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Dois panacas que não tem o que fazer e jornal que não o que comentar, Sérgio Lamarca

Na Folha

Oposição cobra explicações sobre parada de Dilma em Portugal

A oposição vai pedir informações à Presidência da República sobre a parada técnica da presidente Dilma Rousseff em Lisboa, onde se hospedou em um hotel de luxo e jantou num dos melhores restaurantes da capital portuguesa.
Sem compromissos oficiais em Portugal, a presidente permaneceu por algumas horas em Lisboa numa pausa da viagem entre Zurique (Suiça) e Havana (Cuba). Dilma participou do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suiça, e fará visita oficial à capital cubana.
Líderes do PSDB vão pedir que o Congresso solicite as informações ao governo federal e, se receberem a confirmação de que Dilma e sua comitiva tiveram gastos excessivos no país, vão pedir o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos.
"Se a presidente não tem compromissos oficiais em Lisboa, não tem como justificar esse turismo com dinheiro público. Há que se restituir os cofres públicos", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Líder do PSDB na Câmara, o deputado Carlos Sampaio (SP) afirmou que a viagem é um "disparate" no momento em que o Brasil enxuga gastos em meio à instabilidade econômica internacional. "É um total disparate, uma afronta aos brasileiros. Dilma quer se reeleger para continuar passeando com dinheiro público", atacou o tucano.
Os oposicionistas afirmam que Dilma tinha a Embaixada do Brasil em Portugal para se hospedar sem desembolsar dinheiro público. "É fácil promover gastos como esse em Lisboa quando se tem para quem mandar a conta: para os brasileiros", completou Sampaio.
O Palácio do Planalto justificou a pausa em Lisboa com o argumento de que o avião presidencial não tinha autonomia para levar diretamente da Suiça à Cuba e precisava fazer uma parada técnica.
A presidente chegou a Lisboa por volta das 17h (horário local) de sábado e se hospedou no Ritz, um dos mais caros da capital portuguesa. Uma parte da equipe ficou hospedada no Tívoli, outro hotel de luxo. Dilma já deixou Lisboa rumo a Cuba.
A presidente fez a viagem acompanhada pelos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), além de Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência.
Folha apurou que Dilma aproveitou a parada e saiu para jantar em um tradicional restaurante na capital portuguesa. 

O que Deus dá...

Não se vende 

Eu, por Olindina Santos

Dirceu é feito de cepa das árvores resistentes, dos rios perenes,  de metal resistente às intempéries feito ouro e diamante. Não se dobra, não se vende, não se alia aos demônios.

Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin.
Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua.
Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer — enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniências com que o Primeiro Mundo — ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo — se espraia pelo mundo todo.
Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado.
De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.
As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis.
No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

Campos apoia os Marinhos do país

Eduardo Campos gosta de se apresentar como a coisa nova na política.
Dizer que é novo é fácil. Realmente difícil é ser.
Nesta semana,  palavras de Campos em seu Facebook deixaram claro que ele é mais do mesmo. O velho que se veste de novo.
Campos repetiu a cantilena do 1%: a carga tributária brasileira é elevada. Isso significa que ele, além de incorporar uma tese que perpetua a desigualdade no Brasil, não vai fazer o que deveria ser a prioridade de qualquer aspirante à presidência com ideias realmente novas: aumentar o imposto dos ricos.
Se ele quisesse se informar melhor sobre sabedoria tributária, deveria estudar o caso escandinavo. Você só constrói uma sociedade justa se cobrar impostos altos de quem pode mais. No Brasil, ocorre o oposto. O 1% encontrou maneiras de burlar a Receita sem ser, virtualmente, incomodado.
É inacreditável, por exemplo, que a Receita não dê ao público nenhuma satisfação, por exemplo, em relação ao caso documentado de estrondosa sonegação da Globo.
Qual é a mensagem que está sendo passada ao contribuinte anônimo? Aja como a Globo. Aja como os irmãos Marinhos. E você vai se dar bem.
Ah, nossos serviços não são os mesmos que os escandinavos, reclamam muitos. Ora: não são porque a arrecadação é muito menor. Se a Suécia arrecadasse proporcionalmente o que o Brasil arrecada em imposto, não daria a seus cidadãos tudo que dá.
Uma das coisas mais daninhas que a mídia fez aos brasileiros foi propagar a falácia da “alta taxa fiscal”. O que se buscava era  reduzir brutalmente os direitos trabalhistas. Até a licença maternidade foi invariavelmente atacada em sua extensão limitada quando na Escandinávia até os pais são estimulados a ficar em casa para ajudar a criar os bebês em seus primeiros meses.
Vamos lembrar.
Os direitos trabalhistas surgiram na Alemanha de Bismarck, na segunda metade do século 19, não pela generosidade do Estado ou dos empresários, mas pela pressão da esquerda e pelo medo de que o marxismo se impusesse entre os alemães.
Numa frase clássica, Marx dissera que os trabalhadores não tinham a perder senão os grilhões. Os direitos que eles ganharam com sua mobilizarão regularam coisas que simplesmente não existiam, como o limite de horas e dias trabalhados e um sistema de pensão que permitisse aposentadoria a partir de determinada idade.
Em outra frase clássica, Thatcher diria, mais de um século depois de Marx, que os trabalhadores tinham sim mais a perder que seus grilhões. A crença disso foi a base de seus ataque impiedoso aos sindicatos.
Você pode simplificar tudo com o seguinte raciocínio: quando alguém se apresentar como “fato novo” na política verifique se ele fala com clareza em aumento de impostos para o 1%.
Eduardo Campos não fala.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

As listas de livros mais vendidos

As pesquisas feitas nos últimos anos sobre a leitura no Brasil mostraram que os índices ainda não alcançaram números que possam nos deixar orgulhosos. Porém, com essas informações, podemos adotar duas posturas.
A primeira é pessimista e reclama que os brasileiros não gostam de ler e isso é trágico. A segunda é otimista e vê com bons olhos esse números, já que, se pouca gente está lendo, então o potencial de leitura é bastante grande e os índices só tendem a aumentar exponencialmente com o tempo.
De qualquer forma, esse texto não foi escrito para avaliar a quantidade de carinho que os brasileiros têm pelos livros, mas sim para refletir sobre como esse público define quais livros quer ler de acordo com os lançamentos colocados principalmente nas livrarias, ou seja, aqueles que figuram nas listas dos mais vendidos. Nesse caso, também precisaremos analisar os livros que não entram nessas listas, mas que também vendem dezenas de milhares de livros e se tornam fenômenos comerciais no Brasil.
Mas vamos por partes.

As principais listas dos livros mais vendidos

Só falta crucificar

Já dizia Montesquieu: a injustiça que se faz a um, é ameaça a todos

Às vezes me pergunto como Dirceu faz para manter o espírito elevado.
Não me lembro de alguém que tenha sido tão continuamente perseguido pelos conservadores depois da ditadura.
Lula, comparativamente, é bem tratado.
Contei já que, no último almoço de final de ano da Abril com Roberto Civita vivo, um grupo de editores da Veja vibrava, no restaurante, com a perspectiva de prisão de Dirceu.
Talvez eles empregassem melhor seu tempo vendo como prolongar a vida da revista na era da internet, mas não. O que importava era ver Dirceu na cadeia.
A mídia não lhe dá trégua. Mais recentemente, na Era JB, a justiça também o caça sem misericórdia.
Sempre há um motivo, um pretexto. É o chamado vale tudo.
Agora, é um alegado telefonema proibido entre Dirceu e um secretário do governo da Bahia na Papuda. A Folha denunciou. Dirceu negou. O secretário negou. A direção do presídio investigou a negou.
Mesmo assim, Dirceu está pagando pela denúncia. A presunção de inocência não existe para ele.
Foi suspenso seu pedido de trabalho por 30 dias, porque a justiça desconfiou de todas as negativas, incluída aí a da direção da cadeia.
A quem apelar?
Joaquim Barbosa colocou na Vara de Execuções Penais de Brasília um juiz que faz o que ele, JB, quer.
E sabemos todos o que JB quer, além de dar rolezinhos na Europa e comprar Prada com um chapéu de parisiense na cabeça.
Que justiça é essa?
Quando JB deixar a presidência do STF, tudo vai mudar, sem que os fatos mudem – o que significa que a justiça no Brasil de hoje é uma questão não de evidências, não de lógica, mas de gosto e capricho pessoais, e de uma subjetividade patética.
No caso específico de Dirceu, alguma coisa está errada quando até um jurista conservador como Ives Gandra Martins afirma que ele foi condenado sem provas.
Ainda assim, ele está preso, enquanto seu algoz passeia pela Europa como um Bonaparte tropical, com diárias pagas pelo contribuinte – mesmo estando em férias.
Já disse e repito: a única coisa boa desse circo que foi o julgamento do Mensalão foi a oportunidade de vermos quanto são ruins e precários o STF e, por extensão, o sistema judiciário brasileiro.
Era uma ruindade escondida. Agora, ela está exposta. O Supremo é um ajuntamento de juízes toscos, solenes, com dificuldade de se expressar em português decente, deslumbrados com os holofotes – e facilmente manipuláveis pela mídia.
Sem reformar o STF e a justiça brasileira o avanço social de que o país precisa urgentemente ficará comprometido porque ali está o atraso do atraso.
Quanto a Dirceu, deveria gritar como Lennon num de seus clássicos da época em que passou a circular com Yoko: “Do jeito que as coisas vão, os caras vão me crucificar.”

Paulo Nogueira no Centro do Mundo

Bom dia

Para dizer que não falei dos podres

Felizmente o Brasil não mais verá ninguém ser condenado sem provas, tendo como único argumento a teoria do "domínio do fato". Isso é uma aberração jurídica de fazer inveja até aos nazistas.

Ah, Olívio faz uma fezinha e se submete a um julgamento sob essa teoria?

Ingratidão é uma forma de fraqueza. Jamais conheci homem de valor que fosse ingrato.
Johann Goethe

Foi patrocinada pelos bicudos

É 
iniciativa privada
Então Pode!

Paulo Coelho - fragmentos de um diário inexistente

San Francisco, Estados Unidos: 
Caminho por um parque com meu editor americano, John Loudon, e sua mulher, Sharon. Podemos ver a cidade de San Francisco ao longe, iluminada pelo Sol poente. Sharon escreveu um livro sobre um mosteiro beneditino, e conta que as orações da tarde, chamadas "vésperas", são cantos de esperança pela certeza de que a noite passará.
- As vésperas nos indicam a necessidade que temos de nos aproximar do outro, quando a noite chega - diz ela. - Mas nossa sociedade esqueceu a importância desta aproximação, e finge prezar muito a capacidade que cada um tem de lidar com as próprias dificuldades. Não rezamos mais juntos; escondemos nossa solidão como se fosse vergonhoso admiti-la.
Sharon faz uma pausa, e conclui:
- Já fui assim. Até que um dia perdi o medo de depender do próximo, porque descobri que ele também estava precisando de mim.
Brive, França
Um aprendiz de ocultismo que conheço, na esperança de impressionar bem o seu mestre, leu alguns manuais de magia e resolveu comprar os materiais indicados nos textos.
Com muita dificuldade, conseguiu determinado tipo de incenso, alguns talismãs, uma estrutura de madeira com caracteres sagrados escritos numa ordem determinada. Vendo isto, o mestre comentou:
- Você acredita que, enrolando fios de computador no pescoço, conseguirá ter a sabedoria da máquina? Acredita que, ao comprar chapéus e roupas sofisticadas, vai adquirir também o bom-gosto e a sofisticação de quem as criou? Aprenda a usar os objetos como aliados, não como guias.
Kawaguchiko, Japão
Conheci a pintora Miie Tamaki durante um seminário sobre Energia Feminina. Perguntei qual a sua religião.
- Não tenho mais religião - ela respondeu.
Notando, a minha surpresa, explicou:
- Fui educada para ser budista. Os monges me ensinaram que o caminho espiritual é uma constante renúncia: temos que superar nossa inveja, nosso ódio, nossas angústias de fé, nossos desejos.
"Consegui me livrar de tudo isto, até que um dia meu coração ficou vazio: os pecados tinham ido embora, e minha natureza humana também". "No início fiquei contente, mas percebi que já não compartilhava das alegrias e paixões das pessoas à minha volta. Foi então que larguei a religião: hoje tenho meus conflitos, meus momentos de raiva e de desespero, mas sei que estou de novo perto dos homens - e consequentemente perto de Deus".
Lourdes, França

Discriminação social ...o altas horas mostra

Vê quantos negros tem na plateia.
Vê quantos negros tem no palco.

No palco, tem mais negros que brancos.

Discriminação social ...o altas horas mostra

Vê quantos negros tem na plateia.
Vê quantos negros tem no palco.

No palco, tem mais negros que brancos.

Mensagem da madrugada para vida toda

Ninguém humilha ninguém.
Só você pode sentir-se humilhado.

A vida é assim

Eu Dirceu sei