O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou, nesta terça-feira (26), durante o terceiro dia da IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a vocação consensual e política do fórum, ao diferenciá-lo de outros mecanismos internacionais.
“Estamos aqui para discutir a situação do mundo hoje, criar e estreitar mecanismos de cooperação que nos ajudem a crescer, desenvolver e superar as crises. A Celac existe para criar consenso e concertação política entre os países. Tenho certeza de que o objetivo maior, que é a integração, vai se sobrepor a qualquer diferença”, ressaltou Vieira.
Sobre o projeto da chamada Agenda 2020, que traça metas de desenvolvimento para os 33 países da região para o período, Vieira enfatizou a importância de não se criar redundância em relação aos objetivos de outros fóruns internacionais.
“Estamos discutindo, vendo o que se pode fazer para não haver uma multiplicação de foros. Já existe a agenda 2030 [dos objetivos de desenvolvimento sustentável] da ONU, então não faz sentido estabelecer uma nova, que crie padrões próprios para a região, mecanismos específicos”, disse o chanceler, que participa hoje do encontro ministerial da Celac.
“Não é questão de substituir ou de criar todo um mecanismo novo. É de aproveitar as iniciativas que existem nos diferentes organismos e trazê-las, multiplicá-las dentro da Celac”, acrescentou.
A Agenda 2020, proposta pelos presidentes pro tempore da organização em 2014 e 2015 (Costa Rica e Equador, respectivamente), aborda cincos eixos: redução da pobreza extrema e a desigualdade; educação, ciência, tecnologia e inovação; meio ambiente e mudança climática; infraestrutura e conectividade; e financiamento para o desenvolvimento.
Segundo Vieira, além da Agenda 2020, os 33 países também discutirão até esta quarta (27) a cooperação em diversas áreas, como saúde, educação e combate à fome e à pobreza.
Sou antiraças
Não Sou apenas antiracistas, sou antiraças Não reconheço a raça Vermelha Amarela Branca Preta Azul ou qualquer outra cor com que queiram def...
Mostrando postagens com marcador Celac. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Celac. Mostrar todas as postagens
Celac - os maiores objetivos
- Integração e concertação política -
Lula - ..."o meu segundo mandato foi melhor que o primeiro, o da Dilma também será"
O ex-presidente participa amanhã (15) do 1º Congresso Internacional de Responsabilidade Empresarial Social. Antes de viajar para Bueno Aires ele deu entrevista ao Jornal 12. Abaixo algumas respostas:
Em sua última visita à Argentina, você pediu para que se formulasse uma doutrina de integração. Qual seria o foco principal?
Lula: Por mais que os conservadores tentem negar, a América do Sul progrediu muito nos últimos dez anos. Todos os nossos países vivem numa democracia. Cresceram e se desenvolveram com distribuição de renda e inclusão social. A região hoje é muito mais soberana e respeitada no mundo. O Mercosul, apesar de seus inimigos, está vivo e funcionando. Nós criamos a Unasul e o Conselho de Estados da América Latina e do Caribe, CELAC. Mas é claro que a nossa integração pode, e deve, ser mais profunda e abrangente. Precisamos de um pensamento verdadeiramente estratégico que aborde os problemas estruturais da integração. Precisamos ir além dos governos. Envolver a sociedade civil, os sindicatos, os empregadores, as faculdades, a juventude.
Você acha que hoje a relação entre a Argentina e o Brasil tem uma política adequada ou deve ser mais profunda?
Lula: Nos últimos dez anos, o nosso relacionamento viveu o melhor período da sua história. Mas com certeza pode ser ainda mais forte. Politicamente, temos um bom diálogo. Mas podemos expandir – muito – a integração física, cultural, e as cadeias de turismo. Agora precisamos de mais estudantes brasileiros em universidades argentinas e universidades argentinas e brasileiras. O potencial do que podemos fazer juntos só começou a ser explorado. É importante ser claro sobre este ponto.
O que os governos deveriam fazer com as novas demandas como a reivindicação de uma melhoria na política de saúde e transporte público? Elas surpreenderam? O Partido dos Trabalhadores foi surpreendido pelas manifestações partido em junho?
Lula: Em certo sentido, sim. O país avançou de forma dramática em anos recentes. Mas as manifestações foram um aviso importante para nós. Evitam qualquer risco de nós relaxarmos. Encorajam-nos a fazer ainda mais coisas. Milhões de pessoas tiveram acesso ao ensino superior e agora querem empregos qualificados. Agora elas querem mais qualidade. Milhões de brasileiros foram capazes de comprar seu primeiro carro e agora também viajam de avião. Em troca, é claro, devemos ter um transporte público eficiente para reduzir o tráfego e tornar a vida mais digna nas grandes cidades. Há uma nova geração, mais educada e exigente. Isso é bom. É bom, em geral, que as pessoas exijam mais. Aos políticos nos cabe ouvir as demandas e trabalhar ainda mais.
O presidente Lula nas eleições de 2014 é uma opção absolutamente descartada?
Lula: Meu candidato à reeleição em 2014 é a presidente Dilma Rousseff. E eu vou ser um militante dedicado à presidente porque eu tenho a seguinte convicção: como meu segundo mandato foi melhor que o primeiro, o segundo da Dilma também será.
O que você espera a revisão judicial do processo do Mensalão?
Lula: Como ainda não foi concluído o processo judicial, na qualidade de ex-presidente não me pronuncio sobre o julgamento.Leia mais>>>
Assinar:
Postagens (Atom)