Interamericana de Imprensa através de organizações corporativas nos moldes das agências nacionais de jornais e de emissoras de rádio e televisão – destacadamente, as empresas sempre fiéis, como as Organizações Globo e o que restou dos Diários Associados.
Os recursos fluem através dos mecanismos hegemônicos de patrocínio publicitário implantados nos últimos 60 anos e do financiamento pelas multinacionais interessadas; para isso, elas cooptaram lideranças políticas ambiciosas dos estados mais industrializados no quadro do “desenvolvimento dependente”.



Numa sociedade em que todos os negócios têm comissões e que a corrupção é generalizada – embora se venha reduzindo nos últimos anos – , cuida-se de demonizar seletivamente as empresas brasileiras mais importantes e as principais detentoras de tecnologia com expressão internacional.
Trata-se, como sempre, de minar o poder nacional brasileiro, intimidar sua eventual base de suporte econômico e, afinal, tomar posse integral dos minérios e do bioma amazônico e, com maior urgência, do subsolo do Atlântico que a Petrobrás começou a explorar – o petróleo do pré-sal e muita coisa mais.
Para esse assalto, há traidores bastantes; uma esquerda cega que sonha impossível “revolução já”; bacharéis carreiristas ou alienados; vigilantes que se supõem super-heróis; e forças armadas de caça-fantasmas perseguindo um comunismo de araque que já foi trabalhismo e agora é bolivarianismo.

As verdades e as fantasias em torno do ministério da presidente Dilma Roussef

por Paulo Nogueira - Diário do Centro do Mundo


Há um imenso alarido em torno do ministério de Dilma.
Pela esquerda, floresceu um sentimento de indignação assim que se surgiram nomes como o de Joaquim Levy e, mais ainda, Kátia Abreu.
Em sua coluna de hoje na Folha, o ativista Guilherme Boulos sugeriu, dado o andar da carruagem, que Dilma também levasse para sua equipe Lobão, Bolsonaro e Reinaldo Azevedo.
Fora do campo do humor político, intelectuais lançaram um manifesto para que seja seguido por Dilma o programa vitorioso nas urnas.
Joaquim Levy foi sublinhado, no manifesto, como um típico representante das ideias derrotadas pelos eleitores.
Pela importância do cargo de ministro da Fazenda, o inconformismo da esquerda se concentra em Levy, mais que em Kátia Abreu.
Quanto há de realidade no medo de que Dilma, afinal, faça o que Aécio faria caso ganhasse?
Pouco, ou nada.
Nomear Levy é um problema muito mais de simbologia do que de qualquer outra coisa.
É verdade que simbologia conta, e provavelmente se deva à reação negativa a Levy que Dilma venha protelando sua confirmação no cargo, algo que deveria ter ocorrido na sexta passada.
Mas, concretamente, Levy, ou quem for, vai obedecer ao comando presidencial. Suas decisões só serão materializadas com o aval de Dilma.
Imagine uma empresa.





Você tem, nela, um presidente. E tem também, sob sua supervisão, um diretor financeiro.

O diretor de financeiro vai obedecer às diretrizes do presidente. Ele tem que ser competente para executar as ordens e sugerir medidas. Mas a decisão está um degrau acima.

Essa empresa hipotética tem que cortar despesas, porque elas estão acima das receitas, e isto é insustentável.

Compete ao presidente escolher onde cortar. O diretor financeiro pode e deve fazer sugestões. Mas os cortes serão feitos onde o presidente determinar.

É exatamente esta a lógica que vai dominar também a relação entre Dilma e seja quem for o novo ministro.

Ele não terá autonomia, por exemplo, para ceifar programas sociais – algo que fatalmente ocorreria sob Aécio.

Como e onde você corta faz toda a diferença num ajuste fiscal.

Há áreas que pedem por cortes que não terão efeito nenhum sobre a sociedade. Por exemplo, entre 2002 e 2012 os gastos do governo com publicidade dobraram. Passaram de cerca de 1 bilhão de reais para 2 bilhões, aproximadamente.

Há, aí, 1 bilhão fácil de podar.

Outros bilhões você encontrará, sem grandes dificuldades, em outras áreas.

Um bom método para isso – amplamente usado em empresas eficientes mundo afora – é o chamado orçamento zero. Você não parte do orçamento anterior para montar o novo. Parte do zero para verificar o que é, realmente, necessário gastar.

Outro método vital para equilibrar as contas, nas empresas, é explorar ao máximo as receitas.

O Brasil tem um problema dramático de evasão fiscal. Outros países também têm, mas eles estão claramente empenhados em resolvê-lo.

No G20, combater o uso de paraísos fiscais por grandes empresas foi um dos temas dominantes nas discussões.

No Brasil, paira um silêncio inaceitável sobre este tema. Lutar contra a sonegação é algo que tem que ser liderado pelo governo, mas até aqui nenhum pronunciamento sobre o assunto foi feito nem por Dilma e nem por ninguém no poder.

Obama vem falando disso, Cameron também, Hollande também, e assim outros líderes de países que sofrem com os paraísos fiscais – mas Dilma não.

Você chega a situações bizarras.

Levy é do Bradesco – que semanas atrás apareceu num episódio de evasão, via Luxemburgo. O repórter Fernando Rodrigues, em seu último trabalho na Folha, teve acesso a documentos que mostram que o Bradesco “economizou” 200 milhões de reais com o deslocamento de dinheiro para Luxemburgo.

Isto foi ponderado na decisão de convidar Levy? Provavelmente não, uma vez que o primeiro convite foi feito ao chefe de Levy, Trabuco, o presidente do Bradesco.

No campo das receitas, não faz sentido esperar o cerco à sonegação pelos paraísos fiscais, diante do convite a Trabuco e a Levy.

Mas no terreno dos cortes é um erro de avaliação considerar que Levy, ou qualquer outro, vá ter liberdade de ação para fazer o que quiser.

Tudo isso somado, vai-se chegar, no segungo governo de Dilma, ao que caracterizou o primeiro: avanços sociais expressivos – mas aquém do que seria desejável para um país tão desigual quanto o Brasil.

Não é o ideal, mas poderia ser muito pior caso Aécio ganhasse.

Petismo de resultados

Ou
Vestindo o uniforme?

Pra desopilar

Zé Dirceu: Presidenta reitera que abertura ao diálogo será ponto alto de seu novo governo

Temos todos os motivos para aplaudir, nós e todos os segmentos sociais brasileiros  – nem há como não fazê-lo – a disposição manifestada pela presidenta Dilma em encontro com o teólogo Leonardo Boff e com o frade dominicano Frei Beto de “a partir de agora ter como um ponto alto do seu governo um diálogo permanente, orgânico, contínuo, com os movimentos sociais, e com a sociedade em geral”, segundo a declaração da chefe do governo reproduzida por Boff.
Esperamos que a reunião da presidenta da República com os dois religiosos seja o ponto de partida, o primeiro de muitos encontros dela com as entidades e lideranças da sociedade – como é óbvio numa democracia – particularmente dos que a apoiaram ainda que não exclusivamente com estes.
A campanha e a disputa eleitoral terminaram há exatos 31 dias, no 26 de outubro pp e a partir dali, reeleita, ela é a presidenta de todos os brasileiros. Dos que votaram nela e dos que votaram na oposição. No nosso caso, infelizmente a oposição recusou a proposta de diálogo da chefe do Estado e preferiu tentar um 3º turno já derrotado.
Presidenta se ocupava muito até agora com gestão de grandes projetos
Na tarde de ontem, no Palácio do Planalto, a presidenta estreou essa sua nova forma de governar recebendo o teólogo e intelectual Leonardo Boff, o frade dominicano e escritor Frei Beto e mais quatro e quatro integrantes do grupo Emaús (movimento da Igreja Católica em que Boff atua), que entregaram-lhe uma carta-manifesto com 16 reivindicações edemandas da sociedade para ela analisar o cumprimento em seu 2º mandato.
Na avaliação deles – Boff falou pelo grupo – após a vitória da presidenta Dilma nas eleições, nas quais havia um “risco” de que o “projeto popular do PT” não continuasse à frente do país, é necessário maior diálogo com a sociedade. Isso foi colocado à chefe do governo que, segundo a análise de Boff está determinada a promover este diálogo em seu 2º mandato presidencial.
Boff acentuou que a própria presidenta reconheceu a falta de contato com as bases em seu 1º período de governo. “(Dilma) se ocupava muito com a administração dos grandes projetos. Ela disse que a partir de agora será um ponto alto do seu governo um diálogo permanente, orgânico, contínuo, com os movimentos sociais, e com a sociedade em geral”, reproduziu o teólogo.
Ela promete começar já na próxima semana encontros com movimentos sociais
“O Brasil que Queremos”, título do documento-manifesto assinado por 34 integrantes do Movimento Emaús e entregue à presidenta alinha reivindicações políticas, econômicas, sociais e ambientais.  De acordo com o relato de Boff, a presidenta tomou nota das sugestões levantadas na conversa e foi incisiva: quer discutir mais os detalhes das questões com toda a sociedade.
Ao grupo, no encontro, a presidenta disse: “Eu prefiro escutar críticas, do que apenas escutar as coisas boas que eu faço. Porque aí (com as críticas) eu aprendo”. Boff adiantou que a presidenta quer se encontrar mais sistematicamente com o grupo e pretende, também, começar a receber outras lideranças dos diversos movimentos sociais já a partir da próxima semana.
A presidenta prometeu, também, “estudar o documento”, já que não foi possível discutir detalhadamente todos os seus pontos nessa 1ª reunião de ontem. durante a reunião. “O Brasil que Queremos” pede, dentre outros pontos, um modelo econômico mais social e popular; auditoria da dívida pública; proteção do meio ambiente; utilização cada vez maior de energias renováveis; e defesa do direito dos povos indígenas e quilombolas.
Solicita também a restrição a transgênicos e agrotóxicos; democratização dos meios de comunicação; universalização do respeito aos direitos humanos; instituição de uma nova política de segurança pública; valorização dos trabalhadores; o controle social da gestão pública; ética na política; e a realização das reformas política, urbana, agrária e tributária.
O Emaús em que Boff atua nasceu na França há meio século e tem como principal proposta promover maior solidariedade entre os pobres. Uma das principais formas de ação do movimento é recolher, consertar e reciclar objetos para venda a pessoas carentes por preços simbólicos. O Movimento tem como centro e filosofia de seu trabalho o princípio da “força da partilha” e como lema “Injustiça não é desigualdade, injustiça é não partilhar”.
Leiam, aqui, a íntegra do documento “O Brasil que Queremos” entregue á presidenta Dilma nesta 4ª feira (ontem.

Pronatec Direitos Humanos

Pessoas com necessidades especiais, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e moradores de rua agora terão direito a formação, aperfeiçoamento e qualificação profissional. Ontem, quarta-feira (26/11) foi lançado pelo governo federal o Pronatec Direitos Humanos. A nova modalidade será executada pela SDH - Secretaria de Direitos humanos. Leia mais>>>


Briguilina do dia

O importante não é falar da fé, é ter fé.
O importante não é falar do amor, é amar.
O importante não é falar da solidariedade, é a solidariedade.
O importante não é falar, é fazer.
Faça!
#Joel Neto

Copa do Brasil: Cruzeiro teve o que mereceu

por Scott Moore - Diário do Centro do Mundo

Vocês com certeza conhecem a série Breaking Bad. A música que encerra a saga de Walt é de uma sabedoria fulgurante. “Sim, acho que recebi o que merecia”, diz a letra.
Não há lamúrias, não há autocomiseração, não há desculpas. Na letra, o sujeito aceita o preço pelas besteiras que fez, assim como Walt na história.
Pois eu digo o seguinte: o Cruzeiro teve o que mereceu na derrota na final de hoje contra o rival Atlético Mineiro.
Um clube que obriga os torcedores rivais a pagar 1 000 reais por um ingresso revela uma mesquinharia, uma pequenez de espírito patética.
Tamanha falta de caráter tinha mesmo que ser punida como foi: uma surra exemplar num estádio monopolizado por uma só torcida.
Tenho arrepios quando ouço alguém falar nos Deuses do Estádio. Não acredito nisso. Mas respeito Supernatural Jones, o personagem de Nelson Rodrigues que me foi apresentado por Boss.
Tenho para mim que Supernatural – ou Sobrenatural de Almeida, como preferirem – se infiltrou entre os torcedores do Cruzeiro e ali, como um espião com poderes especiais, manejou os cordéis que foram dar no título do Cock. (Nota da tradutora: Galo.)
Ladies & Gentlemen: Boss ficou feliz com a derrota do Cruzeiro por outros motivos. Não entendi direito, mas ele falou num Dustcopter, ou coisa parecida. (Nota da tradutora: Helicóptero do Pó.)
Mas Boss com suas razões e eu com as minhas.
Só eu vi o jogo em Londres, até pelo horário: aqui, era meia noite quando ele começou.
Mas, em minha solidão intransponível, me senti no meio da pequena torcida do Cock que teve os meios para vencer a ultrajante barreira imposta pelo Cruzeiro.
Antes de dormir, ponho para tocar a grande música de Breaking Bad. Canto junto o primeiro verso.
Guess I got what I deserved.
O Cruzeiro teve o que mereceu.


Sincerely.
Scott
Tradução: Erika Kazumi Nakamura
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Sobre o Autor
Aos 53 anos, o jornalista inglês Scott Moore passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Para piorar o ressentimento, ele ainda precisou assistir ao rival United conquistando 12 títulos neste período de seca. Revigorado com a vitória dos Blues nesta temporada, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do Diário

Rir é o melhor remédio

Professora pergunta:

- Luizim do que você tem mais medo?

- Do lobisome fessôra.

- Lobisomem não existe. É lenda, não tem pra quê você ter medo.

- Mariinha do que você tem mais medo?

- Da mula-sem-cabeça fessôra.

- Mula-sem-cabeça também é lenda, não precisa ter medo.

- E você Briguilino, do que tem mais medo?

- Do Malamém fessôra.

- Malamém? Nunca ouvir falar nesse não, quem é?

- Também sei não. Mas, toda noite quando mamãe reza, termina dizendo:

"Mais livrai-nos do Malamém!


Josias de Souza: aliados chantageiam escancaradamente

Com aliados assim, para que oposição?

O que assusta na marcha resoluta de Dilma Rousseff rumo ao arcaico é sua crueza explícita. Se a sessão mais recente do Congresso serviu para alguma coisa foi para informar à presidente reeleita que ela não deve esperar nenhuma colaboração altruísta dos seus aliados. Ficou entendido que, no segundo mandato, os sócios do empreendimento governista enquadrarão a presidente da República em três leis: a lei da oferta e da procura, a lei do mais forte e a lei da selva.
O fato de os partidos aproveitarem a hora para exigir definições sobre o rateio dos ministérios e otras cositas não deveria surpreender o Planalto. O pessoal está apenas exigindo a consideração que Dilma não demonstrou no primeiro mandato, quando ainda se achava uma gerente extraordinária. A presidente encomendou uma meia-sola para disfarçar o rombo nas contas de 2014. Os aliados querem ajudar. Mas exigem recompensa compatível com o valor do conserto —são regras do mercado persa.


Renan Calheiros reuniu-se com Dilma na terça-feira. Acertou o envio do senador Vital do Rêgo, PhD em gestão de CPIs, para uma sinecura no TCU. E prometeu apressar a aprovação do jeitinho fiscal. Renan ligou o trator. Numa única noite, arou os 38 vetos presidenciais que obstruíam a passagem da manobra que transformará deficit em superavit. Programou o grand finale para o dia seguinte, na hora do almoço. Foi mastigado pela oposição e engolido pelo seu PMDB.
Chamado de “vergonha do Congresso” por Mendonça Filho, líder do DEM, Renan tentou fingir que havia quórum para manter o funcionamento da sessão. Para entregar a mercadoria a Dilma, precisava dos votos de 257 deputados e 41 senadores. Mas passaram pelo plenário apenas 222 dos 513 deputados e 32 dos 81 senadores. Em plena quarta-feira, dia de Casa cheia, não se chega a uma falta de quórum como essa na base do improviso.
A bancada do PMDB na Câmara soma 71 deputados. Passaram pela sessão 28. Ausente, o líder Eduardo Cunha atribuiu o fenômeno à hora do almoço. Ele mesmo estava num repasto com a turma do PSC, que irá apoiá-lo na briga pela presidência da Câmara. No Senado, o PMDB controla 19 cadeiras. Apenas oito estavam ocupadas. Foi como se os peemedebistas gritassem para Dilma que Renan representa os interesses dele, não as reivindicações das bancadas.
Além do PMDB, estavam sub representados na sessão do Congresso outras legendas cujo governismo anda meio cansado, dependendo de uma vitamina para revigorar-se. O PP, por exemplo, desfilou no plenário apenas 23 cabeças. O PR, 17. E o PSD, 26. Reduzido à rara condição de general sem tropa, Renan reconheceu a ausência de infantaria, enfiou a empáfia no saco, encerrou os trabalhos  e convocou nova batalha para terça-feira, já em pleno mês de dezembro, a 20 dias do recesso parlamentar.
Na semana passada, Dilma adiara o anúncio de sua nova equipe econômica porque lhe disseram que seria possível apresentá-los ao mercado já com a página do buraco nas contas virada pelo Congresso. Deu chabu. Nesta quinta, Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) virão à boca do palco tendo como pano de fundo a nódoa da meta descumprida do superavit. Por um instante, serão coadjuvantes de um enredo que tem a chantagem como protagonista.
Tramada e executada com esmero, a ausência de governistas na sessão do Congresso foi uma mensagem do lado mais forte para o mais fraco. E no Brasil de Brasília, os partidos governistas chegaram à conclusão de que o lado politicamente mais fraco é a presidente da República que acaba de ser reeleita. Chantageada assim, à luz do dia, Dilma terá de decidir rapidamente que tipo de papel deseja desempenhar nos próximos quatro anos: presidente ou refém?