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Zé Dirceu: Quais são as prioridades na atual conjuntura do país?

Vivemos um momento especial, de crise e oportunidade.  O PT, por exemplo, tem a oportunidade de se unificar e reunir, dentro e fora do Parlamento, uma frente de forças políticas e sociais em torno de um programa mínimo para os próximos dois anos, com o objetivo de aprovar reformas que viabilizem a retomada do crescimento, sem abandonar nosso objetivo maior de combater a pobreza e a desigualdade, de distribuir a renda.
Objetivo que depende, em primeiro lugar e para além de ajustes fiscais, de uma ampla e geral reforma tributária. É imperativo também fazer a reforma política, para por fim ao atual sistema eleitoral e ao financiamento exclusivo empresarial.
As duas reformas exigem maioria no Congresso Nacional que não temos. A maior parte dos parlamentares é contra a taxação  das grandes fortunas, das heranças e doações, da progressividade do Imposto de Renda, da taxação  dos lucros financeiros e extraordinários. No máximo, o Congresso que aí está pode aprovar uma reforma do ICMS – que será um avanço – e do PIS-Cofins.
A maioria dos parlamentares não quer mudar nada
A reforma política encontra os mesmos obstáculos. A maioria dos parlamentares não quer mudar nada, não aceita o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira, nem o voto em lista. Muito menos o fim do financiamento empresarial. Quando muito apóia o distritão; nem sequer o voto distrital misto parece ter maioria. O atual sistema é o principal responsável pelos custos das campanhas e pelo peso, cada vez maior, do poder econômico na eleição dos parlamentares.
É necessário organizar uma frente parlamentar-popular, para além do PT, e criar um programa e uma mesa diretiva para um movimento de médio prazo. É preciso começar a preparar uma nova aliança política que, mesmo derrotada em suas propostas no Congresso Nacional, lance as sementes de um programa de frente para o futuro. Defender o mandato da presidenta Dilma e nosso legado é fundamental, mas não basta. É necessário preparar uma linha de resistência para avançar no futuro.
É fundamental que o PT e o campo popular saiam em defesa da Petrobras, vítima da maior e mais sórdida campanha enfrentada em sua história, que põe em risco o modelo de partilha e obrigatoriedade de 60% de conteúdo nacional na operação do pré-sal. O PT e os segmentos populares precisam se lançar na resistência contra as forças que querem aproveitar a crise da empresa para colocar fim ao regime de partilha e levá-la à privatização.
Risco da maioria da Câmara converter-se em novo Centrão conservador
O risco maior é que a nova maioria formada na Câmara dos Deputados, com a eleição do novo presidente da Casa, se consolide e dirija as reformas à semelhança do Centrão na Constituinte de 1988.
O debate público em todos os foros, inclusive pelas redes sociais, e dentro da esquerda, o diálogo com os movimentos sociais e com lideranças e personalidades, têm por objetivo criar uma força político-social para se contrapor à agenda e à ação da direita neoliberal. Esta se rearticula e, agora, ganha espaço nas decisões mais importantes sobre a política econômica, com implicações que colocam em risco nosso projeto de desenvolvimento nacional.
Ao lado da defesa das conquistas e programas sociais, também é preciso colocar na pauta temas como os juros, o papel da dívida interna e do sistema bancário e financeiro. Além da questão do monopólio da mídia e uma estratégia de desenvolvimento para essa nova fase que se abre no país.

Eles queriam substituir a Bíblia

Sussurrando em uma silenciosa sala da Biblioteca Pública da Baviera, o especialista em livros raros Stephan Kellner descreve como os nazistas transformaram um calhamaço longo e praticamente incompreensível ─ parte memória, parte propaganda ─ em uma peça central da ideologia do Terceiro Reich.
No ano em que Mein Kampf (“Minha Luta”, em português), de Adolf Hitler, passa a ser uma obra de domínio público ─ o que, em tese, significa que qualquer pessoa pode publicar sua própria edição na Alemanha ─ um programa da Rádio 4 da BBC explorou o que as autoridades podem fazer em relação ao livro, que é um dos mais famosos do mundo.
Segundo John Murphy, produtor do programa Publish or Burn (“Publicar ou queimar”, em tradução livre), o livro ainda é um texto perigoso. “A história de Hitler é uma história de submestimação; e as pessoas subestimaram este livro”, diz Murphy, cujo avô traduziu a primeira versão integral em inglês de Mein Kampf, em 1936.
“Há um bom motivo para se levar a obra a sério porque ela está aberta a erros de interpretação. Apesar de Hitler tê-la escrito nos anos 20, ele colocou em prática muito do que está escrito ali – se as pessoas tivessem prestado um pouco mais de atenção ao livro na época, elas talvez tivessem identificado uma ameaça”, afirma Murphy.

Folheado a ouro

Hitler começou a escrever Mein Kampf em 1925, quando estava preso por traição à pátria, após ter participado do fracassado ‘Putsch’ da Cervejaria em Munique, em 1923. Ali ele expressava suas ideias racistas e antissemitas.
Quando chegou ao poder uma década depois, o livro tornou-se um texto fundamental para os nazistas, com 12 milhões de cópias impressas. Era um presente que o governo dava a casais recém-casados, enquanto os principais membros do partido exibiam em suas casas edições folheadas a ouro.
No fim da Segunda Guerra Mundial, quando o Exército americano assumiu o controle da editora nazista Eher Verlag, os direitos autorais de Mein Kampfpassaram para as autoridades da Baviera. Elas garantiram que o livro só fosse reimpresso na Alemanha sob circunstâncias especiais.
Mas a proximidade da expiração dos direitos autorais em dezembro de 2015 deu início a um debate acirrado sobre como conter uma possível onda de publicações da obra.

‘Auto-ajuda’

Alguns questionam se alguém realmente teria interesse em reeditar a obra. Segundo a revista New Yorker, o livro “é cheio de frases empoladas e de difícil compreensão, com minúcias históricas e linhas ideológicas emaranhadas”. “Tanto os neonazistas quanto os historiadores sérios tendem a evitá-lo”, diz a revista.
Mesmo assim, a obra se tornou popular na Índia entre políticos hindus de inclinação nacionalista. “Ele é considerado um livro de auto-ajuda bastante significativo”, afirmou à Rádio 4 Atrayee Sen, professor de religião contemporânea e conflito na Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha.
“Se você remover o elemento do antissemitismo, o que se tem é um texto sobre um homem de baixa estatura que estava na cadeia, que sonhava em conquistar o mundo, e que saiu dali para fazer isso”.
Mas a remoção do contexto é uma das preocupações daqueles que se opõem à reimpressão da obra.
Ludwig Unger, porta-voz da secretaria de Educação e Cultura da Baviera, disse à BBC: “O resultado desse livro foi milhões de pessoas mortas, milhões de pessoas sofrendo maus tratos, e áreas inteiras destruídas pela guerra. É importante ter isso sempre em mente. E você pode fazer isso quando lê algumas passagens de Mein Kampf junto com comentários críticos adequados”.
Quando a obra se tornar de domínio público, o Instituto de História Contemporânea de Munique planeja publicar uma nova edição de Mein Kampf que combina o texto original com comentários que evidenciam omissões e distorções da verdade.
Algumas vítimas do nazismo são contra essa abordagem, e o governo da Baviera retirou o apoio ao instituto depois de receber críticas de sobreviventes do Holocausto.

Incitação ao racismo

Ainda assim, suprimir o livro pode não ser a melhor tática.
Um editorial no jornal americano The New York Times recentemente argumentou: “A inoculação da geração mais jovem contra o bacilo nazista será mais eficiente com a confrontação aberta às palavras de Hitler do que manter seu panfleto revoltado nas sombras da ilegalidade”.
Murphy reconhece que uma proibição mundial ao livro é impossível. “Isso está relacionado com a vontade das autoridades da Baviera de fazer valer sua opinião, mais do que simplesmente ter o controle sobre a obra. Eles têm que tomar uma posição, mesmo se no mundo moderno ela não vai evitar que as pessoas tenham acesso ao texto”, afirma o produtor.
Quando a proteção dos direitos autorais expirar, o Estado planeja iniciar processos contra a obra usando a lei contra a incitação ao ódio racial. “Do nosso ponto de vista, a ideologia de Hitler corresponde à definição de incitação”, diz Ludwig Unger. “É um livro perigoso se cair em mãos erradas”.
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Paulo Moreira Leite: Por que Fhc cruzou os braços?

Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.
A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.
Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado há dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro — e até uma fatia potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.
Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.
Paulo Francis falou a verdade? Mentiu? Exagerou? Estava de porre? Não sabemos.
A gravação está disponível na internet. Referindo-se a contas secretas na Suíça, Paulo Francis fala com o desembaraço de quem está fazendo delação premiada para o juiz Sergio Moro. Diz que "todos os diretores da Petrobras têm conta lá." Alguns jornalistas presentes dão sorrisos maliciosos. Nada que lembre a indignação de hoje. Um deles adverte, sem que se possa ver seu rosto: "olha que isso dá processo…" Em outro depoimento, também disponível na internet, Paulo Francis afirma que os diretores da Petrobras são muito queridos na Suíça, onde têm contas de 50 e 60 milhões de dólares.
Fernando Henrique Cardoso não deixou sequer um palpite sobre o caso. Estimulado por José Serra, o presidente mobilizou-se para convencer Joel Rennó para desistir da ação.
E a denúncia?
Se hoje FHC enche o peito para dizer que a Justiça deve fazer aquilo que os militares não podem mais, sem poupar os "mais altos hierarcas", eufemismo para chegar a Dilma e Lula, não custa perguntar por que se calou quando tinha vários instrumentos do Estado na mão. Se hoje as denúncias são uma forma da oposição tentar atingir Dilma, em 1996 e 1997 era seu governo que poderia se tornar alvo.
Não havia nada para ser investigado, nem para com auxílio da Justiça da Suíça?
Soube-se ontem que, em 1997, o ano em que Paulo Francis morreu, o gerente da Petrobras Pedro Barusco, que, em 2015, se tornaria um dos personagens principais do inquérito da Lava Jato, já tinha um bom cargo na empresa. Naquele ano, passou a receber, além do salário e demais benefícios legais, uma propina mensal entre US$ 20 000 e US$ 50 000 de uma empresa holandesa com interesses específicos na área sob seus cuidados.
Em 1998, pouco depois dos primeiros pagamentos feitos a Barusco, os interesses privados, que no mundo inteiro são a mola principal de iniciativas de corrupção em empresas estatais, ganhavam novo impulso na Petrobrás. Neste caso, FHC teve um papel fundamental.
Num decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso, e preparado pela subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, cujo titular era Gilmar Mendes, hoje ministro do STF, aprovou-se a criação de um "procedimento licitatório simplificado da Petrobrás". O texto do decreto 2.745 pretendia agilizar os investimentos da empresa, o que não está errado, por princípio.
Mas o procedimento "simplificado" está na origem intelectual do hoje célebre "clube das empreiteiras," denunciado em tom de escândalo.
Haviam se passado apenas dois anos da acusação de Paulo Francis e a alteração ocorrida não foi pequena. Em vez de submeter as obras milionárias da empresa as disputas duras e complicadas de uma licitação pública, autorizou-se a chamada de interessadas pelo sistema de carta-convite, o caminho mais fácil para a seleção de amigos e exclusão de inimigos. É uma situação tão escandalosa que nunca faltaram críticas ao decreto e mesmo ações questionando sua legalidade. O decreto do "clube das empreiteiras" mantém-se em vigor através de liminares. Uma delas, ironicamente, foi concedida pelo próprio Gilmar Mendes, que, já como ministro do STF, julgou o trabalho da subchefia que estava sob sua guarda quando servia ao governo FHC.
Em vários países, as empresas estatais, particularmente de petróleo, vivem uma situação contraditória. De um lado, expressam a vontade política de soberania nacional — que justifica sua existência — diante de reservas de valor estratégico. De outro, são alvo permanente de pressões do setor privado, interessado em transferir ganhos em escala formidável para seus cofres particulares. O resultado é um universo de muita tensão.
A PDVSA venezuelana foi ocupada, historicamente, pela elite econômica do país, aquela que é conhecida por manter um patrimônio maior em Miami do que em Caracas. Depois da posse de Hugo Chávez, cuja vitória criou uma situação política inédita, a alta burocracia da empresa tornou-se aliada da oposição conservadora e chegou a tentar promover um golpe de Estado, impedindo a distribuição de petróleo num país onde o mais refinado produto local é a cerveja e depois o refrigerante.
Na Itália, a estatal ENI servia para enriquecer as campanhas da Democracia Cristã e do Partido Socialista, num tempo em que o Partido Comunista era o demônio da Guerra Fria. Após a Mãos Limpas, ocorreu um desfecho que vale como advertência ao que pode se passar no Brasil, quando se recorda que o modelo de trabalho do juiz Sergio Moro foi a operação italiana: a ENI foi privatizada — e não há dúvida de que os escândalos e o trabalho de jornais e revistas ajudaram a adoçar a ideia.
Num país onde a Petrobras sempre foi alvo de ataque feroz por parte do empresariado conservador e seus aliados externos, após a democratização não houve um governo que não tivesse enfrentado uma investigação em torno de desvios e irregularidades. (É certo como 2+2=4 que havia esquemas sob a ditadura, mas nunca vieram a público).
Em 1989, no governo de José Sarney, a descoberta de um milionário esquema de desvios que levou ao afastamento do presidente da BR Distribuidora e seu principal auxiliar. Em 1992, uma tentativa de intervenção de PC Farias na direção da empresa levou à saída do advogado Luiz Octávio da Motta Veiga, que preferiu ir embora em vez de atender aos pedidos do tesoureiro de Fernando Collor.


A ideia de que os esquemas de corrupção na Petrobras nasceram a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, é falsa mas tem uma utilidade política óbvia: ajuda a transformar uma operação policial num instrumento de destruição política, cujo alvo final é o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Também permite acobertar responsabilidades passadas, o que é sempre conveniente em campanhas de moralismo seletivo. Mas o preço é apagar a memória histórica, o que impede qualquer debate sensato sobre o caso.

Querem entregar a Petrobras aos gringos


A direita brasileira, que nunca aceitou a existência da Petrobrás, quer entregá-la aos gringos!

Por Emanuel Cancella

A direita brasileira sempre foi contra a Petrobrás, primeiro tentando barrar a sua criação, depois tentando entregá-la aos estrangeiros, principalmente os americanos. Vale lembrar que só o povo nas ruas garantiu a criação da Petrobrás.

Assis Chateaubriand, dono das comunicações no Brasil de 1940 a 1960, uma espécie de Globo na época, chegou a propor ao presidente  Getúlio Vargas, criador da Petrobrás: " Esqueça a Petrobrás e podemos até apoiá-lo". Getulio preferiu  suicidar-se e entrou para a história!

Lula, que governou o país de 2003 a 2010, pegou a Petrobrás semi- destruída, pois o presidente Fernando Collor  de Mello, em 1990, o primeiro presidente eleito depois de 21 anos de ditadura militar extinguiu as subsidiárias Interbrás Petromisa, eliminando assim seu braço comercial e petroquímico. Vale Lembrar a Globo apoiou e cresceu a sombra da ditadura e Collor foi cria também da Globo.

E o presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o país de 1994 a 2002, tentou trocar o nome da empresa para Petrobrax, e , sem sucesso, ousou privatizar a Petrobrás; mas quebrou o monopólio, congelou os concursos públicos enfraquecendo seu  corpo técnico e destruiu a indústria naval. FHC teve apoio da Globo para tentar implodir a Petrobrás, esta chegou a comparar a Petrobrás a um paquiderme e chamou os petroleiros de marajás.

Lula restabeleceu o corpo técnico da Petrobrás, através de concurso público, retomou a indústria naval, e em seu governo, em 2006, a companhia descobriu o pré-sal. Em represália, Lula enfrentou no STF o mensalão só do PT, uma armação da Globo para atingir a base do governo Lula, quando durante vários meses o jornalismo da emissora pautava prioritariamente ataques ao PT, principal partido da base do governo.

Partidos como o PSDB e o DEM que também participaram do Mensalão, foram ignorados, com o agravante de que o mensalão do PSDB foi anterior ao do PT. O mensalão do PSDB e do Dem nunca foi sequer julgado pelo STF. 

A presidente Dilma se elegeu em 2010 e se reelegeu em 2014 prometendo fortalecer a Petrobrás. A Petrobrás é a locomotiva do Brasil, nenhuma empresa investe mais neste país. Dilma quer construir três refinarias, e retomar o braço petroquímico da Petrobrás através do Comperj.

A direita novamente se manifesta, tendo à frente a Globo, no afã de entregar a Petrobrás aos gringos, num país onde nenhuma CPI foi instalada para investigar corrupção em casos emblemáticos, como por exemplo o escândalo do metrô de São Paulo, as privatizações de FHC, da Sabesp, da Lista de Furnas, aeroporto de Cláudio em Minas Gerais, da compra de voto para reeleição de FHC, da sonegação do imposto de renda da Globo, e diante de tanta omissões e conluio da instituições brasileira a Petrobrás vai enfrentar a segunda CPI para investigar a corrupção.

Como fizeram no mensalão só do PT, a Petrobrás é manchete diária em toda a mídia de forma negativa. O STF, que produziu o espetáculo do mensalão, só do PT, está sendo substituído pela operação "Lava a jato" da Polícia Federal.

 Para se ter idéia da parcialidade dos integrantes dessa CPI, dois delegados da Polícia Federal, que apoiaram a candidatura derrotada de Aécio Neves do PSDB à presidência, chegaram a chamar, em seu blog de campanha, o presidente Lula de "anta"; e o juiz Sérgio Moro que chefia a operação, sua  mulher advoga para o PSDB, sem esquecer que Moro serviu de assistente à ministra Rosa Weber do STF, na AP 470, conhecida como mensalão só do PT.

Para não deixar dúvida da suspeição dessa operação da Policia federal, a mesma Globo que tratou como celebridade o juiz Joaquim Barbosa - JB que presidiu o STF no chamado mensalão só do PT, deu ao juiz Sérgio Moro o título de cidadão do ano de 2014. Joaquim Barbosa criou uma empresa de fachada para burlar a receita federal na compra de um imóvel em Miami. JB relutou em devolver o apartamento funcional do STF, teve que ser cobrado a devolver, e seu colega de STF o ministro Eros Graus  dentro do Supremo acusou JB de ter um um registro policial por agressão a mulher. A Globo que exaltou JB já o abandonou vamos ver até aonde vai a probidade do juiz Sérgio Moro?   

É sempre bom lembrar que quando praticamente não se sabia do petróleo no Brasil, na década de 40/50, foi o povo nas ruas, na campanha " O petróleo é Nosso!, que viabilizou a criação da Petrobrás e o monopólio estatal do petróleo.  Só a mobilização popular pode salvar a Petrobrás e o pré-sal dos entreguistas!

Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiro

Os golpistas tem medo da democracia,


"Temos força para resistir ao oportunismo e golpismo"
 Em seu discurso na comemoração dos 35 anos do PT,  a Presidenta Dilma Rousseff reforçou o papel da Petrobras no desenvolvimento do país e garantiu a continuação do modelo de partilha para o pré-sal.
"A Petrobras é a empresa que mais contrata e mais investe no país. Na terça-feira, a Petrobras ganhou o maior prêmio na área do petroleo, equivale ao Oscar do petróleo. Essa é uma conquista histórica, após desenvolver uma tecnologia para explorar o pré-sal", revelou a Presidenta nesta terça-feira (6), em Belo Horizonte.
"Nós continuaremos a acreditar no modelo de partilha e de conteúdo nacional", continuou.
Dilma também comentou as investigações da Operação Lava Jato. "Nunca antes na história desse país se combateu tanto a corrupção. Não tratamos Procurador como engavetador geral da República".
E refutou qualquer tentativa de golpe. "Os que são inconformados com o resultado das urnas só tem medo da democracia. Temos força para resistir ao oportunismo e golpismo. Estamos juntos para vencer de novo e a cada dia. Nós temos força para enfrentar a reação dos que buscam voltar atrás".
A Presidenta apontou os motivos que a levaram a fazer os ajustes na economia.
"Os ajustes são necessários para que a gente amplie as oportunidades e tenhamos forças para. As mudanças dependem da estabilidade e credibilidade na nossa economia".
"Devemos garantir o controle da inflação, das contas públicas Ninguém faz essas alterações por elas. Nós queremos uma garantia de sustentabilidade, do aumento do emprego e do aumento de renda".
"Esses passos em direção de um reequilíbrio fiscal visam sobretudo preservar nossas políticas sociais", contou Dilma.
Dilma, como já havia feito na primeira reunião ministerial, disse que é "preciso travar a batalha da comunicação".
"Não podemos permitir que a falsa versão se crie. Temos que reagir aos boatos. Temos que travar a batalha da comunicação".


Lula critica o PiG
O Presidente Lula se disse "indignado" com a condução coercitiva da Polícia Federal, na condução do depoimento de Luiz Vaccari, secretário nacional de finanças do partido.
Lula também criticou a imprensa e a oposição diante dos desdobramentos da Operação Lava-Jato. "O critério adotado pela mídia é o da criminalização do PT desde que nós chegamos ao poder. Eles trabalham com a convicção que é preciso acusar o nosso partido.", afirmou.

"Nossos adversários não se incomodam que essa campanha já tenha causado enormes prejuízos à Petrobrás e ao país. Querem  paralizar o Governo".
Lula ainda declarou apoio à política econômica adotada no segundo governo da Presidenta Dilma. "Dilma, faça o que tiver que fazer. Você tem obrigação de governar para o povo brasileiro".
E acusou o partido de "trocar a porta da fábrica por gabinetes". "Não podemos esquecer que o PT nasceu para ser diferente. E resgatar esse espírito é o nosso grande desafio nesse momento".


Defesa do legado e Reformas
Rui Falcão, presidente do partido, convocou a militância a defender o legado dos governos de Lula e Dilma e reiterou a necessidade do PT voltar à sua base.
"Primeira tarefa é defender o Governo da Presidenta Dilma, responder aos ataques e nos contrapor às pressões conservadoras dentro e fora do Congresso Nacional", disse Falcão.
"O PT não pode encerrar-se em si mesmo. Devemos mobilizar a população para defender o nosso projeto e fazer as reformas estruturantes", prosseguiu.
"O PT precisa reatar com os movimentos sociais, com a juventude", completou.
Ele ditou o que deve ser as prioridades do segundo mandato da Presidenta. " A reforma política, reforma agrária, lei das mídias, reforma tributária e os ajustes que são precisos fazer, mas sem mexer nos direitos", citou.
"A Dilma se comprometeu com a regulação econômica da mídia que acabe com monopólios e ologópolios. O ministro Berzoini já está pondo em prática", lembrou.
Sobre a reforma política, ao afirmar que é contra ao financiamento privado de campanhas, soltou: "A prioridade absoluta é barrar o nefasto projeto que introduz o voto facultativo e distrital e defende o financiamento privado".
Na economia, "as reformas tributária e fiscal devem instituir a inversão do peso entre impostos direitos e indiretos", opinou.
"Nada de arrocho, de recessão, cancelamento de direitos e desemprego".


Leia outras frases de Rui Falcão:

" Para a Presidenta Dilma cumprir ainda melhor o seu segundo mandato, precisamos nos unir com outros partidos de esquerda"
"Patrus Ananias [ministro do Desenvolvimento Agrário] quer debater índices de produtividade da terra, os mesmos de 1970, para fazer a Reforma Agrária"


Demais frases de Dilma:
Depois de 12 anos de políticas de inclusão e desenvolvimento social, o Brasil é hoje um país muito melhor."
"Brasileiros esperam que trilhemos um caminho de nação desenvolvida, em que o direito de todos sejam respeitados"
"A nossa responsabilidade é grande, porque os brasileiros esperam q honremos a continuidade do que fizemos, mas também q aprofundemos as transformações e ampliemos a democracia."
"A história do PT é um roteiro de identificação com o povo brasileiro. Desde a origem teve uma profunda ligação com os movimentos sociais"
"Deixei claro durante a campanha que teriamos um compromisso: o objetivo seria a preparação do Brasil para uma nova etapa do desenvolvimento, com prioridade para investimentos em educação"
"Transformar o Brasil numa pátria educadora significa abrir essa história de futuro para que o País deixe de ser uma nação emergente"
"Construir um país cada vez mais desenvolvido e menos desigual"
"Tudo o que fazemos tem um objetivo"
"A superação da miséria é apenas um começo"
"A economia sofre efeitos de dois choques"
"Nós vamos promover o equilíbrio fiscal de maneira gradual, sem comprometer a renda e o emprego"

"Vamos ampliar as concessões de infraestrutura: ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias também"
"Nos próximos dias vamos lançar a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida com 3 milhões de moradias"
"Confiamos na força do nosso povo, temos certeza da base social e econômica do nosso País"


Outras frases de Lula:
"Dia 10 de fevereiro de 1980, alguns brasileiros começavam a escrever uma das mais bonitas páginas da história da política brasileira"
"O PT surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do país para transformá-la"
"O PT criou o Orçamento Participativo e abriu novos caminhos para a democracia"
"Nova política foi combinar a atuação dos nossos deputados e vereadores com a presença nas ruas, nas greves e nas lutas populares"
"Disputamos três eleições presidenciais antes de alcançar a primeira vitória, acumulando ensinamentos e ampliando articulação social"
"Nova política foi acabar com a fome neste país"
"O PT deve ser motivo de orgulho para cada militante, das primeiras e das novas gerações"
"Governar o Brasil, com as complexidades de um país historicamente marcado pela desigualdade, foi a missão que a sociedade nos confiou"
"Nunca um governo se abriu tanto às propostas e reivindicações da sociedade"
"E nunca traímos o compromisso com as camadas mais amplas da população, as que sempre foram relegadas no curso da história"
"Temos que nos orgulhar de um governo q herdou um desemprego de 12,5% e reduziu esse índice a 4,8% em 2014, o menor de todos os tempos"
"Não podemos nos acomodar. Temos de compreender que foram os primeiros passos de uma jornada que vai nos levar muito longe"

Do ex-presidente do Uruguai, José Mujica:
"Vocês do PT tenham consciência da responsabilidade que o futuro do Brasil tem para o futuro deste continente"
"Queridos companheiros do PT, é preciso mudar o mais difícil, a cultura"
"Temos que mudar o mais difícil, a Cultura dos trabalhadores, porque eles tem que consumir a cultura de seus dominadores"
"Pertencemos a uma nação de duas linguas e um coração"
"Sonhamos um mundo não só que é possível como necessário"

Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT):
"A burguesia conservadora não suporta o fato do Brasil ter desenvolvido pelas mãos do PT, empoderado a classe trabalhadora."
"Essa elite preconceituosa não suporta Lula e Dilma terem colocado o Brasil em um patamar de respeito internacional."
"A campanha contra um PT é porque o compromisso do partido é ao lado da classe trabalhadora."
"Recado à elite golpista: se pensam que eventuais problemas vão enfraquecer a nossa militância, estão muito enganados. Estaremos alerta para que Dilma faça o melhor governo da história desse país."
"Dia 24 faremos (CUT, FUP, Lula, entre outros) um movimento em defesa da Petrobras."
"Eles querem entregar a Petrobras para a Chevron, Esso e outras.


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Alisson Matos, editor do Conversa Afiada