Entre os tantos compromissos sociais e morais que um governo que pretenda aprofundar e estender as transformações positivas do governo Lula, destaca-se o compromisso de terminar com o analfabetismo no Brasil.
Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE mostram um desempenho positivo da economia no país, mas, lamentavelmente, indicam também uma face atrasada do Brasil e revelam que o país tem 4,5 milhões de crianças e adolescentes trabalhando e que o analfabetismo continua sendo um problema a ser enfrentado. Estagnada, a taxa de analfabetismo é uma mazela que ainda atinge 14,2 milhões de brasileiros acima de 15 anos.
É inaceitável que um país como o Brasil, com a universidade pública que tem, com o sistema de TV pública e privada, com a estrutura sindical, as entidades empresariais, as ONGs, o voluntariado, as Igrejas, entidades sociais, esportivas e culturais e os patrocínios, mais o governo e toda estrutura de educação, apresente esse índice de analfabetismo.
Conclamo aqui jovens universitários, centros acadêmicos, sindicatos a fazerem uma campanha para ajudar o país a organizar um sistema descentralizado e, em parceria com a sociedade, buscar medidas para reduzir ou acabar com o analfabetismo. Uma vergonha para todos nós, apesar dos esforços dos últimos anos do governo e da sociedade.
Não dá para aceitar essa situação. Onde estão os prefeitos e as entidades da sociedade, onde estão as igrejas e sindicatos, onde está a juventude que pode estudar, onde está o governo?