Será que este FDP é meu filho?


Um ancião senta-se num banco no ônibus, bem em frente a um Punk de cabelos compridos, com mechas verdes, azuis, rosa, vermelhas, um arco-íris.

O senhor fica olhando para o Punk e o Punk olhando para o senhor. O Punk vai ficando invocado, então pergunta:

- O quê foi vovô? Nunca fez nada diferente quando era jovem?

- Sim, eu fiz. Quando era jovem, fiz sexo com uma Arara, e estou aqui pensando: 

"Será que este FDP é meu filho?"

Timidez: como superar

Quem vê o arquiteto Paulo Grossi cantando e dançando nos palcos em montagens amadoras de musicais como “Hair Spray” e “Glee” não imagina que, aos 10 anos, ele se retraía todo e tinha vontade de sair correndo a cada vez que lhe perguntavam algo na rua. Pedir uma informação, então, nem pensar. O irmão mais novo é quem tinha de tomar frente. Afinal, ele era um tímido assumido . 

Sentimento natural do ser humano, a timidez tem origem em vários fatores, e seu grau pode ser uma questão cultural – os japoneses são os mais tímidos e os israelenses, os menos. Porém, quando ela atrapalha a vida das pessoas, é preciso ligar o botão de alerta. “Antes de mais nada, é importante procurar ajuda. A timidez pode ter um efeito de ‘maçã podre’, e atingir diversas áreas da vida do tímido”, explica o psicólogo Ailton Amélio, autor do livro “Relacionamento Amoroso: Como Encontrar Sua Metade Ideal e Cuidar Dela” (Publifolha).
A timidez surge de uma espécie de medo, seja ele de não ser aceito, de falar alguma besteira ou de desagradar. Essas inseguranças podem começar a ser moldadas na infância, e com mais força dependendo da criação. “O tímido tende a acreditar que não está à altura dos acontecimentos da vida. Sentimento que piora bastante caso a pessoa seja submetida a uma educação autoritária. Mas aí é que entram outras nuances mais discretas”, afirma Bruno Maron, autor do livro “Manual de Sobrevivência dos Tímidos” (Editora Lote 42). “Se você não é tutelado por uma força que impõe medo, ainda assim existe a chance de os seus tutores serem pessoas afrontadas por outras forças intimidatórias. Qualquer atmosfera carregada de medo tem as condições normais de temperatura e pressão para o desenvolvimento do vírus da timidez”, completa Bruno.
Mas, afinal, é possível deixar de ser tímido? 
Existem várias maneiras de diminuir a timidez; ou, ao menos, aprender a conviver com ela. Ailton Amélio explica que, em seu consultório, ele ensina técnicas de discurso para falar em público ou conversar, utilizando a associação de ideias e reposição de assunto. Caso esqueça algo durante a fala, a associação faz com que o tímido saiba como prosseguir. “Essa é uma maneira de praticar temas que podem ser discutidos caso haja um ‘branco’ ao falar. Nessas horas, a ansiedade pode bloquear o pensamento e por isso é importante ter essa lista [de associações] gravada.” 

Ao contrário do que se pensa, pessoas tímidas não têm déficit de habilidades; apenas têm receio de explorar seu potencial. “O importante é criar confiança e fortalecer esse sentimento diariamente”, diz Ailton. Para isso, além de técnicas mais objetivas, os tímidos podem recorrer a cursos menos específicos, mas que também têm bons resultados, como de oratória, de teatro, música e canto.
Foi o que fez Paulo Grossi para virar o jogo. “Desde criança já tocava alguns instrumentos, mas foi o canto e a atividade em grupo realizada no coral, com o trabalho cênico, que fez a grande diferença”, lembra o arquiteto, que hoje é também diretor de teatro do Grupo Singulari, com o qual apresenta números de canto e dança. A atividade permitiu que ele ganhasse mais cumplicidade nos relacionamentos interpessoais e pudesse ter maior entendimento de suas próprias limitações e potenciais, colocando-os à prova diante do público.
Além disso, Gross garante que o contato com o espelho nas aulas de dança ajudou, e muito, nesse processo. “É uma atividade que traz autoconhecimento. Assim você passa a se entender, se aceitar, se desafiar ou se encarar. E acredito que tudo isso contribui para superar a timidez.”
Outra alternativa são aulas de dança, como conta a professora Debora Cristina Silva, da escola Um Ponto de Dança, que criou uma turma especial para tímidos. “Os ritmos ensinados são forró, bolero, salsa; todos os que exigem a formação de um casal. O objetivo é facilitar a aproximação”, explica a professora. Para as aulas, ela utiliza jogos teatrais e brincadeiras para animar e relaxar a turma. “Nada de constrangedor, não permitimos brincadeiras que magoem”, completa.
Segundo Ailton Amélio, cerca de 40% dos tímidos têm uma remissão espontânea conforme crescem; ou seja, deixam de ser tímidos naturalmente. “A vida obriga a pessoa a se expor e a refazer sua imagem e do próprio mundo.” Porém, em casos em que isso não ocorre, é importante conseguir superar os medos. “A maioria dos tímidos têm medos que são fictícios. Nós ensinamos a superá-los com muito treinamento”, conta o psicólogo. Outro método utilizado por ele é a recriação de situações, isto é, reviver o fato e ensinar uma postura diferente ao tímido, para que ele saiba como lidar com algo semelhante no futuro.
A exposição gradual a situações sociais também é uma maneira de lutar contra a timidez excessiva. Ir a lugares com pessoas de interesses comuns, conversar sobre temas que domina com conhecidos e, dessa maneira, ir aprofundando o contato com desconhecidos, faz com que o tímido teste os seus limites e ultrapasse algumas fronteiras.
Quando uma pessoa é tímida, ela se reconhece como tal. Portanto, se alguém diz que é tímido, mesmo que não pareça, acredite. “A pessoa se identifica com a sua timidez, os outros acharem que ela não é faz com que tenha a impressão de falso inibido, piorando a autoestima”, comenta o psicólogo Ailton Amélio. Os tímidos têm muita consciência de si mesmo, e acham que tudo ao seu redor conspira para seu fracasso. É importante tentar sair dessa bolha e ver que o mundo, afinal, gira em torno de todos. “Convença-se: o mundo não está só esperando para ver qual é a próxima que você vai aprontar”, já dizia Luiz Fernando Veríssimo, tímido veterano, em sua “Carta aos Tímidos” (revista Época, 29/03/04).
É possível conviver com a timidez e atingir a excelência na área de sua escolha. Não é porque se é tímido que não se pode ser bem sucedido. Nomes de tímidos famosos como Woddy Allen, Reynaldo Giannechini, Johnny Depp, Lady Gaga e o próprio Luis Fernando Veríssimo são provas disso. 
Bianca Castanho , iG

Volta às aulas

Foto

Agora humilde, Sérgio Cabral convidou os vizinhos para um banho de piscina

CHATUBA DE MESQUITA 
Após declarar que a passagem do Papa Francisco o havia deixado humilde, Sérgio Cabral mudou radicalmente seus hábitos. "Doei meu apartamento no Leblon para o Convento de Santo Antônio e aluguei um quitinete na Vila Mussum, em Mesquita. Vou trabalhar todo dia de van", falou, enquanto mordia um risole de frango com catupiry e colocava um guardanapo de papel na cabeça.

Antes de sair para fazer uma fezinha no jogo do bicho, o governador anunciou que fará um churrasco na laje para confraternizar com os manifestantes que acamparem na frente de sua nova residência. "Já comprei doze garrafas de guaraná Dolly, farofa pronta e cinco quilos de acém", exultou. Em seguida, batucou na mesa e cantou "Mas essa festa e só zoeira / E só zoeira e zoeira ah ha ah / Funk, pagode e cerveja / A noite inteira", enquanto pintava o cabelo com blondor.

No final do dia, passou a se referir a José Mariano Beltrame como "leleke da segurança".

José Dirceu: A realidade vai se impor, mas precisamos fazer a disputa política e de ideias

A realidade vai se impor e não haverá como impor uma narrativa que a apague, por mais que a nossa mídia, de forma totalitária, repita todos os dias que os 10 anos de governos do PT não mudaram o Brasil para melhor.

Os fatos e a realidade vão se impor, mas é preciso que façamos a disputa política e de ideias. Que respondamos às mentiras e à imposição monopolista de uma narrativa sobre um país que não existe.

Aí estão os dados do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), da ONU, sobre o inegável avanço no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Brasil nos últimos anos.

Esse índice – que é composto de três elementos: longevidade, educação e renda – saiu de “muito baixo” (0,493) em 1991, chegou a “médio” (0,612) em 2000 e saltou para “alto” (0,727) em 2010. E mais: em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”.

Aí estão também os dados do desemprego no primeiro semestre. De acordo com o IBGE, os primeiros seis meses do ano tiveram a menor taxa média de desemprego para o período nos últimos dez anos, com 5,7%. No primeiro semestre de 2002, a média era de 12,2%.

E aí estão dos dados do programa Bolsa Família. Dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2011 mostram que os estudantes do programa têm desempenho escolar melhor e menor taxa de abandono. No Ensino Médio, a aprovação dos beneficiários chega a 79,9%, enquanto a média nacional é de 75,2%. A taxa de abandono é de 7,1% entre os beneficiários e de 10,8% na média nacional.


Já é hora de passarmos à ofensiva e enfrentarmos o discurso derrotista e pessimista da mídia tupiniquim saudosa dos governos onde tinha vez e voz na mesa das decisões. Onde, sem voto e sem legitimidade, governava o país usando e abusando do poder político que detém via monopólio da informação.

Biquíni com salto alto, como não curtir isso?

"Os Simpsons" e "Uma Família da Pesada": Politicamente incorretos e bem sucedidos

No banheiro da casa, um cachorro falante sai do chuveiro e um bebê com um ar malandro entra no cômodo segurando um copo de suco. Ele cobra um empréstimo que o animal diz não ter como pagar. É a deixa para o bebê espancar o bichano com o copo e depois com uma barra de ferro, antes de jogá-lo escada a baixo e colocá-lo em chamas. Tudo sem perder o ar de inocência.
A cena acima é uma das mais famosas do desenho Uma Família da Pesada. Os personagens são o emblemático Stewie, um bebê americano com sotaque britânico e personalidade sociopata. O cachorro é Brian, um humanoide escritor. Há 11 temporadas no ar nos Estados Unidos, o desenho não tem a mesma audiência de anos anteriores, mas é um sucesso da Fox.
As cenas de Stewie roubando carros, espancando crianças e atirando em sua mãe são virais na internet. E atraem há anos acusações de racismo, sexismo e intolerância, entre outras, de inúmeras entidades norte-americanas. Ainda assim, o programa de Seth MacFarlane, criador de American Dad e diretor do filme Ted, garantiu mais uma temporada. Há alguns anos, o comediante também conseguiu um contrato de 100 milhões de dólares com a Fox.
A fórmula provocativa, e para muitos ofensiva, de Uma Família da Pesada ainda parece funcionar. Assim como o formato precursor de Matt Groening com Os Simpsons, no ar desde 1989. Com piadas mais suaves e politizadas, embora não menos polêmicas, a paródia da família disfuncional norte-americana segue na grade da Fox há 24 anos.
Mas como estes programas resistem tanto tempo lidando de forma irônica com assuntos como o holocausto e religião?

Ocarf Ramili: só vejo gente atrás de mim

A campanha de José Serra (PPS), não considera Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (REDE) adversários competitivos em 2014. Ele e seus estrategistas dizem que: " Aécio não deslanchou, não tem votos fora de Minas Gerais e vive de mendigar apoio e parceria de Eduardo Campos (PSB)."

Quanto a Marina Silva (REDE) consideram que: " Ela tem um discurso restrito e sem nenhum nexo. Na hora da onça beber água, isso virá a tona".

Sobre Eduardo Campos avaliam: "Ele deixará Aécio conversando sozinho e apoiará a presidente".

Breno Altman: Joaquim Barbosa afronta igualdade republicana

Especial para o 247 
O caput do artigo quinto da Constituição brasileira é insofismável: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.” Mas não é o que pensa, a seu próprio respeito, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.
Diante de informações de que havia adquirido apartamento em Miami através de empresa da qual é titular, a Assas JB Corp, eventualmente violando o Estatuto do Servidor Público e a Lei Orgânica da Magistratura, não se ouviu da maior autoridade judiciária do país um pedido para que fosse imediatamente investigado.
Barbosa reagiu com arrogância típica dos que consideram ter salvo-conduto diante da lei. “No domingo passado, houve uma violação brutal da minha privacidade”, declarou à jornalista Miriam Leitão, em entrevista publicada porO Globo. “O jornal se achou no direito de expor a compra de um imóvel modesto nos Estados Unidos.”
Pouco lhe importa que a questão em tela não seja o que faz com o seu dinheiro, mas a quebra de regras republicanas das quais deveria ser o principal guardião. Manteve-se em silêncio mesmo diante da denúncia de que a sede de sua empresa de fachada é o apartamento funcional que ocupa em Brasília, desrespeitando o decreto 980, de 1993, que proíbe a utilização desse tipo de imóvel para fins comerciais.
Talvez desejoso de aplicar vacina à escalada de revelações que lhe desnudam, o presidente do STF resolveu atirar contra veículos de imprensa que não aceitam sua soberba. “Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos”, afirmou. “Eu me permito o direito de aguardar o momento oportuno para desmascarar esses bandidos.”
O pior, porém, não é seu comportamento de oligarca, pois é comum, na história pátria, que supostos varões de Plutarco construídos pela velha mídia se desfaçam como bonecos de cera e reajam com petulância imperial. Grave mesmo é a omissão, até agora, da Procuradoria-Geral da República e de outros entes responsáveis pela fiscalização de ministros togados.
Também na imprensa conservadora, com honrosas exceções, um manto de proteção recobre as peraltices do herói de capa que forjaram para a lide contra o PT e seus líderes históricos. Basta comparar, por exemplo, com o tratamento conferido a parlamentares ou governantes que usam indevidamente jatinhos públicos para seu deslocamento e de familiares.
A cumplicidade com os malfeitos de Barbosa, neste caso, não é proporcional à relevância de sua função constitucional. Ao contrário de deputados ou senadores, ou de mandatários do poder executivo, a última instância de controle sobre os hierarcas da Justiça é a própria instituição presidida pelo suspeito de irregularidades. Esse fato deveria ser suficiente para redobrar o rigor na apuração das contravenções elencadas, tanto entre os meios de comunicação quanto no âmbito do Estado.
Agrava-se o quadro comparativo se lembrarmos que o posto ministerial não está submetido ao escrutínio popular, além de sua titularidade se esgotar apenas em razão de idade. Boas práticas republicanas exigem, portanto, que o chefe da corte suprema seja tratado sem qualquer tipo de contemporização, para o bem da democracia.
A lassidão que se assiste pode ter explicação na proximidade do julgamento de embargos relativos à Ação Penal 470, o chamado “mensalão”. Advogados de defesa, como se sabe, denunciam ocultação e malversação de provas durante o processo, entre outros graves erros. Vários ministros do STF estariam atentos a essas alegações. Tudo o que não desejam os padrinhos midiáticos de Barbosa é vê-lo chegar enfraquecido ao desfecho do caso.
Vale igualmente lembrar que não são poucos os que vinham flertando com a ideia de alavancar o mais novo proprietário de imóveis da Flórida à Presidência da República. Muito tempo e dinheiro foi gasto, afinal, para fabricar a versão moderna e digital de mais um caçador de marajás, agora a serviço da luta incessante contra os partidários de Lula e Dilma. Os investidores nesse projeto preferem ver a República de joelhos a testemunhar seus ativos políticos desmanchando no ar.
Breno Altman é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel

Oferto-me


Não sei viver sem coleira
Sem ninguém a pertencer
Vagando vadia
Perambulando sem guia
Sem destino direito ter
Preciso de um dono
Em meu mundo preto e branco
Tenho muito amor a oferecer
Obediente e treinada
Mas por ti serei moldada
Como queira que eu deva ser
Procuro desesperada
A quem pertencer
Um Lord soberano, para em suas mãos meu destino ter...

Voa liberdade e diz a saudade que por favor me esqueça !


Leônia Teixeira

Muitos hipócritas juraram por Hipócrates

Muitos médicos estão fazendo paralisações protestando contra o Programa Mais Médicos - é um direito que lhes assiste -. Porém há duas coisinhas que estão erradas nos protestos dos jalecos brancos:

  • 1º Só  estão fazendo paralisações no horário que prestam serviço ao SUS.
  • 2º Recebem o salário sem desconto dos dias parados.
Como cidadão, farei minha parte. Exigirei que a Secretária de Saúde do Estado do Ceará desconte os dias que eles não prestaram serviços médicos pelo quais são pagos para prestar.

Acham que ganham pouco no SUS? Pois que criem vergonha na cara e peçam demissão, vão trabalhar apenas na iniciativa privada.

Ah, também aproveitem e pagam a Universidade Pública na qual foram formados.

Fui claro ou preciso desenhar?
 “Juramento de Hipócrates”:

“Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário.”

Uma estratégia gerada pelo desespero

Não é obrigatório, mas, digamos assim, uma praxe em muitos países: exceto na hipótese de calamidade política ou administrativa, presidentes e governadores buscam a reeleição e quase sempre a conseguem. Como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos.
Lá, as coisas são simples. Principalmente porque o sistema tem praticamente apenas dois partidos — embora não faltem pré-candidatos. Antigamente, até o microscópico Partido Comunista sempre tinha o seu; não conferi, mas imagino que não tenha mais, devido ao desaparecimento da matriz — mas não garanto nada. Políticos de qualquer matiz , em qualquer país, adoram um palanque.
Aqui, no ano que vem, a presidente Dilma Rousseff é candidata inevitável. Como até agora não deu qualquer passo em falso demolidor — nem ela nem o padrinho Lula —, o pessoal que entende do assunto considera a reeleição igualmente inevitável.
A oposição faz o que pode. PSDB e PSB, por exemplo, estão armando uma estratégia original: cada partido poderá ter o seu candidato a governador, quando não for possível fazer aliança em torno de um nome único. Mas — o que nunca aconteceu — os palanques terão a presença simultânea dos presidenciáveis Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB.
Em alguns estados, o PSB, mais fraquinho, poderá apoiar de saída o candidato de Aécio. Se a eleição for para o segundo turno, o candidato mais bem votado terá o apoio do outro. O eleitor decidirá se essa novidade é um golpe de mestre ou uma estratégia gerada pelo desespero. Por enquanto, políticos dos dois partidos estão divididos: tanto há aplauso como vaias — e, principalmente dúvidas.
Quem está de fora — gostando ou não da presidente Dilma — tem as dúvidas que são naturais em casos de estratégias nunca antes testadas. O palanque duplo pode ser uma forma de unificar a oposição à presidente. Mas também pode ser visto como uma demonstração de dupla fraqueza. E muito eleitor tem alergia a novidades com cheiro de desespero.
Vamos ver: Dilma é a primeira mulher a ser eleita presidente da República. Será também a primeira a ser reeleita? Será uma novidade tão original quanto a estratégia da dupla Neves/Campos.
por Luiz Garcia

José Dirceu: E a oposição, como anda?

O PSDB está dividido e sem rumo; José Serra deixa claro que será candidato, Aécio Neves já lhe desejou boa sorte publicamente. Em São Paulo, só se salvam ainda pelo apoio da mídia que esconde o escândalo do cartel da Siemens no Metrô. Um escândalo maior que o próprio escândalo tucano, que a revista IstoÉ sozinha tem noticiado, apenas reproduzindo o que expõem as investigações e os documentos da própria Siemens, que colabora com a Justiça.


São denúncias gravíssimas de corrupção durante mais de 20 anos nos governos do PSDB, desde Mario Covas até hoje. Isso sem falar no mensalão, expressão mentirosa e inventada, mineiro que está para ser julgado no Supremo Tribunal Federal.



O PPS vive sua encruzilhada, sem votos. Satélite do tucanato, e agora do serrismo, vê sua fusão casuística, eleitoreira e oportunista com o PMN naufragar, já que esse partido não concorda com a decisão do PPS de aguardar a decisão do STF sobre a consulta do PSB, com medo de perder parlamentares.



A consulta é sobre se o parlamentar pode mudar de partido sem incorrer em infidelidade partidária. Claro que não pode, a não ser que o Supremo queira rasgar suas próprias decisões, como já fez no caso do PSD.



Já a Rede, de Marina Silva, até agora não conseguiu as tão faladas assinaturas para registrar o partido e ainda depende da conferência das assinaturas pela Justiça Eleitoral. Aliás, como todos os outros partidos, nada de novo, mesmo que a Rede queira exigir – isso mesmo – rapidez da Justiça Eleitoral.



Aos poucos, a maioria da direção, chamada de conselho, da organização liderada por Marina Silva vai adotando posições contrárias às da candidata – sobre aborto, drogas, homossexuais, doações de empresas e bancos e por aí vai –, projetando uma candidatura em contraposição a um programa partidário, experiência que já vivemos no Brasil e que nunca acabou bem.



Por fim, temos o PSB e a candidatura de Eduardo Campos entre ser governo e oposição... Ao mesmo tempo.

Mais Médicos: 75% se inscreverem para fraudar o Programa

Dos 18.450 médicos inscritos no programa ‘Mais Médicos’, do governo federal, apenas 4657 (25%) confirmou seu cadastro e está apto a trabalhar na rede pública de saúde, segundo balanço do Ministério da Saúde. 

Desse total, 3.891 têm registro profissional válido no País e 766, diplomas do exterior – o que representa 19,6% do total. 

Ao todo, 3.511 municípios do País aderiram ao programa (63%). Juntas, essas cidades apresentaram demanda e capacidade para terem 15.460 médicos atuando na atenção básica.

O nascimento de um Estadista

O Rio de Janeiro assistiu o nascimento de um estadista, o Papa Francisco. Foi inesquecível sua atuação na Jornada Mundial da Juventude. Poucas vezes um estadista conseguiu ser tão preciso nos discursos, redesenhando um organismo milenar como a Igreja Católica através da identificação das ideias básicas a nortear o novo rumo.
Não ousou investir contra alguns dogmas, ainda que anacrônicos - como o celibato ou a condenação das relações homossexuais. Mas verbalizou a volta da tolerância ao se indagar: "Se um gay busca Deus, quem sou eu para julgar?".
Mais que isso.
No período em que o mundo conviveu com o maior processo de inclusão da história - das grandes massas miseráveis nos países do terceiro mundo - a Igreja se afastou dos pobres. Na era das quebras de tabu, da condenação a toda forma de preconceito, a Igreja se esmerou na condenação moral para fora e no acobertamento para dentro.
O Papa foi preciso ao identificar nas massas pobres e na juventude a seiva do revigoramento da Igreja. E no enclausuramento da Cúria, no Vaticano, seu maior problema.
Há muito tempo a vocação religiosa deixou de atrair os melhores quadros. A maneira de enfrentar a contemporaneidade dos movimentos evangélicos foi estimular os padres-show, atuando na mesma piscina rasa dos pastores. Ao propor a volta do espírito da catequese, em contraposição à banalização da vida moderna e ao consumismo e busca de status que caracterizam os tempos atuais.Leia mais »

Conversa com a Presidente


Presidenta, seria bom se os alunos passassem mais tempo estudando, para saírem melhor preparados da escola. O governo pode aumentar o número de escolas com dois turnos? (*)

Presidenta - O governo pode e está fazendo isso, aumentando o número de escolas com ensino em tempo integral, com dois turnos. Desde 2010, nós aumentamos o número de escolas em tempo integral de 10 mil para 49.300 e vamos chegar a 60 mil até 2014. É quase o dobro da meta inicial, de 32 mil escolas. Esse avanço foi obtido com o programa de Ensino em Tempo Integral Mais Educação, que somente em 2013 aplicou R$ 1,8 bilhão. No segundo turno de aula os professores enfatizam o ensino de matemática e português e o reforço em ciências, história, geografia e língua estrangeira. O programa já tem ótimos resultados, como é o caso da Escola Municipal Beatriz Rodrigues da Silva, em Palmas (TO), que aumentou sua nota no Ideb de 4,7, em 2007, para 8,0, em 2011. Temos 32 mil escolas, mais da metade das participantes do programa, com maioria dos seus alunos originários de famílias que recebem o Bolsa Família. E 19.700 escolas estão no campo. Esses números mostram que estamos beneficiando quem mais necessita do apoio do Estado. A maior parte dos recursos federais é repassada diretamente para a escola contratar monitores e professores, comprar material e preparar os espaços para receber as crianças nas atividades do chamado contraturno, que é o segundo turno. Além disso, o MEC também repassa um recurso adicional para as prefeituras assegurarem a alimentação de quem fica o dia todo na escola. A educação em dois turnos é importante para o aluno, para a família do aluno e para todo o nosso país. Em primeiro lugar, porque o ensino em dois turnos melhora muito o aprendizado das crianças e dos adolescentes, com o acompanhamento pedagógico obrigatório e com aulas de reforço escolar. Em segundo lugar, na escola a criança está mais bem cuidada e mais orientada, no caso em que os pais trabalham, e isso é uma tranquilidade para toda a família. A criança também pode praticar esportes e participar de atividades culturais, o que ajuda a melhorar a disciplina e a concentração. A educação é o principal caminho para o desenvolvimento sustentável, reduzindo as desigualdades e valorizando a própria sociedade brasileira. O país como um todo ganha ao dar a todas as crianças as mesmas oportunidades, desde cedo. Todos os países que se tornaram desenvolvidos garantiram educação em tempo integral a suas crianças, e vamos continuar seguindo esse caminho.

(*) Esta pergunta, que precede a Mensagem, foi formulada pela Secretaria de Imprensa para melhor entendimento do conteúdo.

Melhoria da infraestrutura do SUS dará jeito nisso?

Este vídeo mostra uma das cenas mais deprimentes que já vi na minha vida! E olha que infelizmente já presenciei muitas coisas indignas nesse mundo de "Valha-me Deus!"... É esse tipo de atitude que faz a gente descrer no ser humano. Aliás, um médico desses não pode ser chamado de ser humano. Será que o CRM, o CFM e a AMB farão alguma coisa ou só estão preocupados com passeatas? Está tudo aí filmado e documentado. Esse vídeo foi capturado do Youtube através do site do professor e sociólogo Glauco Cortez (http://glaucocortez.com/2013/07/24/veja-porque-nao-querem-medicos-estrangeiros-medico-ve-paciente-morrendo-e-nao-levanta-da-cadeira/).Gostaria de ressaltar que conheço vários médicos humanistas, inclusive amigos e parentes, que possuem um alto espírito ético e profissional e que atos desumanos como este visto no vídeo acabam, infelizmente, generalizando uma péssima imagem para toda uma categoria. Agora, não resta dúvida que hoje em dia, ao contrário de antigamente, os médicos estão ficando cada vez mais insensíveis com a dor e sofrimento alheio. 
Pisquila


Índice de Desenvolvimento Humano Municipal avança 47,8%

Nas últimas duas décadas, o Brasil quase dobrou o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. No período, país registrou crescimento de 47,8% no IDHM.
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.

O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.

“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.

Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.

“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante PNUD no Brasil Jorge Chediek.

Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maio IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.

O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento neste índice.

Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de 20 vezes.

O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.

Desempenho por estados

O Distrito Federal é a Unidade da Federação (UF) com o IDHM mais elevado (0,824) e se destaca também como o único do grupo a figurar na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano. Além disso, o DF tem o maior IDHM Renda (0,863), o maior IDHM Educação (0,742) e o maior IDHM Longevidade (0,873) entre as UFs.

Na outra ponta, Alagoas (0,631) e Maranhão (0,639) são os estados com menor IDHM do país. Na comparação feita entre as UFs, constata-se que a diferença entre o maior e o menor IDHM do grupo recuou 25,5% entre 1991 (0,259) e 2010 (0,193). A maior redução nas disparidades foi encontrada no IDHM Longevidade, onde a diferença caiu 41,6% (de 0,202 em 1991 para 0,118 em 2010). A queda na diferença entre o maior e o menor IDHM Educação foi a segunda maior: 15,9%, de 0,264 (1991) para 0,222 (2010).

No IDHM Renda, a queda foi de 11,6% pela mesma comparação, passando de 0,284 (1991) para 0,251 (2010).

A redução na diferença entre os maiores e menores IDHMs dos estados e DF mostra que as Unidades da Federação conseguiram reduzir as desigualdades entre si em termos de desenvolvimento humano. Apesar disso, os estados do Sul e Sudeste continuam com IDHM e subíndices superiores aos do Brasil – com exceção de Minas Gerais (0,730) que, na dimensão Renda, encontra-se abaixo do IDHM Renda do país (0,739). Todos os estados do Norte e Nordeste têm IDHM e subíndices menores que os do Brasil.

Capitais brasileiras
Das capitais brasileiras, apenas cinco delas aparecem entre os 20 municípios de maior IDHM: Florianópolis (3º), Vitória (4º), Brasilia (9º) e Belo Horizonte (20º).

O Atlas Brasil 2013 mostra que nenhuma capital brasileira aparece entre os 20 municípios de mais alto IDHM Longevidade. No ranking do IDHM Educação, apenas três delas estão entre as 20 de melhor desempenho: Vitória (4º), com 0,805; seguida de Florianópolis (5º), com 0,800; e mais abaixo por Curitiba (17º), com 0,768.

Já no ranking do IDHM Renda para municípios, sete capitais aparecem entre as 20 de maior subíndice: Vitória (3º), com 0,876; Porto Alegre (6º), com 0,867; Brasília (8º), com 0,863; Curitiba (11º), com 0,850; São Paulo (15º), com 0,843; Belo Horizonte (17º), com 0,841; e Rio de Janeiro (18º), com 0,840.

Fonte: Agência Brasil e Jornal do Brasil
Alterado às 17h20 para acréscimo de informações.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=219793&id_secao=1