Junte uma empresa brasileira (HT Micron), uma coreana (Hana Micron), uma universidade (Unisinos), o governo gaúcho, o governo federal e o governo municipal. A parceria entre todas é bem fértil: rendeu, em São Leopoldo (RS), a maior fábrica de encapsulamento e testes de semicondutores do Hemisfério Sul, que já recebeu R$ 120 milhões dos R$ 200 milhões previstos até 2019, recursos vindos do Badesul, Banrisul, Finep e BNDES, além de incentivos fiscais do Governo do Estado e município.
Durante a inauguração da unidade fabril, este fim de semana, a presidenta Dilma chamou a região de “Vale do Sul-lício”, em referência ao vale californiano com grande concentração de empresas de tecnologia eletrônica. A presidenta foi mais além, ao declarar que “Aqui podemos de fato estar estruturando o vale do silício brasileiro”. O governador Tarso Genro destacou a parceria entre União, Estado, município e academia para a concretização do empreendimento.
Dilma também lembrou da importância da educação para a consolidação dos avanços sociais ocorridos no Brasil nos últimos anos, e ainda destacou que a transferência de tecnologia será um marco para a indústria brasileira que vai propiciar desenvolvimento de novos produtos e processos, além da formação de pesquisadores e de trabalhadores. Em 2013, o orçamento do ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação foi de mais de R$ 1,8 bilhão.
“Cada vez mais nós precisaremos também nos dedicar ao outro processo simultâneo que a educação permite, que é a formação educacional de cientistas, de pesquisadores, de técnicos, para que nós possamos entrar em definitivo na economia do conhecimento e tratar a questão da inovação como a questão central do nosso país.”
A unidade fabril da HT Mícron tem 10 mil metros quadrados de área, incluindo uma sala limpa (livre de sujeiras, poeiras e micro-organismos) de 7,5 mil m2. No auge da produção, a fábrica pode alcançar a marca de 360 milhões de chips por ano. Isso significa a geração de cerca de 800 empregos diretos em até quatro anos.