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As ligações dos Bolsonaros com o "Escritório do crime"



Jornal GGN - O portal G1 e o jornal O Globo publicaram reportagens expondo a ligação de Flávio Bolsonaro com 2 milicianos alvos da operação Os Intocáveis, deflagrada nesta terça (22). Eles são apontados como membro e chefe do "Escritório do Crime", que é um grupo de milicianos de Rio das Pedras cuja principal atividade é matar sob encomenda, e que teria relação com a morte de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
O Capitão Adriano Magalhães (ex-Bope) e o major da PM Ronald Pereira foram homenageados na Assembleia do Rio por Flávio Bolsonaro. Além disso, o ex-deputado empregou em seu gabinete a mulher e a mãe do Capitão Adriano, que está entre as assessoras parlamentares de Flávio que depositaram dinheiro na conta de Fabrício Queiroz.
O Escritório do Crime foi revelado pelo jornal O Globo em agosto de 2018, mas a esposa e a mulher do chefe miliciano só foram exoneradas depois da eleição, em 13 de novembro.
Segundo reportagem de O Globo, o major Ronald tem 43 anos e é investigado por "integrar a cúpula do Escritório do Crime". Quando foi homenageado por Flávio, ele já havia sido acusado pela chacina de 5 jovens. Também já foi preso duas vezes por outros crimes.
O Capitão Adriano tem 42 anos e é apontado pelos investigadores como o "poderoso chefão da milícia de Rio das Pedras" e também é "suspeito de ser chefe do Escritório do Crime." O Globo diz que ele é "amigo" de Queiroz. Ele foi preso duas vezes, sendo uma em 2011, na operação Dedo de Deus, contra o jogo do bicho. À época, ele foi considerado responsável pela segurança do chefe da quadrilha, Shanna Harrouche Farcia, filha do bicheiro Waldomir Paes Garcia, morto em 2004.
A mãe do Capitão Adriano, Raimunda Veras Magalhães, aparece em relatório do Coaf por ter depositado R$ 4,6 mil na conta de Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro que é suspeito de operar uma conta de passagem. Em 3 anos, Queiroz movimentou R$ 7 milhões em sua conta, sem ter renda nem patrimônio para isso. Raimunda , que ocupa cargos na Alerj em função de Flávio ao menos desde 2015, recebia um salário de pouco mais de R$ 6 mil. A esposa do Capitão se chama Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega e é servidora desde 2010. 
"O relatório do Coaf aponta mais uma possível ligação entre Queiroz e Adriano.  Segundo dados da Receita Federal, Raimunda é sócia de um restaurante localizado na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido. O estabelecimento fica em frente à agência 5663 do Banco Itaú, na qual foi registrada a maior parte dos depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Fabrício Queiroz. Na agência foram realizados 17 depósitos não identificados, em dinheiro vivo, que somam  R$ 91.796 - 42% de todo o valor depositado em espécie nas transações discriminadas pelo Coaf, segundo um cruzamento de dados feito pelo GLOBO."
Flávio Bolsonaro prestou homenagens na Assembleia ao Capitão Adriano, por "serviços à sociedade", duas vez: uma em 2003 (moção de louvor) e outra em 2005 (Medalha Tiradentes).
Em 2014, "Adriano e o primeiro-tenente João André Ferreira Martins foram demitidos da PM, considerados culpados nas acusações de associação com a contravenção."
Flávio também ao major Ronald Paulo Alves Pereira, mas em março de 2004. O G1 anotou que até hoje o major é considerado o "chefe da milícia da Favela da Muzema" e que foi homenageado por Flávio depois de ter sido apontado como um dos autores da Chacina da Via Show, que matou cinco jovens na saída de uma festa.
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Pitaco do Briguilino: o titúlo é meu - Joel Leonidas Teixeira Neto -. Explico: Jair Messias Bolsonaro, o líder do clã conhece, é amigos dos milicianos citados acima, antes do nascimentos dos filhos. Bolsonaro pai, foi quem apresentou seus colegas fardados aos seus garotos. Portanto, ele vai tentar tirar o dele da reta, mas só acredita que ele não faz parte desse esquema quem não quer ver o óbvio.
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Gilberto Maringoni: O chefe de milícia e o vendedor ambulante


O discurso de Jair Bolsonaro na tarde deste domingo - proferido em sua casa no Rio e transmitido via celular a uma manifestação na Paulista - é muito pior que a intervenção de um de seus filhos defendendo o fechamento do STF.
O capitão não falou em ambiente fechado e nem é figura lateral na onda fascista brasileira. Trata-se de um candidato á frente das pesquisas e que já age como eleito. Não discursou como dirigente politico. Mandou recado como chefe de milícia.
Bolsonaro afirma, quase soletrando, que a esquerda irá para o cárcere ou para o exílio. Ameaça Fernando Haddad com anos de prisão, sem que haja julgamento de coisa alguma a definir tal sentença. Rosna contra Lula, que "apodrecerá na cadeia". Garante que MST e MTST serão classificados como terroristas - provavelmente com base na lei formulada pelo governo Dilma Rousseff, suprema ironia - e que "a paz voltará para quem produz". Há outras ameaças em seu fraseado chulo e rastaquera.
Nenhuma palavra sobre crise econômica, planos de governo, resolução de algum problema real. O que há é papo de meganha na porta do camburão, para gáudio de sua matilha de hienas.
A sucessão de impropérios foi proferida quase ao mesmo tempo da rendição do TSE, anunciada pela ministra Rosa Weber, em Brasília. Como escolta, a douta autoridade se fez acompanhar por outros condestáveis da República, tendo como figuras de proa o sinistro Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e o decorativo Ministro da Segurança. A essa altura, não se sabe se eram rendidos ou cúmplices.
O candidato do fascismo jogou querosene em brasa acesa. Dissemina a ideia de que a barbárie está liberada.
Não assisti nenhuma das manifestações ao vivo. Na tarde de domingo, eu, suando em bicas, me ocupava de terminar um circuito de corrida num parque em Brasília, depois de uma chuva providencial. Na saída, encontro um vendedor de água de coco, com vários adesivos de Fernando Haddad em seu carrinho.
Eu o cumprimento pela coragem de exibir suas preferências em dias tão agressivos. Trocamos cinco minutos de conversa. Ele me conta da campanha em seu bairro e da confiança de que vamos virar essa eleição. Pergunto se é petista. Sua resposta é direita:
- Sou comunista, meu camarada. Quero muito mais que derrotar Bolsonaro. Mas estamos aí, num dos poucos momentos em que a esquerda está toda unida. Isso é o que importa. Estamos em campanha!
A frase serena me impactou. É isso aí. Vamos virar. E queremos mais.
O chefe de milícia não pode levar essa.
Estamos em campanha!
Gilberto Maringoni
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