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High-Level Seminar on Central Banking: Past and Present Challenges

Tradução:
Seminário de Alto Nível sobre Bancos Centrais: Desafios Passados e Presentes

Pitaco do Briguilino: enquanto ministro da Fazenda, presidente do Banco Central e demais autoridades da Economia brasileira continuarem participando de seminários com título escrito em inglês o Brasil não decola. Pode parecer besteira, mas é sério demais essa viralatice nacional. All shit é escrita em inglês
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Artigo do dia

Banco Central independente de quem? por André Araújo

Sou testemunha viva da criação do BC - Banco Central - em 1966 por iniciativa de Roberto de Oliveira Campos. Nesse período eu era funcionário do BB - Banco do Brasil - e muitos dos meus colegas foram para o BC, Eu não fui porque tinha outro projeto encaminhado. Conheci e fui colega da turma pioneira do Banco Central de Denio Nogueira. A primeira leva de funcionários foi toda do BB.

Esse "mantra" de Banco Central independente vem da mesma vala comum dos economistas neoliberais "de cartilha", que não têm o mínimo conhecimento histórico do tema. NUNCA existiu um banco central POLITICAMENTE independente do Estado, no mundo real a história é outra.
Qual Estado digno desse nome abre mão do poder de comandar a economia? Ah, dirão os Tecos da vida, nos EUA o FED é independente da Casa Branca.
ERRADO. No meu pesado (quase um quilo) livro de 900 páginas MOEDA E PROSPERIDADE, Editora Top Books, trato em longos capítulos dos episódios da demissão "na marra" de dois Chairmen do Fed, Eugene Mayer em 1933 por Franklin Roosevelt e, em 1952, Thomas Mc Abe pelo Presidente Dwight Eisenhower. Ambos NÃO eram afinados com a política econômica do Presidente dos EUA. Sou amigo da neta de Eugene Meyer, Lally Weymouth, editora senior do jornal The Washington Post. Meyer foi depois o primeiro presidente do Banco Mundial, Roosevelt o demitiu porque ele não queria emitir moeda em grande escala para o New Deal, programa para enfrentar a Grande Depressão e o desemprego de 25%. Conheço os bastidores complexos dessa estória. Meyer era poderoso mas Roosevelt mandou ele desocupar a cadeira em uma hora e foi obedecido, ou seria possivel Meyer enfrentar o popular Presidente dos Estados Unidos?
Mas como assim, o Fed não é independente? É LENDA! O poder POLITICO do Presidente dos EUA vale 100, o do Chaiman do Fed vale 1 ou será que tem alguma lógica um burocrata sem NENHUM voto desafiar um Presidente da Nação com milhões de votos? ISSO NÃO EXISTE! O Poder Politico simpesmente NÃO PODE SER AFRONTADO por um burocrata sem votos. O Presidente dos Estados Unidos pede para o Chairman do Fed renunciar, o sujeito vai encarar? Vai ficar isolado do Governo? Claro que não. Então essa LENDA é teórica, para coxinhas da CBN, na vida política real não existe.
Nos EUA o mandato do Chiarman do Fed é DUPLO, assegurar estabilidade monetária e PLENO EMPREGO. Aqui querem a independência só com ESTABILIDADE MONETÁRIA, o que é MUITO FÁCIL, basta jogar a economia numa recessão, com alto desemprego, ninguém tem dinheiro, a inflação acaba.
Na hoje longa história do Banco Central do Brasil há dois periodos: de 1966 a 1994 o BC esteve a serviço do desenvolvimento economico do Brasil, de 1994 até hoje está a serviço do MERCADO FINANCEIRO. Hoje basicamante do Banco Itau, que arrendou o Banco Central como satélite do conglomerado.
É bem verdade que nos governos do PT o Banco Bradesco tinha poder superior ao Itau na regência do BC., são coisas da política e da simpatia.
Quando se fala HOJE em independência do Banco Central está se falando exatamento do quê?

Lei Flávio Bolsonaro

O BC - Banco Central - pretende aprovar norma que exclui parentes de políticos terem suas movimentações financeiras monitoradas pelo Coaf. Funcionários concursados da instituição estão indignados, dizem que isso é uma aberração, um retrocesso institucional de combate a corrupção que denigre a história do Banco.

Um alto funcionário disse (em off) que essa "Lei" já foi batizada de Lei Flávio Bolsonaro.

É assim que este governo combate a corrupção.

Parabéns Bolsonaro, parabéns sejumoro.


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A mídia, o mercado e a blindagem do Banco Central


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As portas giratórias e a "blindagem" do Banco Central, por Bruno Lima Rocha, Luizi Ravel e Ricardo Camera
Diariamente somos bombardeados de informações supostamente “econômicas” prevendo o desastre, defendendo o congelamento das contas públicas e redução de “gastos” do governo central. Especialmente no Brasil pós-golpe (abril de 2016), a impressão levada para as grandes audiências é de um país à beira da falência. Os “especialistas” que veiculam suas versões nos conglomerados de mídia, abusam do uso do fontismo. Esta técnica jornalística trabalha com “fontes” onde, de forma oculta, e dando vez e voz ao leva e traz dos deformadores de opinião pública através da manipulação da opinião publicada, nos fazem crer em absurdos. Toda vez que um tema de governo é afirmado como pertencente ao universo da “técnica”, creiam, é porque existe uma razão indefensável e um sujeito oculto.
Os enunciados repetem como verdade “científica” e razão universal algo que pertence ao mais vulgar dos receituários do neoliberalismo: a “independência” do Banco Central, ou a ingerência “política” nas metas de gastos da União. Também faz parte do manancial de argumentos, a “necessidade de blindar” a equipe econômica. Blindar do que e de quem? Das vicissitudes e demandas paroquianas, clientelísticas e fisiológicas das elites políticas, quase todas também representantes ou intermediários profissionais dos capitais operando no país?

Luis Nassif - o xadrez de Ilan Goldfajn

GGN - Continua a montagem do governo interino de Michel Temer.
Nos Ministérios, em geral, é uma surpresa atrás da outra, do Ministro da Saúde que não sabe interpretar indicadores do SUS, e sustenta que plano de saúde não deve ser regulado, ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que admite que sua única experiência com a indústria foi como contador de uma fábrica.
De uma maneira geral, o segundo escalão está sendo inteiramente loteado, em um grau até hoje inédito.  Possivelmente nem no interregno de José Sarney chegou-se a tal nível de aparelhamento.
Mas na montagem de parte da equipe econômica está se acertando mais o passo.
A indicação de Pedro Parente para a presidência da Petrobras é garantia da manutenção da profissionalização de gestão instituído por Aldemir Bendine e da consolidação dos sistemas decompliance.
Parente é um funcionário público de carreira, com passagem bem-sucedida pelo setor privado. No governo FHC, foi a grande âncora na qual se sustentou o governo, depois dos desastres do apagão.
Na economia, persiste a visão fiscalista torta, de buscar o equilíbrio fiscal à custa de mais cortes orçamentários. Mas houve um ganho efetivo na indicação de Ilan Goldjan para o Banco Central, pela possibilidade de corrigir alguns dogmas do mau monetarismo.

A peça do BC

Uma das poucas notícias positivas estruturantes, nos últimos tempos, foi o anúncio da possibilidade do próximo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, criar uma instância superior à do Banco Central para formular a política cambial.
O país tem uma resistência histórica a corrigir erros óbvios. Adota-se uma teoria incorreta, mas que gera vencedores. Constatadas as inconsistências, elas se perpetuam mantidas pelos grupos vencedores. É o caso da política cambial brasileira, a maneira como ficou subordinada ao sistema de metas inflacionárias.
Criou-se uma situação esdrúxula. A qualquer soluço da inflação, independentemente das causas (choque de oferta ou de demanda, problema climático, choque cambial), aumentam-se os juros. Imediatamente, iniciam-se duas consequências deletérias:
1      Mais juros, mais entrada de dólares, mais apreciação cambial. Isto é, o real fica mais valorizado comprometendo as exportações.
2      Juros na veia do orçamento, pressionando a dívida pública e comprometendo fatias cada vez maiores do orçamento.
No entanto, não há nenhuma restrição, nenhum limite contra essas sequelas. Em todo esse longo período, que vem do início da gestão Armínio Fraga no BC até hoje, o BC atuou de forma esdruxulamente independente. Não se travava da independência técnica – necessária na implementação da política monetária – mas no direito absoluto de criar desajustes cambiais e custos astronômicos de juros.
Em todo país civilizado, a política cambial é elemento central de política econômica, diretamente ligada a um projeto de país. Nenhum governo abre mão do poder de decidir sobre o câmbio.
Se quer estimular a indústria interna, mantém a moeda desvalorizada. Se julga a economia suficientemente forte, valoriza a moeda. Se quer praticar populismo cambial, aprecia o câmbio. Seja qual for o objetivo, definir a política cambial é prerrogativa de governo. Ou, no mínimo, de um conselho interdisciplinar que analise todos os impactos da política monetária sobre o conjunto da economia, incluindo emprego e orçamento.
Não se sabe até que ponto, como presidente do BC, Ilan ousará as propostas que podia elaborar livremente, de fora do governo. Se instituir esse conselho, com uma composição de peso, e acelerar a queda da taxa Selic, ante a iminência de queda acelerada da inflação, terá dado sua contribuição.

Olha o Proer aí gente!!!

O Banco Central espera receber quase sete bilhões de reais até setembro deste ano.

ôooooooo mais que beleza.

Sete bilhões vale um bocado.

Mas, que tal esquecer os 7 bi e receber o que os bancos devem ao Estado, por conta do Proer - Programa de Estímulo à Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional -?

Essa é apenas mais uma das roubalheiras praticadas pelo tucano-mor (FHC) e sua quadrilha durante os seus oito anos de governo.

Os ladrões tão aí, por que delegados da PF, MPF e Judiciário não enxergam?

Porque são cúmplices.

Ladrões!


Economia

Banco Central: independente para doar dinheiro aos ricos
A maior fonte de corrupção no Brasil é o Banco Central. Este mesmo ao qual o valente e honrado senador Renan Calheiros quer dar total autonomia. No ano passado, o Banco Central tirou dos bolsos do povo R$ 89,6 bilhões para distribuir gratuitamente entre os apaniguados do mercado financeiro. São os ganhadores do swap cambial. Não se preocupe em entender o que é isso. Basta saber que é um jogo entre taxa de câmbio e taxa de juros. O BC banca tudo e o mercado em geral é constantemente orientado a ganhar.
Em ocasiões muito especiais, diante da grita da sociedade contra a indecência da taxa de juros e de alguma pressão do Governo, o BC faz alguma coisa correta do ponto de vista técnico, como foi o caso de manutenção da taxa Selic em 14,25% duas semanas atrás. O mundo veio abaixo. Os especuladores, sendo os principais deles os integrantes da chamada Grande Imprensa, se enfureceram com o fato de terem perdido dinheiro nas transações bancárias de curtíssimo prazo (DI-Futuro) por causa da manutenção da taxa.
A Globo colocou no ar vários comentaristas, sem contraditório, com críticas abertas ao BC. Entretanto, a decisão era técnica. A economia vai se contrair de novo este ano, agora em torno de 3,5% segundo o FMI, depois de menos 5% em 2015, o que torna muito difícil justificar um novo aumento da taxa de juros. Entretanto, segundo os economistas da Globo, o banco errou ao não dar uma sinalização prévia de que não ia aumentar os juros (Selic). Ou seja, os ratos queriam um pré-aviso para saltarem do navio com o papo cheio da grana do povo.

Luis Nassif - um desastre chamado Banco Central

O dia em que se fizer o inventário da atuação do BC na gestão Alexandre Tombini, provavelmente se terá o retrato de uma das mais desastradas gestões da história pós-estabilização, só superada pela de Gustavo Loyolla e seus 45% de taxa básica ao ano.
 
Desde o primeiro governo Dilma, avaliações incorretas do BC sobre a economia comprometeram a política econômica e ajudaram a jogar a economia nesse buraco.
 
O erro fundamental foi a reversão da política monetária em fins de 2012, voltando a subir a Selic justo em um momento em que se iniciava um remanejamento dos investimentos - dos fundos de pensão e dos grandes gestores de fortunas - em direção à infraestrutura e a investimentos de longo prazo.
 
A reversão da Selic pegou todos no contrapé, especialmente os gestores de fortuna que, entusiasmados com o sucesso das políticas anticíclicas de 2008, convenceram seus clientes a apostar no longo prazo.
 
Sabe-se lá qual cenário foi soprado no pé de ouvido de Dilma para essa mudança de rota. Mas no início de 2013 fiz uma longa entrevista com ela para tentar entender seus motivos. A explicação que a convenceu foi a de que o FED (o Banco Central norte-americano) em breve iria começar a aumentar as taxas de juros, provocando uma fuga de capitais externos do Brasil. A alta da Selic, portanto, seria preventiva.
 
O grande operador de mercado é o que consegue intuir melhor a linha de médio prazo da economia real e identificar os chamados fatores de volatilidade. Tendo clara essa linha,  vai dando bicadas nos pontos fora da curva, acentuados pelo superdimensionamento de eventos políticos ou econômicos, sabendo que mais cedo ou mais tarde o mercado volta para a linha principal..
 
O quantitative easing teve o mesmo papel para o mercado do “bug do milênio” para o setor de informática: aumentar a volatilidade através do pânico para faturar em cima do medo, ajudando a ampliar as oscilações.
 
Não havia nenhuma base séria para se acreditar em mudança radical no FED. Dada a fragilidade da economia mundial e norte-americana, as feridas ainda abertas dos mercados e do sistema bancário, e aos enormes impactos das decisões do FED na economia mundial, nenhum analista de fôlego apostaria em inflexões bruscas em sua política monetária. Mas o douto Banco Central do Brasil preferiu acreditar nas marolas do mercado.
 
Conclusão: a política monetária do BC brasileiro sofreu mudança brusca de rota, enquanto a política monetária do FED até hoje segue sem alterações.
 
Os cenários pós-eleições

Copom - um Hobin Hood as avessas

Nota de repúdio: A quem serve o Banco Central?
Nos próximos dias, os diretores do Banco Central do Brasil se reunirão para decidir sobre a taxa de juros SELIC. Diante da fragilidade da economia brasileira, essa reunião é particularmente importante e deixará claro a quem o BC serve: à população brasileira ou ao mercado financeiro.
Como a própria instituição reconhece em suas publicações, nos últimos meses houve contração da demanda agregada e aumento no desemprego no Brasil. Uma nova rodada de aumento de taxa de juros significa que o Banco Central almeja abertamente uma contração maior da demanda, mais desemprego e mais redução do salário real médio.
O patamar elevado das taxas de juros em 2014 contribuiu para a desaceleração da economia, mas o novo ciclo de elevação de juros iniciado em outubro desse ano jogou o Brasil, em 2015, em uma recessão que ainda não deu mostras de reversão. Ao mesmo tempo, a taxa de inflação aumentou por causa de eventos únicos como a desvalorização cambial e o reajuste abrupto de preços administrados, cujo impacto não vai se repetir, muito menos sobre o núcleo da inflação brasileira.
Não há qualquer pressão de demanda excessiva que exija contenção com elevações da taxa de juros. Pelo contrário, experimentamos a maior recessão desde a Grande Depressão de 1929, podendo tornar-se a mais profunda da história republicana. O aumento acelerado do desemprego inviabiliza qualquer recuperação do salário real médio, que cai há vários meses. Sob qual pretexto o BC pretende reduzir ainda mais o nível de emprego e salários, assim como os lucros de empresas especializadas na produção de bens e serviços?
Os beneficiários exclusivos do aumento de juros são os bancos e investidores financeiros, curiosamente o único grupo cujas expectativas de inflação o Banco Central se preocupa em consultar. Como não há qualquer excesso de demanda que o aumento dos juros possa conter, a determinação dos juros SELIC deixa de servir para controlar a inflação e se transforma em um instrumento para preservar juros reais elevados para os portadores de títulos financeiros.
Isso nada contribui para reduzir a inflação, mas é um poderoso mecanismo de transferência de renda da parcela mais pobre e mais produtiva para a parcela mais rica e menos produtiva da população.
A economia brasileira e as finanças públicas não suportam mais financiar a bolsa-rentista que o Banco Central insiste em oferecer. Em 2015, os juros nominais devidos pelo setor público devem alcançar cerca de R$ 500 bilhões (meio trilhão de reais!), tendo registrado pouco mais de R$ 300 bilhões em 2014. Como exemplo desta situação, vemos um corte brutal nas áreas sociais no orçamento da União.
O que pretende o Banco Central: produzir a maior recessão da história brasileira e uma trajetória explosiva da dívida pública, gerando mais desvalorização cambial e mais pressão inflacionária? A quem isso pode interessar?
É inadiável repensar o mandato do Banco Central e a porta giratória entre sua diretoria e o mercado financeiro.
Diante disso, o Fórum 21 vem a público denunciar a gravidade da situação econômica brasileira e a irresponsabilidade da política monetária do Banco Central do Brasil, reivindicando a redução urgente da taxa de juros SELIC.
no Brasil Debate

A economia e a taxa de juros

- Se o Copom aumentar a selic nesse momento da economia interna e externa, a presidente deveria demitir todos, por incompetência e o MPF deveria processa-los por crime de lesa Pátria -.

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CNI: Aperto monetário vai derrubar ainda mais economia

: <p>Coletiva com a Imprensa da Presidência da CNI, Robson braga de Andrade. Brasília (DF) 16.12.2015 - Foto Miguel Ângelo</p>
Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, defende que o ideal seria uma redução, e não uma alta da Selic; para ele, um aperto monetário não terá efeito sobre a inflação e vai derrubar ainda mais a economia; defende ainda novos cortes de gastos e reformas estruturais para tirar o país da recessão: "Essa é a melhor receita para fazer o país crescer. As medidas em elaboração pelo governo são muito mais uma operação tapa-buraco".

O mercado critica a política monetária do Banco Central, por Luis Nassif

Por trás das teorias, das formulações, existem conceitos básicos que não podem ser ignorados. Como, por exemplo, o impacto de juros elevados na dinâmica de crescimento da dívida. Ou a evidência de que, se uma recessão de quase 3% não derrubou a inflação, obviamente não se trata de uma inflação de demanda. Também o fato óbvio de que os dois canais de transmissão dos juros sobre os preços são o crédito (= demanda) e o câmbio...Continua>>>




Luis Nassif - O mercado critica a política monetária do BC

O chamado mercado – o conjunto de vozes dissonantes, da maneira como é captado pela mídia – tem enorme dificuldade em admitir o óbvio.

Por trás das teorias, das formulações, existem conceitos básicos que não podem ser ignorados. Como, por exemplo, o impacto de juros elevados na dinâmica de crescimento da dívida. Ou a evidência de que, se uma recessão de quase 3% não derrubou a inflação, obviamente não se trata de uma inflação de demanda. Também o fato óbvio de que os dois canais de transmissão dos juros sobre os preços são o crédito (= demanda) e o câmbio.

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Ao contrário do que se supõe, o nível de conhecimento efetivo do mercado é pequeno. Há um conjunto de economistas e operadores mais experientes, capazes de identificar melhor os rumos da economia. São aqueles que desenvolveram uma capacidade especial de sentir os humores do momento e antecipar os movimentos seguintes. Para tanto, é necessário conhecimento macroeconômico, não apenas da teoria mais geral, mas das correlações mais específicas da economia nacional, visão política e intuição sobre a psicologia do mercado.

Mas a maioria segue os sinais imediatos dos ventos. Aliás, a facilidade com que a maioria adere ao efeito manada é que garante o sucesso dos especialistas.

É por isso que muitas vezes renegam o óbvio. Julgam o óbvio simples demais para uma área em que os Economistas correlacionam séries estatísticas das formas mais imaginosas possíveis, principalmente depois que a planilha eletrônica popularizou o processamento estatístico..

Dias Carneiro definia bem esse tipo de economistas, que juntava duas séries estatísticas sem nenhuma correlação entre si e gerava conclusões das mais estapafúrdias.

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O físico Brito Cruz, ex-reitor da Unicamp, tinha uma maneira muito simples de identificar os competentes dos bufões. Quem pensa claro, escreve claro, diz ele. Em relação aos que escrevem de forma complexa, há dois tipos: os gênios e os embusteiros. Gênio, eu conheci um: Einstein.

Também na Economia existem os craques e os embusteiros, os analistas e formadores de opinião de primeira e segunda classe.

Os de segunda classe são aqueles que recorrem a slogans ideológicos, vez por outra aderem ao padrão do colunista pitbull. Em geral são os mais ouvidos pela mídia, porque o que dizem fala mais de perto ao leitor comum. Tem o mesmo apelo do comentarista de futebol.

Em geral desprezam a lógica, não explicam suas análises com correlações claras de causalidade. E recorrem intermitentemente a bordões ideológicos.

Com a economia despencando 3%, insistem: se a expectativa de inflação subiu, obviamente o BC terá que aumentar a Selic, porque é isso o que está no manual.

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A melhor maneira de separar o economista de segunda classe do de primeira é pedir que explique as correlações, os pontos centrais de transmissão da política monetária, da cambial etc.

Os de primeira classe explicam. E é isso o que fizeram no jornal O Valor de ontem: Yoshiaki Nakano, Luiz Carlos Mendonça de Barros e Zeina Latif foram unânimes em enxergar o óbvio:

Se a economia está caindo 3% e a inflação não cedeu, não há nada a se fazer em relação a política monetária – que visa, em última instância, derrubar a demanda. É evidente que a política monetária não está funcionando.

Se a inflação foi alimentada por altas nos preços dos insumos (energia, combustíveis e câmbio) e se a demanda está despencando, o remédio é ficar quieto esperando passar o efeito dessas altas.

Se a política monetária mostra-se ineficaz em relação à inflação, em vez de explicações que mais parecem de manual de Economia, o BC deveria estar estudando outras formas de trabalhar a questão. Ou pela âncora cambial, ou mudando o padrão DI (de indexação diária dos títulos da dívida pública).

A elevação da Selic irá arrebentar de vez com o equilíbrio fiscal. E dois anos de recessão produzem um desastre ampliado;

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Confirmam o que este blog vem alertando há tempos para essa imprudência de deixar o controle da inflação como uma peça independente, nas mãos de quem não tem nenhum diagnóstico novo e eficaz a oferecer.



Mendonça de Barros - "pode matar todo mundo de fome, que a inflação não vem pro centro

"O Banco Central corre o risco de ser acusado de ter cometido o segundo grande erro de sua gestão recente, se retomar o ciclo de alta de juros em 2016", é o que o economista Mendonça de Barros afirma.

E com razão.

Acontece que os irresponsáveis intocáveis do Banco Central também sabem disso, mas por que fazem exatamente o contrário?...

- Para encher os bolsos do agiotas, especuladores e rentistas nacionais e internacionais e garantir uma boquinha na iniciativa privada quando bem quiser. Esse é o fato. O mais é blablarinagem.






Luis Nassif - a melhor amiga do Banco Central é a inflação


À medida em que o poder presidencial foi corroído pela sucessão de erros cometidos no front politico e econômico, e que a imprensa passou a dar espaço a qualquer iniciativa pro-impeachment, o país tornou-se refém das corporações públicas.
Hoje em dia, é comum um Procurador do Tribunal de Contas da União questionar uma Medida Provisória da Presidente da República e receber espaço no Jornal Nacional. Ou um delegado federal afrontar o Ministro da Justiça e este, democraticamente, dar-lhe a honra de um bate-boca público – em vez de enquadrá-lo. Ou um procurador qualquer abrir uma representação qualquer contra qualquer autoridade baseado em um factoide qualquer de jornais.


Tudo isso é fruto de um vácuo de poder poucas vezes visto no país.

Por que o Banco Central quer aumentar ainda mais os juros?

A ata divulgada deixa bem claro o motivo:
É para causar mais desemprego.
E quanto mais desemprego e mais juros, eles enchem as arcas da banca e dos capitalistas em geral.
Resumindo:
Os burrocratas do BC garantem o deles$.
Que tal uma quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico da diretoria do BC, como fizeram com Genoino, Dirceu, Delúbio, João Paulo Cunha e vários outros petistas?...
Duvido que o MPF e qualquer togado tem coragem pra fazer isso. São um bando de corruptos antipetistas e pronto.
O mais, é mais canalhice dessa corja piguista, togada e bicuda.

Blog do Briguilino

Temos de conter os denegerados burocratas do Banco Central

Uma solução definitiva para reverter a política dos juros altos

A diretoria do Banco Central presidida por Tombini estabeleceu, por unanimidade, mais um aumento da taxa básica de juros. O lado sórdido dessa decisão é a unanimidade. Não existe nesse colegiado sequer uma voz discordante. Seus membros se apoiam uns nos outros em busca de impunidade para um dos casos mais asquerosos de crime continuado na história da República, reflexo da ação criminosa que os discípulos de Milton Friedman realizaram no Chile depois do assassinato de Allende, sob a segurança implacável do ditador Pinochet.

Sim, essa Diretoria do Banco Central tem as mãos sujas de sangue. Não o sangue físico que escorreu das vítimas de Pinochet, mas do sangue que lentamente escorre das veias de brasileiros abertas por uma política monetária estúpida, que combina um principismo técnico tosco com o poder absoluto, ditatorial, conduzido por um bando de burocratas não eleitos e que não obstante tem a prerrogativa de ajudar a provocar no Brasil a maior recessão de todos os tempos, caso esses degenerados não sejam bloqueados.

Creio que devo ter escrito mais de 100 artigos sobre a política monetária adotada no Brasil desde a ditadura, e com mais vigor a partir do domínio neoliberal. O argumento é o mesmo, os dados são similares, o ritmo das decisões igual – exceto no breve período inicial do Governo Dilma. Basta. Cansei de repetir a mesma sinfonia. Observem na chamada imprensa especializada e verão que nada muda. As justificativas são as mesmas – combater a inflação. E não obstante a inflação não sai do lugar e, se sai, sai por outros motivos que não os juros.

A teoria monetária na qual acreditam dogmaticamente esses cavaleiros do Apocalipse é um embuste, um ato de supremo charlatanismo em situações fora do pleno emprego. Essa teoria só pegou fora dos Estados Unidos, tendo em vista o balanço de forças internas na alta burguesia. Aqui, sua efetividade está ligada à política cambial, não à política monetária propriamente, na medida em que juros altos atraem capital especulativo para ajudar a fechar o balanço de pagamentos tendo em vista os altos déficits em conta corrente que temos.

Se tivéssemos uma política antiinflacionária eficaz – eliminação da indexação, estímulo à competitividade, estoques reguladores etc – cairia a máscara da política monetária, que já não poderia ter o pretexto do combate à inflação para aumentar os juros. Em consequência, estamos presos a uma política cambial-monetária e fiscal que elimina qualquer possibilidade de autonomia na gestão da política econômica. A sociedade inteira trabalha para os banqueiros, dentre os quais se destacam os que foram “privatizados” nos últimos anos.

Quando o queridíssimo amigo, o Vice Presidente José Alencar assumiu cumulativamente o Ministério da Defesa, eu, que era uma espécie de seu assessor informal em economia, comentei com ele: “Aproveite a oportunidade, Alencar, e resolve essa questão dos juros de uma vez por todas. Mande uma divisão de tanques cercar aquele prédio do Banco Central no Setor Bancário, dê uma ordem para a evacuação de todos os andares – exceto o da diretoria – e dê ordem para abrir fogo. Garanto que a sociedade vai amanhecer aliviada.”

José Carlos de Assis - Economista, professor, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, autor de mais de 20 livros sobre Economia Política Brasileira.

Luis Nassif: a ciência demência das metas inflácionarias





Nos anos 90, o fil
ósofo Olavo de Carvalho escreveu um artigo memorável, "Ciência e Demência", sobre as relações do intelectual com uma linha teórica que o consagrou.
O intelectual descobre determinada teoria. Graças a ela, torna-se conhecido, faz carreira, deve tudo a ela. Aí começa a olhar a realidade e percebe sinais incômodos, que desmentem a sua teoria. Mas, como ele é um intelectual, trata logo de desenvolver uma nova teoria para explicar que aquilo que ele está vendo não existe.
Essa parece ser a relação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e de toda a cadeia de economistas de planilha, com a teoria das metas inflacionárias.
Tombini foi o principal técnico a atuar na implementação da teoria das metas inflacionárias. Foi aos Estados Unidos, estudou a fundo a aplicação por lá da teoria, e a trouxe para o Brasil - sob as ordens de Arminio Fraga.
Dada às discrepâncias entre o macroambiente norte-americano e o brasileiro, muitas ideias que funcionam por lá, ao atravessar a linha do Equador desmancham-se como velhos discos de vinil expostos ao sol.
Mas aí entram em operação os mecanismos psicológicos-intelectuais descritos por Olavo. O sujeito monta teorias, planilhas, correlações e outras sofisticações para provar - ao mundo mas, principalmente, a ele próprio - que o que ele vê não existe, que é uma miragem a ser exorcizada a golpes de planilha.



Zé Dirceu: Banco Central e COPOM optaram pela recessão

Com o aumento da taxa de juros Selic de 11,25% para 11,75% não há mais nenhuma dúvida: o Banco Central (BC) e seu Comitê de Política Monetária (COPOM) optaram pela recessão como caminho equivocado de trazer a inflação para o centro da meta (4,5%). Equivocado é pouco, equivocadíssimo, registre-se, porque a recessão em si não resolve os problemas da economia e da inflação de 6,5%.

Mesmo com essa alta dos juros e ante essa opção adotada agora pelo BC-COPOM, as causas da inflação continuam a existir: os preços, pressão dos preços dos alimentos e da demanda de serviços, além do fato de que a oferta não será aumentada na recessão. O COPOM mantém dois dias de encontro – 3ª feira e ontem – e sai da reunião como entrou. Não saiu nada, não há de incentivo a produção, ou de política para mais concorrência nos vários setores da indústria de alimentos.

O aumento dos juros, como sabemos não tem funcionado nos últimos meses como redutor da inflação. Só aumenta o serviço da dívida e encarece o custo do financiamento para o consumidor e o investidor. Além disso, diminui ainda mais a demanda e os investimentos, derruba a arrecadação e agrava o déficit público.




A maior elevação dos últimos três anos

E o que traz em troca ao país? Mais concentração de renda – como nunca, aliás – nas mãos dos rentistas e dos bancos. Para terminar o circo dos horrores do aumento dos juros teremos o real mais valorizado e as contas externas piores. Enquanto isso nada de reforma tributária ou política, nada com relação aos custos reais da economia, começando pelo financeiro e o tributário.

A alta da taxa de juros para 11.75% é a maior dos últimos três anos. A taxa é a maior desde outubro de 2011, quando estava em 12%. No dia 20 daquele mês, o COPOM reduziu a taxa para 11,5% ao ano. A justificativa para a elevação é, de novo, que se está diante de um cenário de inflação resistente.

No comunicado em que informa a decisão, o COPOM diz que, “considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia”.


Governo amplia de 5 para 6 anos prazo de crédito consignado

Aposentados e pensionistas do INSS terão, a partir de agora, prazo maior para pagar as prestações do crédito consignado. O teto máximo, atualmente de 60 meses (cinco anos), foi ampliado para 72 meses (seis anos), de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29). A medida começa a valer na quarta-feira, 1º de outubro.




No dia 20 de agosto, o governo já havia anunciado um amplo pacote de medidas para ampliar e dar maior segurança ao crédito, a fim de estimular a economia do País. Essas medidas, depois detalhadas, teriam impacto positivo na redução dos juros finais ao consumidor, reduzindo o custo do crédito, segundo especialista ouvido pelo Blog do Planalto.

Sobre a nova portaria publicada nesta segunda-feira, o secretário de Políticas de Previdência Social, Benedito Brunca, avaliou que o impacto dela sobre aumento do crédito dependerá do comportamento dos segurados. “Vai depender da decisão que cada segurado vai tomar”, disse.

A iniciativa partiu de resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) na quinta-feira (25), com base em um levantamento do Ministério da Previdência Social (MPS), sobre contratos ativos em agosto de 2014. Os dados revelaram 91% tinham prazo entre 49 e 60 meses para liquidação. Cerca de 61% estavam no limite máximo de 60 meses.

Na ocasião, o secretário mostrou dados do Banco Central do Brasil (BCB) que confirmam que o consignado tem as menores taxas para pessoas físicas, com média de 27,9% ao ano, contra 172,4% ao ano do cheque especial e 101% ao ano do crédito pessoal não consignado. Sobre a taxa de juro, não houve alteração.




Atualmente, o Conselho Nacional de Previdência Social fixa em 2,14% ao mês o limite máximo da taxa de juros para o empréstimo consignado e em 3,06% ao mês para o cartão consignado. A margem consignável, valor máximo da renda de quem pega o empresto a ser comprometida com o pagamento mensal, também permanece em 30% do valor da pensão ou aposentadoria.

É a crise: Economia cresce 1,5% em Julho

A economia do País inverteu a tendência de queda e apresentou crescimento no começo deste segundo semestre, com avanço de 1,50% em julho em relação ao mês anterior, de acordo com Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (12).
Esse indicador, considerado pelo mercado como espécie de antecedente do Produto Interno Bruto (PIB), mostra recuperação da atividade econômica no período, atingindo o maior crescimento mensal desde junho de 2008 (3,32%), pouco antes da crise financeira internacional.