Nas eleições norte-americanas de 1877, o magnata William Henry Smith, um dos principais acionistas da Western Telegraph (o monopólio estatal de telégrafo sem fio) e da Associated Press (única agência de notícias do país) aliou-se ao New York Times para promover a candidatura de Rutherford Hayes à presidência da República.
A estratégia adotada foi a de enaltecer cada espirro de Hayes e desconstruir cada declaração do adversário.
Esse modelo de atuação política da mídia atravessou o século 20.
Hoje em dia tem-se uma Lei de Acesso à informação que, universalizada, permitirá construir indicadores de desempenho de cada governante. Mas, por enquanto, dados, especialmente estaduais, ficam em uma caixa preta que só é aberta quando assume um novo governador.
É o caso do modelo de gestão de Minas Gerais, pelo PSDB.
Seu início foi promissor, resolvendo a questão do déficit fiscal de Minas, implementando ferramentas de gestão do setor privado, definindo planos de ação detalhados.
Depois, gradativamente foi perdendo vitalidade especialmente depois que o ex-governador Aécio Neves submeteu o sucessor, Antônio Anastasia, a um conjunto de acordos políticos que na prática desmontaram a gestão do estado.
Esta semana o novo governador, Fernando Pimentel, divulgou no site Diagnóstico MG (http://migre.me/pn72E) os resultados da apuração feita sobre o trabalho do seu antecessor.