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Sabe o que mais doí?

- O que é?

- Fingir que não estou sofrendo.

Cafajestice dominical

Porque hoje é domingo, os bares estão cheios de mulheres vadias
Joel Neto

Você já fez estas perguntas?

Por que o sal é salgado?

Por que a água é molhada?

Por que a claridade é clara?

Por que a escuridão é escura?

E será idiotice fazer estas perguntas?

Poesia da noite

Para mim você é assim...

Começo, meio e fim.

Joel Neto

Mensalão: julgar desigualmente o que é desigual


[...] Quando Joaquim Barbosa resolveu “fatiar” o julgamento, estava implícito que entendia que era preciso tratar desigualmente o que é desigual.
Sem discutir o mérito de seu voto relativo à “fatia” onde está o deputado João Paulo Cunha - que é, aliás, amplamente discutível, como o mostrou o revisor, Ricardo Lewandowski, que o rejeitou na íntegra - o que o ministro fez foi raciocinar como se não existisse uma “quadrilha”.
Percebendo que seria absurdo condenar o ex-presidente da Câmara dos Deputados por integrar a tal “quadrilha do mensalão”, considerou-o culpado por ter beneficiado uma empresa privada para obter vantagem pessoal.
Na opinião do relator, ele teria recebido R$ 50 mil para destinar uma conta de publicidade de R$ 11 milhões para a agência de publicidade de Marcos Valério.
E que relação isso teria com o “tenebroso complô” arquitetado pelo “chefe da quadrilha”? Nenhuma.
Daí a ideia de “fatia”. Que daria algum nexo ao amontoado de situações díspares e mal integradas que a denúncia juntou. Ou seja, o relator admite que a tese central da Procuradoria-Geral é fraca, mas tenta salvá-la, propondo que suas partes desconjuntadas sejam vistas como “fatias”.
E no caso do ex-diretor do Banco do Brasil? O que estariam fazendo no Supremo os acusados de ilícitos nessa “fatia”? Nenhum tem foro privilegiado, nenhum ocupou cargo público. Se suas condutas estão sendo julgadas em separado, por que lhes negar o direito a um processo normal, que se inicia na primeira instância?
E desde quando é atribuição do Supremo Tribunal Federal discutir questões como as que constam dessa “fatia”? 
De “fatia” em “fatia”, o que o ministro relator está fazendo é concordar que a “quadrilha” nada mais é que uma construção artificiosa. Só com muita imaginação e pouca lógica é possível vê-la.

De tanto recortar, vai acabar fazendo como a cozinheira. Quando termina de descascar a cebola, constata que não há nada dentro dela. 
Marcos Coimbra

A era da internet

[...] onde Jobs, Gates e Zuckerberg são tão ou mais famosos que Da Vinci, Shakespeare e Beethoven. 

As empresas criadas por esses bravos rapazes americanos faturam trilhões, criando mais um capítulo na história da riqueza do homem. Na crista desta onda surfa o Youtube, canal de exibição de vídeos da Google Inc., proprietária do Gmail e do Blogger, prima-irmã do Facebook e do Twitter. Continua>>>

Dossiê Gushiken: a verdade que o pig escondeu desde 2006


Estamos acostumados com a palavra dossiê usada para o mal nos meios políticos, talvez por causa do finado ACM avô cultivar a fama de colecionar dossiês para desconstruir adversários políticos. Quem herdou essa fama a partir do final dos anos 90 foi José Serra (PSDB-SP). Mas dossiê é qualquer conjunto de documentos sobre determinado assunto e pode ser usado apenas para bem informar.
 ....

Em março 2006, após deixar o ministério no primeiro governo Lula, Luiz Gushiken elaborou e tornou público um dossiê sobre si mesmo, com o título "CPI DOS CORREIOS - SECOM/GUSHIKEN - FATOS e VERDADE".

O documento apresentava as acusações falsas espalhadas pela velha imprensa e pelos parlamentares da oposição contra ele, seguido das respectivas respostas, uma a uma, para restabelecer a verdade, com documentos anexos.

Provavelmente pouca gente tomou conhecimento desse dossiê e seu conteúdo, pois a mesma imprensa que o acusou, recusou-se a dar-lhe o direito de resposta minimamente proporcional aos danos.

Além disso, restabelecer a verdade sobre aqueles acontecimentos não atendia aos interesses eleitorais da velha imprensa oligárquica naquela eleição de 2006. Dane-se a verdade, era o lema nas redações inescrupulosas.

Talvez por isso, pela imprensa continuar tratando-o como "mensaleiro", o então Procurador-Geral, sob pressão do clamor da imprensa pela condenação de um ex-ministro do governo Lula, o manteve na denúncia e o STF acatou, mesmo quando já estava mais do que claro sua inocência. O erro só está sendo corrigido agora, com até o Procurador-Geral pedindo sua absolvição.

Hoje, aquele dossiê ganhou valor histórico, por documentar o obscurantismo golpista e a prática de torturas sobre a honra alheia aplicadas pelos maiores veículos de comunicação do país.

Curioso notar que Gushiken chefiou a secretaria de comunicação do governo Lula, de 2003 a 2005, setor que se relacionava institucionalmente com os órgãos de imprensa. Para ser tratado com a deslealdade com que foi, deve ter contrariado o bolso de muito barão da mídia.
 
A íntegra do documento pode ser lida aqui: http://goo.gl/CntYh

Oração do emagrecimento

Senhor fazei com que eu emagreça.

Se eu não conseguir emagrecer...

Fazei que minhas amigas engordem.

Crônica dominical de Luis Fernando Verissimo


Tô focado

Como a matéria do Universo, uma carreira política também se forma do nada. Há casos de vocações políticas claras — líderes comunitários com credenciais indiscutíveis para pleitear cargo eletivo, por exemplo — mas em muitos outros casos quem pede votos para começar uma carreira política só tem, como credencial, sua vontade — e sua coragem.

Daí esse patético desfile de candidatos no horário eleitoral, com poucos segundos para se apresentar ao eleitor, tentando arrancar do nada uma justificativa para querer entrar, ou continuar, na política. É fácil fazer pouco de candidatos folclóricos que buscam desesperadamente se destacar dos outros com um apelido ou um slogan pitorescos (lembro de um gordinho que só ficava sorrindo para a câmera enquanto aparecia na tela sua razão para estar ali: “Bom filho”) ou, sem nenhum jeito para aquilo, explorando a notoriedade alcançada em outra atividade, como o futebol.
Mas não se queixe. O que você está vendo é a democracia no seu estágio primitivo, ainda na forma gasosa que precede a criação. E os folclóricos podem surpreender. O Tiririca eu não sei, mas o Romário se revelou um bom e ativo congressista.
Numa eleição passada, numa cidade do interior, um candidato fez campanha com uma única frase. Era um fotógrafo que ganhara uma boa reputação na cidade retratando a sociedade local — reuniões de família, formaturas, debutantes, etc — e decidira ser vereador. Seu slogan era “Tô focado”. A frase aparecia em cartazes e banners do candidato e ele a repetia em comícios — “Tô focado! Tô focado!” — querendo dizer que estava concentrado nos problemas da cidade, que enquadraria, na câmara de vereadores, como enquadrava seus retratos na câmera fotográfica.
Gastou todo o seu dinheiro na campanha, mas perdeu a eleição. E o pior é que depois não faltaram pichadores que percorreram a cidade fazendo pequenas alterações na frase “Tô focado”, entre o “fo” e o “do”, impiedosamente.
Apesar dos desgostos e do ridículo não existe outra maneira de a democracia começar a não ser nesse nível, com o risco de elegermos palhaços e apenas bons filhos. Sempre há a esperança que, no cargo, eles se mostrem bem focados.

Poesia da tarde

Eu não me importo com as coisas...

Eu me importo com as pessoas!

Joel Neto

Arte, escultura, pintura?...

Metal negro opaco
Francesco Lo Savio

Google: Street View

Finalmente a Google liberou imagens em 360º do Ceará.

Agora é possível conhecer muitos lugares do Estado sem sair de casa.

Sentado, diante da tela do seu pc, tablet, notebook, smartphone ou iPad você passeia a vontade.

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O perfeito idiota sou eu

[...] que talvez um dia, num livro de memórias pífias, decida explicar mais ou menos por que me considero como tal, etc. e tal. 

O que pode ser o sujeito que, nos raros momentos de folga, deixa de decifrar charadas, ler palavras cruzadas, ver mulher pelada para - acreditem - ler bulas, literatura farmacêutica? Dirão que sou um gozador, e podem dizer à vontade porque nada mais me merece total desprezo do que opiniões a meu respeito. Já fui um bom tempo revisor de jornal e não consigo tirar uma vírgula que seja de qualquer bula acompanhada da droga nacional.Continua>>>

Quer conhecer o inferno?

[...] visite um presídio
A frase é do deputado Domingos Dutra (PT-MA) mas tenho certeza que poderia ser de qualquer um que tenha decência e ainda guarde dentro de si o mínimo de humanidade. Qualquer pessoa nessas condições diria o mesmo, depois de visitar um dos presídios brasileiros. 

O colonialismo e a ditadura, com todas suas mazelas, já acabaram no Brasil como formas de poder. Mas seu legado de escárnio contra o ser humano – em particular contra o ser humano negro e pobre, o racismo mais cru e odiento, tudo isso e ainda mais – vive bem presente em nosso país. E, no ambiente prisional, está praticamente intacto. É uma verdadeira chaga que precisa ser combatida com vigor, não pode ser tolerada. É lógico que tudo isso está presente no autoritarismo entranhado em nossa sociedade. Que uma revolução na educação tem que incluir o ensino e a discussão sobre a importância dos direitos humanos para conquistarmos uma cidadania prá valer. Mas também temos que tomar atitudes imediatas, como os mutirões no judiciário coordenados pelo Conselho Nacional de Justiça. Parabéns ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela iniciativa. 

Os governos Lula e a continuidade das políticas alí iniciadas no atual governo Dilma, como o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), as UPPs no Rio de Janeiro, também são iniciativas importantes. Do outro lado, temos as políticas dos tucanos para a segurança pública, que só fortalecem o atraso. No final das contas, ainda há muito a fazer. Não podemos deixar que essa chaga permaneça aberta em nosso Brasil. Leia mais>>>

Coluna dominical de Paulo Coelho


O Livro do Esplendor e a cabala

A cabala - termo originário de qabbalah, palavra hebraica que significa "tradição" - é uma interpretação metafísica dos ensinamentos presentes na Torá (conjunto dos livros sagrados do judaísmo). Com origem na transmissão oral, onde se dizia que cada letra ou número da Torá tinha um sentido sagrado, ela foi sendo pouco a pouco organizada em textos e gráficos. O mais conhecido é um desenho com dez círculos, quase todos interligados entre si, chamado de Árvore da Vida. O místico Joseph Gikatilla (século. XIV) comenta o projeto divino: "tudo que está no lugar onde foi colocado no momento da criação, é o Bem. Tudo aquilo que está fora do seu lugar, é o Mal.".

No século XVII, um místico espanhol, Moisés de Leon, redigiu uma espécie de guia destas interpretações cabalísticas, no que depois seria conhecido como Zohar - O Livro do Esplendor. Ali, Leon fala da maneira com que o homem deve aproximar-se da sabedoria, utilizando imagens de extrema beleza literária.

A seguir, alguns trechos do Zohar, escolhidos por Gershom Scholem:

"Os livros sagrados (Torá) lançam uma palavra que, assim que sai de suas páginas, retorna imediatamente ao lugar de onde veio - o segredo. E atinge apenas aqueles que compreendem e guardam os mandamentos."

"Esta palavra pode ser comparada a uma bela jovem, que vive reclusa em um quarto isolado do seu palácio, e que tem um amante que ninguém mais conhece". Por amor a esta jovem, o amante passa todos os dias diante do seu quarto, e espera ansioso pela oportunidade de vê-la. Ela sabe que ele está por perto, e então o que faz? Levanta rapidamente a cortina do seu quarto para que ele possa contempla-la por um instante, e logo torna a esconder-se.

"Ele sabe que foi apenas por causa do seu amor que a jovem mostrou-se por alguns segundos". Então, todo o seu coração e sua alma se entregam (à compreensão do seu segredo). Assim são os livros sagrados (Torá): eles só revelam seus mistérios àqueles que os amam (com paciência). Pois todos que trazem a busca da sabedoria no coração, não se importam de esperar noite e dia diante da sua porta.

"Assim são os livros sagrados (Torá): por um instante apenas, eles se revelam, e fazem isso por amor aos seus amantes".

"Às vezes, o sinal não é imediatamente percebido. Então, generosos em seu amor, eles enviam seus mensageiros ao homem que - por fraqueza de espírito - não conseguiu ver seu rosto. E ordenam: ´vá dizer aquele espírito fraco que ele retorne, e nós então poderemos conversar".

"Quando o homem de bom coração obedece esta ordem, os livros conversam com seu escolhido através de um véu, e à medida que ele compreende o que as palavras querem dizer, o véu vai ficando cada vez mais fino. Até que, em determinado momento, ele pode ver a sabedoria por alguns instantes, e escutá-la dizendo: você pode entender agora os sinais que lhe enviei, e os mistérios que estão em mim".

"Por isso, todo homem deve aspirar, com todas as suas forças, seguir o que está escrito nos livros sagrados (Torá), e transformar-se em seu amante."

Algumas palavras de sabedoria contemporânea

"Experiência não é aquilo que acontece conosco; é o que fazemos com aquilo que acontece conosco" - Aldous Huxley.

"Preocupe-se mais com o seu caráter que com a sua reputação. O caráter é aquilo que você é realmente, enquanto a reputação é aquilo que os outros pensam que você é" - John Wooden.

"Um "não" quando é dito sem medo, pode ser melhor e mais importante que um "sim" dito apenas para agradar ou - o que é pior - para evitar problemas" - Gandhi.