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Pedro Porfírio - Minha saúde, minha vida

...o tumor ou eu



Confesso que senti um friozinho na barriga, ontem,  quando a secretária do dr. Feliciano ligou para marcar o início do tratamento radiológico do tumor que foi localizado em meu fígado:

-  O plano já autorizou. Quer fazer amanhã?

- Amanhã? Não, amanhã, não. Preciso falar com a esposa e os filhos. Preciso me preparar psicologicamente. Pode ser na sexta?

Ela ficou de falar com o médico, contatar o hospital e me dar retorno: marcou o procedimento para amanhã, quinta-feira, às 14 horas, na Casa de Saúde São José, em Botafogo.

Quando ela ligou, estava começando a escrever sobre a judicialização do futebol, como reflexo de todo um ambiente de hipertrofia do Judiciário e com vista à preservação dos negócios da bola. Não poderia ser mais frustrante ver um time que não se classificou em campo no campeonato brasileiro beneficiar-se da aplicação burocrática e claramente direcionada de um artigo disciplinar para nele permanecer em detrimento de outro, penalizado conforme o velho adágio nordestino: aos amigos, tudo; aos inimigos, a Lei.

O que prevaleceu de fato foi o interesse do mercado. Para quem investe em um dos maiores campeonatos do mundo, ter apenas dois times do Rio de Janeiro entre os 20 de 2014 causaria prejuízo inevitável, afetando inclusive as transmissões televisionadas, que são as principais fontes do futebol: A GLOBO não teria como enviar imagens para o mercado do Rio de Janeiro todas as quartas e domingo com apenas 10% dos clubes cariocas no certame.  A Portuguesa paulista foi sacrificada por não ter torcida e audiência competitivas, em comparação com o Fluminense. Para os negócios do futebol, ainda bem que o Flamengo não caiu ao perder pontos.  Vamos ver o que vai acontecer no "pleno" do dia 27 ante o mal-estar causado pela decisão escandalosamente unânime do STJD.