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Frase do dia

Chico Buarque: "Minha solidariedade ao Lula pela perda do Vavá. E meu repúdio ao judiciário pelo cinismo e covardia", Chico Buarque

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sobre os canalhas que impediram a ida do ex-presidente ao enterro do irmão -

Vida que segue...

Chico Buarque para Lula



Meu caro amigo Lula

Meu caro amigo, me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu não pretendo provocar

Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita careta pra engolir a transação
Que a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus!
#LulaLivre
***

A reação à nova música de Chico Buarque e o moralismo desta geração, por Nathalí Maced


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"A nova música de Chico Buarque é sobre um casal de amantes adúlteros. Nada de novo sob o sol: ele adora falar de adultério em suas canções tanto quanto sobre política.
Qualquer musiquinha de Chico é melhor que os singles de alguns dos lacradores da neoMPB. Sorry.
“O Chico Buarque não me representa”, eles dizem, como se Chico quisesse representar alguém. Como se representar alguém, um grupo ou uma ideologia fosse a única função da arte.
Essa geração deve achar que tem nove planetas a girar ao seu redor.
O ataque é necessário, move a engrenagem. O debate é necessário. O que é desnecessário – e ridículo – é agir como se essa geração fosse a responsável por práticas “revolucionárias” que vêm sendo feitas desde mil e novecentos e bolinha e vêm sendo feitas exatamente por essa gente cafona que os artistas revolucionários lacradores do Século XXI sentem-se no direito de desprezarem.
O eco do ego poderia aliás ser o título de um filme indie sobre a nossa geração.
E no Tribunal do Facebook, Chico Buarque, em algum momento, assim como todos nós, precisaria cair."

Lacrou!




Luis Nassif - Chico Buarque a Globo que faz a diferença e o Fradinho do Henfil



Existem o João e seu cunhado Francisco. João, de alcunha Gilberto, é sempre pule de dez; Francisco também é Buarque, é uma seta certeira. Um ou outro já consagra a vida de qualquer foca. Basta uma frase, um bocejo, uma poesia do Tejo, um resmungo, um suspiro, qualquer coisa que se extraia de boca de um ou outro, é como a pepita rara bem no fundo da bateia, pouco importa a areia que sempre o editor coloca: quem entrevista o Chico, nunca mais será um foca.
Maranhão no fechamento pensando na roda de sexta, ouve o Ascânio gritar: esqueçam os bacharéis, esqueçam os empresários, deixem Temer e os sicários, data venia, e os infiéis, esqueçam a malta das ruas, as fontes indignadas, nem me fale em jogadores, em paspalhos ou atletas, parem as rotativas que quero ouvir os poetas chorando gotas de sangue, arrancando os cabelos, quero ouvi-los furibundos, maldizendo Deus e o mundo, lamentando o presente e a falta de futuro que aguarda seu presidente.
E ouviram os artistas de variada extração. Ouviram Silvia Buarque, e ouviram o Lobão, e também Beth Carvalho e o famoso Barretão. Ouviram até Zé Padilha que tratou de apurar o vocábulo com o mais chique que há, introjetando na frase a fineza de um “quiçá”.
Mas o Ascânio solene, bateu o pé e exigiu: quero aqui um peso pesado, dizendo o que quiser. Foi então que um anjo torto soprou na sua orelha: se o Globo agora ousar mostrar alguma isenção, e salvar a cobertura das torpezas de esquerdistas, suas verrinas, seus fuxicos, já temos a solução: bota alguém pra ouvir o Chico. Ele fala e sua frase fica no meio de outras, pagamos a penitência, mostramos a tolerância, não damos nenhum destaque e ela morre, feito traque.
E foi assim que de noite, por volta das 20 horas, saiu o jovem repórter atrás da sua matéria. Ligou para o intermediário que frequentava o Olimpo e tinha acesso a Zeus, e pediu a frase santa, que seria a água benta batendo em testa de ateu: se conseguisse a frase, nunca mais o purgatório da reportagem geral: iria direto pro céu.
O produtor cauteloso, levou o recado ao Chico. Ele negou de imediato, mas depois, considerou. Seus olhos brilharam muito, parecia estar a mil, andou de um lado a outro, abriu o baú de lembranças e de um Pasquim amarelo, saltou o Fradinho do Henfil. 
Sem demora esculpiu frase de quatro palavras: e não era de sua lavra, muito menos do Henfil.
O repórter reportou para o chefe de plantão que gritou para o Ascânio: temos a frase de Chico, e, para nossa surpresa, finalmente reconhece o mérito de nossa imprensa. E, em letras garrafais se lia o elogio mendaz: Globo faz a diferença.
Aí um velho fantasma, a alma de dr. Roberto, que sempre andava por perto vigiando as crianças, rugiu como vento cortante: Ascânio, ó seu demente, veja o que tem na sua frente e não me exponha ao ridículo, que a intenção do textículo é nos expor ao escárnio.
E foi assim que a frase não saiu e pouco importa. Para evitar mais atrito é possível que se torne um novo samba de Chico. 
Gente que faz a diferença
 ***

Manifesto de artistas e intelectuais pede a candidatura de Lula, Já!

A partir de hoje segunda-feira 06 de Março, um abaixo assinado pede o lançamento de Lula a presidente em 2018 desde agora. As primeiras personalidades que assinaram o documento foram o cantor, compositor e escritor Chico Buarque e o teólogo, escritor e professor Leonardo Boff.
É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País, que nos faz, através desse documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio LULA da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam.
Foi um trabalhador, filho da pobreza nordestina, que assumiu, alguns anos atrás, a Presidência da República e deu significado substantivo e autêntico à democracia brasileira.  Descobrimos, então, que não há democracia na fome, na ausência de participação política efetiva, sem educação e saúde de qualidade, sem habitação digna, enfim, sem inclusão social. Aprendemos que não é democrática a sociedade que separa seus cidadãos em diferentes categorias.
Por que Lula? Porque ainda é preciso incluir muita gente e reincluir aqueles que foram banidos outra vez; porque é fundamental para o futuro do Brasil assegurar a soberania sobre o pré-sal, suas terras, sua água, suas riquezas; porque o País deve voltar a ter um papel ativo no cenário internacional; porque é importante distribuir com todos os brasileiros aquilo que os brasileiros produzem. O Brasil precisa de Lula. 

Quando desacontece

Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia
De repente a coisa começou a desacontecer
Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas, juro
Agora estou passando um band-aid no coração
Um sorriso nos lábios
E tudo bem
Ou, que hei de fazer?

Caio Fernando Abreu

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Frase do dia

(...) 

"Você vai se amargar, vendo o dia raiar sem lhe pedir licença. Esse dia há de vir antes do que você pensa," 

Chico Buarque

Mensagem de Marisa e seu Homem, Lula, a Xico Buarque de Holanda

do Casal 
chicolulaChico Buarque é um patrimônio da cultura e do povo brasileiro; nosso maior artista, o mais fino intérprete da alma de nossa gente. É admirado, por tudo o que fez e faz na música e na literatura, e respeitado, como cidadão consciente que jamais se omitiu nas lutas pela democracia e justiça social. Um brasileiro com essa trajetória, e que tem no sangue a herança do professor Sérgio Buarque e de dona Maria Amélia, não merece ser ofendido, muito menos por sua coerência. É muito triste ver a que ponto o ódio de classe rebaixa o comportamento de alguns que se consideram superiores, mas não passam de analfabetos políticos. Apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia. Receba, querido Chico, nossa solidariedade, sempre. Lula e Marisa.
no Instituto Lula

Proseando a navalha do PH

Os tucanos são desrespeitosos.
A tucademopiganalhada lambe ovos e botas.
Chico não é um qualquer.
Xico é um qualquer que se orgulha de ser brasileiro
O PSDB não tem um único Chico que possa ser questionado - muito menos insultado.
Concordo!
Não há quem questionar no PSDB.
Nem no dem/Pps e Cia
Não há um 1/2 Chico no apoio ao Golpe.
Tem nenhum Xico
Chico é um artista brasileiro, lamentavelmente vulnerável a coxinhas e seus filhos ignorantes e mal-educados.
A inveja não mata. Mas maltrata. Fhc infelizmente é quem mais sente isto.
É a diferença entre o genial e o ridículo, o desprezível.
Chico Buarque é um brasileiro comum, igual a todos, diferente de cada um
São uns candidatos a candidatos a Aecím.
São tão ruins que nem candidato a cachorro morto jamais chegarão.

Chico Buarque e o novo Brasil

Os brasileiros tem a fortuna de assistir, na mesma semana, a dois filmes espetaculares: o de Guilherme Fontes, sobre "Chatô", e "Chico, artista brasileiro", documentário de Miguel Faria Jr.
Chatô resulta mais divertido e menos safado que Roberto Marinho, a quem precedeu na luta para derrubar presidentes trabalhistas.
O Chico é impecável, irretocável, incomparável.
Miguel Faria, Lauro Escorel, Marcos Flaksman e Luiz Claudio Ramos mostram o que a  cinematografia brasileira - e  carioca ! - pode fazer.
E Chico, esse artista brasileiro, de Paratodos !
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro

Chico tem a elegância de Pixinguinha.
E, assim, nessa chave, dá um murro no estomago desses impeacheiros medíocres, que se escondem no "constitucionalismo" e na fossa do PiG.
A certa altura, Chico fala da Bossa-Nova.
E diz que a Bossa Nova só foi possível porque o Brasil era atrasado.
Só assim, atrasado, foi possível uma musica de elite, de Ipanema se impor como um cânone para o Brasil inteiro.
Um Brasil, diz ele, que não ia ao aeroporto …
Agora, não.

Chico Buarque entra de cabeça na luta contra o golpe


:



Um dos mais importante artista brasileiro, cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Holanda assinou manifesto que condena o processo de impeachment da presidente Dilma, deflagrado na semana passada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usufrutuário de contas na Suíça. 

Organizado por Leonardo Boff, o manifesto contará com dezenas de intelectuais. A presidente Dilma Rousseff já conta com a imensa maioria dos juristas brasileiros (à direita e à esquerda), com a quase totalidade dos governadores, pois apenas Pedro Taques assumiu a defesa do impeachment, e também com um movimento pela legalidade que vem sendo liderado por Flávio Dino (PCdoB) governador do Maranhão, e Ciro Gomes (PDT) Continua>>>

Outros passaram?

Passarei!
Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense que eu cheguei de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Agamenon Mendes Pedreira:

Enquanto blogueiro e jornalista desempregado crônico, passo os meus dias vagando pela Rua da Amargura, onde fica estacionada a minha residência, o Dodge Dart 73, enferrujado. Quando não estou curtindo o ócio sem dignidade, procuro a companhia de outros blogueiros amigos meus que também estão muito ocupados em não fazer nada. De tanto coçar o escroto (o saco e não eu), cheguei a fazer uma ferida na região testicular. Esta chaga, a céu aberto, já está me enchendo o saco, quer dizer, me inchando o saco. Pra espantar o tédio que se abate sobre a minha mente todos os dias, resolvi passar numa livraria e roubar o novo livro do Chico Buraque, O Irmão Alemão.

A princípio, achei que o novo romance do genial compositor de “Apesar do PT” era sobre a Segunda Guerra Mundial, um assunto que muito me interessa. Nunca perco a Maratona Hitler do History Channel. Mas, na verdade, Chico resolveu escrever a biografia não-autorizada do seu meio-irmão mesmo sabendo que o grupo Procure Sabesta é absolutamente contra a publicação de biografias não-remuneradas. Na década de 20, o pai de Chico, o historiador Sergio Buraque, apesar de ser de Hollanda, estava na Alemanha e resolveu, enquanto “homem cordial”, mostrar as “Raízes do Brasil” para uma criatura alemã. No original. Não se sabe exatamente, qual foi a raiz que o priápico intelectual botou pra fora. Pode ter sido a mandioca, o nabo, o cará ou até mesmo o mastruço. O fato é que a meia-mãe do Chico Buraque engravidou e deu à luz  um menino, que foi batizado de Franz Büracken von Holland.


Confirmando a genética darwinista, esse meio-irmão de Chico Buarque, teve uma vida muito semelhante ao original brasileiro. O irmão de Chico era artista de televisão, cantor e compôs várias músicas louvando o socialismo. Igualzinho ao Chico. Assim como seu irmão tupiniquim, Franz Büraken era um sujeito boa-pinta e, com seus olhos cor de ardósia, deixava as mulheres loucas e ele aproveitava para passar o rodo. Igualzinho ao Chico. Franz Büraken viveu a vida inteira na Alemanha Oriental e apoiava o governo. Igualzinho ao Chico. Por uma coincidência do destino, Franz Büraken também era um ídolo da MPB (Música Prussiana da Bavária) e seu primeiro grande sucesso foi a marchinha “Das Bündchen”. A única diferença é que Franz Büraken von Holland nunca saiu da RDA e Chico Buraque, sempre coerente, prefere praticar o comunismo de esquerda em Paris, que é muito melhor.

Chico Buarque

Apoio a reeleição da presidente Dilma

"A VERDADE É QUE antes do PT chegar ao poder teve uma turma que ficou 500 anos mandando aqui no Brasil e esse país se tornou um paíseco de 5º mundo.

Entramos na década de 80 ainda sendo uma república das bananas, governados por ridículos generais sem voto, ditadores golpistas assassinos e ignorantes, que “preferiam cheiro de cavalo a cheiro de povo“.

Aí finalmente vem um partido que faz o Brasil avançar, tira nossa coleira dos USA, da um pé no traseiro do FMI, alça o país a 6ª economia do mundo fazendo o PIB saltar de 1 para mais de 2,4 trilhões em uma década, tira 50 milhões de brasileiros da pobreza, cria uma nova classe média de mais de 100 milhões com emprego, renda, carteira assinada e conta no banco... Enfim, avanços EXTRAORDINÁRIOS em uma década ! 

Mas a mídia, conservadora e recalcada, sabota e cria um clima de que estamos "a beira do abismo". 

E tem gente que vai na onda e não lembra do nosso passado medíocre..."

por Chico Buarque

Um show de Chico

Chico Buarque de Hollanda canta comigo desde que nasci. Acompanha-me nos versos e reversos. Hoje já pouco me importa se ele sabe disso, mas ele é minha trilha sonora e me deve direito emocional.
Ele me chama de mulher porque sua melodia é a constatação de que o outro, o que não mora em mim, ainda é capaz de me ver.
A primeira vez que vi Chico “ao vivo”, foi dentro do que é hoje o estacionamento do Espaço Mascarenhas, em Juiz de Fora. Ele já era meu homem idealizado – feito de letras, melodias, dor feminina e olhos verdes. E então ele e eu, cada um em seu lugar emocionalmente delineado, já cantávamos juntos as mulheres tristes, as mulheres emancipadas, as mulheres abandonadas, as mulheres no tapete atrás da porta.
E ele só, em brado retumbante, já exaltava também sozinho os homens sem chão das mulheres que partiam. Das mulheres que davam o troco.
E os Pedros Pedreiros e seus fabulosos fardos.
Depois ele voltou, no Cine Teatro Central, inaugurando aqui o seu maravilhoso “As Cidades”. Mas ainda havia nele a pública timidez que intimidava as garotas e excitava as mulheres. Eu ainda era mais ou menos garota, mais ou menos mulher.
Mas o homem que subiu no palco do VivoRio, todo de preto, e com uma alegria travessa é outro? Claro que não. Nem eu, esputefata ali, era outra. Somos apenas mais velhos.
Sim. O Chico que vi está mais velho, à vontade e generoso com o público. E em se tratando de Chico, isso é manchete.
Seu novo disco está lindo. Postei aqui uma defesa à música Querido Diário porque ela é esplêndida e foi mal interpretada pelos maus intérpretes.
Mas sinto Senhores: eu disse também que nossos ouvidos sempre precisam se acostumar com o novo. Pois não há nada de novo no novo CD do Chico que não seja absolutamente belo.
Chico fez um show impecável. Além das dez músicas do novo CD, cantou mais dezoito dos seus clássicos.
Fez parceria com Wilson das Neves em Sou Eu; emocionou a platéia com Desalento (vai e diz a ela que eu entrego os pontos), trouxe de volta a Geni e – apaixonado por uma moça jovem – não deixou de relembrar no palco a música que sempre haverá de ser da Marieta, porque cantada com sua voz, na Ópera do Malandro: O Meu Amor.
Chico largou o violão e andou pelo palco, microfone em punho, para cantar, cantar e cantar, ineditamente.
Chico flertou com o Rock.
Chico fez Sinhá.
E, principalmente, Chico fez um clássico.
Um clássico de se assobiar: Se eu Soubesse (Mas acontece que eu saí por aí, e aí larari, lairiri…)
Um clássico para apaixonados.
Que Alegria!
da Joana

Chico Buarque e Leonardo Boff chamam artistas e intelectuais para manifesto por Dilma Presidente, no Rio de Janeiro

 
 
Um grupo de artistas e intelectuais liderados por Leonardo Boff, Chico Buarque, Emir Sader, Eric Nepumuceno está articulando adesões ao manifesto abaixo de apoio político a eleição de Dilma Roussef. Se você puder aderir agradeceríamos muito: mande sua adesão para emirsader@uol.com.br ; ericnepomuceno@uol.com.br
E, se você puder, divulgue aos seus amigos do Rio para participarem do ATO POLITICO de entrega do manifesto à candidata, no Teatro CASA GRANDE, hoje, às 20 hs. (Rua Afranio de Mello Franco, 290- Leblon- Rio de janeiro).

MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRO DILMA

Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff.
Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
Leonardo Boff
Chico Buarque
Fernando Morais
Emir Sader
Eric Nepumuceno


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