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por Ruth de Aquino

[...] sobre ídolos e seguidores


RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)
A idolatria explícita, a um astro pop que morre e a um astro pop que nasce, me deixou aturdida na semana passada. Eu sei. Há um oceano imensurável entre o americano Steve Jobs e o canadense Justin Bieber. Além dos quase 40 anos que os separam, suas áreas de atuação não poderiam ser mais diferentes. Estamos falando de um showman e de um showboy, com um carisma que vai muito além do sucesso profissional. Vi um grau de comoção bem semelhante entre os seguidores de um e de outro no Brasil nos últimos dias. Uma comoção diante de espetáculos antagônicos, a vida e a morte. 
Talvez eu compreenda mais as velas virtuais e o choro de quem perdeu o guru da Apple do que os desmaios, histerias e convulsões diante de um menino de óculos escuros que ainda deve comer maçã com cereal e leite no café da manhã. Mas isso se explica facilmente por minha idade, a mesma de Jobs. O fenômeno Bieber é algo que passa muito ao largo de minha história e de meu gosto musical. Se eu tivesse uma filha, quem sabe olharia com mais simpatia as moças que, diante do rapaz bonitinho e com voz afinada que imita os passos de Michael Jackson, gaguejam, deliram, brigam, se empurram, se espremem contra a grade, pulam a grade, passam mal.
Porém, mesmo que todas as minhas atuais ferramentas de contato com o mundo tenham sido idealizadas por Jobs, não consigo derramar lágrimas reais pelo desaparecimento do CEO. Sua principal função na vida era maximizar o lucro e valorizar sua empresa na Bolsa – o que fez com uma competência sobre-humana. Lamento muito sua morte precoce. Sou grata, no meu cotidiano, ao gênio inventivo de Jobs. Admiro sua perseverança, seu entusiasmo diante de suas criações, seu charme e estilo, sua capacidade de trabalhar até o fim, vivendo o câncer em público. Era um vencedor, uma águia inspiradora. Daí a transformá-lo em Deus... Jobs nunca seria meu guru.
Como todos nós, Jobs tinha limitações. Uma de suas limitações é mais comum do que se imagina no mundo moderno das grandes empresas. Assim como o fundador da Apple, há chefes que vão à Índia, tornam-se zen-budistas e, de volta à vida real e ao contato com seres de carne e osso, humilham os que nunca serão brilhantes. Porque se sentem, eles mesmos, iluminados.
Vi um grau de comoção semelhante entre os seguidores de um e de outro nos últimos dias. Da idolatria, estou fora 
Não sou referência para falar sobre os seguidores porque nunca tive guru – político, cultural ou religioso. O mais perto que cheguei da idolatria foi assistir a Help, dos Beatles, cinco vezes seguidas no cinema. O filme, de 1965, era para dançar, e dançávamos no escurinho do cinema. Mas eu não gritava nem me descabelava. Não sonhava com Paul nem John. Por vezes, imagino a sensação de catarse numa multidão em transe. Mas fico cansada logo.
Nunca passei nem passarei pela experiência de ficar acampada por dias numa fila para ver alguém cantando num telão e disputar hambúrguer ou banheiro. Quando testemunho, pela televisão, o descontrole das tietes de Bieber, me pergunto como deve ser amar um ídolo carnal de maneira mística. Talvez eu tenha perdido algo, mas não percebi.
Tanto Jobs quanto Bieber sofreram adversidades na vida. Jobs foi dado para adoção, só completou seis meses de universidade, dormia no chão no quarto de amigos para poder assistir a aulas como ouvinte, recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos e comprar comida, andava 11 quilômetros para ter uma boa refeição no templo hare krishna. Bieber era pobre, os pais se separaram quando tinha 1 ano, sua mãe dava duro para sustentá-lo, ele dormia num sofá azul na sala, havia ratos e ele chegou a viver de doações de uma igreja, que fez uma festa beneficente para lhe dar uma bateria.
Quem não se comove com histórias de superação como essas? A fortuna de Jobs foi calculada em US$ 8,3 bilhões. A do adolescente Bieber, em US$ 150 milhões. O cantor vendeu, em dois anos, 9 milhões de discos. O fundador da Apple vendeu 100 milhões de iPhones em quatro anos e meio. Dois mágicos hipnotizadores de multidões, vendendo fantasias no palco em escala global. É preciso reconhecer o talento e o carisma de ambos. Mas, da idolatria, eu estou fora. 


Steve Jobs

[...] como ele fez a diferença, qual o segredo?...

É longuíssima a fila das condolências pela morte de Steve Jobs. Pode ter algo de exagero, mas na essência é merecido. A obra empresarial dele vem produzindo impacto crescente na vida de um número também cada vez maior de pessoas. E a humanização da tecnologia sempre é revolucionária.

A primeira vez que vi um Apple foi em 1985, quando circunstâncias me colocaram diante da maquininha a tatear linhas em Basic, uma linguagem de programação. Claro que estacionei no beabá, mas admito ter sentido fascinação.

Especialmente quando apertava o [enter] e aquelas linhas escritas se transformavam numa função, recebendo insumos de uma lado e produzindo do outro os resultados que eu determinara. Uma inteligência que eu "produzira".

Depois, como a maioria, passei anos às voltas com os sucessivos Windows e PCs, consumindo tempo em downloads de atualizações, em formatações de discos rígidos e na caça aos softwares para dar vida a equipamentos acoplados.

Voltei a mexer com um Mac na passagem do século, quando a Apple lançou aquele computador de mesa colorido e de formas meio arredondadas, mas foi novamente passageiro. Mergulho mesmo no mundo da maçã mordida, só agora com os iMacs, iPods, iPhones e iPads.

São as voltas que a vida dá. Durante décadas a Apple projetou elitismo. Macintosh era coisa de uns poucos. Ilustradores, publicitários, estudantes e professores das melhores universidade americanas. Popular mesmo era o PC, uma máquina fabricada por muitos e para muitos, e portadora de um sistema operacional ubíquo.

Linux/Unix era coisa de tarados por tecnologia ou messiânicos do software livre. Mac era brinquedinho elitista. A ubiquidade prometia vir mesmo era pelas mãos de Bill Gates.

Como Steve Jobs conseguiu dar o salto? Não foi pela primazia da ideia. A tela sensível ao toque é coisa antiga, a sincronização de múltiplos equipamentos idem. E a usabilidade é uma obsessão espalhada, faz tempo.

Todo mundo quer fabricar coisas fáceis de usar e superúteis.

Onde está a diferença, o segredo? Na execução.

No moderno mundo da tecnologia o que mais há é gente capaz de prever o futuro, de apontar tendências, esboçar projeções. A vantagem está na mão de quem é capaz exatamente de fazer acontecer. E bem feito.

Mas, e a política? Afinal esta é uma coluna de política.

Por uma das ironias que só a História proporciona, a exaltação a Steve Jobs, um legítimo produto do capitalismo americano, acontece bem quando os americanos, pelo menos uma parte barulhenta deles, resolvem pôr a boca no trombone contra o capitalismo.

E usam para isso, intensiva e extensivamente, os instrumentos que Jobs legou.

Mas ele pôde criar, fabricar e vender seus brinquedinhos em larga escala também por ter contado com os necessários aportes de capital. E com o ímpeto consumista, em primeiro lugar dos compatriotas.

Indispensáveis ambos para dar viabilidade à empreitada. E ambas características vitais do sistema.

Não haveria um Steve Jobs, ou uma Apple, se não houvesse um mercado de capitais pronto a abastecer com abundância multidões de novos empreendedores. Muitos dos quais vão ficar pelo caminho, levando com eles a poupança de quem neles arriscou o dinheiro economizado.

Tampouco seria provável tamanho salto de inovação para o consumo de massas surgir onde inexistisse um imenso mercado, onde o consumismo estivesse limitado pela pobreza ou por idiossincrasias. Ou, pior, por ambas.
por Alon Feurwerker

Steve Jobs: frases que ensinam

[...] e/ou causaram polêmicas.

  • “Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” –Newsweek, 2001
  • “Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim”–The Wall Street Journal, 1993
  • “Você quer passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar o mundo?”– em entrevista a John Sculley para o livro “Odyssey: Pepsi to Apple
  • “Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • “Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • “Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu.Não há razão para não seguir o seu coração.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • “Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar.É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • “Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • Tenha vontade, tenha juventude. Eu sempre desejei isso para mim. E agora, que vocês se formam para começar algo novo, eu desejo isso para vocês” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • “Eu acho que [a tecnologia] fez o mundo ficar mais próximo e continuará fazendo isso. Existem desvantagens para tudo e consequências inevitáveis para tudo. A peça mais corrosiva da tecnologia que eu já vi se chama televisão, mas novamente, a televisão, no seu melhor, é magnífica.” – Revista Rolling Stone, dezembro de 2003
  • “Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário” – Revista Wired, fevereiro de 1996
  • “Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”— Revista Playboy, 1987
  • “O único problema da Microsoft é que eles não têm estilo. Eles não têm estilo nenhum. E não falo isso nas pequenas coisas, falo em tudo, no sentido de que eles não pensam em ideias originais e de que eles não levam cultura para os seus produtos – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996
  • “Eu sempre estarei ligado à Apple. Espero que durante toda a minha vida o meu fio se cruze com o fio da Apple, como uma tapeçaria. Posso ficar afastado por algum tempo, mas eu sempre vou voltar.” – Revista Playboy dos Estados Unidos, fevereiro de 1985
  • “A principal razão para a maioria das pessoas comprarem um computador para suas casas será para se conectar a uma rede nacional de comunicações. Estamos apenas nos primeiros estágios do que será uma grande revolução para a maioria das pessoas – tão revolucionária quanto o telefone.” – Revista Playboy (edição americana), fevereiro de 1985
  • “A indústria do computador desktop está morta. A inovação virtualmente acabou. A Microsoft domina cada uma destas inovações. Isso acabou. A Apple perdeu. O mercado do PC desktop entrou em uma fase negra e ficará nela pelos próximos 10 anos ou até o final desta década” – Revista Wired, fevereiro de 1996
  • “Se eu tivesse largado esta única disciplina na faculdade [caligrafia], o Mac não teria diversas fontes e espaços proporcionais entre elas. E já que o Windows copiou o Mac, seria provável que nenhum outro computador tivesse a mesma coisa”. – discurso durante formatura em Stanford, 2005
  • "Nunca tivemos vergonha de roubar grandes ideias” – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996
  • “Se eu estivesse liderando a Apple, eu apostaria tudo pelo Macintosh e depois me ocuparia com um próximo grande lançamento. A guerra do PC acabou, a Microsoft venceu há muito tempo” – Revista Fortune, 1996
  • “Estes produtos são um lixo. Não há mais sexo neles” – BusinessWeek, 1997
  • “Ninguém tentou nos engolir desde que eu estou aqui. Acho que eles têm medo de qual seria o nosso sabor” – reunião com acionistas, 1998
  • “Cara, a gente patenteou ele” (apresentando o iPhone) – Macworld, 2007
  • “Fizemos os botões na tela ficarem tão bons que você vai querer clicar neles” [sobre o Mac OS X] – Revista Fortune, janeiro de 2000
  • “Entrará para a história como uma grande mudança na indústria musical. Isso é histórico. Eu não posso subestimar isso” [sobre a loja virtual iTunes Music Store] – Revista Fortune, maio de 2003
  • “A cura para a Apple não está no corte de preços. A cura para a Apple está em inovar o meio de sair deste problema” – Apple Confidential: The Real Story of Apple Computer, 1999
  • “Eu não percebi isso na época, mas ter sido demitido da Apple foi a melhor coisa que aconteceu comigo. (...) Foi um remédio com gosto horrível, mas acho que o paciente precisava dele”. – discurso durante entrega de diploma de Stanford, 2005

Aplle sem Steve Jobs

Piu-piu sem frajola
Claudinho sem Buchecha
Sou Eu assim sem Você...

Seja com inovações tecnológicas ou consolidando áreas tradicionais, esses homens moldaram o mundo da Economia e dos negócios

Personalidades de destaque de Economia e Negócios na década


Foto: Getty Images

Evan (à esq) e Biz: valor de mercado de US$ 1 bilhão, mesmo sem receita proporcional
Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams
O Twitter, serviço de microblog lançado em 2006 e famoso por seus textos de apenas 140 caracteres, é um dos endereços mais acessados da internet mundial. No mundo dos negócios, todos também estão de olho nos passos da empresa, criada por Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams. O plano de negócios do Twitter, que prevê a receita com publicidade, foi lançado apenas em abril de 2010, mas, a despeito de o faturamento ainda não estar no mesmo nível de sua popularidade, o Twitter já teria alcançado a marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado.

Foto: Getty Images

Mittal: criação da ArcelorMittal dá origem à maior produtora de aço do mundo
 Lakshmi Mittal
Lakshmi Mittal é o homem mais rico da Europa e o quinto do mundo. Porém, ele é realmente é admirado por seus pares por personificar uma profunda mudança nas feições do mercado mundial de aço. A partir de Calcutá, na Índia, sua siderúrgica, a Mittal, realizou, em pouco mais de uma década, uma série de aquisições, principalmente em países periféricos. O ápice desse movimento de consolidação ocorreu em 2006, com a união entre Mittal e Arcelor, que criou a ArcelorMittal, a maior produtora de aço do mundo.
 

Foto: Getty Images

Page e Brin: Google, que nasceu como buscador, não para de crescer por meio de aquisições e vale mais do que a Coca-Cola, cerca de US$ 180 bilhões
 Larry Page e Sergey Brin
Em 1998, o Google era apenas mais uma entre as tantas empresas no ainda incipiente mercado das companhias pontocom. O Google sobreviveu ao estouro da bolha das empresas de tecnologia e se tornou um dos sinônimos de internet e tecnologia. Larry Page e Sergey Brin, os dois fundadores, continuam na companhia. Ao longo dos anos, ela comprou uma série de outras empresas, entre elas o YouTube, site de trocas vídeos. O valor de mercado do Google, de mais de US$ 180 bilhões, já é maior, por exemplo, que o de um ícone do capitalismo: a Coca-Cola.

Foto: Bloomberg /Getty Images

Zuckerberg: rede social com faturamento de mais de US$ 1 bilhão, aos 26 anos de idade
 Mark Zuckerberg
No filme “A Rede Social”, sobre a origem do Facebook, os cartazes promocionais nos Estados Unidos já davam o tom do protagonista: “não se pode fazer 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos”. Mark Zuckerberg não foi o único fundador da incensada rede social da internet, mas, como comandante da empresa, personifica tanto o sucesso de sua empreitada quanto a controvérsia de sua relação com os antigos sócios. Eleito a personalidade do ano pela revista Time, Zuckerberg está à frente de uma iniciativa que caminha para faturar mais de US$ 1 bilhão em 2010 – e ele tem apenas 26 anos.
 

Foto: Getty Images

Jobs: à frente do lançamento do iPod e do iPad, que fizeram a Apple superar a Microsoft em valor de mercado
 Steve Jobs
Em maio, ao superar a Microsoft em valor de mercado, a Apple passou a ter um marco relevante de sua recuperação financeira – e a guinada teve forte ligação com o papel crucial de Steve Jobs. A empresa esteve perto de quebrar na década de 1990 – em 1997, a Microsoft injetou US$ 150 milhões na Apple para garantir sua sobrevida. Jobs estava fora da companhia fundada por ele, mas retornou em 1996. Ele esteve à frente de dois lançamentos que mudaram a vida da empresa: o tocador de músicas iPod, em 2001, e o telefone celular iPhone, em 2007. 

Foto: Agência Estado

Bernanke: oitava pessoa mais poderosa do mundo este ano, de acordo com Forbes
 Ben Bernanke
Escolhido em 2010 pela revista Forbes como a oitava pessoa mais poderosa do mundo, Bernanke é o atual presidente do Banco Central norte-americano (Federal Reserve – FED). Formado em Harvard, o economista americano assumiu o posto em fevereiro de 2006 e enfrentou o olho do furacão, com a crise financeira de 2008. Nesse processo, Bernanke quebrou as regras e injetou US$ 1,7 trilhão no mercado por meio da compra de hipotecas e títulos de bancos e empresas à beira da quebra. 

Foto: Agência Estado

Com famosa reputação, Zoellick é conhecido por sua capacidade de negociar
 Robert Zoellick
O atual presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, é conhecido por seu entusiasmo com o mercado livre e pela capacidade de negociação. Formado em Direito em Harvard, já trabalhou no departamento do Tesouro no governo de Ronald Reagan, no departamento de Estado na época de George Bush e foi o principal assessor do presidente George W. Bush em assuntos de comércio internacionais. Participou da criação da área de livre comércio na América do Norte (Nafta) e foi o responsável pelas negociações que trouxeram China e Taiwan para a Organização Mundial do Comércio. Foi considerado pelo ranking da Revista Forbes deste ano a 45ª pessoa mais poderosa do mundo.
 

Foto: Agência Estado

Immelt foi eleito três vezes um dos melhores CEOs do mundo pela revista Barron's
Jeffrey Robert Immelt
Eleito três vezes um dos melhores CEOs do mundo pela revista americana Barron's e 35ª pessoa mais poderosa do mundo em 2010 pela Forbes, Jeffrey Immelt é o nono presidente da General Motors (GE), desde 7 de setembro de 2001. Sob sua política de expansão, a General Electric irá investir US$ 500 milhões no Brasil para construir um novo centro de pesquisa.

Foto: Agência Estado

Bezos: mais uma vez à frente, com o lançamento do leitor de eletrônicos Kindle
Jeff Bezos
Ao apostar no comércio de livros pela internet, Jeff Bezos largou seu emprego em Wall Street e fundou em 1995 a Amazon.com. Não satisfeito com o acervo de mais de um milhão de títulos de livros, o empresário lançou em 2007 o Kindle, equipamento de leitura para os e-books da Amazon. Entretanto, foi em 2010 que surgiu o primeiro desafio ao domínio soberano de Bezos: o Ipad, o computador tablet da Apple. Para não perder o mercado conquistado, o empresário cortou o preço no varejo do Kindle e adicionou novas funcionalidades ao equipamento. As vendas do Kindle e dos e-books da Amazon neste ano ultrapassaram US$ 2,4 bilhões.
Patrick Cruz e Bruna Bessi, iG São Paulo

Apple lança nova versão de sistema operacional móvel


Apple anunciou nova versão do iPhone OS, sistema operacional que roda no iPhone, no iPod Touch e no mais recente produto da empresa, oiPad. (Leia maisuma semana com o iPad no blog Vida Útil) O iPhone OS 4 começa a ser vendido no meio do ano. O anúncio foi feito por Steve Jobs em um evento realizado na cidade de Cupertino, nos EUA.

A principal novidade do novo sistema será o processamento multitarefa, que permite que o usuário rode mais de um aplicativo ao mesmo tempo. A falta de multitarefa era considera uma das maiores falhas do iPhone. Jobs afirmou que o motivo de não ter incluído a multitarefa nas primeiras versões do sistema operacional foi por conta do alto consumo de bateria. Agora, os usuários poderão ouvir música e navegar na internet (antes não era possível).

O multitarefa estará disponível apenas para o iPhone 3GS, a terceira geração do iPod Touch e o iPad. Outras melhorias devem funcionar também no iPhone 3G e na segunda geração de iPod Touch. O iPhone e iPod Touch original não foram citados no evento.

Segundo Jobs, o iPhone OS 4 terá 100 novas funções para os usuários. Entre as principais novidades além do multitarefa está o organizador Folders. Antes, era possível ter até 180 programas no iPhone, mas com o Folders o número sobe para 2.160. Também recebeu destaque o Mail, uma ferramenta para gerenciar várias contas de email.

A Apple quer que seus produtos sejam plataformas para jogos. Com esse intuito anunciou o Game Center no iPhone OS 4. O programa permitirá partidas online de jogos, além de manter rankings e quadros de conquistas. A loja virtual iTunes já possui 50 mil jogos, muito mais do que o número de títulos disponível para os portáteis Nintendo DS ou Playstation PSP.

A Apple também anunciou um novo modelo de publicidade móvel. 

O anúncio fica dentro do sistema operacional, o que permite criar propagandas com mais interatividade. A Apple ficará responsável por vender e hospedar os anúncios, enquanto os desenvolvedores terão direito a 60% da receita. 

“O usuário médio gasta mais de 30 minutos por dia com aplicativos em seu telefone. Se conseguíssemos colocar um anúncio a cada 3 minutos, isso significa 10 anúncios por dispositivo por dia. Seria 1 bilhão de oportunidades de anúncios por dia”, disse Jobs.