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Poesia da noite

Conhecer o vazio de perto
por ter vivido dentro
por muito
tempo
e ter saído ileso
é ter sobrevivido
a um mergulho profundo
e lento
[...sem escafandro]
num mar
de abismos insondáveis

Nydia Bonetti

Cardumes de silêncio

Estamos tão cansados
Cansados
E o amanhã tão distante
Sempre distante
Insistem em devorar meus olhos.

A vida coruja
Um bicho que voa
Olhos para me ver nenhum.

Cardumes de silêncios
No aquário quarto em que sufoco
segundos antes do naufrágio

Nydia Bonetti
Recebido por e-mail

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Sou Feliz!

Sou feliz
Tenho um cão
Já nem sei se ele
É algo ou alguém
Há quem não tenha nada nem ninguém
by Nydia Bonetti

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***

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Poesia da noite


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A velha árvore 
fecha seus olhos ásperos
quando nos vê passar
estremecem
raízes e tronco
no desejo de um passo
***
(...) "Eu não forneço nenhuma regra para que uma pessoa se torne poeta e escreva versos. E, em geral não existem regras. Nasce o poeta quando o homem cria novas e inéditas regras poéticas", Maiakovski

Poesia da tarde

Cansei de dizer nada em doses pequenas
Vou dizer nada agora
Numa imensa e caudalosa poesia

Ah, esse mormaço quase insuportável


Quase um riso que serpenteia dores do além

Palavras mortas na fonte


Tradução livre do poema de Nydia Bonetti
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Porta-retrato

A menina que mora no meu porta-retratos, sorri
Ela não sabe das dores das despedidas
Na sabe da saudade, do vazio
do vazio
Ela nem sabe do tempo que vai passar

By Nydia Bonetti




Fragmentos de Nydia Bonetti

Hum violino na parede
e hum retrato
o que restou da Tia Margarida
me vejo no retrato
sem violino

***

Os dias
foram para onde?
um a um
se foram, não sei para onde
se foram os dias

***

Trago ilhas nos olhos
e onde quer que eu vá
eu as carrego

Nydia Bonetti



Poesia da hora

[...]

Dentro de mim

Moram

silêncios de pedras

renegadas lavas

palavras

que não ousaram fluir

Para não ferir montanhas

Nydia Bonetti

Poesia da noite

...
vou construir um ninho dentro do meu quarto

quando vierem os pássaros do silêncio
pedirei que cantem e que se alojem
entre os gravetos

[somos frutos da mesma dor]
tememos o esquecimento. na minha blusa falta
um botão. tecido em que tear a trama que nos
faz sangrar? sobre a cadeira jazem feridas
cordas de um violino

[tripas]
convulsas entranhas. vou abrir as janelas 
por quê? não ouço mais o cantar de pássaros 
asas de cambraia. feito cortinas 
as paredes estão mortas