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Ter medo


[...] Medo da morte, medo de altura, medo do escuro, medo de amar, medo do futuro, medo de realizar algum sonho… 

São tantos medos, que nenhum outro me aterroriza tanto quanto o medo de te perder.
Marina.

Não sei como ou porque

[...] mas tenho certeza que eu não era a metade do inteiro que eu sou com você.
Sean Wilhelm. 

O PT tem obrigação política e moral de reagir ao STF



Breno Altman  -  Jornalista e Diretor de Redação do site Opera Mundi e da Revista Samuel   
O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, praticamente concluiu sua tarefa como relator, às vésperas de assumir a presidência do STF, com um burlesco golpe de mão. Aparentemente para permitir que Ayres Britto pudesse votar na dosimetria dos dirigentes petistas, subverteu a ordem do dia e antecipou decisão sobre José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Apenas a voz de Ricardo Lewandovski se fez ouvir, em protesto à enésima manobra de um julgamento marcado por arbitrariedades e atropelos.
Talvez em nenhum outro momento de nossa história, ao menos em períodos democráticos, o país se viu enredado em tamanha fraude jurídica. Do começo ao fim do processo, o que se viu foi uma sucessão de atos que violaram direitos constitucionais e a própria jurisprudência do tribunal. A maioria dos ministros, por opção ideológica ou mera covardia, rendeu-se à sentença prescrita pelo baronato midiático desde que veio à tona o chamado "mensalão”.
Os arroubos de Roberto Jefferson, logo abraçados pela imprensa tradicional e parte do sistema judiciário, serviram de pretexto para ofensiva contra o governo Lula, o Partido dos Trabalhadores e a esquerda. José Dirceu e seus companheiros não foram julgados por seus eventuais malfeitos, mas porque representam a geração histórica da resistência à ditadura, da ascensão política dos pobres e da conquista do governo pelo campo progressista.
Derrotadas nas urnas, mas ainda mantendo sob seu controle os poderes fáticos da república, as elites transitaram da disputa político-eleitoral para a criminalização do projeto liderado pelos petistas. Com a mesma desfaçatez de quando procuravam os quartéis, dessa vez recorreram às cortes. Agora, como antes, articuladas por um enorme aparato de comunicação cujo monopólio é exercido por umas poucas famílias.
O STF, nessas circunstâncias, resolveu trilhar o caminho de suas piores tradições. Seus integrantes, majoritariamente, alinharam-se aos exemplos fornecidos pela extradição de Olga Benário para a Alemanha nazista, pela cassação do registro comunista em 1945 e pelo reconhecimento do golpe militar de 1964. Como nesses outros casos, rasgaram a Constituição para servir ao ódio de classe contra forças que, mesmo timidamente, ameaçam o jugo secular das oligarquias pátrias.
Garantias internacionais, como a possibilidade do duplo grau de jurisdição, foram desconsideradas desde o primeiro instante. Provas e testemunhos a favor dos réus terminaram desprezados em abundância e sem pudor, enquanto simples indícios ou ilações eram tratados como inapeláveis elementos comprobatórios. Uma teoria presidiu o julgamento, a do domínio funcional dos fatos, aplicada ao gosto do objetivo inquisitorial. Através dessa doutrina, réus poderiam ser condenados pelo papel que exerciam, sem que estivesse cabalmente demonstrados ação ou mando.
O que interessava, afinal, era forjar a narrativa de que o PT e o governo construíram maioria parlamentar através da compra de votos e do desvio de dinheiro público, sob a responsabilidade direta de seus mais graduados líderes. As contraprovas que rechaçam supostos fatos criminosos e sua autoria, fartamente apresentadas pela defesa, simplesmente foram ignoradas em um julgamento por encomenda.
Enganam-se aqueles que apostam em qualificar este processo como um problema de militantes petistas, quem sabe, injustamente condenados. José Dirceu e seus pares não foram sentenciados como indivíduos, mas porque expressavam a fórmula para colocar o PT e o presidente Lula no banco dos réus. Os discursos dos ministros Marco Aurélio de Mello, Ayres Britto e Celso de Melo não deixam dúvida disso. Não hesitaram em pisar na própria Constituição para cumprir seu objetivo.
Mesmo que eleitoralmente o procedimento venha se revelando relativamente frágil frente ao apoio popular às mudanças iniciadas em 2003, não podem ser subestimados seus efeitos. As forças conservadoras fizeram, dessa ação penal, plataforma estratégica para desgastar a autoridade do PT, fortalecer o poder judiciário perante as instituições conformadas pela soberania popular e relegitimar a função da velha mídia como procuradora moral da nação.
O silêncio diante desta agressão facilitaria as intenções de seus operadores, que se movimentam para manter sob sua hegemonia casamatas fundamentais do Estado e da sociedade. Reagir à decisão da corte suprema, porém, não é apenas ou principalmente questão de solidariedade a réus apenados de maneira injusta. A capacidade e a disposição de enfrentar essa pantomima jurídica poderão ser essenciais para o PT e a esquerda avançarem em seu projeto histórico.
Breno Altman  -  Jornalista e Diretor de Redação do site Opera Mundi e da Revista Samuel   


Prá desopilar


E a professora pergunta pra turma :

- Alguém pode me dizer qual o nome do filósofo grego, autor da emblemática frase:

"Só sei que nada sei " ?

... e o Joãozinho grita:

- Puuuutaqueooopariu, professora, não vai me dizer que o Lula, além de tudo, é grego? !!!!!

Aprenda a não cair nas armadilhas da dieta

Muitas pesquisas sobre o comportamento do consumidor vêm sendo realizadas com o objetivo de conhecer e avaliar os novos hábitos da população frente a uma gama de produtos que temos atualmente. 

Pesquisas realizadas nos EUA relatam que frequentadores de uma rede de fast food - do tipo monte seu lanche - quando escolhiam um lanche saudável, não conseguiam manter a mesma linha de raciocínio para a tomada de decisões dos acompanhamentos. Ao escolherem pães integrais e carne com baixo teor de gordura, acabavam preferindo queijo, maionese, batatas fritas e biscoitos de sobremesa para o acompanhamento. Importante observar que alguns frequentadores saiam deste estabelecimento pensando que haviam consumido 350 kcal e no entanto atingiam por volta de 500kcal. Leia mais>>>

Dama


Meu coração foi apunhalado traiçoeiramente por aquela ingrata.

Ingrata que manchou meu coração de vermelho sangue de um homem apaixonado. O sangue jorrava em abundância a ponto de respingar na minha ROUPA triste pela traição causada pela dama da noite.

Dama que não levou em consideração todo o meu afeto e amor que sentia e nutria por ela.

Hoje me sinto um João ninguém perante a vossa pessoa, a qual me humilhou na frente de seu novo amado.

Dama da Noite, malvada mulher, mulher que nunca levou em consideração a paixão que meu coração ferido sentiu durante o tempo em que vivemos juntos.

Marco Leite

Milionésima manifestação de apoio a José Dirceu


Rosimar Gonçalves
Conheço sua trajetória que sempre foi corroborada pelo nosso amigo Erazê Martinho, que antes de sua morte há cinco anos disse-me que tinha certeza absoluta de você estava sendo vítima mais uma vez e que a batalha a ser travada desta vez iria ser diferente, mas que você mais uma vez saberia como fazê-la. Sendo assim, como dizíamos A LUTA CONTINUA COMPANHEIRO! Estamos com você!

Mata o véio

Eu te amo

Eu te amo… Só sei dizer isso. E você sempre com seus interrogatórios… 

- Por que você me ama? O que eu tenho de diferente? O que você sente por mim? 

Eu não sei explicar, eu juro que tento, formulo vários diálogos na minha cabeça todos os dias. Eu nunca consigo explicar, e você nunca entende...Mas é exatamente isso que eu tento te falar meu bem. Amor não se explica.
Carol Alves, Promisse. 

Microfone vaza e Faustão critica Joaquim Barbosa na TV


O apresentador Fausto Silva lamentou por meio de uma nota na manhã desta terça-feira as palavras proferidas na última edição do Domingão do Faustão.
Na tarde de antes de ontem, sem saber que o áudio de seu microfone estava sendo transmitido, Faustão teceu duras críticas ao ínfimo alemão Joaquim Barbosa.
Foi durante a exibição do quadro Vídeo Cassetadas, que Faustão vociferou contra o adulador togado.
“Que merda, Joaquim! Uma crítica da moral não pode ser uma contra-moral afirmativa, muito menos orientada por uma negação abstrata de toda moral!”, disse o apresentador enquanto a TV exibia FHC comprando votos para aprovar sua reeleição em um vídeo de 1997.
Quando notou que estava no ar, Faustão tentou corrigir. “Ô loco, meu, olha aí bicho, vem aí ‘Como sacanear o cunhado’, agora, nas cassetadas do domingão”, soltou constrangido.
A gafe de Faustão teria repercutido muito mal nos bastidores da TV Globo, que tradicionalmente defende em sua programação o legado da bosta de Joaquim e valores como a teoria da farsa, o racionalismo e a não-indubitabilidade da verdade.
Mais tarde, o blogueiro limpinho do Globo, Ricaço Simlat sabendo da falha do colega, elogiou o comentário de Faustão.
Meu amigo Fausto, a rudeza e as contradições de Joaquim devem ser interpretadas como testemunhas da vilaneza e das contradições objetivas, que outros ínfimos e ínfimas cínicas observaram e até superaram”, bajulou Simlat. 
A Globo ainda não premiou os dois. Mas, afirmam fontes fidedignas de nenhuma credibilidade que fará em breve.
Plágio escancarado de uma postagem do DdB

Manifestação de apoio a José Dirceu III


[Inês Duarte Fernandes]
Zé Dirceu, desde 2005 faço parte do Grupo dos Apoiadores do Zé Dirceu, onde, com a liderança da saudosa Dalva, debatíamos e divulgávamos sua inocência aos sete ventos.  
 
Nem de longe tenho a força que você e muitos dos militantes tem. me sinto arrasada, desesperançada com tamanha mostruosidade que este tribunal fez. No meio de tanta escuridão, apenas uma tênue luz se manteve acessa e será seguindo esta luz que espero recuperar minha esperança neste país. 
 
Estaremos sempre com você Zé Dirceu.

Ceará: mortalidade materna tem redução acentuada


O número de mulheres que morrem de complicações durante a gravidez e o parto diminuiu no Ceará, caiu de 93,7 mortes por 100 mil nascidos vivos, em 1998, para 67,8, em 2011. 
Isso representa uma redução de 27,6%.
Os dados fazem parte de boletim epidemiológico divulgado pela Sesa - Secretaria da Saúde do Estado do Ceará-.
As maiores proporções de óbitos maternos, segundo o boletim da Sesa, foram verificadas faixa etária de 20 a 29 anos

Selada aliança Pstf e Pig


Ainda há quem duvide quando ouve que a mídia brasileira é partidarizada. Que tem posição política e a defende com unhas e dentes. Por opção ideológica e preferência político-partidária, ela é contra o PT. Desaprova os dois presidentes da República eleitos pelo partido e seus governos. Discorda, em princípio, do que dizem e fazem seus militantes e dirigentes.
Processos contra os 40 réus do chamado mensalão. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
A chamada “grande imprensa” é formada por basicamente quatro grupos empresariais. Juntos, possuem um vasto conglomerado de negócios e atuam em todos os segmentos da indústria da comunicação. Têm um grau de hegemonia no mercado brasileiro de entretenimento e informação incomum no resto do mundo. É coisa demais na mão de gente de menos. Leia mais>>>

Manifestação de apoio a José Dirceu II


Saudade escrevo assim...

Manifestações de apoio a José Dirceu I


Prá desopilar

Adoro

ADORO MINHA VERDADE

ADORO MINHA FORÇA
ADORA MINHA INTELIGÊNCIA
ADORO MINHA BELEZA
ADORO MINHA SABEDORIA
ADORO MINHA FILOSOFIA
ADORO MEU CONHECIMENTO  EMPÍRICO DOS DESTINOS DE OUTREM
ADORO O MUNDO, ADORO A VIDA, ADORO A MULHER
ADORO FRUTA, ADORO  PÃO, ADOROO VINHO
ADORO  SEXO, ADORO  BEIJO, ADORO A PARTE CARNOSA DO CORPO
ADORO  MUSÍCA, ADORO ROCK, ADORO DANÇAR
ADORO  BIFE, ADORO  OVO, ADORO  COMER
ADORO TUDO QUE EXISTE NESTE PLANETA MALUCO CHEIO DE GENTE DESAJUSTADA

Transforme seu lenço em uma linda bolsa



Lenços são e sempre serão um curinga para deixar a produção com mais estilo. Ele vira um acessório e tanto no pescoço ou na cabeça, e o melhor, também pode virar uma bolsa linda! É super fácil de fazer, vamos lá?
>Leia mais

Como escrevo Saudade

Revogar a sentença injusta


Está fora de questão que a Suprema Corte do País merece respeito e suas decisões devem ser cumpridas. Mas não está vedado o direito de opinar, direito sagrado conquistado com muita luta pelo povo brasileiro e constitucionalmente assegurado. Tampouco é proibido lutar para que decisões injustas, como as que foram tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde da última segunda-feira (12), sejam revistas e revogadas.

A condenação de José Dirceu e José Genoíno a penas de prisão é uma inominável injustiça, fruto de um julgamento politizado, realizado sob pressões antidemocráticas, por meio de procedimentos e conceitos juridicamente questionáveis, alheios à jurisprudência nacional, de atropelos de normas e, sobretudo, de menosprezo aos mais elementares sentimentos de justiça. 

A sentença proferida na tarde da última segunda-feira é o epílogo de um processo que, desde a fase da denúncia, mostrou-se não como o “mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção da história do país”, como até hoje é apresentado na mídia. O processo é uma mancha de opróbrio na vida democrática nacional desde a promulgação da Constituição de 1988. 

Durante todo o processo, partindo de nosso próprio ponto de vista político, pautamos a cobertura dos fatos e a expressão de opiniões pela mais alta consideração, respeito e reverência para com a Corte, e alimentamos a expectativa de que o Supremo Tribunal Federal, no cumprimento de sua missão constitucional, julgaria a Ação Penal 470 com discernimento jurídico, absoluta isenção e rigor técnico, cujo pressuposto era julgar exclusivamente baseado nos autos.

A sentença proferida contra líderes do Partido dos Trabalhadores nada tem de atitude objetiva. Baseia-se em uma teoria estranha à jurisprudência brasileira, como o “domínio funcional do fato”, pune sem que o condenado tenha praticado ato de ofício e ignora um dos princípios elementares dos direitos humanos que é a presunção da inocência. 

O processo foi todo ele politizado, desde que o antigo procurador geral, e, depois, o atual e finalmente o ministro-relator do STF, consideraram a priori que houve da parte dos líderes do PT a prática dos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha e que, no caso de um deles, sobressaiu-se como chefe que, como tal, “sabia de tudo”. 

A politização do processo atingiu níveis extremos. Pretende-se que com a decisão de trancafiar o companheiro José Dirceu numa prisão, a “República foi refundada”. Difunde-se o conto de que o STF puniu o autor de “um crime de lesão gravíssima à democracia, que se caracteriza pelo diálogo e opiniões divergentes dos representantes eleitos pelo povo”. Em considerações nada condizentes com a verdade dos fatos, referindo-se à articulação política conduzida pelo ex-ministro José Dirceu no início do primeiro mandato de Lula, argui-se que ”foi esse diálogo democrático que o réu quis suprimir pelo pagamento de vultosas quantias em espécie a líderes e presidentes de partidos."

Mais: do plenário do STF, em transmissão direta em rede nacional de televisão, ouviram-se coisas tais como que Dirceu "colocou em risco a independência dos poderes", o que teria “diminuído e enxovalhado pilares importantíssimos de nossa sociedade". Frases de efeito como esta, combinadas com a grandiloquência de pronunciamentos emoldurados por citações doutas e acadêmicas, tentaram convencer a opinião pública de que se praticou a “macrodelinquência no governo” e que os réus eram “marginais no poder”.

Difundidas ad nauseam, essas e outras afirmações foram e são usadas para desqualificar históricos combatentes pela democracia e líderes provados da esquerda como políticos que estavam à frente de manobras para mutilar a democracia no país. 

Igualmente, pretende-se macular o governo do ex-presidente Lula - o primeiro de um líder originário das fileiras das lutas operárias e em que foram para o centro do poder forças de esquerda, historicamente massacradas pelos regimes reacionários das classes dominantes – como um governo antidemocrático e corrupto, e assim estigmatizar o PT e o conjunto das esquerdas. O objetivo visado é impedir a continuidade de uma experiência bem sucedida e o exercício de um modo progressista de governar o país.

O pano de fundo é evidente – a luta das classes dominantes retrógradas para retomar o controle da situação política nacional e impedir a evolução do País por meio de reformas estruturais democráticas com conteúdo social e patriótico. 

As forças progressistas deste país, incluídos os partidos de esquerda, os democratas, os patriotas, os defensores da Constituição cidadã e os movimentos sociais, respeitando a ordem democrática e as instituições, não podem calar-se diante da ignomínia em que se constituíram as sentenças proferidas, diante da flagrante injustiça contra figuras que integram seus quadros dirigentes, sob pena de também se cobrirem de opróbrio. A solidariedade total aos companheiros apenados há de se traduzir também em uma luta por meios legítimos para que a sentença seja revogada. 

A voz do povo

Mostrei a foto (abaixo) para algumas pessoas, e pedi que definissem o caráter deste individuo baseado no que a imagem transmitia, confiram o que disseram:

  1. Sem-vergonha
  2. Canalha
  3. Cafajeste
  4. Cínico
  5. Puxa-saco
  6. Covarde
  7. Hipócrita
  8. Corrupto
  9. Imoral
  10. Palhaço
Eu, acho que ele é tudo isso e muito mais. É um tucademopigolpista Onesti$$imo. Esta é minha opinião.
Ah, para mimi ele também é ladrão. Roubou, rouba e sempre roubará a ideia, o ideal de Justiça.
Verme!

Artigo semanal de Delúbio Soares


O ESTADO LAICO E SUA IMPORTÂNCIA
O Estado laico é uma das conquistas da liberdade do homem e da democracia nas nações. O terror religioso - que viveu seu auge nos tempos medievais - e a exacerbação danosa de suposta fé religiosa caminharam juntos, de braços dados, fazendo estragos história afora.

O respeito dos regimes e estados constituídos à crença religiosa das pessoas é pedra-de-toque na vida das pessoas. Vimos, ao longo dos séculos, as maiores barbaridades e violações sem fim, serem cometidas em nome de valores caros ao ser humano. Da fogueira da Inquisição à perseguição aos judeus e às Testemunhas de Jeová pelo III Reich de Hitler, até a cumplicidade absurda da igreja católica com a ditadura militar genocida na Argentina, os exemplos se espraiam eloquentes e lamentáveis.

No Equador, faz exatamente um século, o presidente Elóy Alfaro morreu trucidado por uma multidão, insuflada pelos hierarcas locais do catolicismo. Porém, no Brasil pós-64 e no Chile de Pinochet, duas ditaduras implacáveis, o papel de apoio às forças democráticas e de solidariedade aos perseguidos por parte da maioria absoluta da mesma igreja, é dado histórico e louvável. O inesquecível Papa João XXIII, com o Concílio Vaticano II, e o histórico papel assumido pelo catolicismo com a opção preferencial pelos pobres, nos encontros de Puebla (México) e Medellin (Colômbia), aproximaram a igreja das bases da sofrida sociedade latino-americana.

Nas últimas eleições municipais, ao sabor das paixões e do radicalismo próprio dos pleitos disputados numa democracia, o tema voltou com força em quase todo o Brasil. Muitos foram os candidatos que se apresentaram com o apoio de diversas igrejas, das mais diferentes denominações, na busca do voto popular. E, lamentavelmente, um debate que não edifica se estabeleceu com igrejas apoiando e igrejas combatendo vários candidatos às prefeituras municipais.

Foi uma repetição melancólica do que ocorreu em 2010, quando o candidato direitista José Serra, do PSDB, trouxe às lides eleitorais questões já então superadas pela sociedade brasileira, unindo-se aos setores mais reacionários e retrógrados do espectro político e religioso, tentando tornar a disputa presidencial uma delegacia de costumes e, ao mesmo tempo, um pastiche de tribunal religioso dos tempos inquisitoriais. Felizmente, o Brasil civilizado, panteísta, que respeita o credo de cada um dos seus cidadãos, reagiu ao descalabro e derrotou o candidato das trevas e do obscurantismo. A preocupação político-institucional das igrejas é fato e deve ser respeitada. Sem, contudo, jamais se esquecer do caráter laico do Estado brasileiro.

O amadurecimento da sociedade brasileira passa, necessariamente, pela tolerância religiosa e o respeito absoluto à crença professada por cada um de nossos cidadãos. E assim tem sido, desde que na eleição para a Assembléia Constituinte de 1946, na redemocratização pós-Estado Novo, as arcaicas “ligas eleitorais” religiosas, perderam força e votos até serem extintas. Na República velha elas foram odiosos instrumentos do mais improdutivo conservadorismo, oligárquicas e higienistas, funcionando como autênticas travas à modernização de nossa sociedade e ao progresso. Elegiam parlamentares que se comprometiam com plataformas obscurantistas, que foram perderam terreno com a conquista do voto feminino, com o estabelecimento de leis de garantias ao trabalhador, com o desenvolvimento de um país que, enfim e com 30 anos de atraso, entrava no século 20.

O Estado laico é conquista da democracia e garantia de convivência entre os mais diferentes segmentos sociais e etnias que formam nossa nacionalidade, dando-lhe força e respeitabilidade. Aquí, numa terra abençoada e futurosa, árabes e judeus convivem, professam suas crenças em Mesquitas e Sinagogas e se confraternizam. Nossos irmãos de origem nipônica representam invejável força de trabalho e de empreendedorismo, num país em que o budismo plantou profundas e fortes raízes. E assim posso também recordar a miríade de brasileiros que encontraram no protestantismo, nas igrejas de confissão pentecostal, a materialização de seus valores espirituais e, por isso mesmo, merecem respeito e consideração.

Ao mesmo tempo em que condenamos o uso da questão religiosa na vida política e eleitoral, saudamos a grandeza, a importância e a modernidade representadas pelo Estado laico em toda sua plenitude.

A injustiça não é só contra meu pai, é contra a política




José Dirceu, uma das figuras públicas mais conhecidas do país, foi e é um excelente pai. É um ótimo amigo da minha mãe Clara e sempre foi exemplo para mim.

Nossa relação é de amor, amizade e cumplicidade. Ainda adolescente, quando tive vontade de trabalhar, ele me incentivou a vender sorvete e maçã do amor.

Depois, tornei-me empresário e pude contar com ele. Ingressei na política e meu pai esteve ao meu lado. Fui prefeito de Cruzeiro do Oeste, no Paraná, por dois mandatos e hoje sou deputado federal. Recebi apoio, carinho e compreensão dele em tudo o que me propus a fazer.

Amo muito o meu pai. Tenho orgulho dele. Da coragem na juventude, saindo aos 16 anos de Passa Quatro, em Minas Gerais, para São Paulo. Admiro a luta dele e de muitos outros jovens contra a ditadura, o seu papel na redemocratização do país, o seu engajamento no movimento Diretas-Já.

Inspira-me seu trabalho de construção, organização e modernização do Partido dos Trabalhadores, levando Lula e Dilma Rousseff a três mandatos presidenciais reconhecidos por índices recordes de aprovação pelos brasileiros.

São governos que transformaram o Brasil, num movimento inédito de distribuição de renda e inclusão social que melhorou muito a vida dos que mais precisam da política e do governo.

Obviamente não me sinto bem vendo meu pai condenado. O que tem me tranquilizado é perceber que a grande maioria do povo brasileiro sente o que eu sinto: que esse veredito do STF (Supremo Tribunal Federal) é a maior injustiça já cometida contra um líder político no Brasil.

Um dos sinais disso é que, apesar de toda a publicidade negativa produzida pelo julgamento, o PT, mais uma vez, foi o partido mais votado no primeiro turno das últimas eleições municipais, com 17 milhões de votos.

Tenho recebido mensagens de apoio e solidariedade, vindas desde o mais simples cidadão, que pude encontrar nas mais de 200 cidades paranaenses que visitei durante esta campanha eleitoral, até as mais importantes autoridades, que encontro no dia a dia de Brasília.

A injustiça não é só contra meu pai, é contra a política. Contra o Brasil, contra o Estado Democrático de Direito. Principalmente pelos dois pesos e duas medidas que a imprensa e o STF adotam. O “mensalão” do PSDB é mais antigo, mas não há a mesma pressa nem os atropelos para o julgamento, como foi feito com a ação 470.

O que eu desejo é que esses erros sejam corrigidos no futuro. Que cidadãos comuns e políticos não sejam condenados sem provas, apenas porque “parecem ser culpados”, ou porque “não tinham como não saber do crime”.

A certeza que carrego comigo é a mesma que minha família e minha avó, dona Olga, hoje com 91 anos, tinham na década de 60, quando meu pai foi preso pela ditadura: será muito difícil.

Muitos não compreenderão isso neste primeiro momento. Mas os anos vão passar. Deus dará saúde ao meu pai e, mesmo que seja após muitos anos, como foi na ditadura, ele, o Zé dos petistas, vai dar a volta por cima.

Sua luta por um Brasil melhor continua, com Lula e com Dilma, de mãos dadas com a ampla maioria do povo brasileiro -um povo de bem, que não se deixa enganar nem pela mídia nem pelos equívocos históricos de um tribunal que julga sob pressão.

Força, pai, para mais uma batalha!

Zeca Dirceu

Jânio de Freitas: a voz das provas


Relator Joaquim Barbosa se expandiu em imputações compostas só de palavras; tem sido um comportamento reiterado
Foi uma das coincidências de tipo raro, por sua oportunidade milimétrica e preciosa. Várias peculiaridades do julgamento no STF, ontem, foram antecedidos pela manchete ao pé da página A6 da Folha de domingo, título de uma entrevista com o eminente jurista alemão Claus Roxin: "Participação no comando de esquema tem de ser provada".
O subtítulo realçava tratar-se de "um dos responsáveis por teoria citada no julgamento do STF", o "domínio do fato". A expressão refere-se ao conhecimento de uma ocorrência, em princípio criminosa, por alguém com posição de realce nas circunstâncias do ocorrido. É um fator fundamental na condenação de José Dirceu, por ocupar o Gabinete Civil na época do esquema Valério/PT.
As jornalistas Cristina Grillo e Denise Menchen perguntaram ao jurista alemão se "o dever de conhecer os atos de um subordinado não implica corresponsabilidade". Claus Roxin: "A posição hierárquica não fundamenta, sob nenhuma circunstância, o domínio do fato. O mero ter que saber não basta". E citou, como exemplo, a condenação do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, na qual a teoria do "domínio do fato" foi aplicada com a exigência de provas (existentes) do seu comprometimento nos crimes. A teoria de Roxin foi adotada, entre outros, pelo Tribunal Penal Internacional.
Tanto na exposição em que pediu a condenação de José Dirceu como agora no caótico arranjo de fixação das penas, o relator Joaquim Barbosa se expandiu em imputações compostas só de palavras, sem provas. E, em muitos casos, sem sequer a possibilidade de se serem encontradas. Tem sido o comportamento reiterado em relação à quase totalidade dos réus.
Em um dos muitos exemplos que fundamentaram a definição de pena, foi José Dirceu quem "negociou com os bancos os empréstimos". Se assim foi, é preciso reconsiderar a peça de acusação e dispensar Marcos Valério de boa parte dos 40 anos a que está condenado. A alternativa é impossível: seria apresentar alguma comprovação de que os empréstimos bancários tiveram outro negociador -o que não existiu segundo a própria denúncia.
Outro exemplo: a repetida acusação de que José Dirceu pôs "em risco o regime democrático". O regime não sofreu risco algum, em tempo algum desde que o então presidente José Sarney conseguiu neutralizar os saudosos infiltrados no Ministério da Defesa, no Gabinete Militar e no SNI do seu governo. A atribuição de tanto poder a José Dirceu seria até risível, pelo descontrole da deformação, não servisse para encaminhar os votos dos seguidores de Joaquim Barbosa.
Mais um exemplo, só como atestado do método geral. Sobre Simone Vasconcelos foi onerada com a acusação de que "atuou intensamente", fórmula, aliás, repetida de réu em réu. Era uma funcionária da agência de Marcos Valério, por ele mandada levar pacotes com dinheiro a vários dos também processados. Não há prova de que soubesse o motivo real das entregas, mesmo admitindo desde a CPI, com seus depoimentos de sinceridade incomum no caso, suspeitar de motivo imoral. Passou de portadora eventual a membro de quadrilha e condenada nessa condição.
Ignoro se alguém imaginou absolvições de acusados de mensalão. Não faltam otimistas, nem mal informados. Mas até entre os mais entusiastas de condenações crescem o reconhecimento crítico do descritério dominante, na decisão das condenações, e o mal-estar com o destempero do relator Joaquim Barbosa. Nada disso "tonifica" o Supremo, como disse ontem seu presidente Ayres Britto. Decepciona e deprecia-o -o que é péssimo para dentro e para fora do país.

Ironizar é um bom remédio


Sem autoridade para falar em Teoria do Domínio Funcional do Fato, Claus Roxin tomou uma aula dos juízes da corte menor
Os grandes tribunos brasileiros, magnânimos e impolutos, se inscreveram no rol da genialidade mundial edificando seus legados para o mundo jurídico internacionalmente ao corrigir a falha da teoria do insignificante jurista alemão Claus Roxin, superando-o não só com uma nova teoria mas também com uma condenação perfeita, no que tange a aplicabilidade punitiva para réus sem nenhuma prova comprobatória.
Mil anos passarão e a coragem, bravura e correção da constelação jurídica maior que atualmente toma assento em Brasília será lembrada como exemplo raro de isenção, imparcialidade, e tecnicidade na condenação dos elementos oriundos da claque bolchevista que usurpou o poder e afrontou os homens de bem da nação. Muitos ainda se lembrarão da bela flor que desabrochou na Corte Maior, que ao afirmar com firmeza, embasamento, segurança e precisão “vou  condenar Dirceu sem provas, mas a literatura jurídica me autoriza fazer isso” estava usando a teoria do sr. Roxin não só como ele a escreveu mas como ele a deveria ter escrito para a literatura jurídica internacional. E nós, jubilosos, dizemos em uníssono: Alvíssaras!

Eles não passarão

O STF quebrou todos os sigilos possíveis dos réus e nada foi constatado de enriquecimento ilícito  Nesse pais, quem rouba no atacado, como o Cacciola, tá perdoado. Triste Brasil. 

Essa direita golpista segue em frente em sua estratégia de usar o STF para solapar as conquistas que tivemos a partir de Lula. Eles não passarão.
Spin

STF: Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

Uma
Eu respeito a Instituição STF - Supremo Tribunal Federal -
Eu respeito a Instituição Poder Judiciário.

Outra
Eu não respeito os ínfimos mininistros do STF que condenaram sem provas. Para mim os juízes e juízas que:

  • Obrigaram réus a ter foro privilegiado
  • Aboliram a presunção da inocência
  • Instituíram a presunção da culpa
  • Exigiram que os réus provassem a inocência
  • Condenaram usando teoria do domínio do fato
  • Condenaram usando a literatura jurídica e várias outras aberrações jurídicas tão imorais quanto estas
Para mim são um bando de canalhas, cafajeste e cínicos a serviço da oposição midiática e a oposição golpista sem votos que defendem e apoiam o "mal necessário".

Corja!

Literatura: Quarto de despejo


Quebrando o jejum aqui no blog. Impossível não escrever depois que descobri o Quarto de despejo, da Carolina Maria de Jesus, na biblioteca da editora (onde trabalho). Já havia tomado conhecimento dele em mais de uma aula da faculdade, infelizmente, em nenhuma de literatura brasileira. Não sei se pelo fato de ser um diário, escrito entre os anos de 1958 e 1959, por desconhecimento dos professores (a gente sempre prefere achar que não), ou se porque o tema realmente não interessou nenhum dos docentes.
O livro é o diário de Carolina, moradora da favela do Canindé, em São Paulo, que, nos anos 1950, cata lixo para sobreviver e, assim, poder cumprir suas únicas ambições em vida: ter o que dar de comer aos filhos e escrever. A autora do diário não apenas lê e escreve como mostra lucidez e uma visão crítica, porém poética, das condições de vida dos favelados. Carolina escreve sobre sua situação e a dos demais moradores do Canindé. O objetivo, segundo a autora, é mostrar para o mundo, de forma sensível, as condições em que vivem os favelados e o descaso dos políticos, que só se aproximam dos mesmos em época de eleição. Leia mais>>>