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Cantinho da Kaah

Karolyne Matsunaga:
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Cantinho da Kaah
"Sim, eu tenho saudades dos momentos bons que eu vivi com você, mas também tenho saudades de tantos outros momentos bons que eu vivi com tantas out...

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Pimenta de Açúcar

Juliana Ferreira:
Hello Açucaradas,

Está no ar a minha salvação, para meus cabelos ressecados.

http://pimentasdeacucar.blogspot.com.br/2015/01/acucarando-shampoo-move-it-da-gllendex.html

Beijos Açucarados!
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Pimenta de Açúcar : Açucarando: Shampoo Move-it da Gllendex!
E depois dos probleminhas com alguns produtos capilares, trago para vocês açucaradas os produtos que usei para exterminar este problema. A solução ...

Elianna Cruz

Corre lá para vê dicas de penteados lindos para o verão :D
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Cabelo + Verão = O que devo fazer ?
Oi pessoal,tudo bem?Eu espero que sim,hoje vim fazer uma nova postagem, me perdoem por não ter postado antes.E como estamos no verão pensei em fala...

Há quem diga que está faltando homem. Me parece que quanto mais essa ideia toma forma diante de nossos olhos, mais o desespero feminino se torna latente. Essa é uma constatação tão provável quanto lamentável: estamos perdendo o jogo pra nós mesmas.
Ao passo em que a máxima de que toda mulher, pra ser mulher, precisa de um homem ao lado se solidifica, traz consigo a ideia de que (quase) todo defeito masculino é aceitável: Ele te trai, mas tá faltando homem; Ele te subjuga, mas tá faltando homem. Te trata mal, te expõe ao ridículo e não te faz feliz, mas é melhor – sempre melhor – do que não ter um homem ao lado. Ele é namorado da sua melhor amiga, da sua irmã, da sua mãe ou da sua prima, mas se ele der mole é melhor aproveitar: Não é em qualquer esquina que se encontra um homem (tão valioso que dá em cima da melhor amiga/filha/irmã/prima da própria companheira).
Passamos a nos trair e nos comportar – digo “nós” enquanto mulher, mas, sem hipocrisia, nem de longe compactuo com este comportamento e nem posso generalizar – como se estivéssemos numa guerra permanente em que o prêmio é ter um homem pra chamar de seu.
O pior de tudo isso – sim, ainda pior do que nos trair e nos submeter a comportamentos masculinos inaceitáveis – é que algumas mulheres estão simplesmente deixando de ser quem são: tudo isso em nome de um relacionamento amoroso, ainda que capenga, inútil e infeliz – porque antes mal acompanhada do que só.
O mal do século é que me parece que toda mulher gosta de futebol, toda mulher é tranquila, gente boa e equilibrada. Toda mulher vira a melhor amiga da sogra e dos amigos dele, e faz carinho no Totó dele e torce pelo time dele. Toda mulher conhece todas as posições sexuais do mundo, é fogosa e completamente liberal: puta na cama e santa na rua, como nove entre dez dos homens sempre sonharam.Toda mulher prefere beber cerveja com os amigos do namorado do que sair com os próprios (a) amigos (a) ou ler um livro, ou ver um filme ou não fazer nada, porque toda mulher tem que ser a mulher perfeita. A mulher que todo homem quer, porque (lembra?) tá faltando homem. E essas mulheres perfeitas, raras e maravilhosas continuam sozinhas, exatamente como temiam. E, não, não vejo mal nenhum nisso. Mas, acredite, elas vêem. E muito.
Essa política da perfeição está se tornando visivelmente monótona ao passo que não há o que ser conquistado, não há o desejo, não há a deliciosa luta diária provocada pelas diferenças: não há problemas, e isso, por mais incrível que pareça, é broxante.
Uma mulher “perfeita” – ou que tenta incansavelmente sê-lo – é incapaz de fazer o que eu arriscaria dizer que é a única coisa capaz de conquistar um homem de verdade – já que é isso que tanto desejam: Desafiá-lo. Torná-lo ansioso pela conquista, fazê-lo construir a felicidade em vez de encontra-la pronta. As Misses simpatias e Senhoritas perfeição estão pecando por excesso.
Não seja a mulher perfeita. Seja você, mesmo que você não goste de futebol e seja ciumenta. Mesmo que você não vá com a cara do amigo mala dele. Mesmo que discorde com a mãe dele de vez em quando e demore pra se arrumar.
A perfeição é monótona e relacionar-se com alguém que não oferece qualquer desafio é deprimente. Desestimulante. Você não precisa – e não pode – ser perfeita pra merecer alguém ao seu lado: suas qualidades serão suficientes, desde que você tenha coragem de não mascarar os seus defeitos. A autenticidade é afrodisíaca. Não seja a mulher perfeita. Seja feliz!

O homem que mais defendeu as mulheres


As mulheres frequentemente foram silenciadas, controladas, diminuídas e tratadas como subumanas nas mais diversas sociedades humanas. Todavia, houve um homem que lutou sozinho contra o império do preconceito. Ele foi incompreendido, rejeitado, excluído, mas não desistiu dos seus idéias. Ninguém apostou tanto nas mulheres como ele. Fez das prostitutas rainhas, e das desprezadas, princesas. Muitos dizem que ele é o homem mais famoso da história, mas poucos sabem que foi ele quem mais defendeu as mulheres. Seu nome é Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres na arte de viver. Esse texto não fala de uma religião, mas da filosofia e da psicologia do homem mais complexo e ousado de que se teve noticia.


Nos tempos de Jesus os homens adúlteros não sofriam punição severa. Todavia, a mulher adultera era arrastada em praça pública, suas vestes rasgadas e, com os seios à mostra, eram apedrejadas sem piedade. Enquanto sangravam e agonizavam, pediam compaixão, mas ninguém as ouvia. A cena, inesquecível, ficava gravada na mente e perturbava a alma para sempre.

Certa vez, uma mulher foi pega em adultério. Arrancaram-na da cama e a arrastaram centenas de metros até o lugar em que Jesus se encontrava. A mulher gritava “Piedade! Compaixão!”, enquanto era arrastada; suas vestes iam sendo rasgadas e sua pele sangrava esfolando-se na terra.

Jesus estava dando uma aula tranqüila na frente do templo. Havia uma multidão ouvindo-o atentamente. Ele lhes ensinava que cada ser humano tem um inestimável valor, que a arte da tolerância é a força dos fortes, que a capacidade de perdoar está diretamente relacionada à maturidade das pessoas. Suas idéias revolucionavam o pensamento humano, por isso começou a ter muitos inimigos. Na época, os judeus constituíam um povo fascinante, mas havia um pequeno grupo de radicais que passou a odiar as idéias do Mestre. Quando trouxeram a mulher adultera até ele, a intenção era apedreja-lo juntamente com ela, usa-la como isca para destruí-lo.

Ao chegarem com a mulher diante dele, a multidão ficou perplexa. Destilando ódio, comentaram que ela fora pega em flagrante adultério. E perguntaram qual era a sentença dele. Se dissesse “Que seja apedrejada”, ele livraria a sua pele, mas destruiria seu projeto transcendental, seu discurso e principalmente seu amor pelo ser humano, em especial pelas mulheres. Se dissesse “Não a matem!”, ele e a mulher seriam imediatamente apedrejados, pois estariam indo contra a tradição daqueles radicais. Se os fariseus tivessem feito a mesma pergunta aos discípulos de Jesus, estes provavelmente teriam dito para mata-la. Assim se livrariam do risco de morrer.

Qual foi a primeira resposta do Mestre diante desse grave incidente? Se você pensou: “Quem não tem peado atire a primeira pedra!” , errou, essa foi a segunda resposta. A primeira foi não da resposta, foi o silencio. Só o silencio pode conter a sabedoria quando a vida está em risco. Nos primeiros 30 segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas, ferimos quem mais amamos. Por isso, o silencio é a oração dos sábios. Para o Mestre dos Mestres, aquela mulher, ainda que desconhecida, pobre, esfolada, rejeitada publicamente e adultera, era mais importante do que todo o ouro do mundo, tão valiosa como a mais pura das mulheres. Era uma jóia raríssima, que tinha sonhos, expectativas, lágrimas, golpes de ousadia, recuos, enfim, uma historia fascinante, tão importante como a de qualquer mulher. Valia a pena correr riscos para resgata-la.

Para o Mestre dos Mestres não havia um padrão para classificar as mulheres. Todas eram igualmente belas, não importando a anatomia do seu corpo, não importando nem mesmo se erravam muito ou pouco. Jesus precisava mudar a mente dos acusadores, mas nunca ninguém conseguiu mudar a mente de linchadores. O “eu” deles era vítima das janelas do ódios, não eram autores da sua história, queria ver sangue. O que fazer, então?

Ao optar pelo silencio, Jesus optou por pensar antes de reagir. Ele escrevia na areia, porque escrevia no teatro da sua mente. Talvez dissesse para si mesmo: “Que homens são esses que não enxergam a riqueza dessa mulher? Por que querem que eu a julgue, se eu quero amá-la? Por que, em vez de olhar para os erros dela, não olham para seus próprios erros?”

O silencio inquietante de Jesus deixou os acusadores perplexos, levando-os a diminuir a temperatura da raiva, da tensão, oxigenando a racionalidade deles. Num segundo momento, eles voltaram a perguntar o veredicto do Mestre. Então, finalmente, ele se levantou. Fitou os fariseus nos olhos, como se dissesse: “Matem a mulher! Todavia, antes de apedreja-la, mudem a base do julgamento, tenham a coragem de ser transparentes em enxergar as suas falhas, erros e contradições”. Esse era o sentido de suas palavras. “Quem não tem pecado atire a primeira pedra!”

Os fariseus receberam um choque de lucidez com as palavras de Jesus. Saíram do cárcere das janelas killer e começaram a abrir as janelas light. Deixaram de ser vítimas do instinto de agressividade e passaram a gerenciar suas reações. O homo sapiens prevaleceu sobre o homo bios, a racionalidade voltou. O resultado é que eles saíram de cena. Os mais velhos saíram primeiro porque tinham acumulado mais falhas ao longo da vida ou porque eram mais conscientes delas.

Jesus olhou para a mulher e fez uma delicada pergunta: “Mulher, onde estão seus acusadores?” O que ele quis dizer com essa pergunta e por que a fez? Em primeiro lugar, ele chamou a adultera de “mulher”, deu-lhe o status mais nobre, o de um ser humano. Ele não perguntou com quantos homens ela dormira. Para o Mestre dos Mestres, a pessoa que erra é mais importante do que seus próprios erros. Aquela mulher não era uma pecadora, mas um ser humano maravilhoso. Em segundo lugar, perguntou: “Onde estão os seus acusadores? Ninguém a acusou?” Ela respondeu: “Ninguém”. Ele reagiu: “Nem eu”. Talvez ele fosse a única pessoa que tivesse condições de julga-la, mas não o fez. O homem que mais defendeu as mulheres não a julgou, mas compreendeu, não a excluiu, mas a abraçou. As sociedades ocidentais são cristãs apenas no nome, pois desrespeitam os princípios fundamentais vividos por Jesus. Um deles é o respeito incondicional pelas mulheres!

O homem que mais defendeu as mulheres não parou por aí. Sua ultima frase indica o apogeu da sua humanidade, o patamar mais sublime da solidariedade. Ele disse para a mulher: “Vá e refaça seus caminhos”. Essa frase abala os alicerces da psiquiatria, da psicologia e da filosofia. Jesus tinha todos os motivos para dizer: “De hoje em diante, sua vida me pertence, você deve ser minha discípula”. Os políticos e autoridades usam seu poder para que as pessoas os aplaudam e gravitem em sua órbita. Mas Jesus, apesar do seu descomunal poder sobre a mulher, foi desprendido de qualquer interesse. “Vá e revise a sua historia, cuide-se. Mulher, você não me deve nada. Você é livre!” 

Jesus a despediu, mas ela não foi embora. E por que? Porque o amou. E, por ama-lo, o seguiu para sempre, inclusive até os pés da cruz, quando ele agonizava. Talvez essa mulher tenha sido Maria Madalena. A base fundamental da liberdade é a capacidade de escolha, e a capacidade de escolha só é plena quando temos liberdade de escolher o que amamos. Todavia, estamos vivendo em uma sociedade em que não conseguimos sequer amar a nós mesmos. Estamos nos tornando mais um numero de cartão de crédito, mais um consumidor potencial. Isso é inaceitável.


Adaptação do livro:
A ditadura da beleza e a revolução das mulheres

(Augusto Cury)



A beleza além do rótulo de gostosa

É muito fácil reclamar da vizinha gostosa que está usando shortinho, da colega da faculdade que enche a cara de maquiagem e da moça branca de olhos azuis que tem um sorriso simpático, alegando que todas nasceram bonitas ou usam artifícios para chamar atenção dos homens. Sabe o que é difícil?
Ser uma delas.
Primeiro sempre vem a lenda de que se você nascer bonita tudo vai ser mais fácil. Mais caras, mais convites, mais beijos, menos dinheiro pra gastar (como se todos pagassem pra você ser linda perto deles). A promessa de uma vida fácil cujo final sempre acaba em boatos de prostituição ou de moral duvidosa que desculpa a violência.
Sou da época em que as garotas que curtiam rock e videogame eram classificadas como lésbicas e ganhei três títulos consecutivos de “mais feia da sala” no ginásio. Segundo minha mãe, não tinha atenção dos garotos porque eles eram superficiais e as meninas de hoje (ainda na época) eram um bando de putas.
Inclusive, uma vez, chorei de tristeza por não ter os lábios molhados como a menina da capa da revista, achando que nunca seria bonita e que nunca ninguém olharia pra mim – apenas pra essas putas – e que o mundo era injusto. Um belo dia, enchi o saco e resolvi saber como elas conseguemser tão lindas.
Não fazia sentido na minha cabecinha de adolescente eu nascer feia e elas lindas, assim, magicamente. O interesse foi suficiente pra me levar pr’uma graduação de Moda, mesmo sem o menor jeito pra coisa (exceto na parte artística, era muito boa no desenho, mas isso não é relevante.).
Descobri na graduação que ser bonita dá um trabalho do caralho. Peço perdão a todas as garotas que um dia foram chamadas de vadias ou vagabundas apenas por estarem mais bonitas ou sensuais. Vocês são fodas.
Ser bonita não é simplesmente nascer bonita. Ser bonita começa de manhã cedo, quando a garota acorda e toma o banho com o sabonete perfumado diferenciado. Quando vai pro espelho e, ao contrário do que dizem sobre que se maquiar é encher a cara de pó, redesenham o rosto em um ato puramente artístico para se exibir para a sociedade maluca que te espera lá fora.
Ser bonita é ir ao espelho e usar creme de pentear, ou secar o cabelo e fazer a chapinha de forma que pareça natural, se preocupando com o frizz, com o volume, com o balanço dos fios. Ser bonita é saber a diferença entre um scarpin e um peep toe num modelo de roupa para o trabalho, é saber que a composição de cores e tecidos faz tanta diferença quanto a postura que se tem dentro da roupa.

“Eu podia viver três vidas inteiras e ainda assim não saberia descrever a feminilidade no ato de uma mulher se maquiar” (O que é só delas – http://papodehomem.com.br/o-que-e-so-delas/)
Ser bonita é o perfume colocado em exata quantidade, a maquiagem em exata quantidade, a criatividade assombrada pelo excesso.  Isso sem contar a dieta, os exercícios, os produtos de higiene dentro da bolsa.
Parece óbvio que julgar alguém que sabe mais que você não é a coisa mais inteligente do mundo, mas isto é frequentemente feito com as tais mulheres bonitas. Mulheres que sabem a diferença entre delineador líquido, em gel ou em caneta enquanto você fica coçando o saco e achando que mulheres bonitas nascem bonitas e são sortudas por isso. Mulheres que são erroneamente representadas no cinema como lindas e maquiadas até nas cenas de dormir, de banho, de insônia, enquanto você deu o azar de não ser assim.
E o que se ganha sendo bonita? Educação. Se ganha ser tratada com respeito. Depois de ter evoluído de mais-feia-do-ginásio para a seleção de mais bonitas da faculdade percebi que era tratada com muito mais carinho e consideração.  Quando os caras tinham segundas intenções, reportava-os minhas reais intenções (só amizade ou não), mas só o fato de estar bonita já me rendia ser tratada como um ser humano mais agradável, melhor.
Mas ser bonita em superfície não era suficiente: aprendi etiqueta, formas de falar, reduzi gírias. Passei a evitar prejulgamentos e tratar todos com igual respeito. Voltei a usar palavras esquecidas como “por favor”, “obrigada”, “com licença”, “me desculpe”. Passei a elogiar e fazer críticas construtivas. Ganhei, além de elogios e respeito, oportunidades de trabalho, cargos de confiança e colegas e vizinhos muito mais agradáveis.
A gostosa que usa um shortinho curto e que usa o corpo para se sentir bem consigo mesma também ganha elogios que a faz feliz, mesmo não sendo este o objetivo principal dela. E da mesma forma que há o cara que vai fazer amizade com a menina fofa e bonita apenas pra dar em cima dela e chamá-la de oportunista quando ela disser não, vai ter o cara que vai dar em cima da gostosa e chamá-la de vagabunda quando ela disser não.
Ambos podem tentar forçar a barra com violência psicológica ou física, e ambos estão errados, pois os dois exemplos de mulheres são pessoas, e não produtos compráveis e consumíveis que vieram com “defeitos”. Elas também precisam ser conquistadas, assim como se esforçam pra conquistar. Nenhuma delas merece essa violência gratuita e você não é ninguém pra classificá-las como putas somente porque elas chamam atenção, querendo ou não.

“Você era fofinha, mas estranha. Agora cresceu e ficou linda? Vadia! Safada! Piranha!”
Se você acha justo classificar estas pessoas como burras e fáceis porque seu chefe colocou no trabalho uma garota bonita que não tem tanto conteúdo quanto outros, se arrume você e seja agradável com ele. Se o problema é ela ser amante dele, vá você chupar a rola dele pra ver se é fácil como parece. Mas se você não quer o posto da tal mulher bonita, foque-se na sua vida e nos seus objetivos, pois não é falando mal da colega que você vai conseguir subir de posição.
Beleza é conhecimento de etiqueta, moda e arte, de sensualidade. É coisa de quem tem conhecimento e sabe por isto em prática. E não, não é imoral e muito menos fácil.
Leitora Anônima
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Bom dia!

Les fleurs
Foi pedido ao aclamado diretor Saam Farahmand que fizesse um curta sobre a beleza. Seria o primeiro de cinco, para a série #DefineBeauty.
E assim o fez. Ao som da acolhedora voz de Minnie Riperton em “Les Fleurs” (As Flores), uma mulher se transforma.

Link vídeo | Tela cheia, senhoras e senhores

* * *
Mais bela antes ou após? Escolha nossa ou delas?
Atenção à letra de Minnie:
Inside every man lives the seed of a flower
If he looks within he finds beauty and power

Dentro de cada um vive a semente de uma flor
Se olhar para dentro de si vai encontrar beleza e poder

Queremos mesmo que as mulheres sejam "perfeitas"?

Quatro mulheres participam de um ensaio, com todos os recursos fotográficos disponíveis nas maiores revistas. Iluminação, belas câmeras e fotógrafos que sabem o que estão fazendo. Depois, o processo usual continua. As imagens vão para a pós-produção, onde as fotos são tratadas para trazer à tona a perfeição estética que elas “merecem” ter.
O Buzzfeed foi responsável por esse experimento, colocando em perspectiva não só as imagens e como as transformações feitas pelo Photoshop podem ser impressionantes, mas qual o efeito que podem causar nas mulheres que são sujeitas a elas.
O pequeno vídeo mostra suas reações ao ver os “aperfeiçoamentos”. E, bem… elas odeiam.
Link Youtube | Infelizmente está sem legendas, mas dá pra ver o descontentamento

“Você tem de saber que o ideal [de beleza] não existe”
Como disse o Jader Pires sobre o ensaio no qual a bela Scarlett Johansson participou, mostrando como é sem as toneladas de maquiagens e iluminação dos sets e tapetes vermelhos, parece que já está passando da hora de pararmos de procurar pela perfeição nas mulheres. Elas não são daquele jeito que está impresso nas revistas e nos filtros aplicados nas fotos de Instagram. Elas são assim, como as vemos todos os dias.
De qualquer forma, umas das perguntas do vídeo realmente me pegou. Diante de todas as consequências que a nossa exigência consegue trazer, por que é, afinal de contas, que a gente quer que elas pareçam tão diferentes?
“Durante uma ida a um bar, uma caminhada pelo bairro, um passeio pela praia, você vai cruzar com mulheres das mais diversas formas.
Altas e magrelas, baixinhas e mais cheinhas, mais peito, menos peito, mais bunda, menos bunda, mais barriga, menos barriga, algumas estrias aqui, um culote ali – isso sem contar todas as combinações possíveis… A variedade é imensa.
Resta saber se você prefere babar numa folha de papel produzida em série ou se relacionar com alguém tão real e única quanto você.” – Pedro Jansen em “Sobre mulheres imperfeitas e tangíveis”
Luciano Ribeiro


Editor do PapodeHomem, ex-designer de produtos, apaixonado por ilustração, fotografia e música. Ex-vocalista da banda Tranze (rock’n roll). Volta e meia grava músicas pelo Na Casa de Ana. Escreve, canta, compõe e twitta pelo @lucianoandolini.

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Porque as mulheres não estão doidas

Você é tão sensível. Tão emocional. Tão defensiva. Você está exagerando. Calma. Relaxe. Pare de surtar! Você é louca! Eu estava só brincando, você não tem senso de humor? Você é tão dramática. Deixa pra lá de uma vez!
Soa familiar?
Crédito para Maciek | flickr.com/emciek/
Se você é uma mulher, provavelmente sim.
Você alguma vez escuta esse tipo de comentário de seu marido, parceiro, chefe, amigos, colegas ou parentes após expressar frustração, tristeza ou raiva sobre algo que eles disseram ou fizeram?
Quando alguém diz essas coisas a você, não é um exemplo de comportamento sem consideração. Quando seu marido aparece meia hora atrasado para o jantar sem avisar – isso é desconsideração. Uma observação com o propósito de calar você – como, "Relaxa, está exagerando" – logo após você apontar o comportamento ruim de alguém é manipulação emocional, pura e simples.
E é esse o tipo de manipulação emocional que alimenta uma epidemia em nosso país, uma epidemia que define as mulheres como loucas, irracionais, exageradamente sensíveis e confusas. Essa epidemia ajuda a alimentar a ideia de que as menores provocações fazem com que as mulheres libertem suas (loucas) emoções. Isso é falso e injusto. Acho que é hora de separar o comportamento sem consideração de manipulação emocional e começarmos a usar uma palavra fora de nosso vocabulário usual.
Quero introduzir um útil temo para identificar essas reações: "gaslaitear".
(pequeno adendo do editor: "gaslaitear" foi uma adaptação do termo gaslighting para o português, para facilitar a compreensão do texto)
Gaslaitear é um termo usado com frequência por profissionais da área de saúde mental (não sou um deles) para descrever comportamento manipulador usado para induzir pessoas a pensarem que suas reações são tão insanas que só podem estar malucas.
O termo vem do filme de 1944 da MGM, "Gaslight", estrelando Ingrid Bergman. O marido de Bergman no filme, interpretado por Charles Boyer, quer tomar sua fortuna. Ele se dá conta de que pode conseguir isso fazendo com que ela seja considerada insana e enviada para uma instituição mental. Para tanto, ele intencionalmente prepara as lâmpadas de gás (no inglês, "gaslights", vindo daí o nome do filme) de sua casa para ligarem e desligarem alternadamente.
E toda vez que Ingrid reage a isso, ele diz a ela que está vendo coisas.

Mulher se sente assim

Aconteceu ontem. Saio do aeroporto. Em uma caminhada de dez metros, só vejo homens. Taxistas do lado de fora dos carros conversando. Funcionários com camisetas “posso ajudar?”. Um homem engravatado com sua malinha e celular na mão. Homens diversos, espalhados por dez metros de caminho. Ao andar esses dez metros, me sinto como uma gazela passeando por entre leões. Sou olhada por todos. Medida. Analisada. Meu corpo, minha bunda, meus peitos, meu cabelo, meu sapato, minha barriga. Estão todos olhando.
Aconteceu quando eu tinha treze anos. Praticava um esporte quase todos os dias. Saía do centro de treinamento e andava cerca de duas quadras para o ponto de ônibus, às seis da tarde. Andava pela calçada quase vazia ao lado de uma grande rodovia. Dessas caminhadas, me recordo dos primeiros momentos memoráveis desta violência urbana. Carros que passavam mais devagar do meu lado e, lá de dentro, eu só ouvia uma voz masculina: “gostosa!”. Homens sozinhos que cruzavam a calçada, olhavam para trás e suspiravam: “que delícia.” Eu tinha treze anos. Usava calça comprida, tênis e camiseta.
Agora, multiplique isso por todos os dias da minha vida.
Sei que para homens é difícil entender como isso pode ser violência. Nós mesmas, mulheres, nos acostumamos e deixamos pra lá. Nós nos acostumamos para conseguir viver o dia a dia.
Esses dias, estava sentada na praia vendo o mar, e dele saiu uma moça. Passou por um rapaz que disse algo. Ela só saiu de perto e veio na minha direção. Dei boa noite, ela falou que a água estava uma delícia, e conversamos um pouco. Perguntei se o cara havia lhe falado alguma besteira. Ela disse, “falou, mas a gente tá tão acostumada, né?, começa a ignorar automaticamente”.
O privilégio é invisível. Para o homem, só é possível ver o privilégio se houver empatia. Tente imaginar um mundo onde, por cinco mil anos, todos os homens foram subjugados, violentados, assassinados, podados, controlados. Tente imaginar um mundo onde, por cinco mil anos, só mulheres foram cientistas, físicas, chefes de polícia, matemáticas, astronautas, médicas, advogadas, atrizes, generais. Tente imaginar um mundo onde, por cinco mil anos, nenhum representante do seu gênero esteve em destaque, na televisão, no teatro, no cinema, nas artes. Na escola, você aprende sobre a história feita pelas mulheres, a ciência feita pelas mulheres, o mundo feito pelas mulheres.
No seu texto “Um teto todo seu”, Virgínia Woolf descreve por que seria impossível para uma hipotética irmã de Shakespeare escrever de forma genial como ele. Woolf diz:
“quando lemos sobre uma bruxa sendo queimada, uma mulher possuída por demônios, uma mulher sábia vendendo ervas… acho que estamos olhando para uma escritora perdida, uma poeta anulada.”

Bons dias

Aproximadamente 50 publicações — sempre segundas-feira, logo pela manhã — e cá está o resultado: temos os cinco "bom dia" mais acessados do ano.
Desses, percebemos (aqui no QG do PapodeHomem) que passamos 2013 completamente frustrados com as mulheres que não tentamos. A amiga da escola, a vizinha onde a gente morava, a menina da fila do banco, do outro lado da plataforma do metrô. Tivemos em nossas vidas centenas de milhares de garotas acessíveis e deixamos passar. Isso se refletiu nos posts que fizemos do bom dia.
Hoje, elas estampam as mais lindas fotos, as mais finas imagens de mulheres extremamente lindas e possíveis.
Culpa nossa e só nossa. Cá estão as cinco mulheres que deixamos escapar:

1. Bom dia, Melanie Raimundo (50,930)

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Melanie Raimundo é argentina, "hermanita" que se bandeou para o outro lado do mundo e virou modelo na Austrália. A garota da casa ao lado, a menina que mora na tua rua, no teu bairro, que estudou contigo no colégio, que você deixa passar na fila do supermercado. Acessível.

2. Bom dia, Clarice Falcão (36,270)

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Clarice Falcão é dessas que estão sempre ali, tão perto e tão longe. Ela é aquela sua amiga da quarta série que cresceu. E foi crescendo, sem dó nem piedade – e também sem olhar para o lado, para você, que sempre esteve ali.

3. Bom dia, Alysha Nett (Parte II, quase III) (34,930)

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O corpinho da nossa Alysha é tomado de uma delicadeza que assusta, mais do que poderia afugentar as tatuagens que ela tem espalhada pelas coxas, braços, pés, pélvis. Ela curva o quadril, dobra as pernocas, levanta o pescocinho e se transforma num poço de candura, linda e faceira, mesmo debaixo da franja platinada e raízes propositadamente largadas ao deus dará.

4. Bom dia, modelos pela manhã (34,133)

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Parece ser um lance bem hipster. O site Models in the Morning tira fotos, como o próprio nome já diz, de modelos pela manhã, com uma câmera analógica que busca mulheres com pouca roupa e maquiagem, "em seus momentos mais bonitos e vulneráveis".

5. Bom dia, Emma Glover (33,756)

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A pequena Emma Glover é uma mulher de olhos perigosos. Quando sérios, evidenciam as fraquezas de qualquer um e amolecem qualquer cara sisuda quando faz caretas, quando se mostra brincalhona. De qualquer modo, ela vai saber te controlar e te botar no devido lugar.
Bom 2014 a todos.
Jader Pires 

É escritor e editor do Papo de Homem. Prometeu que, se um dia ganhar na loteria, vai doar cem reais para caridade. E não há cristo que o faça pensar o contrário.


Outros artigos escritos por 

10 truques para sua beleza

Olá belas, como vai a sexta feira? A minha está perfeita! 
Então, nada melhor do que compartilhar com vocês dicas preciosíssimas que povoam a internet... Novamente a Revista Glamour tem me surpreendido muito em algumas de suas matérias e com certeza esta é uma delas.

Algumas dicas eu não fazia idéias que poderiam ser úteis... Claro que todas nós gostamos de dicas não é verdade? E que tal dicas que realmente funcionem em prol da nossa beleza? 

Quando se trata de ritual de Beleza, informação nunca é demais. Afinal, a gente faz de um tudo para ficar linda todos os dias. E já que novas dicas são sempre bem-vindas, que tal dar uma olhada nestes truques? Inclua esses pequenos detalhes em sua rotina e seja feliz (e mais linda) pra sempre!
Confira Aqui

Da série defeitos: Calçados

Se vivemos muitas vidas, uma delas não pude calçar sapatos. 

Sou uma Imelda sem grana, a única coisa que tenho vontade de comprar aos montes são sapatos. 

Amo sapatos. Todos: botas, com ou sem saltos, abertos, fechados, clássicos, coloridos, sóbrios, rasteirinhas, agulha, anabela.... 

Todos os lugares que estive na vida comprei ao menos uma rasteirinha.

A única coisa que reparo no vestuário das pessoas são sapatos e acho deselegante os homens que usam sapatos sem engraxar, sapatos surrados de terno para mim é uma visão de imenso desleixo... 

Unhas decoradas - nem tudo que reluz é glitter

Velhos tempos em que os esmaltes se dividiam entre cremosos, transparentes, metálicos e cintilantes. A cada estação novos acabamentos são lançados, e fica fácil se confundir. Duochrome ou flocado? Glitter forte ou 3D? Selecionamos 10 acabamentos diferentes para você se familiarizar. Confira! Aqui

Dicas da Vovó Briguilina para evitar axilas escuras

Minimize o problema:

  1. Evite fórmulas a base de limão
  2. Não deixe a pele molhada por muito tempo
  3. Se depila com cera, evite ser expor ao sol após retirar os pelos
  4. Se usa a lâmina para depilar, esfolie a região uma vez por semana.
Para se livrar de vez das manchas escuras:
  • Invista em tratamentos clínicos com cremes despigmentantes e que contém substâncias clareadoras, como o complexo vegetal skin whitening complex, o ácido azelaico e a hidroquinona.
  • Realize depilação com laser de diodo, com comprimento de onda de 810 nm, que, além de eliminar definitivamente os pelos, por conta de sua afinidade com a melanina, promove um efeito clareador secundário.

Polêmica sobre o ideal de beleza

Ideais de beleza provocam, com frequência, discussões acaloradas sobre o poder do que é retratado na mídia e na publicidade sobre as pessoas. Nos últimos anos, com a ajuda da internet, algumas imagens tiveram um papel fundamental em discussões sobre o tema. A BBC preparou uma lista com cinco fotos consideradas emblemáticas.

Divulgação
A "Campanha da Real Beleza", da Dove, usou mulheres comuns em vez de modelos para vender produtos de beleza
Campanha das 'mulheres reais' da Dove 
A ideia foi considerada radical por alguns - usar mulheres "reais" com curvas reais em vez de modelos em propagandas de produtos de beleza. 

A Campanha da Real Beleza, da Dove, foi lançada em 2004, e as vendas da marca cresceram, supostamente após as mulheres aparentemente se identificarem com as variações nas formas dos corpos. A campanha havia estabelecido o objetivo de fazer as mulheres se sentirem mais confiantes com seus próprios corpos. 
A professora Emma Darwish (à direita na foto acima) apareceu na campanha original após responder a um anúncio na revista britânica Time Out. Apesar de ter se sentido um pouco insegura durante a sessão de fotos, Darwish diz que gostaria de ver mais mulheres reais representadas em campanhas de publicidade e em revistas de moda. "Somos constantemente bombardeados com imagens da mídia que são simplesmente inalcançáveis para a maioria das mulheres", diz Darwish. "O mais preocupante é o efeito que essas imagens têm sobre nossos jovens", comenta.
Alguns especialistas acusaram a Dove de hipocrisia, por celebrar a beleza diversa ao mesmo tempo em que vendia um creme para combater celulite. Mas muitos consideraram que a campanha serviu a um propósito útil, mesmo após a dona da marca, a Unilever, ter também vendido produtos como o desodorante Axe e outros, com propagandas que usam noções muito mais estereotipadas de beleza.
Divulgação
"Os comentários que ouço com mais frequência são: 'Uau, se esse cara consegue fazer isso com uma perna, não tenho desculpas com as duas pernas'", diz Sundquist
Josh Sundquist 
A imagem do ex-esquiador paraolímpico de 28 anos é um dos melhores exemplos do poder do contraste das fotos de "antes e depois". À esquerda, um sujeito abatido em um ambiente mal iluminado, enquanto à direita há um homem sorridente com um físico quase perfeitamente esculpido.

A divulgação da foto pelo Twitter levou a muitas discussões sobre sua proveniência e até "especialistas" em Photoshop sugeriram que ela podia ser falsa. Isso deixa Sundquist "frustrado".
Diagnosticado com uma forma rara de câncer ósseo aos 9 anos de idade, Sundquist teve sua perna esquerda amputada um ano depois. Quando criança, ele se sentia tão inseguro que tinha medo de ir a piscinas públicas e ser alvo dos olhares alheios.
Após se aposentar dos esquis, Sundquist queria perder alguns quilos e entrou no desafio Body for Life, um concurso que pede aos participantes fotos de antes e depois de um programa de condicionamento físico de 12 semanas.
"Talvez o que seja interessante sobre minha foto é que, em termos de condicionamento físico, eu fiquei próximo ao que as pessoas imaginam ser o ideal do físico masculino, mesmo sem um quarto dos membros que eu deveria ter", diz Sundquist.
"Os comentários que ouço com mais frequência são de pessoas dizendo: 'Uau, se esse cara consegue fazer isso com uma perna, não tenho desculpas com as duas pernas'", diz Sundquist. "Então, acho que é realmente uma grande inspiração para as pessoas", comenta.Apesar de a imagem ter sido feita em 2006, ela teve sua circulação na internet aumentada nos últimos 12 meses, após alguns blogs a redescobrirem.
Para Sundquist, que hoje trabalha fazendo palestras motivacionais, aqueles que o acusam de alterar a imagem com Photoshop estão buscando desculpas para o próprio fracasso. "Honestamente, acho que algumas pessoas olham para a foto e acham tão inacreditável, tão bom para ser verdade, que não querem admitir que é possível uma pessoa conseguir isso", diz. "Porque, se fosse possível, eles teriam a responsabilidade de ficar em boa forma também", afirma.
Reprodução
Lizzie Miller diz que ainda enfrenta dificuldades e afirma que recentemente perdeu um trabalho após um cliente dizer que suas pernas eram grossas demais
Lizzie Miller
Uma foto na página 194 de uma edição da revista americana Glamour catapultou a modelo Lizzie Miller, de 24 anos, para a fama.
A imagem, que mostrava a barriguinha e estrias de Miller, ganhou fama mundial por mostrar "uma barriga real". "Foi uma loucura a rapidez com que a foto se espalhou, como fogo", diz ela.
Miller havia posado para a foto em 2009 e, apesar de ela aparecer apenas no final da revista, acompanhada de um artigo sobre imagem corporal, as mensagens que ela recebeu do público foram impressionantes.
"A mais doce que eu recebi foi a do namorado de uma garota me agradecendo, dizendo que ele sempre havia dito à ela que ela era bonita, mas que a namorada nunca acreditava nele", diz Miller. "Achei bonito que esse homem enxergasse a beleza de sua namorada, ainda que ela própria não pensasse assim."
Mesmo como modelo tamanho "G", Miller diz que ainda enfrenta dificuldades na indústria da moda e afirma que recentemente perdeu um trabalho após um cliente dizer que suas pernas eram grossas demais. 
Miller diz ter escolhido ignorar os comentários negativos de personal trainers sugerindo mais abdominais para ajudá-la a entrar em forma. "Meu corpo nunca vai ser menor que um determinado tamanho. Eu sei que tenho ossatura forte e sou atlética, mas acho que a mídia não mostra os tipos diferentes de corpos", observa.

Isabelle Caro 

Com 1,65 metro de altura e pesando supostamente apenas 32 quilos, a modelo francesa Isabelle Caro posou nua para uma campanha antianorexia de uma marca italiana em 2007.
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Isabelle Caro posou para a campanha da marca Nolita para chamar atenção para o problema da anorexia
A face magra e o corpo macilento, corroído pelo problema alimentar, apareceu em outdoors e em jornais durante a semana de moda de Milão. Na ocasião, havia uma crescente preocupação sobre o uso de modelos excessivamente magras nas passarelas, e Caro queria chamar a atenção para o problema da anorexia.
"Minha anorexia provoca mortes", disse ela em uma entrevista em 2007. "É qualquer coisa menos beleza, o completo oposto. É uma foto sem verniz, sem maquiagem. A mensagem é clara - eu tenho psoríase, peito de pombo, o corpo de uma pessoa idosa."
A imagem, feita pelo fotógrafo italiano Oliviero Toscani para a marca Nolita, foi proibida pela agência de regulamentação da propaganda na Itália, mas provocou um intenso debate na internet. 
Susan Ringwood, diretora-executiva da organização não governamental Beat, que lida com pessoas com problemas alimentares, diz que imagens como as de Caro podem fazer mais mal do que bem e que a tática do medo não funciona. "As pessoas com anorexia podem saber que correm o risco de morrer e podem achar isso menos aterrorizante do que ganhar alguns quilos", diz. "Essas imagens que nós achamos chocantes não chocam alguém com a doença. Elas as estimulam e as motivam a ficar igualmente magras, se não ainda mais do que a pessoa na foto", afirma.
Caro morreu em 2010, com apenas 28 anos, mas a polêmica sobre sua imagem continua.
Demi Moore 
A capa da revista Vanity Fair, que trazia a atriz Demi Moore grávida de sete meses, em 1991, mudou percepções ao redor do mundo sobre beleza na gravidez. O "efeito Demi" foi contundente, e, hoje, a pose feita pela atriz se tornou quase lugar-comum para mulheres grávidas.

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A fotógrafa Annie Leibovitz, à direita, não considera sua foto "boa por si só", mas admite que a imagem ganhou vida própria
Poucas décadas antes, as roupas para mulheres grávidas tendiam a ter grandes laços no pescoço para desviar a atenção da barriga, mas a imagem foi considerada uma declaração pública sobre a beleza da forma feminina na gravidez.
Ainda assim, há quem não esteja convencido da mudança. A escritora Antonia Hoyle, grávida de oito meses, afirma que muitas mulheres sentem que a gravidez está longe de ser "um estado esteticamente atraente". "Minhas pernas se parecem com salsichas e minhas mãos estão como luvas de borracha cheias", diz.
Em uma entrevista recente à Vanity Fair, a fotógrafa Annie Leibovitz (na foto acima, à direita), que fez o retrato de Demi Moore, disse que não a considerava "uma boa foto por si só", mas admitiu que a imagem definitivamente "ganhou vida própria".