O ex-ministro e pré-candidato do PDT à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes, criticou duramente o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), a quem chamou de traidor, além de acusar o peemedebista de conspirar contra o povo brasileiro. Afirmações de Ciro foram feitas neste domingo (20) convenção estadual do PDT em Roraima. Por meio de nota,Temer disse que "qualquer assunto relacionado a Ciro Gomes será tratado apenas na Justiça. Ele não merece resposta pessoal".
Ciro, que esteve em Roraima para acompanhar a reeleição do senador Telmário Mota para a presidência do PDT estadual, afirmou que o país passa por um momento perigoso. "Temos como exemplo a democracia e a liberdade de imprensa, ameaçados por uma escalada golpista feita por uma fração de políticos do Congresso Nacional", disse. Segundo ele, "o golpe contra a democracia do Brasil almeja retirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do poder e é capitaneado por Michel Temer".
"Tem vários 'PMDB's,' porque há políticos desse partido que têm meu respeito. Falo especificamente de uma 'banda-quadrilha'. Infelizmente, essa banda está escalando um golpe capitaneado por Michel Temer, um traidor que conspira contra o povo brasileiro e que já serviu em diversos governos. Hoje está enrolado até o 'gogó' em tudo que não presta. Situações promíscuas e podres que o Brasil tem tomado conhecimento", disparou Ciro.
Apesar da defesa contra o impeachment, Ciro também criticou o governo da presidente Dilma Rousseff a quem acusou de possuir diversas contradições no campo moral, administrativo e econômico. "Não é porque não gostamos de um governo que vamos romper com a democracia, entregando a uma minoria um poder de um país tão importante como o Brasil. Por isso, me lancei junto com os companheiros do PDT para protegermos a nossa democracia e pressionar, suplicar para que o governo volte com os grupos e valores sociais que lhe deram a vitória", afirmou.
"Nós ajudamos a elegê-la, mas a maioria de nós [do PDT] está queixoso em relação ao rumo desse governo. Então, nossa tarefa é defender a democracia, protegendo o mandato, que não pertence a Dilma, mas ao povo. Vamos mobilizar a inteligência brasileira para formular propostas concretas. Se isso vai ou não derivar do governo federal ou de uma candidatura do PDT, terei a honra de levar essa bandeira porque o trabalhismo é mais moderno do que nunca", complementou em seguida.
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Brasil 247