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CIVITA X LULA – O paralelo entre duas vidas


CIVITA: Filho de empresário milionário, herdeiro do grupo Abril, nasceu na Itália e chegou ao Brasil com os pais, estudou na Europa e EUA, onde se formou, fez Pós Graduação e Mestrado, voltou ao Brasil falando inglês, espanhol e italiano além do idioma natural do Brasil, o Português.

LULA: Filho de imigrantes Nordestinos, chegou em São Paulo com sua mãe que o criou sozinha, depois do abandono do pai. Morou na região do ABC e estudou em escola pública. Lula fez curso técnico para ser metalúrgico; trabalhando para ajudar a mãe a criar os irmãos mais novos e estudando na medida do possível, não conseguiu fazer um curso superior e tampouco estudou outros idiomas.

Leia o artigo na íntegra no link abaixo:

Nem Fellini seria capaz de imaginar

por Mario Marona, no Facebook
Aécio e Marina podem afirmar que existe uma rede clandestina de blogueiros e piratas da internet subvencionada para atacá-los. Não é verdade, mas podem dizer, como fizeram, ambos, na Folha. Mas Aécio poderia dizer, também, em que blog petista ou que pirata da internet publicou um artigo contra ele com o título “Pó pará, governador?” Não houve, até hoje, insinuação mais agressiva ou grosseira contra ele em lugar algum. E o Estadão, onde o artigo saiu, não chega a ser propriamente um jornal clandestino. Pelo menos não neste momento.

por Leandro Fortes, no Facebook
Eu já denunciei, algumas vezes, essa prática odiosa de muitos políticos e chefes de repartições públicas que obrigam seus funcionários a comparecer a eventos para fazer número ou se solidarizar com causas que não são suas.  Conheço o caso de um general que, no Palácio do Planalto, obrigou seus servidores diretos a participar de um jogral de aniversário, com versinhos recitados para cada letra do nome do chefe.

Não conheci Roberto Civita, mas, apesar de ele ter transformado uma respeitada revista nacional numa paródia do boletim informativo da TFP, ouvi de muita gente boa que ele era um sujeito cordato e bem humorado. Acredito que, em boa medida, era bem quisto por seus empregados. Mas, ao obrigarem os funcionários da Abril a abraçar o prédio da editora para homenageá-lo, estabeleceu-se um limite aquém do razoável entre o bom senso e o assédio moral.

Olha que eu já soube de repórter de O Globo que subiu a serra de Teresópolis para visitar uma famosa égua (Miss Globo) de Roberto Marinho. Mas juntar uma galera para abraçar um prédio a título de puxar o saco do patrão morto, só em filme de Fellini. E olhe lá!

Civita organiza vaquinha de 17 milhões para Valério envolver Lula no mensalão


247 – Declarações de um advogado feitas na madrugada desta sexta-feira denunciam suposta trama que envolve um acordo de R$ 17 milhões para convencer o empresário Marcos Valério a denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do 'mensalão'. A conversa, que teria acontecido num restaurante de Brasília, foi noticiada nesta manhã pelo ator e ativista político José de Abreu, via Twitter.
Ao 247, Abreu não deu mais informações sobre quem seria o advogado, mas garantiu que não se trata de Marcelo Leonardo, representante do publicitário mineiro na Ação Penal 470, da qual seu cliente foi condenado com uma pena que passa dos 40 anos. Marcelo Leonardo sequer teria concordado com o acerto. Quanto à fonte que lhe revelou o diálogo, ele se limitou a dizer: "É um político da oposição".
"Estou repassando o que me contaram, foi nessa madrugada. Uma pessoa ouviu do advogado, que começou a falar mais alto num restaurante de Brasília. Era um lugar menos nobre, não era tipo um Piantella", descreveu José de Abreu, em referência ao famoso ponto de encontro de políticos da capital federal. Segundo ele, há ainda prometido ao empresário dois apartamentos nos Estados Unidos, um em Miami e outro em Nova York, "FORA o pagamento de TODAS as multas financeiras a que MV foi condenado".
O acerto teria sido feito sob a condição de que as revelações contra Lula sairiam primeiramente na revista Veja. Em setembro, uma reportagem de capa intitulada "Os segredos de Valério" traz frases atribuídas a interlocutores próximos ao empresário apontando o ex-presidente como chefe do 'mensalão'. Segundo o advogado, o dinheiro para pagar Marcos Valério teria vindo de uma "composição financeira" envolvendo empresários, políticos e o próprio dono da semanal, Roberto Civita, quem, segundo ele, seria o responsável pela organização da 'vaquinha'.
Posteriormente à publicação da reportagem, foi levantado um debate na imprensa e nas redes sociais que questionava a veracidade das denúncias e a existência de um áudio que comprovasse a entrevista. O colunista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, liderou a defesa à revista, garantindo que havia, sim, uma "fita" com as revelações de Valério. Procurada pelo 247 para comentar as denúncias, a assessoria de imprensa da Editora Abril não respondeu até a publicação dessa reportagem.
Futuro dos filhos
A intenção de Marcos Valério seria "deixar bem os filhos", postou o responsável pelas revelações. Ao 247, o ator acrescentou que há psiquiatras e psicólogos envolvidos e que o publicitário não passa bem. "Cada imóvel teria sido colocado em nome de cada filho de MV. A saída de casa, a "farsa da separação" segundo o advogado bêbado, fazem parte", escreveu José de Abreu, em referência ao acordo. Valério andava muito deprimido e não queria deixar a família sem garantias quando ele fosse para a prisão, conta Abreu.
Falou, tem que provar
As denúncias, porém, teriam de ser provadas. "Uma parte da grana só seria paga se MV conseguisse que abrissem processo contra Lula", escreveu José de Abreu no microblog. Depois de três meses da reportagem publicada por Veja, o jornal O Estado de S.Paulo revelou, nesta semana, parte de um depoimento do empresário à Procuradoria Geral da República feito em 2003, com mais revelações sobre o ex-presidente.

Policarpo e Civita são criminosos


“Este é o retrato sem retoques de como se faz um jornalismo sem ética, um jornalismo que, para destruir determinado alvo ou determinado projeto político, não hesita em violar as leis, a Constituição e a própria dignidade dos cidadãos.”

É dessa forma que o incisivo texto do relatório final da CPI do Cachoeira define a relação de Policarpo Jr., diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma quadrilha com tentáculos no poder público e na mídia.
O jornalista da CBN, Kennedy Alencar, em comentário sobre a CPI, disse que o relatório final não apresenta provas contra Policarpo. Para Alencar, Policarpo não cometeu nada além de “mau jornalismo”. “E mau jornalismo não é crime”, afirma.

De fato, não é, embora isso também seja bastante questionável. Mas o que emerge do relatório final é muito mais do que “mau jornalismo”. Só um corporativismo ancestral pode explicar a declaração de Kennedy Alencar. No relatório, Policarpo Jr. aparece encomendando grampos clandestinos e pedindo ajuda para devassar, sem autorização legal, a intimidade de um cidadão brasileiro (no caso, Zé Dirceu, quando hospedado em um hotel de Brasília). Em troca desses “pequenos favores”, Policarpo fazia o papel de assessor de imprensa da organização chefiada por Cachoeira: publicava o que lhes era conveniente e omitia o resto. Assassinava reputações e promovia jagunços de colarinho branco, como o ex-senador Demóstenes Torres, também integrante da organização, a exemplos éticos a serem seguidos pelas próximas gerações.
Quando a Delta não foi beneficiada por uma licitação para a pavimentação de uma rodovia federal, Cachoeira acionou Policarpo para, através de uma reportagem da Veja, “melar” a licitação. Posteriormente, como os interesses da Delta continuaram a ser negligenciados, Cachoeira e Policarpo montaram uma ofensiva para derrubar o ministro dos Transportes – o que acabaram por conseguir.

Em troca, quando lhe interessava, Policarpo solicitava à organização criminosa que, por exemplo, “levantasse” as ligações de um deputado. Tudo isso está no relatório final, provado através das ligações interceptadas pela PF com autorização judicial. Não é “mau jornalismo” apenas. É crime.

“Não se pode confundir a exigência do exercício da responsabilidade ética com cerceamento à liberdade de informar. Os diálogos revelam uma profícua, antiga e bem azeitada parceria entre Carlos Cachoeira e Policarpo Júnior”, diz o relatório.

Policarpo não é o único jornalista envolvido com a organização de Cachoeira, mas é sem dúvida o que mais fundo foi neste lodaçal. Durante a CPI, não foi possível convocá-lo para depor, porque não havia condições políticas para tanto. Agora, porém, as provas falavam alto.

Porém as questões políticas (necessidade de aprovar o relatório) mais uma vez se interpuseram. Assim como feito em relação ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi necessário retirar as menções a Policarpo do documento. O relator entendeu, e eu o compreendo e defendo, que Policarpo, perto do governador Marconi Perillo, do PSDB de Goiás, é secundário. Mas, ser secundário não afasta a necessidade de a Polícia Federal continuar a investigá-lo, e espero que o faça, mesmo com seu nome não constando no relatório. Afinal, todo suspeito deve ser investigado.

Quem não tem votos caça com porcos da Veja e ratos do Supremo


Reportagem ancorada em supostas declarações já negadas pelo empresário Marcos Valério produziu uma reação esperada: José Serra pediu que o Ministério Público investigasse a “entrevista” e levasse o caso ao STF. Ou seja: depois da Ação Penal 470, Lula também poderia vir a se tornar réu, ficando assim impedido de voltar à presidência
247 – Desde 1º de janeiro de 2003, a revista Veja tem se destacado por ser uma trincheira de combate ao chamado “lulismo”, seja por meio de denúncias nem sempre verdadeiras, seja por meio de ataques diretos feitos por colunistas como Diogo Mainardi (já fora da publicação), Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo. De todas as incontáveis capas produzidas por Veja, a que talvez melhor simbolizasse o sentimento do dono, Roberto Civita, era aquela chamada “Essa doeu”, em que Lula levava um pontapé no traseiro – o pretexto era uma negociação relativa ao preço do gás comprado da Bolívia. Houve ainda outro episódio em que, no auge de mensalão, Lula foi grafado como Lulla – a esperança de Civita era que, naquele momento, a revista fosse capaz de liderar um movimento nas ruas pelo impeachment do ex-presidente, tal qual ocorreu com Collor.
Esse movimento não aconteceu porque a oposição, liderada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não teve coragem para tentar cassar o primeiro presidente de origem popular da história do País e para enfrentar, nas ruas, a força dos movimentos sociais ligados ao PT. Faltou coragem, mas o desejo de eliminar Lula da cena política brasileira permaneceu vivo.
Veja manteve seu padrão de jornalismo mais próximo da ficção do que da realidade, com denúncias como as dos dólares de Cuba, dos envelopes com R$ 200 mil entregues na Casa Civil de Dilma Rousseff e da propina entregue na garagem do Ministério dos Transportes (acusação da qual o ex-ministro Orlando Silva já foi inocentado). Mas o PT, enquanto esteve no governo, não ousou confrontá-la. Ao contrário, manteve até uma relação de civilidade, expressa no fato de que o grupo Abril é um dos principais beneficiários da publicidade oficial no País, em razão da suposta audiência de suas publicações. Além disso, não foi capaz nem sequer de convocar Civita e um dos jornalistas de Veja a depor na CPI do caso Cachoeira.
Ao longo dessa guerra santa deflagrada pela revista contra o chamado lulismo, nada foi tão ousado como a capa deste fim de semana, em que a revista sugere ter entrevistado Marcos Valério, pivô do mensalão, publicando entre aspas várias declarações já negadas pelo publicitário. Uma das aspas, a de que Lula não apenas sabia, como era o chefe de tudo e se engajava pessoalmente na arrecadação de um caixa de R$ 350 milhões do PT.
É verdade? Valério falou com Veja? Pode ser, como pode não ser. Veja não dispõe dos áudios e nada garante que o empresário realmente tenha falado à revista em off. Ocorre, no entanto, que a reportagem já é tratada pelos adversários de Lula, e aliados de Veja, como José Serra – e que falta faz um Demóstenes Torres! – como uma “entrevista”. Algo que, portanto, deveria gerar reações dos órgãos institucionais, como o Ministério Público, a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal.
Os réus da Ação Penal 470, ao que tudo indica, serão majoritariamente condenados até o fim deste ano. Alguns deles, como Marcos Valério, João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato, serão presos em regime fechado. Outros, como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, conhecerão seu destino nos próximos dias.
A oposição não teve coragem para provocar o impeachment de Lula, mas pode tentar levá-lo ao banco dos réus. Quem não tem voto, caça com Veja. Era esse o objetivo da última capa de Veja.
Política, pura e simplesmente.

Governo Federal dá recado ao Piguista Civita


Dilma cancela ida e Mantega se retira de evento da Editora Abril
Do Brasil 247

Dilma cancela ida e Mantega se retira de evento da Editora Abril

PRESIDENTE CANCELA, À ÚLTIMA HORA, ALMOÇO COM ROBERTO CIVITA; MINISTRO DA FAZENDA SE RETIRA, SEM PRÉVIO AVISO, DE MESA DE DEBATES COM O DONO DO GRUPO ABRIL: REPRESÁLIAS CONTRA CAPA DA REVISTA VEJA "OS SEGREDOS DE VALÉRIO"

Marco Damiani _247 - O constrangimento foi geral, a ponto de o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, no melhor estilo dos jogadores de futebol que reprovam o técnico ao serem preteridos, sair do salão de eventos do hotel Unique, em São Paulo, na sexta-feira 15, meneando a cabeça. Pela manhã, por volta das 10h00, sob a elegante justificativa de não ter um membro de sua família para acompanhá-la, a presidente Dilma Rousseff cancelou compromisso pré-agendado com Civita para o almoço. Pouco mais tarde, durante o evento Maiores e Melhores, da revista Exame do mesmo Civita, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, levatou-se sem prévio aviso da mesa de debates da qual participava, ao lado do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman e, outra vez, do próprio Civita, para se retirar em definitivo do recinto, diante de dezenas de empresários.
Os dois gestos foram imediatamente compreendidos como um protesto do governo pela matéria de capa da revista Veja Os Segredos de Valério, que iria circular no dia seguinte (este sábado 15). A informação do conteúdo em tudo agressivo contra o ex-presidente Lula e o PT circulou para o governo, que, com a batida em retirada, deu o tom de como serão, doravante, as relações institucionais com o Grupo Abril de Civita.

Veja: o triste fim


Por Leandro Fortes

Na CartaCapital dessa semana há uma história dentro de uma história. A história da capa é o desfecho de uma tragédia jornalística anunciada desde que a Editora Abril decidiu, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, que a revista Veja seria transformada num panfleto ideológico da extrema-direita brasileira. Abandonado o jornalismo, sobreveio a dedicação quase que exclusiva ao banditismo e ao exercício semanal de desonestidade intelectual. O resultado é o que se lê, agora, em CartaCapital: Veja era um dos pilares do esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira. O outro era o ex-senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Sem a semanal da Abril, não haveria Cachoeira. Sem Cachoeira, não haveria essa formidável máquina de assassinar reputações recheada de publicidade, inclusive oficial.

A outra história é a de um jornalista, Policarpo Jr., que abandonou uma carreira de bom repórter para se subordinar ao que talvez tenha imaginado ser uma carreira brilhante na empresa onde foi praticamente criado. Ao se subordinar a Carlinhos Cachoeira, muitas vezes de forma incompreensível para um profissional de larga experiência, Policarpo criou na sucursal da Veja, em Brasília, um núcleo experimental do que pior se pode fazer no jornalismo. Em certo momento, instigou um jovem repórter, um garoto de apenas 23 anos, a invadir o quarto do ex-ministro José Dirceu, no Hotel Nahoum, na capital federal. Esse ato de irresponsabilidade e vandalismo, ainda obscuro no campo das intenções, foi a primeira exalação de mau cheiro desse esgoto transformado em rotina, perceptível até mesmo para quem, em nome das próprias convicções políticas, mantém-se fiel à Veja, como quem se agarra a um tronco podre na esperança de não naufragar.

A compilação e análise dos dados produzidos pela Polícia Federal em duas operações – Vegas, em 2009, e Monte Carlos, em 2012 – demonstram, agora, a seriedade dessa autodesconstrução midiática centrada na Veja, mas seguida em muitos níveis pelo resto da chamada “grande” imprensa brasileira, notadamente as Organizações Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e alguns substratos regionais de menor monta. Ao se colocar, veladamente, como grupo de ação partidária de oposição, esse setor da mídia contaminou a própria estrutura de produção de notícias, gerou uma miríade de colunistas-papagaios, a repetir as frases que lhes são sopradas dos aquários das redações, e talvez tenha provocado um dano geracional de longo prazo, a consequência mais triste: o péssimo exemplo aos novos repórteres de que jornalismo é um vale tudo, a arte da bajulação calculada, um ofício servil e de remuneração vinculada aos interesses do patrão.

A Operação Vegas, vale lembrar, foi escondida pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel, este mesmo que por ora acusa mensaleiros no STF com base em uma denúncia basicamente moldada sobre os clichês da mídia, em especial, desta Veja sobre a qual sabemos, agora, que tipo de fontes frequentava. Na Vegas, a PF havia detecdado não somente a participação de Demóstenes Torres na quadrilha, mas também de Policarpo Jr. e da Veja. Essa informação abre uma nova perspectiva a ser explorada pela CPI do Cachoeira, resta saber se vai haver coragem para tal.

Há três meses, representantes das Organizações Globo e da Editora Abril fecharam um sórdido armistício com Michel Temer, vice-presidente da República e cacique-mor do PMDB. Pelo acordo, o noticiário daria um descanso para Dilma Rousseff em troca de jamais, em hipótese alguma, a CPI do Cachoeira convocar Policarpo Jr., ou gente maior, como Roberto Civita, dono  da Abril. A fachada para essa negociata foi, como de costume, as bandeiras das liberdades de imprensa e de expressão, dois conceitos deliberadamente manipulados pela mídia para que não se compreenda nem um nem outro.

No dia 14 de agosto, terça-feira que vem, o deputado Dr. Rosinha irá ao plenário da CPI apresentar um requerimento de convocação do jornalista Policarpo Jr.. É possível, no mundo irrreal criado pela mídia e onde vivem nossos piores parlamentares, que o requerimento caia, justamente, por conta do bloqueio do PMDB e dos votos dessa oposição undenista sem qualquer compromisso com a moral nem o interesse público.

Será uma chance de ouro de todos nós percebermos, enfim, quem é quem naquela comissão.

No mais, CartaCapital, já nas bancas. E, definitivamente, nem veja as outras.

CPMI votará convocação de Civita e Policarpo


O presidente da Comissão Parlamentar Inquérito (CPMI) mista do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), garantiu ao colega Fernando Collor (PTB-AL) que colocará em votação os pedidos de convocações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, do dono da Editora Abril, Roberto Civita, e do jornalista Policarpo Júnior, diretor da Veja em Brasília, na próxima reunião administrativa da comissão.
Collor acusou Gurgel de ter chantageado durante dois anos o então senador Demóstenes Torres (GO), um dos principais acusados de envolvimento no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, cassado pelo Senado. Segundo ele, Gurgel "segurou" o inquérito da Operação Vegas para poder influenciar Demóstenes. Collor também afirmou que o procurador e a revista Veja davam cobertura ao esquema de Cachoeira.Leia mais »