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Papa contra casamento gay




Nesta quarta-feira de cinzas, com o início da Campanha da Fraternidade promovida pela CNBB , o Papa Bento XVI pediu aos católicos brasileiros que se posicionem contra o aborto e o casamento gay.

Na carta divulgada pela CNBB, o papa relaciona a defesa do casamento exclusivo entre um homem e uma mulher com a defesa do meio-ambiente.

trecho da carta:

“Sem a clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perdem tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente”, registra o texto assinado pelo Papa.

Blog do Charles Bakalarczyk: Quando as armas falam... e lá se foi uma vida de 16 anos

Blog do Charles Bakalarczyk: Quando as armas falam... e lá se foi uma vida de 16 anos

Frozen e/ou sorvete

No verão, sempre procuramos escolher alimentos leves e refrescantes, como o sorvete ou o frozen yogurt. Sabemos que o frozen é, dentre os dois, a opção mais magra. Para cada 100 gramas, são 88 calorias contra 190 calorias do sorvete de creme.

Porém, analisando melhor, perceberemos que, além do sabor, existem outras vantagens por trás desses dois alimentos. Ele trazem benefícios a dieta e a saúde, mas o consumo em excesso exige cuidado. Saiba por que.

As tão temidas gorduras 
No quesito "magro" o vencedor disparado é o frozen. Ele tem zero de gordura, enquanto o sorvete tem 16% dos valores diários de gorduras totais em cada 100g (referência com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ).

Segundo a nutricionista Amanda Epifânio, os sorvetes cremosos são ricos emgorduras, principalmente a saturada. "Além de favorecer o ganho de peso, esse tipo de gordura, quando consumida em excesso, eleva os riscos de doenças cardiovasculares", explica a especialista. 
Sorvete - Foto Getty Images
Fortalecendo os ossos 
Os valores de cálcio são significativos: 17% para o sorvete e 13% para o frozen. Além de fortalecer os ossos, o cálcio previne doenças cardíacas, beneficia o sistema imunológico e auxilia na transmissão neurológica.

"Para consumir essa quantidade de cálcio através do sorvete de creme, porém, a pessoa acaba consumindo mais calorias e mais gorduras", ressalta a nutricionista Fabiana Honda, da PB consultoria nutricional, de São Paulo.

Cuidado com o sódio 
O teor de sódio nas duas sobremesas é o mesmo - 2% dos valores diários para cada. O sódio regula nosso ritmo cardíaco e o volume de sangue no corpo.

Porém, se for consumido em excesso, abre portas para a retenção de líquido e o aparecimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão e infarto. Continua>>>

Artesanato

com capim dourado
Anel
Brinco
Colar
Pulseira
Tiara
Bolsa
Cestos

Culpa no cartório

O casal dormia profundamente, como inocentes bebês... 
De repente, lá pelas três da manhã, escutam ruídos fora do quarto. 
A mulher se sobressalta e, apavorada, sussurra: 
- Aaaaaiiiiiii, meu Deus, deve ser o meu marido!!! 
O cara se levanta rapidamente e, ensandecido, pula pelado pela janela. 
Na queda, se arrebenta nos espinhos de uma roseira e, quando sai da roseira, cai sentado com a bunda numa moita cheia de urtiga. Todo machucado e coçando mais que cachorro vagabundo cheio de pulgas, ele volta irritado e diz à mulher: 
- Sua louca, maluca, pirada do cacete... olha a merda que eu tô! Teu marido sou eu, pô!!! 
- Ah, é?!?!? E pulou a janela por quê? 

Dieta

1 - Beba uma garrafa de cerveja antes de cada refeição. Isso reduzirá seu apetite ao mínimo, e você comerá menos.

2 - A cerveja é elaborada a partir de vegetais e outros elementos como: lúpulo, levedura, malte, etc. Em que outros alimentos você tem a oportunidade de comer tantos vegetais?

3 - A cerveja contém 95% de água; portanto, a cerveja é um alimento hidratante.

4 - A cerveja pode ser acompanhada de castanhas (de cajú, do Pará, etc), amendoins, amêndoas, nozes, avelãs, etc. Tudo isso é de origem vegetal e com uma percentagem elevada de fibras alimentares e , como se sabe, fibras alimentares são saudáveis.

5 - A cerveja contém conservantes, logo... conservam você. Conservantes fazem você parecer mais jovem.

6 - Uma caixa de cerveja pode fornecer toda a sua necessidade diária de calorias e carboidratos. Não é prático isso?

7 - Se você beber porções iguais de cerveja clara e cerveja escura... isto é uma dieta balanceada. Saudável, portanto.

BC derrubará PIB

Além da alta do dólar (veja nota), a divulgação, ontem, de novos índices econômicos contribuiu para intensificar as especulações sobre desaquecimento na economia. Na verdade, falar em riscos de desaquecimento é um eufemismo para esconder o fato de que podemos perder 4% do PIB como um dos efeitos colaterais da política do BC. As outras são o alto custo das reservas e do serviço da dívida interna, o aumento do déficit externo e os riscos de desindustrialização, ainda que remotos.

Agora, os chamados mercados assustados com a queda do PIB já falam em só mais um aumento da Selic este ano, 0,5%. Como vemos nem eles sabem as consequências do uso burro da política monetária como instrumento para trazer a inflação para o centro da meta, uma obsessão que esconde uma das consequências dos aumentos da Selic, proteger e se possível aumentar a renda das aplicações financeiras, aumentar cada vez mais a participação da renda financeira na renda nacional, sempre em prejuízo do setor produtivo e da participação dos salários na renda nacional.

A maquiagem nos olhos realça qualquer look

Uma dica essencial: as cores claras projetam os olhos para frente. As escuras dão idéia de diminuição e profundidade.

Olhos Próximos
Opte por tons claros e pastéis para iluminar a expressão. Dê um toque cintilante à região próxima ao nariz, imediatamente no inicio do canal lacrimal, para a impressão de afastá-los.

Olhos Afastados
Um leve esfumaçado de um tom mais escuro, como o marrom ou o verde-musgo, no canto interno, cria a ilusão de aproximá-los. Mas, ao esfumaçar, cuidados para não tornar a fisionomia pesada.

Olhos Saltados
Esfumace a região da pálpebra sobre o globo ocular com uma sombra opaca escura, como marrom ou ferrugem. Arrisque, ainda, um toque de preto a noite. Inicie com esfumaçado escuro na raiz dos cílios, indo até a dobra do olho, fazendo um degradê suave e uniforme. Isso faz com que pareçam mais fundos e menores.

Olhos Fundos
Cores claras, como branco, bege, areia e marfim, elevam a expressão e dão um ar de elegância. Devem ser aplicados em todo olho, exceto na área rente às sobrancelhas. Nesta área use sombras de tons médios, como rosa, salmão ou coral.

Olhos Pequenos
Use uma sombra luminosa clara por toda a pálpebra. Em seguida, sombreie o canto exterior dos olhos com um tom levemente escuro – o marrom é o mais indicado, pois é considerado um tom neutro. Aplique com generosidade a máscara para cílios na parte externa dos olhos, pois isso proporciona um efeito de alongamento, deixando-os mais abertos.

Líbia

A exposição pública da hipocrisia ocidental


entrevista a Manuela Azenha
Na segunda parte da entrevista de Reginaldo Nasser, mestre em Ciência Política pela UNICAMP e doutor em Ciências Sociais pela PUC (SP), o professor fala da hipocrisia explícita dos Estados Unidos e de países europeus em relação aos ditadores da África e do Oriente Médio e sobre possíveis formatos de uma intervenção militar (Haiti?).
E, atentem, prevê que as revoluções árabes vão provocar mudanças nas lideranças de Israel e dos territórios palestinos, se não imediatamente, a médio prazo.
Viomundo – E porque o senhor acha que a comunidade internacional demorou tanto para se posicionar e de uma hora para outra, os Estados Unidos passaram a crucificar o Gadaffi abertamente? O que tem em jogo e quem sai ganhando com isso?

Reginaldo Nasser
 – Na verdade, a chamada comunidade internacional não é uma comunidade: são os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, tal.  O Mubarak foi aceito por eles há muito tempo e o Gadaffi adotaram recentemente, desde 2003.  Essa reintrodução do Gadaffi na comunidade internacional foi feita num acordo muito bom para as duas partes. As reservas de petróleo da Líbia tornaram-se cada vez mais exploradas, pela Shell, BP, Exxon, etc. O Gadaffi declarou que estava suspendendo toda e qualquer forma de produção de armas de destruição em massa, que é uma obsessão dos Estados Unidos. O Huffington Post mostrou o lobby pró-Líbia dentro do Congresso americano, um lobby que já existia antes da suspensão. Um lobby que envolve petróleo, indústria de armas e universidades.
V –Universidades?
RN – Sim, não sei se você viu, com os Estados Unidos e com a Inglaterra.  O filho do Gadaffi deu 1 milhão e meio para a London School of Economics, estudou e defendeu doutorado. Fundou um centro de estudos sobre democracia e governança. Não sei se é para rir ou chorar. Agora a London School está devolvendo o dinheiro e falando que foi plágio. Eles relatam visitas de intelectuais à Líbia, o Gadaffinho democrata. Tudo tranqüilo. O Gadaffi vendeu que é inimigo do [Osama] bin Laden e é verdade. É uma outra briga. Teve casos dele entregar terroristas para a CIA. Supostos terroristas. É um aliado. Passou a ser bem recebido na Europa, o outro filho dele tinha um time de futebol na primeira divisão, de Perugia, na Itália. O outro foi jogar com o Kaká. Outro dia eu vi um no show dos Rolling Stones. Isso sabendo que a repressão continuava existindo. Isso é fato. As ONGs divulgando a repressão [na Líbia].
Essa é a política clássica, tradicional, não tem nada de novo.  A ditadura amistosa. Agora, os Estados Unidos estão tentando ser espertos. No popular, cara de pau. Eu me lembro bem a declaração da Hillary Clinton no primeiro dia de revolta no Egito: não é só que o Mubarak era aliado, ele é da família norte-americana. “Ele é da nossa família”. E aí aquela frase muito objetiva: torço para que as coisas se resolvam bem.  E ao longo, a coisa foi crescendo e eles mudaram. E agora na Líbia, mudaram mais rápido por causa do desgaste.  Eles tinham que sair na frente e nesse aspecto eles estão sendo muito espertos. Porque agora já estão aparecendo nas manchetes do jornal que os Estados Unidos são o grande opositor do Gadaffi. O Brasil  e outros países perderam a oportunidade. Estava claro, já nesse momento, que tinha que sair um grupo de países e apoiar os movimentos.
Não tem essa de ficar esperando, relações diplomáticas. Porque é uma questão política, você tem de estar com os líbios, com os egípcios, e não com o Mubarak. E apostar nisso. O Brasil deu aquelas declarações que o Itamaraty sempre dá. Sinto muito.  Aliás, quem teve uma posição muito boa foi o embaixador do Brasil no Egito. Ele foi contundente, falou ao vivo no Jornal Nacional.  Pegou pesado: que estava lá, a repressão que assistia não podia acontecer. Os conservadores americanos já estão falando que têm que fazer como fizeram das outras vezes, na Coreia, nas Filipinas, no Chile, ou seja: quando as ditaduras desgastam, tiram os caras.
V – E como vai ficar a relação dos Estados Unidos com esses países árabes?
RN – A relação dos países árabes com os Estados Unidos não vai continuar como era antes, impossível.  Mas também não estarão ausentes. Por exemplo, os militares do Egito com os militares americanos tem uma relação orgânica, não vai romper isso de uma hora para outra.  A posição dos Estados Unidos é essa, como é a da Inglaterra, como é a da França. É sempre assim: agora, na França, o problema era a ministra das relações exteriores, não era o Sarkozy. Chama-se o tradicional bode espiatório. Para eximí-los não só da cumplicidade mas das políticas conjuntas que foram adotadas. Sabe-se que o Gadaffi segurava a leva de imigrantes que ia para a Europa. O Gadaffi era o melhor aliado.

V – Os líbios no leste,  “libertos”, rejeitam explicitamente qualquer intervenção estrangeira. O que eles pedem é que o Conselho de Segurança da ONU monitore uma zona de exclusão aérea. A ONU já condenou as ações de Gadaffi, mas pode-se esperar uma intervenção militar?

RN – Eles estão corretíssimos em rejeitar intervenção estrangeira. O Conselho de Segurança da ONU pode votar e autorizar uma intervenção coletiva.  A autorização é do Conselho, mas as tropas são de cada país.  Em todo e qualquer caso, os Estados Unidos aparecem como os que têm mais condições e vontade de se envolver nos conflitos.
V – Mas seria justificável uma intervenção militar?
RN – Acredito que não seja justificável mas houve outros fatos que aconteceram. No Haiti, por exemplo.  Não estou dizendo se sou favorável ou não. O que havia no Haiti? Uma instabilidade, um prenúncio de guerra civil. De direito, não existe a idéia de intervenção militar em guerra civil. Você pode fazer os acordos, colocar as partes para conversar, mas não  intervenção. Mas isso já abriu precedentes. Eu diria, com o precedente, pode se justificar como crise humanitária, que é o mais provável. Estão bombardeando civis, existe a questão das migrações, que está atrapalhando a Tunísia, o Egito, está indo para a Europa. Quer dizer, não é um problema interno.
Que foi o caso do Haiti, autorizado pela ONU, na década de 90, na época do Bill Clinton. Então pode autorizar, mas é improvável. Duvido que a Rússia e a China apoiem. Quase impossível porque vai ter veto.  Agora, os Estados Unidos podem agir sozinhos. Ou a OTAN. Aí não passa pela ONU, como foi em Kosovo, que não passou pela  ONU. A OTAN autoriza entre eles, europeus e americanos, para dar um ar de que não é unilateral e pode agir. Mas eu acho improvável. Os neoconservadores americanos estão querendo a intervenção sob o princípio humanitário. O Obama vai sair desgastado, ele está perdido. Qualquer coisa que ele fizer, está perdido.
V – Qual é a implicação dessa instabilidade nos países árabes para Israel?
RN – É um desafio interessante.  Acho que vai começar a passar o seguinte recado. Nós reconhecemos o Estado de Israel. Duvido que algum governo na Líbia, no Egito, vai se posicionar negando [o direito] a existência de Israel. Outra coisa é aceitar a política de Israel para os palestinos. Isso vai ser questionado, não tenha dúvida. E isso vai permitir colocar as relações diplomáticas em outro patamar. Tanto é assim que eu vejo, já tem sinais disso, que vai haver mudanças dentro de Israel.
A ascensão de líderes como Netanyahu e Mubarak, depende do ambiente em que eles circulam. O Netanyahu não vai mais saber circular nesse ambiente. Nem o Mubarak, que não dá satisfação a ninguém. Essas discussões vão minimamente para o congresso do Egito, para a opinião púbica. O discurso que deve surgir é: não queremos a destruição de Israel mas também não queremos a cumplicidade de fechar Gaza, por exemplo. Acho que vai acontecer um debate dentro de Israel sobre que tipo de político eles querem para fazer os acordos, as negociações no Oriente Médio. Já sabem que com armas não vai dar. No lado militar da coisa, Israel é o mais poderoso mas o Egito é a décima força militar no mundo. Não é nada desprezível. A situação é complicada mas a guerra é improvável e eu acredito que teremos novas lideranças. O [jornal israelense] Haaretz está colocando isso diariamente.
No começo, Netanyahu  apoiou Mubarak deliberadamente. E nas entrelinhas, todos preocupados com a chamada instabilidade. Estão acostumamos com esse ambiente, o bin Laden, o Ahmadinejad ou o Mubarak e o Gadaffi. O próprio Gadaffi esta falando que é o bin Laden que está incitando a multidão, então todo mundo vivia de criar seus mitos, que são seus inimigos. Sobrevalorizar o poder e o radicalismo da Irmandade Muçulmana… o terrorismo, os atos de terrorismo são ótimos para esse tipo de liderança.
Não tenha duvida, é fácil cuidar disso. Agora, lidar com esse tipo [de política] que vai surgir, é mais difícil, exige um outro tipo de tratamento da política externa, dos acordos, que vai repercutir nos palestinos também.  O Fatah, que está na Autoridade [Palestina], é herança dessa época também, desse tipo de liderança. Acredito que vão começar a questionar o Fatah e o Hamas. No primeiro momento, vai crescer o Hamas, mas eu acho que com o tempo vai aparecer uma outra força com os palestinos. Eles não podem ficar parados entre esses dois polos: Hamas e Fatah. Ou seja, vai haver repercussões internas em todos os países. Discussões políticas, de partidos, de representação, de propostas, é uma verdadeira revolução.

Religião

Deus Negro
Eu, detestando pretos,
Eu, sem coração!
Eu, perdido num coreto,
Gritando: "Separação"!

Eu, você, nós...nós todos,
cheios de preconceitos,
fugindo como se eles carregassem lodo,
lodo na cor...
E, com petulância, arrogância,
afastando a pele irmã.

Mas,
estou pensando agora,
e quando chegar minha hora ?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas,
se eu chegasse lá e um porteiro manco,
como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta,
e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco,
como as mãos do cego que não ajudei ?
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei ?
Se uma criança me tomasse pela mão,
criança como aquela que não embalei,
e me levasse por um corredor florido, colorido,
como as flores que eu jamais dei ?
Se eu sentisse o chão frio,
como o dos presídios que não visitei ?
Se eu visse as paredes caindo,
como as das creches e asilos que não ajudei ?
E se a criança tirasse corpos do caminho,
corpos que eu não levantei
dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos,
que era vagabundagem, mas era fome?

Meu Deus !
Agora me assusta pronunciar seu nome .
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu,
da prostituta que eu usei,
ou do moribundo que não olhei,
ou da velha que não respeitei,
ou da mãe que não amei ?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa,
porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei,
sei lá, só dei desgosto?

E, no fim do corredor, o início da decepção .
Que raiva, que desespero,
se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho,
o maldito funcionário, e até, até o padeiro,
todos sorrindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.

Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono.
Simples como não fui, humilde como não sou.

Deus decepção .
Deus na cor que eu não queria,
Deus cara a cara, face a face,
sem aquela imponente classe.

Deus simples! Deus negro !
Deus negro?

E Eu...
Racista, egoísta. E agora ?
Na terra só persegui os pretos,
não aluguei casa, não apertei a mão.

Meu Deus você é negro, que desilusão!

Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão? Que nada .

Meu Deus você é negro, que decepção!

Não dei emprego, virei o rosto. E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?

Deus, eu não podia adivinhar.
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate,
aquele que expulsei da frente de casa?

Deus, pregaram você na cruz
e você me pregou uma peça.
Eu me esforcei à beça em tantas coisas,
e cheguei até a pensar em amor,

Mas nunca,
nunca pensei em adivinhar sua cor.

Franz Liszt

Quatro lançamentos internacionais mergulham na vida e na obra de Franz Liszt, dando início às comemorações dos 200 anos de nascimento do artista, uma autêntica celebridade do século 19

Laszlo Balogh/Reuters
Laszlo Balogh/Reuters

João Marcos Coelho – O Estado de S.Paulo

Qual Franz Liszt vamos comemorar em 2011, em tributo aos 200 anos de seu nascimento?
* O pianista, virtuose diabólico, que fez mais de 700 transcrições, arranjos e paráfrases, inventou a fórmula do recital, que, como uma atualíssima “balada”, seduzia adolescentes e sobretudo o público feminino, a ponto de elas fazerem pulseiras com as cordas arrebentadas do seu piano?
* O maior Dom Juan europeu de seu tempo, que distribuía rosas vermelhas às mulheres das primeiras filas em seus recitais e roubou literalmente Marie D”Agoult de seu conde, amasiando-se com ela por uma década e mesmo assim conseguiu ser aceito pelo “grand monde”?
* O formidável maestro que por uma década transformou Weimar na Meca da música nova, apoiando os jovens compositores ainda sem espaço, como Richard Wagner?
* O dublê de escritor e crítico que escreveu tanto quanto Schumann e Berlioz, tinha aguda consciência social e ajudou financeiramente dezenas de novatos na música?
* Ou o abade de seus últimos 21 anos de vida, compondo música religiosa, que tentou de todas as maneiras casar-se com sua segunda paixão fulminante, a princesa russa Carolyne, e jamais recebeu consentimento do Vaticano? O mesmo Vaticano que recebeu com pompas o velho músico, porque o papa adorava ouvi-lo improvisar sobre prelúdios e fugas de Bach na Capela Sistina, ignorando que, ao chegar em casa, o abade entregava-se ao proibidíssimo absinto, o LSD do século 19?
Modernamente, nesses anos festivos, as orquestras limitam-se a repetir os dois concertos para piano, a portentosa sonata em si menor, uma missa, um ou outro poema sinfônico de Liszt. E muita música para piano, claro. É pouco, bem pouco diante da formidável diversidade das mais de 1.400 obras do mestre. Um retrato distante de sua real fisionomia, radical e complexa, protótipo do compositor-pianista romântico do século 19. Onde ficam duas obras-primas românticas incontestáveis como as sinfonias Dante e Fausto? Ou os ainda menos conhecidos 70 lieder (canções para voz e piano), nos quais há um punhado capaz de rivalizar com Schubert ou Schumann? E a música coral-sinfônica religiosa, os oratórios Christus ou A Lenda de Santa Elisabeth, as missas e salmos? Valeria um olhar mais atento sobre seus 13 poemas sinfônicos, gênero “inventado” para romper os limites da sinfonia.
Mas, se a vida musical teima em repetir as mesmas obras, ao menos a pesquisa musical parece mais fértil e diversificada. Um punhado de livros publicados nos últimos meses no mercado internacional trata de devolver-lhe sua real importância.
Quando se afirmou como o “Paganini do piano”, na Paris dos anos 1830, Liszt operou um milagre: transferiu para a música instrumental o grande público então cativo da ópera italiana. Em Liszt – Virtuose Subversif (Symétrie, 42,75 na Amazon; os preços citados serão deste site), o pesquisador francês Bruno Moysan diz que Liszt negociou com seu público um tênue equilíbrio entre o virtuosismo e a qualidade musical, para conquistá-lo. Sua tese é de que Liszt usou as fantasias (paráfrases, arranjos e transcrições) das árias mais populares das óperas de seu tempo para transferir o magnetismo delas à música instrumental. Aos 17 anos, recém-chegado, Liszt participou de uma vida musical que acontecia nos ricos salões parisienses; quando partiu para conquistar o mundo, em 1839, fazendo por quase uma década a inacreditável média anual de 100 recitais, já transferira a música instrumental dos salões para as salas de concerto – com ingressos pagos e casa cheia. A Lisztomania (1975), seu retrato pop no filme de Ken Russell , mostra bem esse raro fenômeno de massa.
Outro pesquisador francês, Alain Galliari, abandona o que chama de “lado satânico de Liszt” para mergulhar em sua religiosidade. Liszt et L”Espérance du Bon Larron (Fayard, 20,90) transforma o compositor numa espécie de filho pródigo, que na meninice foi católico e, depois de uma vida devassa, arrependeu-se. Como o bom ladrão que dá um voto de confiança a Jesus, gostaria de também receber em troca a promessa de Cristo (”hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”). Galliari faz um espelho religioso do derradeiro poema sinfônico de Liszt, Do Berço ao Túmulo, sua autobiografia sonora, composta em 1882, quatro anos antes de sua morte.
Dois outros livros mergulham mais diretamente na música de Liszt, demonstrando ao mesmo tempo sua originalidade e seu “dardo” futurista: “Minha única ambição como músico era e será lançar meu dardo nos espaços indefinidos do futuro desde que ele não caia de novo na terra, o resto não importa”, disse ele.
Em La Musique de Liszt et Les Arts Visuels ( 42,75), Laurence le Diagon-Jacquin parte de uma frase do compositor para construir um livro rigoroso. “O sentimento e a reflexão me convenceram da relação oculta que une as obras de gênio. Rafael e Michelangelo me fizeram compreender melhor Mozart e Beethoven.” De fato, sua ligação com as artes visuais é tão forte quanto com a literatura. Apoiada na teoria tripartite de Erwin Panofsky para a análise das artes visuais – primária, ou natural, que ele chama de “motivo”; secundária, ou convencional, em que o motivo se relaciona com um tema ou conceito; e o significado intrínseco ou iconologia -, Laurence analisa obras como Sposalizio, baseada na tela de Rafael, Il Pensieroso e La Notte, baseados em Michelangelo, A Batalha dos Hunos, segundo tela de Kalbach, e o poema sinfônico Orfeu, inspirado por um vaso etrusco do Louvre.
A lição de Laurence é que Liszt é muito melhor do que suspeitam os bem-pensantes de hoje, atentos apenas ao aspecto circense de seu pianismo. E, por falar em pianismo, Liszt não foi só o diabólico virtuose superstar, como quer o senso comum, mas o maior pedagogo do instrumento no século 19. Basta ler The Piano Master Classes of Franz Liszt, 1884-1886: Diary Notes of August Göllerich (Indiana University Press, US$ 21,70), que resgata suas derradeiras aulas. Ao longo da vida, teve mais de 400 alunos – e jamais cobrou um tostão deles.
Todo pianista, nos últimos 180 anos, deve a Liszt a essência de sua arte. Robert Schumann detectou isso ao escrever que “não basta ouvi-lo, é preciso também vê-lo: Liszt não poderia tocar nos bastidores, porque dessa forma se perderia grande parte de sua poesia”. Ou seja, sem deixar de apontar seu “dardo” criativo para o futuro, Liszt transformou a música em espetáculo. Coisa de gênio.
JOÃO MARCOS COELHO É JORNALISTA E CRÍTICO MUSICAL, AUTOR DE NO CALOR DA HORA (ALGOL)

O Orkut

Adicionou um novo recurso ao seu sistema de feed, deixando que seus usuários expressem o que pensam sobre as atualizações de seus amigos.

Muito parecido com o botão 'Curtir' do Facebook, o 'Gostar' também promete gerar maior interatividade na rede social, mas com o diferecial de utilizar um dos 11 emoticons disponíveis para expressar a opinião da melhor forma possível.


O recurso será implementado de forma gradual para os usuários, mas quem estiver com pressa, pode começar "Gostando" das atualizações dos amigos que já tiverem a função ativada. 

Brasília Confidencial

Presidente admite correção anual e aumento das faixas da tabela do I.R

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Imposto de Renda

1. Um cidadão trabalha em um supermercado, depois do horário normal é vendedor de espetinhos, tendo seu registro na receita federal com CNPJ, como MEI, Micro Empreendedor Individual. Em sua declaração pessoa física, além de sua fonte pagadora, ou seja: o Supermercado ele deve lançar a outra fonte pagadora, a sua própria empresa? Se sim, em que campo, ele lançaria seus rendimentos como MEI?
O MEI de que trata a Lei Complementar 123/2006 nos artigos 18A à 18C está dispensado da apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda. Porém, a dispensa aplica-se somente nos casos em que o MEI não se enquadra nas demais hipóteses de obrigatoriedade de apresentação da declaração. É importante verificar nos itens de obrigatoriedade de entrega, para verificar se está incluso em alguma daquelas situações. Alertamos que quem recebeu rendimentos tributáveis na declaração, cuja soma foi superior a R$ 22.487,25 está obrigado a declarar. Os rendimentos então serão declarados em Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica ou Pessoa Física conforme o caso.

2. Em minha ultima declaração do IR consta a compra de um imóvel e que a cada ano aumentava seu valor de referencia após contabilizado os pagamentos mensais. Neste ano, devo declarar o repasse do mesmo para o meu filho. Não houve valores negociados. Apenas cedi meus direitos do imóvel. Entretanto, esta negociação foi feita pela construtora (o prédio ainda não havia sido entregue), e, neste caso, deveria ter um valor que era justamente a quantia atual paga até aquele momento. De que forma devo dar a baixa no item e de que forma passaria para o meu filho este bem? Devo dar baixa e ao mesmo tempo doação do bem, com o valor estipulado pela construtora para transferência?
O bem quando transferido, doado ou alienado deve ser registrado pelo mesmo valor que consta na declaração de Bens e Direitos, momento que não ocorre na tributação por não ter havido ganho de capital. Entretanto, se o bem for transferido, doado ou alienado por um valor superior ao que consta na declaração, ocorre tributação de imposto de renda sobre o ganho de capital. Se o bem foi doado para o filho, deve constar no quadro "Doações e Pagamentos Efetuados", o nome, CPF do beneficiário e o valor. Deve também ser historiado no quadro "Declaração de Bens e Direitos", a saída do bem, e na coluna 2010 não deve constar nenhum valor, apenas dito na discriminação a razão da baixa do bem. Na declaração do filho, deve ser registrado a entrada do bem no quadro "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis" e no quadro "Declaração de Bens e Direitos".

3. Como deve ser feita a declaração Imposto de Renda Pessoa Física de um contribuinte menor de idade?
O contribuinte menor deverá apresentar a declaração da seguinte maneira:

a) Em separado: os rendimentos recebidos pelo menor são tributados em seu nome, com número de inscrição no CPF;

b) Em conjunto: os rendimentos recebidos pelo menor devem ser tributados em conjunto com um dos pais. No caso de menor sob a responsabilidade de um dos pais, em virtude de sentença ou acordo judicial, a declaração em conjunto só pode ser feita com aquele que detenha a guarda judicial. A declaração como dependente supre a obrigatoriedade da apresentação da declaração a que porventura estiver sujeito o menor.

4. O imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual pode ser parcelado?
Quando for apurado saldo de imposto a pagar, este poderá ser parcelado, no máximo, em 8 quotas iguais, mensais e sucessivas. É importante ser observado o seguinte:

a) Nenhuma quota poderá ser de valor inferior a R$ 50,00 e o imposto de valor inferior a R$ 100,00 deverá ser pago apenas em quota única;

b) A 1ª quota ou quota única deverá ser paga até o dia 29 de abril deste ano, sem quaisquer acréscimos;

c) A 2ª quota deverá ser paga até 31.05.2011, com acréscimo de 1% de juro;

d) As demais quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses seguintes, acrescidas de juros equivalentes à taxa Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de 01.05.2011 até o último dia do mês anterior ao pagamento, mais 1% relativo ao mês do pagamento.