A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nos últimos minutos do prazo fixado, projeto parcial de ajuste nas contas públicas que evita o chamado “abismo fiscal” e consequente nova recessão. Por 257 votos a favor e 167 contra, os congressistas mantiveram os cortes de impostos para a classe média e o aumento das taxas sobre os mais ricos. Como não houve acerto sobre gastos públicos, foi adiado para março o risco de o país enfrentar um corte automático de US$ 560 bilhões no setor até 2022 – US$ 110 bilhões somente neste ano – e uma possível suspensão dos pagamentos das obrigações da dívida, de fornecedores e servidores.
Os mercados, tanto nos EUA quanto na Europa, reagiram bem à medida.
A nova rodada de negociações será o primeiro desafio do segundo mandato de Barack Obama, que começa no dia 21.
As conversas serão dificultadas pela piora do ambiente para diálogo entre republicanos e democratas.
‘Acordo não reduz déficit’
Para o presidente do fundo de investimento Pimco, Mohamed El-Erian, o acordo aprovado ontem pelos congressistas faz “muito pouco para melhorar o panorama de médio prazo do déficit e da dívida do governo federal”.