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O Procurador-Geral da República é uma piada, sem graça

Rodrigo Janot pediu ao STF para investigar os senadores Renan Calheiros (presidente do senado) Delcídio Amaral (ex-líder do governo) e Jader Barbalho (Pmdb-PA). Ótimo que se investigue todos.

Hummmm, mas o Janot tá proibido de pedir ao STF para investigar FHC, Serra, Alckmin e Aécio Neves da Cunha?

É o que parece.

Eu penso que é cumplicidade mesmo.

Acho que seria bom para o Brasil saber se Aécio Neves da Cunha tem contas, é beneficiário ou usufrutuário no Ducado de Lichenteinsten?

Quando a Procuradoria-Geral da República dará a resposta ao povo brasileiro?

Sinceramente, isso pode ser que aconteça depois que Rodrigo saia da procuradoria.

A máfia é unida...

Artigo semanal de *Cristovam Buarque

O custo da bagunça

A democracia brasileira é uma bagunça, tanto no funcionamento do aparelho do Estado (relações entre os Três Poderes e pequenas repúblicas cartoriais envolvidas no exercício da atividade administrativa no dia a dia), quanto no processo eleitoral propriamente dito. A última semana desnudou a vergonhosa realidade desta bagunça: alianças feitas sem respeito às identidades ideológicas ou éticas entre os candidatos de uma mesma coligação. Como em toda bagunça, o eleitor fica desconsolado e o aparelho do Estado caótico.
Esta bagunça de casamentos imorais em grupos sem identidade, que foi chamada de “orgia” e “suruba”, respectivamente, pelo prefeito Eduardo Paes e pelo deputado Alfredo Sirkis, tem outro demonstrativo vergonhoso no custo das campanhas. Somente Dilma e Aécio preveem gastar R$ 588 milhões. Somando os demais presidenciáveis, o custo será de R$ 870 milhões.
Em 2010, as eleições a todos os cargos custaram R$ 3,23 bilhões, cerca de 11vezes mais do que os gastos dos presidenciáveis de então. Mantida a mesma proporção, em 2014 os gastos serão de R$ 9,7 bilhões, equivalentes ao pagamento de piso salarial para 100 mil professores ao longo de quatro anos. Nenhum regime pode ser considerado democrático se cada voto custa tão caro, os professores tão pouco, e os candidatos precisam ser ricos ou comprometidos com ricos financiadores de suas campanhas ou as duas coisas.
O maior custo, porém, não é financeiro, é o caos político e administrativo que está esgotando o atual modelo de democracia brasileira, desmoralizando e emperrando o funcionamento do setor público. Apesar disso, ainda não vimos qualquer dos candidatos à presidência propondo reforma eleitoral que reduza este custo. 
Com três medidas seria possível fazer a redução dos custos, tanto financeiros quanto políticos.
A proibição de alianças no primeiro turno levaria ao fim do comércio de tempo para os programas eleitorais. Esta medida reduziria o número de partidos e a consequente reorganização deles com base em identidade e substância de ideias e valores morais.
A utilização do horário eleitoral para transmitir debates e falas diretas dos candidatos, sem qualquer manipulação marqueteira que, a custos altíssimos, busca enganar o eleitor e vender o candidato como se fosse mercadoria. Sem caros marketings, o custo seria menor e a qualidade da democracia maior ao colocar os candidatos se enfrentando e olhando nos olhos dos eleitores, sem a parafernália usada para iludir.
Limitar os gastos eleitorais para cada candidato não poder gastar mais do que um determinado pequeno valor proporcional ao número de eleitores de sua circunscrição. Isto seria facilitado pela adoção de um sistema Distrital Misto, em que alguns dos deputados e vereadores representam apenas Distritos e não todo o Estado.
As três medidas, entre outras, não deverão ser adotadas porque os candidatos que buscam a reeleição se beneficiam da bagunça, enquanto outros sonham em entrar nela.

Cristovam Buarque - Pobreza da arimética

Pobreza mesmo é da dialética do tucano enrustido para negar a realidade que todo mundo sabe: 
Hoje depois dos dois governos do PT - Lula e Dilma - o Brasil está muito melhor que durante o desgoverno FHC (PSDB).

Confiram abaixo o contorcionismo verbal - blablarinagem - que o senador faz, para não dizer nada que se aproveite.

Cristovam Buarque - o tucano enrustido

Diz o jênio emplumado:
" Petrobras e Banco Central pertencem à Nação, devem ser independentes do governo de cada momento."

Lindo!
Mas, na minha rude e triste ignorância pergunto:
Os membros do Banco Central e da Petrobras seriam nomeados pelo Aiatolá, pelo Pastor, Pelo Papa, por Deus ou pelo Diabo?...

Artigo semanal de *Cristovam Buarque

Concertos das cidades
O Brasil tem graves problemas, nenhum tão difícil de resolver quanto consertar nossas grandes cidades: insegurança, inundações, vidas perdidas na lentidão ou nos acidentes de trânsito, soterramentos, assassinatos, assaltos e sequestros, pobreza, drogas e condomínios cercados.
Durante algumas décadas, por ações ou omissões, tudo foi feito para induzir uma migração rápida, do campo para a cidade, como símbolo de progresso; não seguramos os habitantes no campo, porque não distribuímos terra aos lavradores, nem fizemos escolas e serviços médicos para suas famílias; e criamos um forte atrativo para as cidades por causa da industrialização e da construção civil.
Fizemos urbanização apressada, asfaltamos ruas e construímos casas onde não deveríamos, desorganizamos o espaço urbano, degradamos os serviços públicos e entregamos a cidade aos automóveis. Doenças e deformações de nossas cidades permitem chamá-las de monstrópoles, em vez de metrópoles.
Ao percebermos o desastre, passamos a buscar soluções na engenharia dos viadutos, das estradas, dos estacionamentos, roubando espaço e patrimônio. Ainda não percebemos que o problema é menos de engenharia para corrigir o desastre em cada cidade, do que de política para reorientar o projeto de desenvolvimento nacional. Menos do que o conserto de cada cidade é preciso um concerto nacional para reorganizar a distribuição demográfica no território nacional.


Não percebemos que qualquer solução para melhorar as cidades grandes passará pela melhoria das condições oferecidas nas cidades pequenas e médias. E que a solução vai exigir uma “desmigração voluntária” da população dessas cidades grandes para cidades de porte médio ou pequeno.
No governo do Distrito Federal, entre 1995 e 1998, houve uma pequena, mas bem-sucedida experiência de “desmigração voluntária”, com pagamento de salário por seis meses para incentivar o retorno de moradores às cidades de onde tinham imigrado.
O custo de pagar um salário por algum tempo a uma família “desmigrada” era menor do que o custo da assistência social que ela necessitava; a reintegração na sua origem trazia mais conforto, do que a exclusão em que estava na cidade sem condições para realizar a inclusão plena. Lamentavelmente, a “desmigração” exigia investimentos sociais nas cidades para onde as famílias voltavam e isso dependia do governo federal, no plano nacional.
Este ano de eleições presidenciais seria um momento oportuno para que algum candidato, ou todos eles, se manifeste sobre o grave problema das nossas cidades, indo além da engenharia e da demagogia, assumindo que as cidades grandes não têm mais conserto e que é melhor e mais barato investir para que as pessoas possam viver bem nas cidades pequenas e médias do que manter o custo social e econômico nas monstrópoles.
Para sair de monstrópoles para metrópoles não bastam consertos locais de engenharia, é preciso um concerto nacional na política.

*Cristovam Buarque - Senador filiado ao PDT- DF e tucanos enrustido

Tô certo, ou tô errado?

Ontem a noite no twitter o senador Cristovam Buarque (PDT - Tucano inrustido) afirmou:

[...] Hoje, o twitter está cheio de corruptos ou ingênuos."

Como o senador não é ingênuo, então é corrupto.

Tou certo, ou tou errado?

Artigo semanal de *Cristovam Duarte

A privatização da política

A política democrática era o caminho para atender os interesses comuns da sociedade, no presente e no futuro, ouvindo a voz de cada cidadão. Mas nas últimas décadas tem havido um processo de privatização da política para atender objetivos individuais, sem grandes preocupações com o conjunto da sociedade, nem seu futuro. Democracia da soma das pessoas, não necessariamente do conjunto do país no futuro.
A pior forma de privatização da política é a corrupção por políticos que consideram que a eleição permite apropriação de recursos públicos sob a forma de propinas.
Esta privatização maléfica não é a única. Ultimamente vem sendo praticada a privatização da política de forma benéfica para pessoas e grupos sociais, sem levar em conta o bom funcionamento da sociedade de hoje e do futuro, sem exigir retorno de cada um dos beneficiados para o país.
A mais evidente manifestação desta privatização é a recente política de tarifas no setor de energia elétrica. A redução da tarifa beneficia milhões de famílias consumidoras, mas ao custo de ameaçar o futuro do sistema elétrico. Beneficia os brasileiros, sem beneficiar o Brasil.
Porque o Brasil é mais do que a soma de todos os brasileiros, é a soma deles hoje e no futuro, e o futuro não tem como ser privatizado e seus custos serão socializados.
Ao reduzir as tarifas sem ganhos anteriores na produtividade do setor, o governo está sendo obrigado a financiar as perdas das empresas. É um exemplo de benefícios privados, criando custos públicos.
O financiamento do benefício significará um rombo nas contas públicas que deverá ser coberto pelo sacrifício de outras prioridades, por endividamento ou por inflação, que é a mais comum das publicizações de custos para atender a privatização dos benefícios.
Nestes programas de privatizações benéficas da política estão diversos outros programas do governo; bons para milhões de beneficiados, mas insuficientes ou negativos para o país.
Ao não se preocupar com a qualidade e o tipo dos formandos, o “PROUNI” se transforma em um excelente programa para os jovens beneficiados, ainda que não necessariamente para o Brasil.
O “Ciências Sem Fronteiras”, que deve ser defendido e ampliado, é outro bom programa, mas devido à falta de cuidado na seleção do candidato e à falta de infraestrutura para aproveitamento dele no regresso, termina beneficiando mais ao jovem que recebe a bolsa, do que a construção de um sólido sistema de ciência e tecnologia para o Brasil.
A própria “Bolsa Família”, magnífico programa de generosidade social que o Brasil tem a obrigação de fazer, ao não educar as famílias e seus filhos, termina sendo também um amplo programa de privatização benéfica da política.
O pior da privatização da política é que, ao beneficiar cada pessoa sem um sentimento de futuro nacional, o que conduz o eleitor a votar por seu interesse pessoal, sem preocupação maior com o país, ela impede a criação de uma base social para apoiar as reformas que o Brasil necessita.
Cristovam Duarte - professor, senador (PDT) e tucano inrustido

Acredite, o texto abaixo é de Cristovam Buarque

Internacionalização da Amazônia


Durante debate ocorrido no mês de Novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta:

        "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a   internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado
          Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

         Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam  pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
(*) Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal (PT) e reitor da Universidade de Brasília (UnB), nos anos 90. É palestrante e humanista respeitado mundialmente.

Cristovam Buarque - à espera de Mandela

O sentimento universal de simpatia por Mandela tem algumas explicações: seu heroísmo de 27 anos de isolamento sem se deixar abater; a integridade física, mental e política ao sair do isolamento; seu espírito de bondade que permitiu tratar com respeito até os carcereiros; a lucidez como decidia e falava; seu apego absoluto ao que era legítimo, mesmo quando a legalidade permitisse fazer diferente; e sua empatia capaz de atrair o respeito de quem o ouvisse por rádio, apertasse sua mão ou o visse, mesmo pela televisão. Foram as comunicações modernas que o universalizaram, mas suas características pessoais o imortalizaram.
Apesar de todas estas qualidades, o Nelson não seria o Mandela se não tivesse tido a competência e a oportunidade de abolir as leis do apartheid na África do Sul. Se não tivesse sido vitorioso nesta luta, não teria adquirido o imenso tamanho que lhe está assegurado na história.
Mandela é Mandela por ter feito o que parecia impossível: assegurar ao negro acesso aos espaços e serviços reservados aos brancos. Acesso às mesmas calçadas, banheiros públicos, hospitais, mesmas escolas e mesmos empregos.
Foi a abolição do apartheid que elevou Mandela às alturas para as quais ele estava preparado. Ele saiu da prisão inteiro e grande, mas fez-se imenso quando conseguiu com que os brancos e negros se dessem as mãos como partes de um mesmo país.