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Xeque mate


O golpe foi derrotado. 

A democracia venceu.

E por que venceu?

Porque a democracia e a liberdade são almas gêmeas, e o Povo ama a duas e não abre mão de nenhuma delas.

Quanto ao placar?

Vai depender basicamente do número de deputados que não comparecerem a votação. Quanto maior esse número, menor será a diferença entre os golpistas e os democratas. O que afirmo com convicção é que não será surpresa para mim os governistas virarem o placar.

Ah, agora me lembrei de um comentário que fiz ao post 

Michel Temer: jogando xadrez com a esfinge, de Sérgio Saraiva 


Arquivei, porque sabia que um dia iria publicar. Esse é o dia. Lê:

[Se o povo quisesse qualquer um desses quadros pintado aqui...não teria reeleito Dilma Roussef.
Portanto, é bom ao analistas políticos que se lembrem da gente (o zé povinho) quando estiverem fazendo conjecturas surrealistas. 
A realidade é que Se Dilma Rousseff (não morrer antes de 2019) ela passa a faixa presidencial a seu sucessor, escolhido por ela/Lula e apoiado pelo PT]

Foi escrito no dia 02 de Agosto de 2015

Brizola Vive - a Rádio da Legalidade está no Ar

:

  Um grupo de estudantes e voluntários de São Paulo decidiu recriar a RÁDIO DA LEGALIDADE – iniciativa tomada por Brizola em 1961 quando, após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentam impedir a posse de João Goulart.


As transmissões são feitas via web e todo o material é disponibilizado para que rádios comunitárias por todo o país possam retransmitir os ideais legalistas em defesa da democracia em nosso país.



No próximo dia 17, com uma rede de colaboradores por todo o país, eles pretendem fazer um cobertura ao vivo do golpe e mostrando o panorama em tempo real de todas as regiões do país.



Para obter o material disponível acesse o site: www.radiodalegalidade.blogspot.com



A Rádio da Legalidade também está disponível para ser ouvida em smartphones pelos seguintes endereços:






Aos parlamentares que decidirão o futuro do Brasil

É a eles que tu vai entregar o país dos teus filhos e netos?

Michel Temer: jogando xadrez com a esfinge, por Sérgio Saraiva

Um jogo de xadrez com uma peça a mais, a esfinge. É nisso que se tornou a precoce sucessão do Governo Dilma.
Nesse jogo de xadrez de múltiplos competidores participando ao mesmo tempo – todos contra todos, as pedras são movidas aleatoriamente segundo o interesse de cada competidor. Michel Temer é o favorito a vencê-lo, mas a passagem para seu nome é guardada pela Esfinge. E essa esfinge tem um nome: fim da reeleição. Decifrar seu enigma ou ser devorado por ela é o dilema de cada um dos jogadores.
A “solução Temer” para o caso Dilma vem sendo aventada tal como foi a “solução Itamar Franco” para o caso Collor. Uma saída consensual que acomodaria todas as questões envolvidas na atual crise e daria o tempo necessário para que as forças políticas se reorganizassem. O impeachment de Dilma seria, portanto, a decisão mais racional.
Ledo engano.
Além de ser um golpe de difícil execução, que demandaria só para se viabilizar institucionalmente da conivência de dois terços da Câmara e do Senado além de, pelo menos, seis ministros do STF, Dilma não é Collor e Temer não é Itamar.
Dilma tem atrás de si o PT e uma forte base popular de apoio, ainda que momentaneamente silenciosa. Mas, principalmente, Temer não está na posição de Itamar, ou seja, de aceitar um mandato tampão sem ambições maiores ao término desse mandato.
A ascensão de Temer à presidência antes da definição de que fim dar ao monstrengo criado por Eduardo Cunha, a PEC do fim da reeleição, cria um candidato poderoso a sua própria reeleição. Temer chegaria ao poder com a aura do “salvador da Pátria”. O mediador íntegro e experiente, nada do que acusá-lo, no comando da máquina administrativa por mais três anos, presidente do partido mais poderoso, no momento, podendo, inclusive, manter um PT forte no governo com as coligações necessárias no Congresso. Como derrotá-lo em 2018?
Temer adiaria os planos de Alckmin para 2022. E Alckmin é o delfim da plutocracia brasileira que forma com a mídia mainstream e com setores da magistratura a verdadeira e poderosa oposição.
À possibilidade de um Michel Temer forte em 2018, muito mais interessante uma Dilma sangrando pelo restante do seu 2º mandato.
Essa é a esfinge que questiona quem está por trás das movimentações pró-impeachment. Elas são necessárias para manter o governo federal acuado. Elas não podem sair do controle. Eduardo Cunha deve ameaçar constantemente com a abertura do impeachment. Eduardo Cunha não pode iniciar o processo. Mas quem bota povo na rua e Eduardo Cunha no poder sabe que maneja uma faca sem cabo – só lâmina. Tirar Cunha do poder, talvez seja perder poder. Constrangê-lo é a melhor opção, se ele não desvairar de vez e se o PGR aceitar participar do aperto a Cunha sem lhe dar consequências finais. A esfinge tem muitas faces. Inclusive a do juiz Sergio Moro e seu véu de interesses, vaidade e ambições.
Michel Temer só interessa se não puder se reeleger. Mas o futuro da PEC do fim da reeleição está nas mãos de Renan Calheiros. Trair Temer amputando-lhe um possível segundo mandato e viabilizar o golpe do impeachment de Dilma e a eleição de Alckmin, esse é o poder e o dilema que estão postos nas mãos de Renan Calheiros, é sua esfinge. O seu possível indiciamento por Janot deveria ser olhado com cuidado por quem se interessa pelo jogo político.
Aécio joga por fora.
Seu tempo é curto. Em 2016, se perder as eleições em Minas, corre o risco se tornar insignificante fora do cenário político de Claudio-MG. Seu maior adversário, hoje, é Alckmin que já se viabilizou como o candidato do campo conservador.
Sua única esperança está depositada no STE. Na ação de abuso do poder econômico contra a chapa Dilma-Temer. Aécio espera que o STE casse Dilma e Temer e o emposse. Ou que o TSE determine a realização de novas eleições. Mas a decisão por novas eleições deveria ocorrer até o início do 2º semestre de 2016. Eduardo Cunha, se ainda for deputado, assumiria por 90 dias. Aécio teria feito Cunha presidente e concorreria à sua sucessão contra Lula. A partir de janeiro de 2017, no impedimento da chapa Dilma-Temer, o sucessor de Eduardo Cunha assumiria até o fim do mandato. Aécio também tem a sua esfinge.
O STE já mandou arquivar a ação duas vezes e reabriu o caso em função das pressões da Lava Jato.
A tese de Aécio é fragilíssima. As doações para Dilma-Temer feitas pelas empreiteiras envolvidas na Lava Jato seriam fruto de propina e as doações feitas pelas mesmas empreiteiras para Aécio seriam legais. Nada além de outro golpe cuja consecução em nada interessa às forças de apoio de Alckmin. É útil mantê-lo, no entanto, como mais uma das formas de tirar o sono do governo federal.
Por fim, a esfinge pode assumir o rosto de Lula. Não o Lula candidato, mas o Lula articulador político.
Creio ser difícil a volta do crescimento econômico no governo Dilma. Mesmo que o ambiente político melhore, a conjuntura econômica internacional não deve se resolver a tempo. O segundo governo Dilma vai, a cada dia, ficando mais parecido com o segundo governo FHC. Com o PT inviabilizado, uma derrota em 2018 é um risco que Lula não tem nenhum motivo para correr. A candidatura à sucessão de Dilma por uma chapa invertida em relação a atual – PMBD e PT, com Temer presidente e, por exemplo, Jaques Wagner vice pode ser sim a “solução Temer” de Lula.
Aliás, a declaração de FHC de que Dilma é uma pessoa honrada com certeza nada tem de senilidade. Uma pessoa honrada não deveria estar sujeita a um impeachment. Ela faz parte do jogo de morde-e-sopra de quem está tentando interpretar a esfinge antes de mover a próxima peça.

PS: para entregas em domicílio, consulte a oficina de concertos gerais e poesia.

Golpistas desesperados

Bateu o desespero no ninho golpista:

Segundo o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do parecer que pede a cassação da presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, o vice-presidente Michel Temer errou ao se ausentar de Brasília.

 "O erro foi ele ter ido a São Paulo. Devia ter ficado aqui direto. Mas voltou para ficar perto do centro de decisão", afirmou, o deputado ao admitir que o momento atual é de disputa de poder.

"Não há dúvida disso é o homem que poderá assumir caso a presidenta seja 'impitimada'".

Ou seja: não se trata de um julgamento sério sobre o futuro da democracia brasileira, mas, como disse Jovair, de uma disputa de poder, que passa longe das urnas

Do Brasil 247

Legalidade e resistência, valores que Leonel Brizola nos legou


Por Rafael Machado Madeira

via Facebook

Há 55 anos, o Rio Grande do Sul se levantava contra uma clara tentativa de golpe institucional.

Capitaneado pelo então Governador Leonel de Moura Brizola, que aliou coragem, habilidade política e senso histórico ao conquistar o apoio do comandante do Terceiro Exército e mobilizar a Brigada Militar e os setores democráticos da sociedade civil sul-rio-grandense em defesa da democracia e da manutenção do Estado Democrático de Direito.

Nunca fui e não sou brizolista, mas reconheço naquele ato uma das mais belas páginas da nossa história.

Na morte do ex-governador, fui ao Palácio Piratini prestar homenagem e me marcaram muito as diversas fotos do Brizola coordenando a campanha da legalidade.

Fico pensando o que Brizola diria se visse aqui no RS deputados federais que "se criaram" e se elegeram sob a legenda que ele fundou votando a favor de um processo de impeachment que não possui argumentação jurídica consistente (para dizer o mínimo), capitaneado por figuras como Eduardo Cunha, sustentado pelos grandes veículos da mídia e atendendo aos interesses das organizações Globo, que tanto perseguiram Brizola ao longo da sua vida.

Prezados deputados do PDT, é o seu lugar no legado do trabalhismo que está em jogo.

Rafael Machado Madeira, - cientista político e professor do PPG em Ciências Sociais da PUC/RS. Tomo a liberdade de lhe enviar pequena reflexão acerca da incompatibilidade do posicionamento de alguns deputados do PDT com a história deste partido e do seu fundador e grande lider.

Dilma Rousseff - Democracia é o lado certo da história

"Os que se pretendem meus algozes é que têm encontro marcado com a Justiça, mais cedo ou mais tarde. Para fugir dela, tentam derrubar um governo que criou leis contra a corrupção, deu transparência à administração pública e sempre apoiou a ação independente da Polícia Federal e do Ministério Público"  afirmou a presidente em artigo publicado ontem sábado (15/04); "Fazer oposição e criticar meu governo é parte da democracia. Mas derrubar uma presidenta legitimamente eleita, sem que tenha cometido qualquer crime, sem que seja sequer investigada em um processo, não faz parte da democracia. É golpe!"

O beijo do Brasil, por Carlos Odas

:
O muro da Esplanada é uma infâmia criminosa de dois corruptos canastrões e suas claques.  

O muro da Esplanada é um crime de dois mandantes: Eduardo Cunha e Michel Temer. E de muitos cúmplices. É mais uma infâmia, para constar do corolário de infâmias que a História reserva a todos os golpistas e às suas tentativas de golpes, sejam elas bem-sucedidas ou não. O golpista é despido, pela História e oportunamente, do simulacro de honra que usa, em seu tempo, para encobrir as vergonhas. Quem é Carlos Lacerda, hoje? Quem são Magalhães Pinto, Ademar de Barros e todos os golpistas de 1954 e 1964? Quem são os juízes das cortes que legitimaram os golpes? Frequentam, todos, a mesma lixeira reservada àqueles que em nada contribuíram para o avanço de nossa sociedade ou, ao contrário até, atuaram em nome de seu atraso. Esse mesmo nicho frequentará, miseravelmente, a memória deste senhor que ocupa o posto de vice-presidente da República, aliado inconteste do larápio a quem outros larápios elegeram para o comando da Câmara dos Deputados.
A História demonstra: dos crimes imperfeitos, os golpes de estado estão entre os mais imperfeitos. São indisfarçáveis porque requerem que muitos agentes abram mão de suas responsabilidades institucionais e rifem, à luz do dia, as suas consciências. Golpes são a vitória do cinismo sobre a verdade, mas acontece que a verdade é uma força da natureza, o cinismo não. Contra si, no entanto, os golpistas da presente ocasião têm a velocidade da informação, que desmente seu discurso, e também o seu parco talento para lidar com símbolos que a informação constrói todos os dias. Sabem nada de semiótica, os “inocentes”. Os novos canais e meios por onde flui a informação verdadeira fazem da narrativa golpista um castelo de cartas que desmorona antes que seus arquitetos possam encaixar nele a última peça.
Lastimo profundamente este vergonhoso muro, que tenta reduzir a questão fundamental da democracia no Brasil a dois carnavais distintos, por ele separados; envergonho-me profundamente disto, como brasileiro. Lastimo pelo trabalhador que o tenha construído, e que, certamente, vive premido pelas más condições econômicas que um dos lados desse muro alimentou, por não aceitar as regras do jogo democrático, e por não se importar com quantos muros ainda separem, nesse país, os que “não dormem” dos que “não comem”. E, para melhor situar a menção a Josué de Castro, se é certo que já não há os que não comem, propriamente, há ainda os que não foram saciados da justiça social que lhes é historicamente devida. Essa sociedade não terá cura enquanto canalhas detentores de contas secretas em paraísos fiscais puderem esconder-se atrás das paredes de seus gabinetes, ao passo em que encarceram a juventude pobre e negra atrás dos muros do sistema penitenciário.
Uma cena, porém, há de ser tomada como símbolo dessa sexta-feira, 15, em que teve início no plenário da Câmara a mãe das batalhas contra o golpe: duas pessoas que se encontram e se beijam por sobre o muro de Cunha e Temer. Ainda que tenha sido produzida a foto, o símbolo é forte: há que haver amor, compreensão, tolerância, apreço por valores humanitários, para superarmos as barreiras que nos dividem. O beijo por sobre o muro liquefaz a narrativa golpista porque nenhum dos valores expressos na imagem pode ser associado às figuras de Michel Temer e Eduardo Cunha. Para que o Brasil se reencontre, ambos devem ser derrotados.
O muro da Esplanada é um crime em muitos sentidos, entre eles o político e o estético. É, por todos os ângulos, a estética do golpe. Por isso será derrubado, como o golpe, e por sobre seus escombros construiremos pontes. Para nos encontramos na democracia, onde há ternura e tensão, como num beijo entre pessoas que se amam.
Carlos Odas é militante do Partido dos Trabalhadores

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