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Senador Cachoeira pretende anular provas

O hipócrita Demóstenes Torres quer anular provas por que? Quem não deve não teme. A bem como disse ele: " as conversas são apenas sobre frivolidades, não há nada comprometedor que me incrimine".

Senador do DEM agora alega que suas conversas com o “professor” Carlinhos Cachoeira, em aparelhos trazidos dos EUA, foram obtidas ilicitamente; nos meios políticos já circula até um novo apelido para o ex-moralista: Senador Cachoeira
247 – Senador Cachoeira. Este é o apelido que já circula nos meios políticos e diz respeito, obviamente, ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO), ex-Catão da República, que foi desmascarado desde que a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, captou 298 ligações entre o ex-moralista e o mafioso Carlinhos Cachoeira. A primeira reação de Demóstenes foi dizer que ele e Cachoeira são amigos e que não sabia que o bicheiro mais famoso do País se dedicava à contravenção. A segunda foi afirmar que tantas conversas tinham como pano de fundo a resolução de problemas amorosos – Cachoeira se casou com a ex-mulher de um amigo de Demóstenes. Em seguida, ele afirmou não ter nada a temer.
Depois da descoberta que os dois falavam por meio de rádios Nextel – aqueles da propaganda “este é o meu clube” – trazidos dos Estados Unidos, o senador Cachoeira, aliás, senador Demóstenes tem demonstrado mais preocupação. Por meio de seu advogado, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido em Brasília como Kakay, ele já trata de anular as provas.
Todo o material referente ao senador Demóstenes apreendido na Operação Monte Carlo foi enviado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que ele avalie se deve ou não abrir sugerir a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal contra o político goiano. De acordo com o advogado Kakay, se Gurgel denunciá-lo, entendendo haver indícios de crime, isso provaria que o senador teria sido gravado ilegalmente, sem aval prévio do STF. “Se o procurador-geral entender que as conversas têm de ser investigadas, vamos levantar a nulidade porque essas provas foram colhidas de maneira ilícita”, disse Kakay.
A Polícia Federal, no entanto, irá alegar que o alvo das interceptações era o bicheiro Carlinhos Cachoeira e que não poderia adivinhar que o contraventor fosse tão próximo do senador Demóstenes. No clube Nextel de Cachoeira, que era chamado de 14 + 1, havia 15 pessoas. Demóstenes era o “1”, o que talvez indique sua importância na organização. O senador é também sócio de uma faculdade privada em Contagem (MG), cuja estrutura societária é um mistério (leia maisaqui).
No Congresso, já há assinaturas suficientes para a instalação da CPI sobre as atividades de Carlinhos Cachoeira. Elas foram recolhidas pelo deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e Demóstenes Torres certamente será um protagonista da história, se ela vier mesmo a ser instalada.

Abdias do Nascimento

Uma vida dedicada à igualdade
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 O Brasil perdeu um de seus mais combativos militantes pela igualdade racial. Faleceu no Rio, aos 97 anos, Abdias do Nascimento. Homem de muitos talentos, Abdias foi ator, diretor, escultor, dramaturgo, político e ativista social.

Com apenas 16 anos, se integrou à Frente Negra Brasileira. Em 1944, criaria o Teatro Experimental do Negro no Rio,  primeira companhia de teatro voltada à inclusão de atores negros no país. Perseguido pela ditadura militar, partiu para o exílio em 1968.

Naquele mesmo ano chegaria aos Estados Unidos, onde travaria contato e vivência com as lutas sócio-raciais no país e apoiaria o movimento Black Power (Poder Negro). Tornou-se, assim, um elo entre o movimento norte-americano e os que surgiriam pela igualdade racial na América Latina, sobretudo, no Brasil.

Ao retornar do exílio, dez anos depois, Abdias contribuiu para a criação do Movimento Negro Unificado (1978). Neste período, ingressou também no PDT, legenda pela qual foi eleito deputado federal (1983-87) e cumpriu mandato de senador (1997-99) sempre pelo Rio de janeiro.

Professor emérito da Universidade do Estado de Nova York e doutor "Honoris Causa" pela Universidade de Brasília (UnB), em 2006, Abdias instituiria, num ato em São Paulo, o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado a 20 de Novembro.

Aos familiares, toda a nossa solidariedade.
 por Zé Dirceu