Dossiê Gushiken: a verdade que o pig escondeu desde 2006


Estamos acostumados com a palavra dossiê usada para o mal nos meios políticos, talvez por causa do finado ACM avô cultivar a fama de colecionar dossiês para desconstruir adversários políticos. Quem herdou essa fama a partir do final dos anos 90 foi José Serra (PSDB-SP). Mas dossiê é qualquer conjunto de documentos sobre determinado assunto e pode ser usado apenas para bem informar.
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Em março 2006, após deixar o ministério no primeiro governo Lula, Luiz Gushiken elaborou e tornou público um dossiê sobre si mesmo, com o título "CPI DOS CORREIOS - SECOM/GUSHIKEN - FATOS e VERDADE".

O documento apresentava as acusações falsas espalhadas pela velha imprensa e pelos parlamentares da oposição contra ele, seguido das respectivas respostas, uma a uma, para restabelecer a verdade, com documentos anexos.

Provavelmente pouca gente tomou conhecimento desse dossiê e seu conteúdo, pois a mesma imprensa que o acusou, recusou-se a dar-lhe o direito de resposta minimamente proporcional aos danos.

Além disso, restabelecer a verdade sobre aqueles acontecimentos não atendia aos interesses eleitorais da velha imprensa oligárquica naquela eleição de 2006. Dane-se a verdade, era o lema nas redações inescrupulosas.

Talvez por isso, pela imprensa continuar tratando-o como "mensaleiro", o então Procurador-Geral, sob pressão do clamor da imprensa pela condenação de um ex-ministro do governo Lula, o manteve na denúncia e o STF acatou, mesmo quando já estava mais do que claro sua inocência. O erro só está sendo corrigido agora, com até o Procurador-Geral pedindo sua absolvição.

Hoje, aquele dossiê ganhou valor histórico, por documentar o obscurantismo golpista e a prática de torturas sobre a honra alheia aplicadas pelos maiores veículos de comunicação do país.

Curioso notar que Gushiken chefiou a secretaria de comunicação do governo Lula, de 2003 a 2005, setor que se relacionava institucionalmente com os órgãos de imprensa. Para ser tratado com a deslealdade com que foi, deve ter contrariado o bolso de muito barão da mídia.
 
A íntegra do documento pode ser lida aqui: http://goo.gl/CntYh

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