INCÊNDIO NA ÁGUA É FOGO

Moro no coração da Amazônia.
Belém é chamada a “Metrópole da Amazônia”.
Eu não moro em Belém.
Moro no “Portal de Belém”.
Numa cidade distante apenas 100 quilômetros da capital paraense.
No meu estado e em toda a Amazônia estamos no período das grandes estiagens.
Com poucos ou baixíssimos índices pluviométricos.
A chuva raramente cai nessa estação do ano, chamada verão, na região Norte do Brasil.
Aí explodem e se disseminam as queimadas.
Os incêndios se dão natural e criminosamente.
Os fazendeiros derrubam a floresta e a queimam para o plantio de pastagem.
Os pequenos agricultores fazem o mesmo, para o cultivo de culturas de subsistência.
Traduzindo: está a todo vapor a “cultura do extermínio” das florestas amazônicas.
E assim os incêndios são vistos por todos os lados, em todos os lugares. A toda hora.
Na Ilha do Marajó, o maior arquipélago do Mundo, com o maior rebanho de búfalos do País a “seca” já dizimou mais de 300 mil cabeças de gado.
O chão rachou, a vegetação desapareceu... e a vida não resiste sem água.
E a pobreza, com sede, só faz crescer e aumentar quantitativamente o número dos empobrecidos sedentos por dignidade.
É a Amazônia, o maior reservatório de água do Planeta pegando fogo.
Mas isso tem todoa uma explicação.
A vegetação ressecada, por sí já consiste em um excelente “combustível” para a propagação dos incêndios.
Só que eu estou falando da Amazônia. A região dos contrastes naturais, econômicos e sociais.
Ver a Amzônia submersa pelas águas numa determinada estação do ano e percebê-la depois imersa pelo fogo, noutra, é uma coisa.
Outra coisa para a qual não se tem explicação é ver São Paulo dividido por zonas, ser tomado pelas “enchentes”, umas e, sistematicamente consumidas pelas chamas, outras.
Com um fator intrigante e uma coincidência alarmante: são da mesma classe e se inserem na categoria de pobres e/ou nordestinos, os que perdem suas casas, dignidade e a vida nos “alagões” e nas “queimadas” na maior cidade brasileira.

A próxima Susan Boyle

A magia

 Ao se aproximar dezembro, resolvi que era hora de contar a meu filho de 8 anos sobre Papai Noel. 
- Já sabia disso mamãe! - disse ele. 
Pensando no ano anterior, nas canções de Natal tão animadas e nos presentes, perguntei: 
- Então por que não me disse nada? 
Com um ar sério, ele respondeu: 
- Porque achei que você ainda acreditava nele. 
E.R. Veenstra

O netbook do futuro

Dilma reduz diferença em pesquisa

Pesquisa Datafolha divulgada hoje mantém a liderança do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na corrida à sucessão presidencial de 2010. Entretanto, a pesquisa mostra queda na diferença entre o tucano e a virtual candidata do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A pesquisa aponta Serra com 37% das intenções de voto e Dilma com 23%, uma diferença de 14 pontos. Na mostra anterior do Datafolha, realizada em agosto, a diferença a favor de Serra oscilava entre 19 a 25 pontos.

O deputado Ciro Gomes (CE), potencial candidato do PSB, aparece com 13% das intenções de voto, enquanto a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), tem 8%. Do total de entrevistados, 9% disseram que votarão em branco ou nulo e 10% se dizem indecisos. O levantamento, realizado entre os dias 14 a 18 de dezembro, contou com 11.429 entrevistados e tem uma margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

De acordo com o Datafolha, Dilma registra o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis, com 21%, seguida de Serra com 19%, Ciro com 18%, Aécio Neves com 17% e Marina com 17%.

O Datafolha também avaliou a aprovação ao presidente Lula. Na mostra, a aprovação registra o recorde de 72% (de ótimo e bom). Na pesquisa de agosto, este índice ficou em 67%. De acordo com o instituto, o indicador de 72% é o mais alto patamar de popularidade apurado pelo Datafolha desde a posse do presidente Lula, em janeiro de 2003.

Outros cenários - A pesquisa também apresentou um cenário sem a presença de Ciro Gomes. Nessa simulação, aumentam para 40% as intenções de voto em Serra, Dilma atinge 26% e Marina Silva fica com 11%. No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano lidera com 49% das intenções de voto e a petista aparece com 34%. Caso o segundo turno venha a ser disputado entre Serra e Ciro, o governador paulista continua na liderança, com 51% das intenções e o pessebista registra 28%.

A pesquisa Datafolha foi a campo antes do anúncio da renúncia do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, à sucessão presidencial de 2010, na última quinta-feira. Por isso, incluiu o nome do mineiro em dois dos quatro cenários. Num deles, na disputa com Ciro Gomes, Aécio fica em terceiro lugar com 16% das intenções de voto, Dilma lidera com 26%, Ciro aparece em segundo com 21% e Marina aparece com 11%. Sem Ciro, Dilma continua na liderança com 31%, Aécio fica em segundo com 19% e Marina registra 16%.