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Como vinagre para vinho, por Jean Willys


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Lula, Aguinaldo Silva e uma novela sobre amor e ódio 
Aos cuidados de Silvio de Abreu, diretor de teledramaturgia das Organizações Globo:
[início da sinopse da novela das 21h ou série que escreverei quando os dias melhores chegarem]
Dois homens nascem no interior de Pernambuco, nordeste do Brasil, praticamente na mesma época. Não se conhecem nem têm parentesco. A narrativa acompanhará a trajetória dos dois em paralelo, como histórias independentes, até o momento em que elas se cruzarem.
Um deles parte cedo do sertão pernambucano com a mãe e os irmãos, fugindo da seca e da pobreza e em busca do pai alcoólatra, que virou suco na grande São Paulo. Cresce na periferia; trabalha desde cedo; torna-se operário; perde a primeira esposa no parto; casa-se de novo com o grande amor de sua vida (uma mulher que se colocará à sombra dele, mas será a viga-mestra de sua vida; ao lado de sua mãe, essa mulher será a heroína da história); sindicaliza-se e lidera a maior greve de operários em plena ditadura militar;
[neste ponto da narrativa, a história dos dois homens que ainda não se conhecem começam a se cruzar]
é preso; liberto com o fim da ditadura e ajuda a construir um partido político de esquerda que se torna um partido de massas; enfrenta difamações e perseguições enquanto se candidata ao cargo de presidente da República; jogando o xadrez da política, convence as elites do país de que não seria uma ameaça a elas e com elas faz conciliação que o torna presidente da república; por conta de sua origem e trajetória, faz governos populares em que se destacam políticas de distribuição de renda e contra a pobreza, ao passo que coloca o país entre aqueles em desenvolvimento, ganhando respeito e prestígio internacionais; apesar dos ranços machistas e homofóbicos que traz de sua formação, também dá alguns passos na garantia dos direitos das mulheres e de LGBTs; após uma segunda eleição consagradora, apesar da oposição de parte da elite do país, o homem deixa a presidência com alta popularidade e faz uma sucessora [que terá sua própria história contada na segunda temporada da série, caso a emissora queira que seja uma série] este homem vence um câncer e enfrenta um processo kafkiano em que juízes de parte da elite que o odeia e odeia os pobres que o amam lhe acusam sem provas de crime de corrupção; este HOMEM É COMO O BOM VINHO: melhora com o tempo!

Alimentos digestivos

Conheça alguns que não devem faltar na sua mesa:
  • Frutas
  • Chás
  • Mel
  • Vinho
Consuma diariamente e tenha uma ótima digestão.

Enologia

A crítica de vinhos, com seu vocabulário pomposo e sofisticado sistema de notas de zero a cem, não é, em termos objetivos, muito mais do que uma fraude. Essa pelo menos é a conclusão a que se chega quando revisamos os testes científicos a que a indústria da enofilia foi submetida nas últimas décadas.
Em 1963, Rose Marie Pangborn, uma das pioneiras nos estudos da percepção do gosto, mostrou que, quando se adicionava um pouco de corante para que vinho branco ficasse rosado, especialistas classificavam o falso rosé como mais doce do que a mesma bebida sem a tintura.
Com esse experimento, ela abriu as porteiras para uma série de testes que, se não destroem inteiramente a reputação da enologia, chegam muito perto de fazê-lo.
Um clássico no gênero é o artigo "A Cor dos Odores", de Gil Morrot, Fréderic Brochet e Denis Duburdieu. Eles recrutaram 54 estudantes de enologia da Universidade de Bordeaux e os convidaram a provar e a comentar duas taças de vinho, que pareciam ser um branco e um tinto.
Na realidade, porém, ambos os copos continham o mesmíssimo vinho branco, mas, num deles, havia sido adicionado antocianino, um corante que não deixa gosto.
Como prognosticado pelos cientistas, os estudantes não perceberam o truque e ainda descreveram com riqueza de detalhes os aromas de cada uma das amostras com o vocabulário específico para as uvas vermelhas e brancas.
Num outro experimento, Brochet resolveu ir ainda mais longe e serviu um Bordeaux que engarrafou com dois rótulos distintos: "grand cru" (vinho de excelência) e "vin de table" (vinho ordinário).
Como esperado, os especialistas deram avaliações muito diferentes a cada uma das amostras. O "grand cru" foi considerado "agradável, amadeirado, complexo, balanceado e arredondado", enquanto o "vin de table" lhes pareceu "fraco, curto, leve e achatado".
Quarenta dos especialistas julgaram que o vinho de rótulo pomposo valia o investimento; apenas 12 disseram o mesmo da bebida barata.
Um vinho de US$ 10 melhora substancialmente quando é etiquetado como uma garrafa de US$ 90.
Outro estudo seminal, de Gregg Salomon, de Harvard (EUA), mostrou que, quando se oferecem a especialistas três taças de vinho, duas das quais são idênticas, eles são incapazes de apontar a amostra diferente em um terço das tentativas.
Em termos objetivos, o paladar humano só detecta cinco sabores: doce, salgado, azedo, amargo e umami.
É verdade que, no caso do vinho, as sensações gustativas são enriquecidas por algo entre 600 e 800 compostos voláteis que podem ser captados pelo olfato.
O problema é que, mesmo os narizes mais bem treinados não conseguem identificar mais do que quatro componentes na mesma mistura.
O cérebro não entrega os pontos e se fia em pistas externas como cor, rótulo e preço para emitir seus pareceres enológicos. Não fossem os cientistas desmancha-prazeres, ele provavelmente teria sucesso e o logro não seria descoberto nem pelo "sommelier" que prova as sensações como reais e objetivas.
As inconsistências na percepção dos sabores não estão restritas ao ramo vinícola. Já foi demonstrado que podemos nos deleitar com comida de cachorro como se fosse patê de "foie gras".
OUTRO LADO
A Associação Brasileira de Sommeliers diz que as pesquisas são irrefutáveis e que os especialistas em vinhos são mesmo influenciados pelo rótulo e pela procedência. "Ninguém tem coragem de falar mal de um vinho famoso. Somos induzidos, sim", diz o diretor Arthur Azevedo.
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA

Bebidas

[...] vinho e cerveja pedem harmonização
Da mesma forma que os vinhos, as cervejas também pedem cuidados na hora de serem combinadas com a alimentação. De acordo com o estilo, elas acentuam ou prejudicam o sabor dos pratos e precisam de atenção na hora de ir à mesa. "Há versões da bebida ideais para aperitivos e pratos leves, existe outro tipo que combina com carnes e demais receitas encorpadas e até uma bebida ideal para ser degustada junto a peixes e frutos do mar", afirma o cervejeiro Alexandre Bazzo, proprietário da Cervejaria Bamberg de Votorantim, em São Paulo.

A seguir, o especialista ensina as combinações ideais de pratos para cada tipo de cerveja e ainda apresenta as características das versões mais conhecidas da bebida. Há uma delas que, inclusive, vale como substituição ao cafezinho após as refeições.

Cerveja pilsen - Foto: Getty Images
Pilsen: possui cor dourada e o frescor do lúpulo. Sua espuma é consistente, com aroma e corpo característicos de cervejas de puro malte. Equilibra perfeitamente seus componentes, sem deixar que nenhum se sobreponha aos outros. Harmoniza com vários tipos de pratos leves e de sabor suave.

Weizen: na Baviera, é bebida geralmente por volta das 10h da manhã devido à sua leveza e poder nutritivo. Possui cor alaranjada e gosto cítrico refrescante misturado a um sabor de cravo e banana. Ao degustá-la, tem-se a sensação de ter a boca preenchida por sua cremosidade seguida de nuances de banana e cravo, provenientes do processo de fermentação. Combina com pratos leves, como os da cozinha japonesa, peixes, saladas e frutos do mar.
cerveja escura - Foto: Getty Images
Munchen: produzida com ingredientes originários da região de Munique, Alemanha. Possui cor marrom avermelhada e um aroma marcante de malte combinado com o frescor do lúpulo. Harmoniza com pratos de carne bovina, suína ou frango.

Bamberg Bock: esta cerveja nasceu na cidade de Einbeck, norte da Alemanha. Tem cor avermelhada e traz o gosto marcante do malte com um leve toque de herbáceo proveniente do lúpulo. Seu teor alcoólico mais elevado é ideal para esquentar as noites do inverno, acompanhando pratos quentes e encorporados, como fondue, carnes bovina ou suína ou pratos típicos da culinária alemã. Está disponível apenas nos meses de junho ou julho. Temperatura ideal de servir 8°C. 
Bamberg Schwarzbier: ela pode substituir o cafezinho após o almoço
Bamberg tipo Kölsch: é tradicional da cidade de Colônia, na Alemanha. Tem alta fermentação, coloração dourada e aroma frutado combinado com lúpulo, ideal para ser consumida em épocas do ano em que a temperatura está em elevação, como a primavera. Harmoniza com uma grande variedade de pratos, massa, saladas, carne suína, aves e peixes. Disponível sempre no início da primavera, em setembro até o mês de novembro. Temperatura ideal de servir 6°C.

Bamberg Schwarzbier: é uma cerveja preta tradicional da região de Thuringen e da Franconia, na Alemanha. Tem aroma e sabor de café e chocolate provenientes do malte. O lúpulo não tem predominância nesta cerveja, porém possui uma discreta nota de lúpulos nobres do sul da Alemanha. Apesar de ser uma cerveja preta ela é relativamente leve e fácil de beber podendo ser consumida em qualquer época do ano.Harmoniza com pratos elaborados à base de carnes, frangos, porcos ou cordeiros; também pode ser consumida após as refeições substituindo o tradicional cafezinho.
do Dieta e Saúde

Poesia

Águas de Forestier

O vinho que toca seus lábios
desperta o pecado
em um pobre pagão
que sonha com o paraíso,
onde todas as águas
se transformam em vinho,
dos rios, lagos, marés e cachoeiras,
salgadas, doces, porém todas vermelhas.
Lavando seus pés,
molhando os seus seios,
escorrendo sobre todo seu corpo
o doce veneno,
que nos embriaga a sede de outras paixões.
Pequenos Bacos
brincando de serem anões,
e todo pecado será desculpado
por todo motivo impulsionado por prazer.
Toda musa será deusa,
todo ateu será José,
e o pecado é não beber
da fonte das águas de Forestier.
Cristiane Neder

LER É COMO BEBER UM BOM VINHO

Ler é um hábito tão saudável e cativante o quanto escrever.
Identificar qual dos dois mais me fascina não é tarefa nada fácil.
Mas a leitura sempre me tomou o tempo e marcou sobremaneira a minha vida.
Desde quando vi os primeiros rótulos das embalagens e dos produtos alimentícios trazidos por papai para o nosso consumo ou para revenda – já que ele comerciante.
As placas – de veículos, de sinalização ou de anúncios – também tiveram sua importância e muito contribuíram na minha iniciação no mundo da leitura.
Não havia nada formado por letras e que simbolizasse um nome ou uma palavra que não me chamasse a atenção.

Assim, quando me levaram à escola pela primeira vez, a professora me dispensou da famosa “Carta” uns dois meses depois.
As “Cartilhas” passaram por mim tão rapidamente o quanto foi a minha passagem por elas.
E veio logo o maravilhoso livro da Primeira Série. Antes que terminasse o primeiro ano.
Aquilo era um acontecimento fantástico.
Fazer o quê se eu não tinha dificuldade no domínio das palavras? Não era necessário cumprir o formalismo de passar um, dois anos a soletrar letras para “descobrir” o som que elas produzem e as palavras que “escondem”.

Os livros sempre me fizeram um imenso bem.
Por isso eu os trato com elevado carinho.
Ao pegar um para lê-lo, custo a soltá-lo. Porque o leio sem pressa, à cassa de encontrar o que as suas entrelinhas tem para me revelar.
Neste primogênito dia de 2010, me presentearam com um belíssimo vinho.

Longe de ser um enólogo, sei que um bom vinho deve ser sorvido aos poucos, a cada gole, sentindo seu cheiro, sua viscosidade e textura, expondo-a à todas as papilas gustativas da boca.
Foi aí que encontrei semelahanças para com a leitura.
Nunca se deve pegar um livro e devorá-lo de sofreguidão.

Sou habituado a conhecer um pouco a editora antecipadamente e, sobretudo, o autor. É com ele que vou manter uma inter-relação e interação, sem que necessariamente seja obrigado a concordar com o enredo final, por exemplo.

Degusto cada palavra e absorvo lentamente as ideias. São elas, muitas vezes, que contextualizam a história.
Não podemos ler uma história sem contextualizá-la, nos apossar dela e relacioná-la à nossa própria história. E por que não?!
O livros não são feitos a penas para serem lidos.

O livro deve ser sorvido, degustado e suas propriedades inaladas pelo cerébro a ponto de aguçar a imaginação.
O livro que não te faz "viajar" revela uma leitura disperdiçada.

É um vinho apodrecido.