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Aécio prepara discurso para 2014


Arko Advice
O senador e provável candidato do PSDB ao Palácio do Planalto em 2014, Aécio Neves (MG), emite sinais de qual deve ser o tom de seu discurso na próxima disputa presidencial. Assim como ocorreu na propaganda de seu partido apresentada recentemente na TV, Aécio voltou a escolher o tema da transparência, por conta de sua participação na Frente Parlamentar da Gestão Pública como vice-presidente.
Durante o lançamento da Frente, Aécio ensaiou um possível discurso, ao elogiar o desempenho do governo federal na área social e criticá-lo na gestão. “Somos uma nação inserida no contexto internacional de forma positiva e, do ponto de vista social, os avanços têm ocorrido. No entanto, infelizmente, no campo da gestão pública nós andamos a passos de cágado.”
Ao escolher a área da gestão pública como alvo, Aécio Neves busca trazer para a agenda sua exitosa experiência como governador de Minas Gerais, quando foi escolhido o governador mais bem avaliado do país. Não por acaso, em seu discurso, lembrou que em seu governo os servidores passavam por qualificação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e recebiam 14º salário se cumprissem metas.
Apesar de estarmos distantes da sucessão presidencial, Aécio tentará trazer para o debate político a questão da meritocracia no governo, com o objetivo de relacionar a gestão Dilma Rousseff com uma suposta “ineficiência administrativa”.
Ao escolher uma bandeira (eficiência administrativa) bem-sucedida em sua gestão, Aécio Neves dá um passo no que diz respeito à construção de um discurso para o PSDB.
Porém, é importante lembrar que o tema tem pouco apelo entre o eleitorado. Vale ressaltar que, para a maioria dos eleitores, sentir as consequências do bom estado da economia em seu dia a dia é mais importante e fácil de ser entendido do que debater eficiência x ineficiência na gestão pública.
Mesmo que os movimentos realizados por Aécio ultimamente sejam politicamente importantes, apenas uma forte turbulência na economia, um eventual racha na base aliada ou um sério escândalo político seria capaz de abalar o favoritismo da presidente Dilma Rousseff, provável candidata à reeleição em 2014.